António Barreto - Política e Pensamento
«António Barreto é frequentemente apresentado como um «senador do regime». Ao longo de anos e décadas, foi acumulando uma extraordinária experiência e uma invulgar sabedoria, continuando a impor-se no palco nacional por mérito próprio - pela sua independência tranquila, a respeitabilidade da sua pessoa, a autoridade das suas palavras esclarecedoras, o seu juízo sólido, maduro, equilibrado, quase sempre dissonante do mainstream ou das «ideias recebidas»; quase sempre crítico do poder.
Retirou-se muito cedo da vida política activa (1991), com 49 anos. Chegou talvez alto
demais cedo demais: aos 34 anos já era ministro (e antes disso já fora secretário de
Estado). Esta precocidade, porém, não desfaz o paradoxo que tanta gente de há muito
estranha. António Barreto tinha tudo para ser tudo o que há para ser em Portugal. E não
foi. Porquê? Este livro pretende fornecer uma explicação satisfatória para um fenómeno que
permanece singular, misterioso, intrigante.»
| Editora | Dom Quixote |
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| Categorias | |
| Editora | Dom Quixote |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Maria de Fátima Bonifácio |
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O Primeiro Duque de Palmela«A estadia de Palmela em Londres, que durou até 1820, não serviu apenas para o consagrar como um actor no palco europeu. Foi então que fez verdadeiramente a sua educação política, profundamente influenciada pelo modelo inglês, que Palmela tanto gostaria de ver implantado em Portugal, embora tivesse a noção de que um abismo separava as duas sociedades. No entanto, conservou sempre uma predilecção por aquele mundo político que se coadunada com a sua inclinação instintiva para o consenso, a conciliação, o gradualismo e o meio-termo.» -
Fora da Circunstância: ensaios polémicos sobre grandes questões da actualidade«Reúno neste livro alguns ensaios inéditos bem como uma série de textos que escrevi desde 1990 até ao presente. São hoje textos fora da circunstância em que na altura os escrevi, ou porque pretendia intervir sobre a actualidade, ou porque me surgiram num dado momento da minha evolução intelectual. Creio, porém, que todos eles abrem ou reabrem polémicas que estão longe de ter sido encerradas – se é que alguma vez o serão.»Maria de Fátima Bonifácio in "Introdução"Ensaios sobre o populismo, o federalismo europeu, a Direita em Portugal, o futuro do capitalismo, as relações Portugal-Angola, e outros temas fracturantes. -
História e Ideologia: uma polémica novecentistaMaria de Fátima Bonifácio, uma das historiadoras contemporâneas mais conceituadas, aborda neste livro o liberalismo português tal como ele se apresentava na sua génese, na primeira metade do século XIX. Em particular, estuda a oposição protecionismo versus livre-cambismo, o papel central das relações luso britânicas na política económica externa de Portugal, as contradições entre Porto e Lisboa neste contexto, etc. Baseando-se na investigação mais profunda de sempre sobre o tema e detentora de um estilo fluido e acessível, a autora traz nova e definitiva luz ao contexto socioeconómico português num dos séculos mais conturbados e marcantes da nossa história. À época em que foi publicado pela primeira vez, este livro afrontou deliberadamente a ortodoxia marxista que dominava este campo temático. -
A Monarquia Constitucional - 1807 - 1910Com o pronunciamento militar de 1820, legitimado pelas novas teorias políticas que afirmavam residir no povo (ou na nação) a fonte única da soberania; que concebiam o poder como um contrato entre governantes e governados; e que viam naqueles uma espécie de delegados destes, a revolução inaugurou-se em Portugal: entrou em cena o mais vigoroso agente da história do século XIX português. Ela será portanto o assunto central deste livro -
D. Maria IID. Maria II nasceu no Rio de Janeiro, em 1819, e morreu em Lisboa, em 1853. Do seu casamento com D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha resultaram onze filhos, dos quais sete sobreviveram, tendo o parto do último ocasionado a morte da rainha. Subiu ao trono em Setembro de 1834, no final da guerra civil entre liberais e absolutistas. Tinha apenas quinze anos, e do mundo apenas conhecia os palácios dos reis e dos príncipes. Sem nenhuma experiência política, viu-se de imediato a braços com a luta entre facções divididas por antagonismos ideológicos e ambições rivais. Herdou um reino minado pela revolução, e confiou resolutamente no homem que lhe prometeu vencê-la e mantê-la vencida. No dia em que morreu, D. Fernando, devastado pelo desgosto, recordou-a como «a melhor das mães e o modelo das esposas». -
Um Homem Singular ? Biografia política de Rodrigo da Fonseca MagalhãesRodrigo da Fonseca Magalhães foi um dos mais importantes políticos liberais portugueses e primeira figura do movimento da Regeneração. Embora seja praticamente desconhecido, ele é um dos maiores nomes deste período, tendo sido reconhecido pelos seus contemporâneos como um político de referência com uma obra quase tão importante como a de Fontes Pereira de Melo. Este livro é o resultado de uma investigação de vários anos de Maria de Fátima Bonifácio e apresenta o retrato completo da figura e da obra de Rodrigo da Fonseca Magalhães, espelhando bem como ele foi Um Homem Singular.Ver por dentro: -
O Primeiro Duque de PalmelaBiografia do grande político e diplomata português do século XIX.«A estadia de Palmela em Londres, que durou até 1820, não serviu apenas para o consagrar como um actor no palco europeu. Foi então que fez verdadeiramente a sua educação política, profundamente influenciada pelo modelo inglês, que Palmela tanto gostaria de ver implantado em Portugal, embora tivesse a noção de que um abismo separava as duas sociedades. No entanto, conservou sempre uma predilecção por aquele mundo político que se coadunada com a sua inclinação instintiva para o consenso, a conciliação, o gradualismo e o meio-termo.»Maria de Fátima Bonifácio é licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1977) e doutorada com agregação, também em História, pela FCSH da Universidade Nova de Lisboa. Tem colaborado em diversos diversos órgãos de comunicação social, como por exemplo os jornais Público e Observador e a revista Atlântico. É autora de várias obras, entre as quais A Monarquia Constitucional (1808-1910) e Um Homem Singular e transcreveu, prefaciou e editou as Memórias do Duque de Palmela, que mereceram uma Menção Honrosa do Júri do Prémio Grémio Literário 2011.Ver por dentro: -
António Barreto - Política e Pensamento«António Barreto é frequentemente apresentado como um «senador do regime». Ao longo de anos e décadas, foi acumulando uma extraordinária experiência e uma invulgar sabedoria, continuando a impor-se no palco nacional por mérito próprio - pela sua independência tranquila, a respeitabilidade da sua pessoa, a autoridade das suas palavras esclarecedoras, o seu juízo sólido, maduro, equilibrado, quase sempre dissonante do mainstream ou das «ideias recebidas»; quase sempre crítico do poder.Retirou-se muito cedo da vida política activa (1991), com 49 anos. Chegou talvez alto demais cedo demais: aos 34 anos já era ministro (e antes disso já fora secretário de Estado). Esta precocidade, porém, não desfaz o paradoxo que tanta gente de há muito estranha. António Barreto tinha tudo para ser tudo o que há para ser em Portugal. E não foi. Porquê ? Este livro pretende fornecer uma explicação satisfatória para um fenómeno que permanece singular, misterioso, intrigante.»Ver por dentro: -
Um Homem SingularRodrigo da Fonseca Magalhães foi um dos mais importantes políticos liberais portugueses e primeira figura do movimento da Regeneração. Embora seja praticamente desconhecido, ele é um dos maiores nomes deste período, tendo sido reconhecido pelos seus contemporâneos como um político de referência com uma obra quase tão importante como a de Fontes Pereira de Melo. Este livro é o resultado de uma investigação de vários anos de Maria de Fátima Bonifácio e apresenta o retrato completo da figura e da obra de Rodrigo da Fonseca Magalhães, espelhando bem como ele foi Um Homem Singular. -
A Republicanização da Monarquia - Perceber o século XIX Português - 1807-1880Num século tão conturbado como foi o século XIX, a evolução política de Portugal foi marcada por um conflito insanável entre o radicalismo e o liberalismo, conflito esse que o demo-liberalismo europeu do século XX parcialmente resolveu sem, no entanto, erradicar por completo a tensão que ainda hoje em dia vem ao de cima nas nossas democracias liberais, onde se degladiam as forças à esquerda adeptas do estatismo, e as que ao centro pugnando por um Estado menos invasivo, reivindicando a liberdade individual, e portanto os direitos da iniciativa privada com o seu respectivo corolário, a meritocracia. O mundo conservador, aristocrático e rural, foi silenciado, só reaparecendo na política oficial e constitucional em Portugal na primeira metade do século XX. Nas últimas décadas do século XIX, o radicalismo revelou o seu fundo abertamente republicano, desentranhando-se do caldeirão liberal em que, por fraqueza, existira confundido com o liberalismo, sem porém abdicar do seu credo próprio, antimonárquico e antiaristocrático. O programa do radicalismo consistiu em republicanizar a monarquia: liquidar o privilégio aristocrático, eliminar a Câmara dos Pares, transformar o rei numa figura meramente decorativa, e, não menos importante revogar o artigo 6.º da Carta que determinava que o catolicismo fosse a religião oficial do Estado.
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O Príncipe da Democracia - Uma Biografia de Francisco Lucas PiresNenhuma outra figura foi intelectualmente tão relevante para a afirmação da direita liberal em Portugal como Francisco Lucas Pires. Forjado numa família que reunia formação clássica e espírito de liberdade, tornou-se um constitucionalista inovador, um jurista criativo, um político de dimensão intelectual rara à escala nacional e europeia – e, acima de tudo, um cidadão inconformado com o destino de Portugal.Em O Príncipe da Democracia, Nuno Gonçalo Poças reconstitui o percurso e as ideias deste homem invulgar, cujo legado permanece em grande parte por cumprir, e passa em revista os seus sucessos e fracassos. O resultado é um livro que, graças à absoluta contemporaneidade do pensamento do biografado, nos ajuda a compreender as grandes questões que o país e a Europa continuam a enfrentar, mostrando-nos, ao mesmo tempo, uma elegância política difícil de conceber quando olhamos hoje à nossa volta.Mais do que um retrato elucidativo de Lucas Pires, que partiu precocemente aos 53 anos, este é um documento fundamental para responder aos desafios do futuro, numa altura em que o 25 de Abril completa meio século. -
A DesobedienteA dor e o abandono chegaram cedo à vida de Teresinha, a filha mais velha de um dos mais prestigiados médicos da capital e de uma mulher livre e corajosa, descendente dos marqueses de Alorna, que nas ruas e nos melhores salões de Lisboa rivalizava em encanto com Natália Correia. A menina que haveria de ser poetisa vê a morte de perto quando ainda mal sabe andar, sobrevive às depressões da mãe, chegando mesmo a comer uma carta para a proteger. É dura e injustamente castigada e as cicatrizes hão de ficar visíveis toda a vida, de tal modo que a infância e a adolescência de Maria Teresa Horta explicam quase todas as opções que tomou. Sobreviver ao difícil divórcio dos pais, duas figuras incomuns, com as quais estabeleceu relações impressionantes de tão complexas, foi apenas uma etapa.Mas quanto deste sofrimento a leva à descoberta da poesia? E quanto está na origem da voz ativista de uma jovem que há de ser uma d’As Três Marias, as autoras das famosas «Novas Cartas Portuguesas», e protagonistas do último caso de perseguição a escritores em Portugal, que recebeu apoio internacional de mulheres como Simone de Beauvoir e Marguerite Duras? A insubmissa, que se envolve por acaso com o PCP e mantém intensa atividade política no pré e no pós-25 de Abril; a poetisa, a mãe, a mulher que constrói um amor desmedido por Luís de Barros; a grande escritora a quem os prémios e condecorações chegaram já tarde (ainda que, em alguns casos, a tempo de serem recusados), entre outras facetas, é a Maria Teresa Horta que Patrícia Reis, romancista e biógrafa experimentada, soube escrever e dar a conhecer, nesta biografia, com a destreza e a sensibilidade que a distinguem. -
Emílio Rui VilarMemórias do país da ditadura e do alvor da democracia em Portugal. A vida de Emílio Rui Vilar atravessou as principais mudanças da segunda metade do século XX. Contado na primeira pessoa, um percurso fascinante pelo fim do regime de Salazar e Caetano e pela revolução de Abril.Transcrevendo entrevistas realizadas ao longo de vários meses, este livro recolhe o relato na primeira pessoa de uma trajetória que percorreu o início da contestação ao Estado Novo no meio universitário, a Guerra Colonial, a criação da SEDES, o fracasso da “primavera marcelista” e os primeiros anos do novo regime democrático saído do 25 de Abril, onde Emílio Rui Vilar desempenhou funções governativas nos primeiros três Governos Provisórios e no Primeiro Governo Constitucional. No ano em que se celebram cinco décadas de democracia em Portugal, este livro é um importante testemunho sobre dois regimes, sobre o fim de um e o nascimento de outro. -
Oriente PróximoCom a atual guerra em Gaza, este livro, Oriente Próximo ganhou uma premente atualidade. A autora, a maior especialista portuguesa sobre o assunto, aborda o problema não do ponto de vista geral, mas a partir da vida concreta das pessoas judeus, árabes e outras nacionalidades que habitam o território da Palestina. Daí decorre que o livro se torna de leitura fascinante, como quem lê um romance.Nunca se publicou nada em Portugal com tão grande qualidade. -
Savimbi - Um homem no Seu MartírioSavimbi foi alvo de uma longa e destrutiva campanha de propaganda, desinformação e acções encobertas de segurança com o objectivo de o desacreditar e isolar. Se não aceitasse o exílio ou a sujeição, como foi o objectivo falhado dessa campanha, o fim último era matá-lo, como aconteceu: premeditadamente! Para que a sua «morte em combate» não suscitasse empatia, foi como um chefe terrorista da laia de Bin Laden que a sua morte foi apresentada – artifício da propaganda que tirou partido da memória emocional recente dos atentados da Al Qaeda, na América. Julgado com honestidade, Savimbi nunca foi o «bandido» por que o fizeram passar. O manifesto apreço que personalidades de indiscutível clareza moral, como Mandela, tiveram por ele prova-o. O MPLA elegeu-o como adversário temido e quis apagá-lo do seu caminho! Não pelos crimes a que o associaram. O que o MPLA e o seu regime temiam eram as suas qualidades e carisma, a sua representatividade política e o prestígio externo que granjeara. Como outros grandes da História, Savimbi também tinha defeitos e cometia erros. Mas no deve e haver as suas qualidades eram preponderantes." -
Na Cabeça de MontenegroLuís Montenegro, o persistente.O cargo de líder parlamentar, no período da troika, deu-lhe o estatuto de herdeiro do passismo. Mas as relações com Passos Coelho arrefeceram e o legado que agora persegue é outro e mais antigo. Quem o conhece bem diz que Montenegro é um fiel intérprete da velha tradição do PPD, o partido dos baronatos do Norte. Recusou por três vezes ser governante e por duas vezes foi derrotado em autárquicas. Já fez e desfez alianças, esteve politicamente morto e ressuscitou. Depois de algumas falsas partidas chegou à liderança. Mas tudo tem um preço e é o próprio a admitir que se questiona com frequência: será que vale a pena? -
Na Cabeça de VenturaAndré Ventura, o fura-vidas.Esta é a história de uma espécie de Fausto português, que foi trocando aquilo em que acreditava por tudo o que satisfizesse a sua ambição. André Ventura foi um fura-vidas. A persona mediática que criou nasceu na CMTV como comentador de futebol. Na adolescência convertera-se ao catolicismo, a ponto de se tornar um fundamentalista religioso. Depois de ganhar visibilidade televisiva soube pô-la ao serviço da sua ambição de notoriedade. Passou pelo PSD e foi como candidato do PSD que descobriu que havia um mercado eleitoral populista e xenófobo à espera de alguém que viesse representá-lo em voz alta. Assim nasceu o Chega. -
Contra toda a Esperança - MemóriasO livro de memórias de Nadejda Mandelstam começa, ao jeito das narrativas épicas, in media res, com a frase: «Depois de dar uma bofetada a Aleksei Tolstói, O. M. regressou imediatamente a Moscovo.» Os 84 capítulos que se seguem são uma tentativa de responder a uma das perguntas mais pertinentes da história da literatura russa do século XX: por que razão foi preso Ossip Mandelstam na fatídica noite de 1 de Maio de 1934, pouco depois do seu regresso de Moscovo? O presente volume de memórias de Nadejda Mandelstam cobre, assim, um arco temporal que medeia entre a primeira detenção do marido e a sua morte, ou os rumores sobre ela, num campo de trânsito próximo de Vladivostok, algures no Inverno de 1938. Contra toda a Esperançaoferece um roteiro literário e biográfico dos últimos quatro anos de vida de um dos maiores poetas do século XX. Contudo, é mais do que uma narrativa memorialística ou biográfica, e a sua autora é mais do que a viúva mítica, que memorizou a obra proibida do poeta perseguido, conseguindo dessa forma preservar toda uma tradição literária. Na sua acusação devastadora ao sistema político soviético, a obra de Nadejda Mandelstam é apenas igualada por O Arquipélago Gulag. O seu método de composição singular, e a prosa desapaixonada com que a autora sonda o absurdo da existência humana, na esteira de Dostoievski ou de Platónov, fazem de Contra toda a Esperança uma das obras maiores da literatura russa do século XX.