Amor, Poesia, Sabedoria
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«Nesta época de liberalismo exacerbado, morosidade social e futuro incerto este trabalho
de Edgar Morin surge a propósito. Não que o autor pretenda desenhar os contornos de uma
sociedade idealizada, onde cada um, como que por encanto, encontra uma alegria de viver,
mas porque a ideia de que a vida se possa resumir à prudência, à organização excessiva das
coisas e à certeza, dá ao autor o inesperado desejo de discutir com os paladinos da
racionalidade.
Amor, Poesia, Sabedoria
é uma síntese simplificada de uma certa concepção do caminho do homem. Se não existir
sentido é necessário procurar as razões num amor incerto e numa poesia que teima em não se
exprimir.»
Le Monde Diplomatique
«Enquanto, por todo o lado, não cessa a enumeração de crimes, Edgar Morin surge pensando em flores e em palavras doces, sonha com a criança que se vincula à mãe, comove-se com os seus periquitos, que, na sua gaiola, se beijocam como os namorados de Brassens nos seus queridos bancos públicos. Perante o «desfraldar da hiperprosa» que é a uniformização da dor, não estará Edgar Morin a demonstrar um enorme interesse em reanimar um ramo de flores que se julgava murcho? Amor, Poesia e Sabedoria , segundo o autor, precedem de um mesmo fundo da vida sentimental, desse terreno obscuro, vizinho do nosso espírito que pensa. A razão contra a paixão? A sabedoria mais que loucura? É loucura ser demasiado razoável. Morin nesta obra demonstra como tudo se troca e se comunica numa dialógica permanente e que a palavra transporte, outrora tinha um significado muito melhor, pois significava a respiração amorosa, isto, claro, antes de a civilização moderna lhe atribuir exclusivamente as emanações de hodrocarbonetos. Após a leitura destas belíssimas e tocantes meditações tiraremos por lição que viver é sentir a vida.»
Nouvel Observateur
Le Monde Diplomatique
«Enquanto, por todo o lado, não cessa a enumeração de crimes, Edgar Morin surge pensando em flores e em palavras doces, sonha com a criança que se vincula à mãe, comove-se com os seus periquitos, que, na sua gaiola, se beijocam como os namorados de Brassens nos seus queridos bancos públicos. Perante o «desfraldar da hiperprosa» que é a uniformização da dor, não estará Edgar Morin a demonstrar um enorme interesse em reanimar um ramo de flores que se julgava murcho? Amor, Poesia e Sabedoria , segundo o autor, precedem de um mesmo fundo da vida sentimental, desse terreno obscuro, vizinho do nosso espírito que pensa. A razão contra a paixão? A sabedoria mais que loucura? É loucura ser demasiado razoável. Morin nesta obra demonstra como tudo se troca e se comunica numa dialógica permanente e que a palavra transporte, outrora tinha um significado muito melhor, pois significava a respiração amorosa, isto, claro, antes de a civilização moderna lhe atribuir exclusivamente as emanações de hodrocarbonetos. Após a leitura destas belíssimas e tocantes meditações tiraremos por lição que viver é sentir a vida.»
Nouvel Observateur
| Editora | Instituto Piaget |
|---|---|
| Categorias | |
| Editora | Instituto Piaget |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Edgar Morin |
Edgar Morin
Nascido em Julho de 1921, vive em Paris, resistiu ao nazismo e depois ao estalinismo, ator político independente, é sociólogo do contemporâneo, iniciador do pensamento complexo, é hoje diretor emérito de Investigação no CNRS, onde preside ao Comité Científico Ciências e Cidadãos. É presidente da Agência Europeia para a Cultura (UNESCO), presidente da Associação para o Pensamento Complexo, membro fundador da Academia da Latinidade, co-diretor da revista Communications. É investigador e membro honorário do Instituto Piaget, que lhe outorgou, em Abril de 2002, o Prémio Poética do Pensar. As Edições Piaget já publicaram, da sua autoria: «Introdução ao Pensamento Complexo».
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O Meu CaminhoEsta obra apresenta o caminho de um Homem: Edgar Morin. Neste caminho encontramos o pensamento que se formou e que produziu a sua obra. Um caminho feito pela curiosidade, pelo questionamento permanente, por uma inseparável ligação entre a vida e a obra, pela gestação lenta do pensamento complexo. No entanto, um caminho percorrido de forma descontínua com recomeços e renascimentos a todos os dez anos. Uma obra apaixonante onde Edgar Morin nos revela, sem dissimular emoções e paixões, o seu caminho, a sua experiência de vida, amor, poesia, velhice e morte. Nascido, em 1921, de uma família de nacionalidade italiana, com ascendência judeo-espanhola, a adolescência de Edgar Morin foi marcada pela escalada do nazismo, os processos estalinistas de Moscovo, a marcha contra a guerra. Aos vinte anos, sob a Ocupação, entra para o Partido Comunista e para a Resistência gaullista. Após a guerra, o seu caminho continuará a ser o da resistência ao estalinismo, à guerra da Argélia, contra todas as barbáries que assolam o mundo da sua existência. -
Edwige, a InseparávelEis uma história de um amor que se rememora. O livro abre-se numa ode ao quotidiano, às pequenas coisas, aos pequenos gestos, aos rituais que formam um casal e uma vida. Tudo se torna sublime neste amor sem fim em estado nascente, tudo se transcende através do amor mútuo: o café da manhã, a rega das flores, a música no carro, o mercado. Sem cessar, os dois enamorados escrevem pequenas palavras um ao outro, oferecem-se pequenos desenhos que o livro nos mostra. Edgar Morin pinta-nos o retrato da sua amada: uma mulher fascinante, marcada por dolo?rosas experiências, uma mulher ainda criança que vive no seu mundo imaginário construído para suportar a realidade, uma mulher intuitiva, e por vezes telepata, recusando que um psicólogo surja na sua vida para lhe violar os segredos do seu ser. O retrato de um ser complexo a ser amado até à exaustão, e é assim que Edgar Morin a ama. Esta história de amor não foi simples, no início: muitos atrasos, encontros falhados, porém cruzam-se inúmeras vezes no caminho que fazem. No entanto, ao fim de dezassete anos, de várias falsas partidas, de outras relações e uniões de ambos, reencontram-se porque esse era o seu destino. Anos e anos de felicidade absoluta, por fim a doença e a morte e, para Morin, o luto impossível daquela que irrigava a sua vida, ainda simultaneamente presente e ausente. É este luto que o autor nos conta, dia a dia, durante um ano, dando-nos a possibilidade de sentir esses momentos lancinantes em que a mínima coisa se torna emocional, gera o caos.Um livro marcante, escrito de forma soberba, fascinante, cheia de amor. Uma magnífica descoberta do que é o verdadeiro amor que se sente, vive e cultiva até nas idades mais avançadas. Uma obra que é um verdadeiro prazer de leitura, mesmo quando as lágrimas de emoção nos toldam os olhos. -
O Ano I da Era Ecológica«Foi na Califórnia, em 1969-1970, que alguns amigos cientistas na Universidade de Berkeley me despertaram para a consciência ecológica. Três décadas mais tarde, depois do mar Aral ter secado, da poluição do lago Baikal, as chuvas ácidas, a catástrofe de Chernobyl, a contaminação das placas freáticas, o buraco do ozono na Antártica, o furacão Katrina em Nova Orleães, a urgência é maior que nunca». EDGAR MORIN «Os cientistas, como os poetas, demostram que as trajetórias da natureza e da humanidade são indissociáveis, que a nossa comunidade de origem é idêntica à nossa comunidade de destino [ ] Saint-Exupéry escreveu: não existem soluções, mas forças. Criemos as forças e as soluções surgirão. Possuímos utensílios extraordinários para erradicar a fome e salvar a Terra. O que nos falta é uma vontade comum». NICOLAS HULOT -
Introdução ao Pensamento Complexo«Adquirimos conhecimentos extraordinários sobre o mundo [...] e, no entanto, por todo o lado, erro, ignorância, cegueira progridem simultaneamente com os nossos conhecimentos». Assim começa a Introdução ao Pensamento Complexo, esta pequena «grande» obra de Edgar Morin.Mas onde Adorno e Heidegger concluíam que a «Razão é Totalitária» e balanceavam num «pessimismo descontrolado» face à razão, Morin oferece a ideia exactamente contrária, «uma tomada de consciência radical é-nos necessária» porque «estes erros, ignorâncias, cegueiras e perigos têm uma característica comum que resulta de um modo de organização do conhecimento mutilante, incapaz de reconhecer e aprender a complexidade do real».É a esta «tomada de consciencia radical», a esta nova «organização do conhecimento», que permite apreender o mundo e a «complexidade do real», que Edgar Morin se dedica há mais de 40 anos, conforme o comprovam as suas inúmeras obras.Mas Edgar Morin é um dos raros autores que atacou frontalmente as questões do método que permitem repensar o mundo de hoje com os instrumentos intelectuais do presente. E é neste enquadramento que é necessário colocar a presente reedição desta Introdução ao Pensamento Complexo.Esta obra, imprescindível, permite lembrar três pontos importantes. Primeiro, que uma teoria do conhecimento é sempre uma teoria da sociedade, que uma das questões centrais das ciências continua a ser a do «problema da organização do conhecimento». Segundo, que o pensamento complexo, mesmo inacabado - sobretudo porque não é acabado - é um elemento fundamental na actual refelxão sobre os nossos sistemas de pensamento. Por fim, apesar da dificuldade deste trabalho de reflexão sobre o mundo, somos capazes de o fazer bem. Como diz Edgar Morin, de forma bela, «estamos condenados ao pensamento incerto, a um pensamento crivado de buracos, a um pensamento que não tem fundamento algum de certeza. Mas todos somos capazes de pensar nestas condições dramáticas». -
La Fraternité. Pourquoi ?"Liberté, égalité, fraternité" ces trois termes sont complémentaires, mais ils ne s'intègrent pas automatiquement les uns aux autres : la liberté, surtout économique, tend à détruire l'égalité , imposer l'égalité est une atteinte à la liberté. Donc le problème est de savoir les combiner. On peut édicter des lois qui assurent la liberté ou qui imposent l'égalité, mais on ne peut imposer la fraternité par la loi. Elle doit venir de nous. Il nous faut associer et combiner liberté et égalité, quitte à faire des compromis entre ces deux termes, et susciter, éveiller ou réveiller la fraternité. La reconnaissance de notre humanité commune et le respect de ses différences sont les bases sur lesquelles pourrait se développer la fraternité entre tous les humains face à notre destin commun dans une aventure commune. Ce sont dans des oasis, lieux d'une économie solidaire, de dépollution et de détoxification des vies, lieux de vie meilleure que nous pourrons imaginer des lieux de solidarité. Nous devons créer des îlots de vie autre, nous devons les multiplier. Si la régression se poursuit, ils seront des lieux de résistance fraternelle. Et si apparaissent les lueurs d'une aurore, ils seront les points de départ d'une fraternité plus généralisée dans une civilisation réformée. -
Os Meus DemóniosTodos os seres humanos têm os seus demónios. São entidades espirituais ao mesmo tempo interiores e superiores a nós, a quem obedecemos sem saber. Donde vêm? Por têm tanto poder sobre nós? Que fazem de nós e que fazemos nós deles? Poderão modificar-se e até transformar - se através da experiência de vida? Quis reconhecer os demónios que ocuparam e animaram o meu espírito e que me diferenciaram sem que tenha procurado singularizar-me. Quis em todos os casos remontar à sua origem, ver como se formaram, como se transformaram e me transformaram. No final deste livro, tento reconhecer os erros a que eles me conduziram, as verdades a que permaneço fiel e, doravante capaz de dialogar com eles, assumo-os de forma consciente. Simultaneamente confissão e credo, Os Meus Demónios é inclassificável. É o livro de um escritor, de um historiador, de um pensador, um livro que se esforça por tratar do seu próprio autor, das suas experiências na sua época, do pensamento complexo a que deu origem. Nele encontramos a visão do sociólogo preocupado com os acontecimentos presentes, do antropólogo atento ao mito e ao imaginário, e do autor de O Método, para quem a complexidade se tornou o desafio que deve ser enfrentado pelo espírito humano. -
Um Ano Sísifo: Diário de um Fim de SéculoUm ano sísifo na história de um planeta cujas esperanças se voltam a perder e onde tudo parece dever recomeçar do zero. Um ano sísifo na vida de um homem em que todas as resoluções para reformar a sua vida se desmoronam e em que deve retomá-las do zero.Os acontecimentos e problemas do ano surgem não somente dos ecrãs de televisão e das páginas impressas mas também através das vivas discussões entre amigos, como nos encontros e colóquios internacionais onde Edgar Morin aborda por vezes a história. Impelido pela sua curiosidade, ele nota mil detalhes da vida quotidiana e arrola informações de todos os horizontes, passando dos seus passatempos ou do prazer de uma refeição aos grandes problemas planetários, da dor de uma morte próxima ao divertimento com as pequenas futilidades.Este diário em caleidoscópio é também, e ao mesmo tempo,o espelho dos acontecimentos do mundo e daquele que os interpreta. -
Sociologia - A Sociologia do Microssocial ao MacroplanetárioA sociologia deve assumir simultaneamente uma vocação científica e uma vocação ensaística. O sociólogo deve assumir as duas culturas nas quais participa: a cultura científica e a cultura humanista (filosófica e literária) e deve revelar o desafio da separação e do antagonismo entre as duas culturas. Por aí mesmo poderia desempenhar um papel-chave na tão necessária comunicação interfecundação entre essas duas culturas.»Edgar Morin propõe-nos, nesta sua obra, revista e aumentada, um pensamento sociológico que restaure uma organização, ressuscite a reflexão sobre os grandes problemas antropossociais e que, ao mesmo tempo, confronte a realidade do presente, a vida dos acontecimentos, a complexidade dos fenómenos, a Humanidade do quotidiano. Esta «soma sociológica» ilustra e defende uma concepção complexificada da sociologia. -
Repensar a Reforma Reformar o Pensamento - A cabeça bem Feitaqui é preconizado reformar o pensamento para reformar o ensino e reformar o ensino para reformar o pensamento. No sentido da reforma do pensamento, Edgar Morin propõe os princípios que permitiriam seguir a indicação dada por Pascal: «tenho por impossível conhecer as partes sem conhecer o todo, bem como conhecer o todo sem conhecer as partes...». Estes princípios conduzem muito para além de um conhecimento fragmentado, o qual, tornando invisíveis as interações entre um todo e as suas partes, quebra o complexo e oculta os problemas essenciais; conduzem igualmente para além de um conhecimento que, apenas vendo globalidades, perde o contacto com o particular, o singular e o concreto. Estes princípios conduzem ao remediar da funesta desunião existente entre o pensamento científico, que desassocia os conhecimentos e não reflete sobre o destino humano, e o pensamento humanista, que ignora as aquisições das ciências que podem alimentar as suas interrogações sobre o mundo e a vida. Daí a necessidade de uma reforma do pensamento, que, no que diz respeito à nossa aptidão para organizar o conhecimento, permitiria a união de duas culturas divorciadas. Logo, poderiam reaparecer as grandes finalidades do ensino que deveriam ser inseparáveis: suscitar uma cabeça bem feita, mais do que bem cheia, ensinar a condição humana, iniciar a viver, enfrentar a incerteza, aprender a tornar-se cidadão. -
A Via - Para o Futuro da HumanidadeNesta obra Edgar Morin responde à seguinte questão: será que estamos a caminhar para uma cadeia de desastres? Para respondê-la, dividiu o livro em quatro análises: a regeneração das relações sociais; as bases da democracia cognitiva, da reforma da educação, da formação de intelectuais; os problemas quotidianos; e as reformas morais necessárias. É marcante a melancolia do investigador que tendo analisado, durante toda a sua vida, a caminhada da humanidade na direção de um provável abismo, não estará vivo para assistir ao desastre. É também marcante, em toda a obra, a existência de uma esperança onde vai buscar a sua força, esperança essa que se nutre de desesperança. E, assim, Edgar Morin continua enriquecendo a sua teoria de uma "antropolítica". O que poderia parecer a ingenuidade do óbvio transforma-se no assunto principal, obsessivo e imensamente complexo. Ao longo do livro, Morin empreende uma análise do possível e uma indicação de caminhos próximos da utopia. Conflitos étnicos, religiosos, políticos. Instabilidade económica. Degradação da biosfera. Derrocada das sociedades tradicionais e, ao mesmo tempo, da modernidade. Para Morin, é este o cenário atual. Uma época de inúmeras e infinitas crises, cujos responsáveis diretos são a mundialização, a ocidentalização e o desenvolvimento. Ao longo do livro, o pensador procura traçar A Via para a reestruturação de práticas e pensamentos coletivos na sociedade, algo possível apenas quando se assume a metamorfose como meta prioritária, utopia realizável, sonho possível
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A Crise da Narração«Qualquer ação transformadora do mundo pressupõe uma narrativa. O storytelling, por seu lado, conhece uma única forma de vida, a consumista.» É a partir das narrativas que se estabelecem laços, se formam comunidades e se transformam sociedades. Mas, hoje, o storytelling tende a converter-se numa ferramenta de promoção de valores consumistas, insinuando-se por todo o lado devido à falta de sentido característica da atual sociedade de informação. Com ela, os valores da narração diluem-se numa corrente de informações que poucas vezes formam conhecimento e confirmam a existência de indivíduos isolados que, como Byung-Chul Han já mostrou em A Sociedade do Cansaço, têm como objetivo principal aumentar o seu rendimento e a autoexploração. E, no entanto, certas formas de narração continuam a permitir-nos partilhar experiências significativas, contribuindo para a transformação da sociedade. -
Inglaterra - Uma ElegiaNeste tributo pungente e pessoal, o filósofo Roger Scruton tece uma elegia à sua pátria, a Inglaterra, que é, ao mesmo tempo, uma esclarecedora e exaltante análise das suas instituições e cultura e uma celebração das suas virtudes.Abrangendo todos os aspectos da herança inglesa e informado por uma visão filosófica única, Inglaterra – Uma Elegia mostra como o seu país possui uma personalidade distinta e como dota os seus nacionais de um ideário moral também ele distinto.Inglaterra – Uma Elegia é uma defesa apaixonada, mas é também um lamento profundamente pessoal pelo perda e desvanecimento dessa Inglaterra da sua infância, da sua complexa relação com o seu pai e uma ampla meditação histórica e filosófica sobre o carácter, a comunidade, a religião, a lei, a sociedade, o governo, a cultura e o campo ingleses. -
Textos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
As Fronteiras do ConhecimentoEm tempos muito recentes, a humanidade aprendeu muito sobre o universo, o passado e sobre si mesma. E, através dos nossos notáveis sucessos na aquisição de conhecimento, aprendemos o quanto ainda temos para aprender: a ciência que temos, por exemplo, abrange apenas 5% do universo; a pré-história ainda está a ser estudada, com muito por revelar, milhares de locais históricos ainda a serem explorados; e as novas neurociências da mente e do cérebro estão ainda a dará os primeiros passos. O que sabemos e como o sabemos? O que sabemos agora que não sabemos? E o que aprendemos sobre os obstáculos para saber mais? Numa época de batalhas cada vez mais profundas sobre o significado do conhecimento e da verdade, estas questões são mais importantes o que nunca. As Fronteiras do Conhecimento dá resposta a estas questões através de três campos cruciais de investigação: ciência, história e psicologia. Uma história notável da ciência, da vida na Terra e da própria mente humana, este é um tour de force convincente e fascinante, escrito com verve, clareza e uma amplitude deslumbrante de conhecimento. -
A Religião WokeUma onda de loucura e intolerância está a varrer o mundo ocidental. Com origem nas universidades americanas, a religião woke está a varrer tudo à sua passagem: universidades, escolas, empresas, meios de comunicação social e cultura.Esta religião, propagandeia, em nome da luta contra a discriminação, dogmas no mínimo inauditos:A «teoria de género» professa que o sexo e o corpo não existem e que a consciência é que importa.A «teoria crítica da raça» afirma que todos os brancos são racistas, mas que nenhuma pessoa «racializada» o é.A «epistemologia do ponto de vista» defende que todo o conhecimento é «situado» e que não existe ciência objectiva, nem mesmo as ciências exactas.O objectivo dos wokes é «desconstruir» todo o património cultural e científico e pôr-se a postos para a instauração de uma ditadura em nome do «bem» e da «justiça social».É tudo isto e muito mais que Braunstein explica e contextualiza neste A Religião Woke, apoiado por textos, teses, conferências e ensaios, que cita e explica longamente, para denunciar esta nova religião que destrói a liberdade.Um ensaio chocante e salutar. -
O que é a Filosofia?A VERSÃO EM LIVRO DO «CONTAGIANTE» PODCAST DE FILOSOFIA, COM PROTAGONISTAS COMO PLATÃO, ARISTÓTELES, AGOSTINHO, KANT, WITTGENSTEIN E HEIDEGGER. A PARTIR DO CICLO GRAVADO PELO CCB. Não há ninguém que não tenha uma «filosofia», achando-a tão pessoal que passa a ser «a minha filosofia». Há também quem despreze a filosofia e diga que é coisa de «líricos» — as pessoas de acção que acham que a filosofia nada tem que ver com a vida. Há ainda a definição mais romântica: a filosofia é a amizade pelo saber. E para todo este conjunto de opiniões há já teses filosóficas, interpretações, atitudes, mentalidades, modos de ser. Mas então afinal: O que é a filosofia? É essa a pergunta que aqui se faz a alguns protagonistas da sua história, sem pretender fazer história. A filosofia é uma actividade que procura descobrir a verdade sobre «as coisas», «o mundo», os «outros», o «eu». Não se tem uma filosofia. Faz-se filosofia. A filosofia é uma possibilidade. E aqui começa já um problema antigo. Não é a possibilidade menos do que a realidade? Não é o possível só uma ilusão? Mas não é o sonho, como dizia Valéry, que nos distingue dos animais? Aqui fica já uma pista: uma boa pergunta põe-nos na direcção de uma boa resposta, e uma não existe sem a outra, como se verá. «Se, por um lado, a erudição do professor António de Castro Caeiro é esmagadora, o entusiasmo dele pela filosofia e por estes temas em geral é bastante contagiante.» Recomendação de Ricardo Araújo Pereira no Governo Sombra -
Caminhar - Uma FilosofiaExperiência física e simultaneamente mental, para Frédéric Gros, caminhar não é um desporto, mas uma fuga, uma deriva ao acaso, um exercício espiritual. Exaltada e praticada por Thoreau, Rimbaud, Nietzsche e Gandhi, revestiu-se, desde a Antiguidade até aos dias de hoje, de muitas formas: errância melancólica ou marcha de protesto, imersão na natureza ou pura evasão. Do Tibete ao México, de Jerusalém às florestas de Walden, CAMINHAR (2008) inspira-nos a sair de casa e mostra como, pelo mundo inteiro, esta arte aparentemente simples de «pôr um pé à frente do outro» tem muito a oferecer e a revelar sobre o ser humano. -
Sobre a Brevidade da Vida - Edição EspecialAgora numa edição especial em capa dura.Um livro sobre o desperdício da própria existência. Escrito há dois mil anos para ser entendido agora.Com data de escrita normalmente situada no ano 49, Sobre a Brevidade da Vida, do filósofo romano Séneca, versa sobre a natureza do tempo, sobre a forma como é desaproveitado com pensamentos e tarefas que se afastam de princípios éticos de verdadeiro significado.Ainda que anotado no dealbar da era cristã, este tratado reinventa a sua própria atualidade e parece aplicável com clareza aos tempos de hoje, vividos numa pressa informativa, no contacto exagerado, tantas vezes a respeito de nada que importe, proporcionado pelas redes sociais.Sobre a Brevidade da Vida está longe de ser um livro dentro dos conceitos atuais de autoajuda. É, talvez bem pelo contrário, um texto duro, arrojado, incomodativo, como que escrito por um amigo que nos diz o que não queremos ouvir, por o saber necessário.Chegar ao fim do nosso tempo e senti-lo desperdiçado, eis a grande tragédia, segundo Séneca.