A Águia & a República - 100 Anos Depois
Com novas e sugestivas leituras, compõe-se neste volume contextualizado de A Águia e da Renascença Portuguesa, enquanto expressões de um empenhamento simultaneamente literário, artístico e político, no diálogo e recontros dos seus autores com os ideários e os bloqueios da República. O espectro dos estudos é amplo, abraçando a poética de A Águia e do mentor do saudosismo (contributos de José Carlos Seabra Pereira, de Nuno Júdice, de Fernando Guimarães), o perfil temático de A Águia (contributos de Afonso Rocha e José Gama), a intervenção cultural, politica e económica (contributos de Rita Correia, de Elias J. Torres Feijó, de Ernesto Castro Leal, de António José Queiroz, de Maria Celeste Natário), a criação plástica (contributo de António Cardoso), a dissidência e a fecundidade criadora de movimentos e tendências (contributos de Renato Epifânio e de Miguel Real), as interpelações actuais da saudade, tema central das páginas de A Águia pascoalina (contributo de Pedro Baptista).
| Editora | Zéfiro |
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| Categorias | |
| Editora | Zéfiro |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Maria Celeste Natário, Renato Epifânio |
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Agostinho da Silva e o Pensamento Luso-BrasileiroNuma edição conjunta entre a Âncora Editora e a Associação Agostinho da Silva publicam-se neste volume as actas do Colóquio Internacional evocativo dos dez anos do falecimento de Agostinho da Silva, decorrido em Lisboa, de 27 a 28 de Maio de 2004, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e na Universidade Católica Portuguesa, na circunstãncia estimulante e oportuna em que se inicia a comemoração conjunta, em Portugal e no Brasil, do Centenário do seu nascimento. O presente volume reúne as conferências e as comunicações de alguns dos mais distintos investigadores luso-brasileiros da obra agostiniana, num apreciável encontro de gerações onde confluem amigos, conviventes e reconhecidos estudiosos do Professor com jovens investigadores do seu pensamento e obra. -
A Via Lusófona - Um Novo Horizonte para PortugalUm Novo Horizonte para Portugal «Porque o Fundamento de Portugal é a Cultura, o seu Firmamento, o seu Horizonte último, só pode ser a Convergência Lusófona: o reforço dos laços com todos os outros países com quem Portugal tem mais afinidades linguísticas e culturais, ou seja, com todos os outros países lusófonos» Poderá o leitor encontrar nesta obra uma selecção de textos que, desde o final de 2007, foram publicados pelo autor no blogue da Nova Águia (novaaguia.blogspot.com) e do MIL Movimento Internacional Lusófono (mil-hafre.blogspot.com). Inclui-se o primeiro texto que foi publicado no blogue da Nova Águia e posteriormente republicado no primeiro número da revista. Conclui‑se com dois textos que assinalam, até ao momento, os dois actos mais marcantes do MIL: a entrega do Prémio Personalidade Lusófona (ao Embaixador Lauro Moreira), realizada na Academia das Ciências de Lisboa, numa cerimónia presidida pelo Professor Adriano Moreira; e a declaração de apoio à candidatura presidencial do Doutor Fernando Nobre. -
Teixeira de Pascoaes: Saudade, Física e Metafísica«A concepção física do universo de Pascoaes é a de um imenso oceano de energia, que ele identificou no energetismo e no indeterminismo de Heisenberg, lendo poeticamente as conclusões da cultura científica da época. Ele procurou unir aqui, como nas indicações de Celeste Natário fica dito, a física e a metafísica, almejando transfigurar a concepção quântica da matéria à luz do espírito, elevando-a ao divino e à saudade. A saudade e o saudosismo são, no que toca à concepção da mecânica do universo, o melhor ponto de vista de Pascoaes sobre a unidade espírito-matéria, porque é por eles que a Via Láctea e o fugaz quanta se acendem de sentido e soletram com o homem o verbo da Esperança. E não é bela esta imagem de Pascoaes? A Saudade, que impregna os mundos, levando-nos pela mão, dos mundos para a flor da Eternidade.» -
A Via Lusófona II: um novo horizonte para Portugal«É um serviço, não apenas aos interesses de Portugal, mas aos do património imaterial comum da humanidade, a defesa dos valores lusófonos, a que se dedicou o MIL.» Adriano Moreira in Prefácio Coligem-se aqui cerca de uma centena de textos de intervenção, todos eles, de forma mais ou menos directa, sobre a temática lusófona, textos que escrevemos nos últimos cinco anos e que foram sendo publicados, de forma dispersa, em diversos jornais e revistas, bem como em vários blogues em que regularmente colaboramos. No seu conjunto, estes textos retratam bem - julgamos - os diversos planos em que a Lusofonia se deve cumprir: no plano cultural, desde logo, mas também nos planos social, económico e político. Só assim, cumprindo-se em todas estes planos, a Lusofonia - é nossa convicção - se cumprirá realmente e deixará de ser apenas um mote retórico e inconsequente, como ainda - importa reconhecê-lo - em grande medida é. -
Nova Águia Nº 24 - 2º Sem. 2019AFONSO BOTELHO, nos 100 do seu nascimento Homenagem a JOÃO BIGOTTE CHORÃO Textos e Testemunhos de J. Pinharanda Gomes, Alfredo Campos Matos, Annabela Rita, António Braz Teixeira, António Cândido Franco, António Leite da Costa, António Manuel Pires Cabral, Artur Anselmo, Eugénio Lisboa, Isabel Ponce de Leão, Jaime Nogueira Pinto, Miguel Real, Paulo Ferreira da Cunha e Paulo Samuel Outras evo(o)cações JORGE DE SENA JOSÉ HERMANO SARAIVA As personalidades maiores (ou mais aquilinas) são aquelas que mais transcendem fronteiras – culturais, religiosas ou ideológicas. Pela amostra (significativa – mais de uma dúzia) de testemunhos que aqui recolhemos, João Bigotte Chorão foi, de facto, uma personalidade maior da nossa cultura lusófona… Dois mil e dezanove tem sido um ano especialmente rico em centenários. Para além de Afonso Botelho, evocamos aqui igualmente Jorge de Sena e José Hermano Saraiva. Para o próximo número, fica desde já prometida a evocação de Joel Serrão e de Sophia de Mello Breyner Andresen, onde iremos também recordar Agustina Bessa-Luís, recentemente falecida, no início deste semestre, que marcou ainda presença na Nova Águia – logo no primeiro número, onde publicámos um texto seu intitulado “O fantasma que anda no meu jardim”, que termina desta forma: “Voltaremos a encontrar-nos”. Até sempre, Agustina! Já na fase final da composição deste número, a 27 de Julho, faleceu, aos oitenta anos, Pinharanda Gomes, Sócio Honorário do MIL: Movimento Internacional Lusófono, um dos mais importantes colaboradores da Nova Águia, desde o primeiro número (até este que aqui se apresenta, com dois ensaios que nos fez chegar no primeiro semestre deste ano), e, sob todos os pontos de vista, uma das mais relevantes figuras da cultura lusófona do último meio século (facto que só por ignorância ou má-fé pode ser contestado). Por isso, no próximo número da revista, teremos, logo a abrir, uma série de Textos e Testemunhos em sua Homenagem. -
Tabula Rasa - 2º Festival Literário de Fátima: A Literatura e o SagradoAssumimos o lema “Muito mais do que um Festival Literário” e o volume que aqui se apresenta justifica-o plenamente. Depois de, no I Festival, termos abordado a relação entre “A Literatura e a Filosofia”, desta vez o mote foi “A Literatura e o Sagrado”. Assim, dissertámos sobre “O sagrado nas várias tradições religiosas”: nomeadamente, nas tradições católica, islâmica, judaica e druídica – bem como sobre “O sagrado no pensamento, na música e nas artes plásticas”. A dimensão internacional lusófona do I Festival também se manteve, com uma série de intervenções sobre “A Literatura e o Sagrado” nos diversos países e regiões do amplo e plural espaço de língua portuguesa. Essa dimensão internacional lusófona já se tornou, de resto, uma das marcas maiores dos Festivais Tabula Rasa. -
A Via Lusófona IV - Um Novo Horizonte para PortugalColigem-se aqui cerca de sete dezenas de textos, todos eles, de forma mais ou menos directa, sobre a temática lusófona, textos que escrevemos nos últimos anos e que foram sendo publicados, de forma dispersa, em diversos jornais e revistas, bem como em outras plataformas digitais em que regularmente colaboramos. No seu conjunto, estes textos retratam bem – julgamos – os diversos planos em que a Lusofonia se deve cumprir: no plano cultural, desde logo, mas também nos planos social, económico e político. Só assim, cumprindo-se em todos estes planos, a Lusofonia – é nossa convicção – se cumprirá realmente e deixará de ser apenas um mote retórico e inconsequente, como ainda – importa reconhecê-lo – em grande medida é. «A busca de horizontes é sempre um estímulo, sobretudo quando nos tentam subtraí-los em nome de falsas inevitabilidades e inexplicáveis conformismos. Que Renato Epifânio insista, pois, nestas reflexões a que deu o nome A Via Lusófona – Um Novo Horizonte para Portugal, isso só pode ser de saudar. Sobretudo porque, concorde-se ou não com as suas posições, ele tem sabido manter a polémica a um nível elevado, o que, em tempos de “pensamentos” rasteiros e frases fáceis para consumo massificado, não é, infelizmente, usual.» Nuno Pacheco, in Prefácio -
Nova Águia Nº 25 - 1º Sem. 2020 - Pinharanda GomesPINHARANDA GOMES, o nosso tributo Com texto de Marcelo Rebelo de Sousa ORLANDO VITORINO, obra e pensamento Onze Ensaios AGOSTINHO DA SILVA, Vida Conversável Conclusão Figura axial da cultura pátria do último meio século, Pinharanda Gomes será sempre para nós uma figura venerável – falamos não apenas da Nova Águia e do MIL: Movimento Internacional Lusófono, mas também de outras entidades com as quais temos uma parceria estratégica, em particular: Fundação Lusíada, Instituto de Filosofia Luso-Brasileira e Sociedade Histórica da Independência de Portugal. Por isso, logo no dia do seu falecimento, decidiram essas entidades prestar-lhe uma Homenagem, que decorreu no Palácio da Independência, a 7 de Outubro, dia em que Pinharanda Gomes completaria oitenta anos. Neste número da Nova Águia, após recordarmos o seu contributo em todos os números da Revista, publicamos os Testemunhos então proferidos, para além do próprio Discurso de Sua Excelência, o Presidente da República, que se associou a esta Homenagem. É este, pois, o nosso Tributo a Pinharanda Gomes, Tributo que não ficará por aqui. Na Nova Águia, jamais o esqueceremos. -
Nova Águia Nº 28 - 2º Sem. 2021 – Eça de QueirozVI Congresso da CIDADANIA LUSÓFONA EÇA DE QUEIROZ nos 150 anos do Canal do Suez MANUEL FERREIRA PATRÍCIO as suas obras escolhidas MORADAS novo caderno poético e visual Antes da Pandemia, em Novembro de 2019, a Nova Águia e o MIL (Movimento Internacional Lusófono), em parceria, como é nosso hábito, com outras entidades (académicas, culturais e cívicas), promoveram dois relevantes eventos: o VI Congresso da Cidadania Lusófona e o Congresso Eça de Queiroz, nos 150 anos da abertura do Canal do Suez. No vigésimo oitavo número da nossa Revista, começamos por publicar os melhores textos apresentados, em primeira mão, nesses dois Congressos, que iremos retomar neste ano de 2021: com o VII Congresso da Cidadania Lusófona e o II Congresso Eça de Queiroz – 150 anos, agora a propósito da publicação d’“O Mistério da Estrada de Sintra”, das Conferências Democráticas do Casino Lisbonense e do início da publicação d’“As Farpas”… -
A Via Lusófona V - Um Novo Horizonte para PortugalColigem-se aqui mais de meia centena de textos, todos eles, de forma mais ou menos directa, sobre a temática lusófona, textos que escrevemos nos últimos dois anos e que foram sendo publicados, de forma dispersa, em diversos jornais e revistas, bem como em outras plataformas digitais em que regularmente colaboramos. No seu conjunto, estes textos retratam bem – julgamos – os diversos planos em que a Lusofonia se deve cumprir: no plano cultural, desde logo, mas também nos planos social, económico e político. Só assim, cumprindo-se em todos estes planos, a Lusofonia – é nossa convicção – se cumprirá realmente e deixará de ser apenas um mote retórico e inconsequente, como ainda – importa reconhecê-lo – em grande medida é. «Nome de referência no panorama cultural português, Renato Epifânio reflecte como poucos a nossa condição de ser, ontem e hoje, à luz, sobretudo, da história e da filosofia (…). Não é um livro de contentamentos, este, mas também não o é de aflições. É uma reflexão à volta do que fomos e somos, e podemos ser, povo a fugir, melancólico, apático do futuro – de si próprio.» Fernando Dacostain Prefácio
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A Crise da Narração«Qualquer ação transformadora do mundo pressupõe uma narrativa. O storytelling, por seu lado, conhece uma única forma de vida, a consumista.» É a partir das narrativas que se estabelecem laços, se formam comunidades e se transformam sociedades. Mas, hoje, o storytelling tende a converter-se numa ferramenta de promoção de valores consumistas, insinuando-se por todo o lado devido à falta de sentido característica da atual sociedade de informação. Com ela, os valores da narração diluem-se numa corrente de informações que poucas vezes formam conhecimento e confirmam a existência de indivíduos isolados que, como Byung-Chul Han já mostrou em A Sociedade do Cansaço, têm como objetivo principal aumentar o seu rendimento e a autoexploração. E, no entanto, certas formas de narração continuam a permitir-nos partilhar experiências significativas, contribuindo para a transformação da sociedade. -
Inglaterra - Uma ElegiaNeste tributo pungente e pessoal, o filósofo Roger Scruton tece uma elegia à sua pátria, a Inglaterra, que é, ao mesmo tempo, uma esclarecedora e exaltante análise das suas instituições e cultura e uma celebração das suas virtudes.Abrangendo todos os aspectos da herança inglesa e informado por uma visão filosófica única, Inglaterra – Uma Elegia mostra como o seu país possui uma personalidade distinta e como dota os seus nacionais de um ideário moral também ele distinto.Inglaterra – Uma Elegia é uma defesa apaixonada, mas é também um lamento profundamente pessoal pelo perda e desvanecimento dessa Inglaterra da sua infância, da sua complexa relação com o seu pai e uma ampla meditação histórica e filosófica sobre o carácter, a comunidade, a religião, a lei, a sociedade, o governo, a cultura e o campo ingleses. -
Textos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
As Fronteiras do ConhecimentoEm tempos muito recentes, a humanidade aprendeu muito sobre o universo, o passado e sobre si mesma. E, através dos nossos notáveis sucessos na aquisição de conhecimento, aprendemos o quanto ainda temos para aprender: a ciência que temos, por exemplo, abrange apenas 5% do universo; a pré-história ainda está a ser estudada, com muito por revelar, milhares de locais históricos ainda a serem explorados; e as novas neurociências da mente e do cérebro estão ainda a dará os primeiros passos. O que sabemos e como o sabemos? O que sabemos agora que não sabemos? E o que aprendemos sobre os obstáculos para saber mais? Numa época de batalhas cada vez mais profundas sobre o significado do conhecimento e da verdade, estas questões são mais importantes o que nunca. As Fronteiras do Conhecimento dá resposta a estas questões através de três campos cruciais de investigação: ciência, história e psicologia. Uma história notável da ciência, da vida na Terra e da própria mente humana, este é um tour de force convincente e fascinante, escrito com verve, clareza e uma amplitude deslumbrante de conhecimento. -
A Religião WokeUma onda de loucura e intolerância está a varrer o mundo ocidental. Com origem nas universidades americanas, a religião woke está a varrer tudo à sua passagem: universidades, escolas, empresas, meios de comunicação social e cultura.Esta religião, propagandeia, em nome da luta contra a discriminação, dogmas no mínimo inauditos:A «teoria de género» professa que o sexo e o corpo não existem e que a consciência é que importa.A «teoria crítica da raça» afirma que todos os brancos são racistas, mas que nenhuma pessoa «racializada» o é.A «epistemologia do ponto de vista» defende que todo o conhecimento é «situado» e que não existe ciência objectiva, nem mesmo as ciências exactas.O objectivo dos wokes é «desconstruir» todo o património cultural e científico e pôr-se a postos para a instauração de uma ditadura em nome do «bem» e da «justiça social».É tudo isto e muito mais que Braunstein explica e contextualiza neste A Religião Woke, apoiado por textos, teses, conferências e ensaios, que cita e explica longamente, para denunciar esta nova religião que destrói a liberdade.Um ensaio chocante e salutar. -
O que é a Filosofia?A VERSÃO EM LIVRO DO «CONTAGIANTE» PODCAST DE FILOSOFIA, COM PROTAGONISTAS COMO PLATÃO, ARISTÓTELES, AGOSTINHO, KANT, WITTGENSTEIN E HEIDEGGER. A PARTIR DO CICLO GRAVADO PELO CCB. Não há ninguém que não tenha uma «filosofia», achando-a tão pessoal que passa a ser «a minha filosofia». Há também quem despreze a filosofia e diga que é coisa de «líricos» — as pessoas de acção que acham que a filosofia nada tem que ver com a vida. Há ainda a definição mais romântica: a filosofia é a amizade pelo saber. E para todo este conjunto de opiniões há já teses filosóficas, interpretações, atitudes, mentalidades, modos de ser. Mas então afinal: O que é a filosofia? É essa a pergunta que aqui se faz a alguns protagonistas da sua história, sem pretender fazer história. A filosofia é uma actividade que procura descobrir a verdade sobre «as coisas», «o mundo», os «outros», o «eu». Não se tem uma filosofia. Faz-se filosofia. A filosofia é uma possibilidade. E aqui começa já um problema antigo. Não é a possibilidade menos do que a realidade? Não é o possível só uma ilusão? Mas não é o sonho, como dizia Valéry, que nos distingue dos animais? Aqui fica já uma pista: uma boa pergunta põe-nos na direcção de uma boa resposta, e uma não existe sem a outra, como se verá. «Se, por um lado, a erudição do professor António de Castro Caeiro é esmagadora, o entusiasmo dele pela filosofia e por estes temas em geral é bastante contagiante.» Recomendação de Ricardo Araújo Pereira no Governo Sombra -
Caminhar - Uma FilosofiaExperiência física e simultaneamente mental, para Frédéric Gros, caminhar não é um desporto, mas uma fuga, uma deriva ao acaso, um exercício espiritual. Exaltada e praticada por Thoreau, Rimbaud, Nietzsche e Gandhi, revestiu-se, desde a Antiguidade até aos dias de hoje, de muitas formas: errância melancólica ou marcha de protesto, imersão na natureza ou pura evasão. Do Tibete ao México, de Jerusalém às florestas de Walden, CAMINHAR (2008) inspira-nos a sair de casa e mostra como, pelo mundo inteiro, esta arte aparentemente simples de «pôr um pé à frente do outro» tem muito a oferecer e a revelar sobre o ser humano. -
Sobre a Brevidade da Vida - Edição EspecialAgora numa edição especial em capa dura.Um livro sobre o desperdício da própria existência. Escrito há dois mil anos para ser entendido agora.Com data de escrita normalmente situada no ano 49, Sobre a Brevidade da Vida, do filósofo romano Séneca, versa sobre a natureza do tempo, sobre a forma como é desaproveitado com pensamentos e tarefas que se afastam de princípios éticos de verdadeiro significado.Ainda que anotado no dealbar da era cristã, este tratado reinventa a sua própria atualidade e parece aplicável com clareza aos tempos de hoje, vividos numa pressa informativa, no contacto exagerado, tantas vezes a respeito de nada que importe, proporcionado pelas redes sociais.Sobre a Brevidade da Vida está longe de ser um livro dentro dos conceitos atuais de autoajuda. É, talvez bem pelo contrário, um texto duro, arrojado, incomodativo, como que escrito por um amigo que nos diz o que não queremos ouvir, por o saber necessário.Chegar ao fim do nosso tempo e senti-lo desperdiçado, eis a grande tragédia, segundo Séneca.