As Farpas de Ramalho Ortigão. Antologia: Escritos sobre política
Paladino da liberdade de pensamento, da discussão crítica e do estudo fundamentado dos problemas, tendo sempre pugnado pela regeneração política e moral, e recusando-se a aceitar a resignação fatalista e a subserviência medrosa, Ramalho Ortigão, com As (suas) Farpas, legou-nos páginas que denotam uma espantosa ─ e deveras preocupante ─ actualidade.
Com este volume publica-se pela primeira vez uma antologia d’As Farpas que integra exclusivamente textos de índole política ─ ou que incidem sobre a política, nas suas múltiplas facetas, e os políticos, com os seus tremendos vícios e as suas perenes misérias…Inclui crónicas que Ramalho publicou no jornal O António Maria e que não constam da primeira edição d’As Farpas, tal como textos que escreveu após a implantação da República e que seriam publicados em livro postumamente, num volume intitulado Últimas Farpas.
| Editora | Manufactura |
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| Editora | Manufactura |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Ramalho Ortigão |
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As Praias de Portugal: guia do banhista e do viajanteEste é um guia da costa portuguesa, em que Ramalho Ortigão explora as características naturais das praias e suas águas, e fornece preciosa informação social, cultural e histórica. A escrita é tão versátil e envolvente que num mesmo capítulo se fala de carapaus e d’ Os Lusíadas, de pianos e mulheres gordas, da toilette e do pinhal, dos piqueniques, das tribos, das casas e dos hotéis.Ainda que o universo balnear de hoje seja muito diferente do de então – feito de toldos brancos, véus enfunados e leques de senhoras (o livro tem a primeira publicação em 1876) –, este é um guia enriquecedor que nos proporciona tudo aquilo que constitui umas férias retemperadoras: a frescura marítima, a observação da paisagem, o descanso e a deambulação, o contacto e conhecimento com habitantes locais, a comida e a diversão mundana. -
Banhos de Caldas e Águas MineraisUma viagem nostálgica pelas termas de Portugal.Depois da publicação de As Praias de Portugal - Guia do Banhista e do Viajante, a Quetzal publica o celebrado (e quase desconhecido) guia de Ramalho Ortigão sobre as termas portuguesas. Num tempo em que o termalismo é recuperado como tratamento natural e fonte de saúde - celebrando os poderes curativos e terapêuticos da água -, a prosa elegante de Ramalho leva-nos em viagem pelo país fora, com descrições apuradas, informações que nunca se desatualizaram e um apuradíssimo gosto literário. Mais do que um guia de viagem, trata-se da evocação de um tempo de paragem no ritmo da nossa vida, celebrando a antiga sabedoria termal, o contacto com a Natureza, a busca da tranquilidade, os «tratamentos de beleza», a meditação e o exercício físico, além da «alimentação saudável». Pura beleza, portanto. -
Paris - Exposição UniversalEm pleno Séc. XIX onde a literatura se enriquece com a viagem, Ramalho Ortigão, não escapa ao desafio.Em 1878/79 visita a Exposição Universal em Paris, considerada a capital cultural da Europa, no seu estilo por vezes marcado pela sua experiência jornalística dá-nos o relato da importância internacional deste evento, onde Portugal também esteve representado. A sua capacidade de observador, o seu método pedagógico, não o inibe de cultivar o seu lado satírico. Deslumbrado com os espaços reservados às diferentes civilizações não o impede de apreciar o desenvolvimento industrial e agrícola incluíndo o pavilhão de degustação dos vinhos franceses: Medoc, Saint-Emilion, Chateau-Lafitte... o champagne com os seus processos de fabrico, o pavilhão das águas minerais que o inspirou no seu futuro livro Banhos de Caldas e Águas Minerais valorizando a nossa riqueza termal...É no entanto a Arte, em especial a Pintura e a Escultura (a memorável Estátua da Liberdade) que tem uma presença preponderante. Como nos sensibiliza no prefácio Maria João Lello Ortigão de Oliveira a aventura que faz correr Ramalho é de tipo estético, com intenções pedagógicas; o viajante não esquece nunca a responsabilidade social, que como crítico, escritor e jornalista sente que tem para com o seu pobre país. -
Em EspanhaRamalho Ortigão: um colecionador de emoções, um obsessivo observador, um viajante que armazena conhecimento pelo prazer de o oferecer a Portugal. É um escritor com quem se partilha a sociedade do Séc. XIX, se visita A Holanda e a Inglaterra, passando com grande interesse pela Exposição Universal de Paris, a qual nos relata pormenorizadamente. Todavia, este seu lado internacional não o inibiu de descobrir todas As Praias de Portugal e de realizar o levantamento descritivo de Banhos de Caldas e Águas Minerais. Ao percorrer Pela Terra Alheia fixa a sua atenção EM ESPANHA, e retrata em fino recorte, os costumes, a energia e a coragem deste país. Na Arte refere: Goya achou a nota da máxima violência que pode atingir a energia de uma concepção estética. Destaca: Velasquez é de per si só toda uma escola, todo um museu. A sua obra prodigiosa é a história inteira de um século. E ainda EM ESPANHA Ramalho Ortigão acrescenta: A Espanha poderá ter longas paralisações no seu progresso, poderá ficar por muito estacionária na política, na literatura, na filosofia social. Enquanto ela, porém, conservar nos seus museus as obras magistrais dos seus grandes pintores, esse facto de per si só bastará, como uma instituição incorruptível, para manter vivo e fecundo no espírito do povo o alto senso estético, que é um dos grandes agentes do progresso, assim como é a mais sólida base da dignidade e do brio, de uma nação culta. Hugo Pinto Santos reconhece no prefácio desta obra de Ramalho Ortigão: uma vontade irrefragável de tudo conhecer e de dar conta com jubiloso orgulho, desse tudo, foi um dos fulcros íntimos do homem e do escritor. E sublinha o talento de grande estilista, exímio observador de gentes e lugares. -
Pela Terra Alheia. Notas de ViagemAs grandes descrições e narrativas de Ramalho Ortigão inventaram a moderna literatura portuguesa de viagens, emprestando-lhe cosmopolitismo, alegria e luxúria - e um picante de humor e ironia que só Ramalho pôde conhecer.Condensando num só volume os dois tomos da edição original que reúne textos escritos entre 1867 e 1910, esta edição de Pela Terra Alheia percorre a Espanha, a Argentina, a França, a Alemanha e a Itália. São evidentes o apreço pelo detalhe, a notável ironia de Ramalho Ortigão, bem como o seu deslumbramento pelas cidades e paragens que visita. Simultaneamente romântico e cosmopolita — o autor de Praias de Portugal é um viajante culto e informado, desejoso da companhia do leitor; por isso, os seus textos são visuais, enaltecem a paisagem (descrevendo-a em pinceladas fortes), elogiam os costumes e os hábitos estranhos, constroem um ideal de civilização onde o homem é substituído pelo gentleman e a curiosidade é tão eterna como as paragens por onde nos leva, concebendo-se a si mesmo como «um risonho fantasma de pé leve».O final é digno de uma grande ópera, à vista da Sicília, a súmula do espírito da civilização.«Ramalho Ortigão quase me parece comparável a um artista da Renascença italiana.» Eça de Queirós, Notas Contemporâneas -
As Farpas - Oba Completa - Volume 1Reprodução integral, com actualização ortográfica e revisão do texto, da primeira edição d’As Farpas em livro, organizada pelo autor e publicada entre 1887 e 1890, e do volume intitulado Últimas Farpas, publicado em 1916 e que terá sido supervisionado pelo seu filho Vasco Ortigão.Já sem o contributo de Eça de Queiroz, Ramalho Ortigão, do final de 1872 a Junho de 1883, assume a solo a responsabilidade pelos escritos que As Farpas, genial empreendimento cívico e literário, foram acolhendo.Após a implantação da República, entre 1911 e 1914, Ramalho faria renascer a análise sábia e a crítica robusta, sempre pontilhadas pela sátira mordaz, que haviam caracterizado As (suas) Farpas. -
As Farpas - Obra Completa - Volume 2Reprodução integral, com actualização ortográfica e revisão do texto, da primeira edição d’As Farpas em livro, organizada pelo autor e publicada entre 1887 e 1890, e do volume intitulado Últimas Farpas, publicado em 1916 e que terá sido supervisionado pelo seu filho Vasco Ortigão.Já sem o contributo de Eça de Queiroz, Ramalho Ortigão, do final de 1872 a Junho de 1883, assume a solo a responsabilidade pelos escritos que As Farpas, genial empreendimento cívico e literário, foram acolhendo.Após a implantação da República, entre 1911 e 1914, Ramalho faria renascer a análise sábia e a crítica robusta, sempre pontilhadas pela sátira mordaz, que haviam caracterizado As (suas) Farpas. -
As Farpas – Obra Completa - Volume 3Reprodução integral, com actualização ortográfica e revisão do texto, da primeira edição d’As Farpas em livro, organizada pelo autor e publicada entre 1887 e 1890, e do volume intitulado Últimas Farpas, publicado em 1916 e que terá sido supervisionado pelo seu filho Vasco Ortigão. Já sem o contributo de Eça de Queiroz, Ramalho Ortigão, do final de 1872 a Junho de 1883, assume a solo a responsabilidade pelos escritos que As Farpas, genial empreendimento cívico e literário, foram acolhendo.Após a implantação da República, entre 1911 e 1914, Ramalho faria renascer a análise sábia e a crítica robusta, sempre pontilhadas pela sátira mordaz, que haviam caracterizado As (suas) Farpas. -
Praias de Portugal - Guia do Banhista e do ViajanteO Mapa da época balnear no final do século XIXNeste guia da costa portuguesa, Ramalho Ortigão explora as características das praias e das suas terras, fornecendo preciosa informação social, geográfica, histórica – e até científica. A escrita é tão despretensiosa que num mesmo capítulo se podia falar de carapaus e d’Os Lusíadas, de pianos e de aristocracia, da toilette e do pinhal, dos piqueniques, das tribos e dos hotéis. Ainda que o universo balnear de hoje seja muito diferente do de então – feito de toldos brancos, véus enfunados e leques de senhoras (o livro tem a primeira publicação em 1876) –, este guia da época balnear desenha uma visão do país atlântico, voltado para a celebração do Estio e da vida em sociedade: a frescura marítima, a observação da paisagem, o descanso e a deambulação, o conhecimento e o contacto com habitantes locais, a comida e a diversão mundana. -
As Farpas – Obra Completa - Volume 4Reprodução integral, com actualização ortográfica e revisão do texto, da primeira edição d’As Farpas em livro, organizada pelo autor e publicada entre 1887 e 1890, e do volume intitulado Últimas Farpas, publicado em 1916 e que terá sido supervisionado pelo seu filho Vasco Ortigão.Já sem o contributo de Eça de Queiroz, Ramalho Ortigão, do final de 1872 a Junho de 1883, assume a solo a responsabilidade pelos escritos que As Farpas, genial empreendimento cívico e literário, foram acolhendo.Após a implantação da República, entre 1911 e 1914, Ramalho faria renascer a análise sábia e a crítica robusta, sempre pontilhadas pela sátira mordaz, que haviam caracterizado As (suas) Farpas.
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A Esquerda não é WokeSe somos de esquerda, somos woke. Se somos woke, somos de esquerda.Não, não é assim. E este erro é extremamente perigoso.Na sua génese e nas suas pedras basilares, o wokismo entra em conflito com as ideias que guiam a esquerda há mais de duzentos anos: um compromisso com o universalismo, uma distinção objetiva entre justiça e poder, e a crença na possibilidade de progresso. Sem estas ideias, afirma a filósofa Susan Neiman, os wokistas continuarão a minar o caminho até aos seus objetivos e derivarão, sem intenção mas inexoravelmente, rumo à direita. Em suma: o wokismo arrisca tornar-se aquilo que despreza.Neste livro, a autora, um dos nomes mais importantes da filosofia, demonstra que a sua tese tem origem na influência negativa de dois titãs do pensamento do século XXI, Michel Foucault e Carl Schmitt, cuja obra menosprezava as ideias de justiça e progresso e retratava a vida em sociedade como uma constante e eterna luta de «nós contra eles». Agora, há uma geração que foi educada com essa noção, que cresceu rodeada por uma cultura bem mais vasta, modelada pelas ideias implacáveis do neoliberalismo e da psicologia evolutiva, e quer mudar o mundo. Bem, talvez seja tempo de esta geração parar para pensar outra vez. -
Não foi por Falta de Aviso | Ainda o Apanhamos!DOIS LIVROS DE RUI TAVARES NUM SÓ: De um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo Do outro, aquelas que nos apontam o caminho para um Portugal melhor Não foi por Falta de Aviso. Na última década e meia, enquanto o mundo lutava com as sequelas de uma crise financeira e enfrentava uma pandemia, crescia uma ameaça maior à nossa forma democrática de vida. O regresso do autoritarismo estava à vista de todos. Mas poucos o quiseram ver, e menos ainda nomear desde tão cedo. Não Foi por Falta de Aviso é um desses raros relatos. Porque o resto da história ainda pode ser diferente. Ainda o Apanhamos! Nos 50 anos do 25 Abril, que inaugurou o nosso regime mais livre e generoso, é tempo de revisitar uma tensão fundamental ao ser português: a tensão entre pequenez e grandeza, entre velho e novo. Esta ideia de que estamos quase sempre a chegar lá, ou prontos a desistir a meio do caminho. Para desatar o nó, não basta o «dizer umas coisas» dos populistas e não chegam as folhas de cálculo dos tecnocratas. É preciso descrever a visão de um Portugal melhor e partilhar um caminho para lá chegar. SINOPSE CURTA Um livro de Rui Tavares que se divide em dois: de um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo; do outro, as crónicas que apontam o caminho para um Portugal melhor. -
O Fim da Paz PerpétuaO mundo é um lugar cada vez mais perigoso e precisamos de entender porquêCom o segundo aniversário da invasão da Ucrânia, que se assinala a 24 de Fevereiro, e uma outra tragédia bélica em curso no Médio Oriente, nunca neste século o mundo esteve numa situação tão perigosa. A predisposição bélica e as tensões político-militares regressaram em força. A ideia de um futuro pacífico e de cooperação entre Estados, sonhada por Kant, está a desmoronar-se.Este livro reflecte sobre o recrudescimento de rivalidades e conflitos a nível internacional e sobre as grandes incógnitas geopolíticas com que estamos confrontados. Uma das maiores ironias dos tempos conturbados que atravessamos é de índole geográfica. Immanuel Kant viveu em Königsberg, capital da Prússia Oriental, onde escreveu o panfleto Para a Paz Perpétua. Königsberg é hoje Kaliningrado, território russo situado entre a Polónia e a Lituânia, bem perto da guerra em curso no leste europeu. Aí, Putin descerrou em 2005 uma placa em honra de Kant, afirmando a sua admiração pelo filósofo que, segundo ele, «se opôs categoricamente à resolução de divergências entre governos pela guerra».O presidente russo está hoje bem menos kantiano - e o mundo também. -
Manual de Filosofia PolíticaEste Manual de Filosofia Política aborda, em capítulos autónomos, muitas das grandes questões políticas do nosso tempo, como a pobreza global, as migrações internacionais, a crise da democracia, a crise ambiental e a política de ambiente, a nossa relação com os animais não humanos, a construção europeia, a multiculturalidade e o multiculturalismo, a guerra e o terrorismo. Mas fá-lo de uma forma empiricamente informada e, sobretudo, filosoficamente alicerçada, começando por explicar cada um dos grandes paradigmas teóricos a partir dos quais estas questões podem ser perspectivadas, como o utilitarismo, o igualitarismo liberal, o libertarismo, o comunitarismo, o republicanismo, a democracia deliberativa, o marxismo e o realismo político. Por isso, esta é uma obra fundamental para professores, investigadores e estudantes, mas também para todos os que se interessam por reflectir sobre as sociedades em que vivemos e as políticas que queremos favorecer. -
O Labirinto dos PerdidosMaalouf regressa com um ensaio geopolítico bastante aguardado. O autor, que tem sido um guia para quem procura compreender os desafios significativos do mundo moderno, oferece, nesta obra substantiva e profunda, os resultados de anos de pesquisa. Uma reflexão salutar em tempos de turbulência global, de um dos nossos maiores pensadores. De leitura obrigatória.Uma guerra devastadora eclodiu no coração da Europa, reavivando dolorosos traumas históricos. Desenrola-se um confronto global, colocando o Ocidente contra a China e a Rússia. É claro para todos que está em curso uma grande transformação, visível já no nosso modo de vida, e que desafia os alicerces da civilização. Embora todos reconheçam a realidade, ainda ninguém examinou a crise atual com a profundidade que ela merece.Como aconteceu? Neste livro, Amin Maalouf aborda as origens deste novo conflito entre o Ocidente e os seus adversários, traçando a história de quatro nações preeminentes. -
Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXIO que são, afinal, a esquerda e a direita políticas? Trata-se de conceitos estanques, flutuantes, ou relativos? Quando foi que começámos a usar estes termos para designar enquadramentos políticos? Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXI é um ensaio historiográfico, político e filosófico no qual Rui Tavares responde a estas questões e explica por que razão a terminologia «esquerda / direita» não só continua a ser relevante, como poderá fazer hoje mais sentido do que nunca. -
Textos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
Introdução ao ConservadorismoUMA VIAGEM À DOUTRINA POLÍTICA CONSERVADORA – SUA ESSÊNCIA, EVOLUÇÃO E ACTUALIDADE «Existiu sempre, e continua a existir, uma carência de elaboração e destilação de princípios conservadores por entre a miríade de visões e experiências conservadoras. Isso não seria particularmente danoso por si mesmo se o conservadorismo não se tivesse tornado uma alternativa a outras ideologias políticas, com as quais muitas pessoas, alguns milhões de pessoas por todo o mundo, se identificam e estão dispostas a dar o seu apoio cívico explícito. Assim sendo, dizer o que essa alternativa significa em termos políticos passa a ser uma tarefa da maior importância.» «O QUE É O CONSERVADORISMO?Uma pergunta tão directa devia ter uma resposta igualmente directa. Existe essa resposta? Perguntar o que é o conservadorismo parece supor que o conservadorismo tem uma essência, parece supor que é uma essência, e, por conseguinte, que é subsumível numa definição bem delimitada, a que podemos acrescentar algumas propriedades acidentais ou contingentes.»