Auto da Alma e Auto da Feira
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Com o Auto da Alma, Gil Vicente eleva a alegoria do mundo como passagem para a vida verdadeira e eterna a um apuro formal que lhe garante um lugar à parte na literatura europeia.
O Auto da Feira, tendo esta mesma tensão como fundo, permite ainda apreciar a confluência de géneros dramáticos da tradição medieval num mesmo auto e, sobretudo, permite assistir ao debate de ideias suscitado pela crise da Igreja no século XVI.
Em Gil Vicente, a religiosidade genuína legitima a crítica mordaz a que a própria Igreja não pode escapar. São esse sentimento religioso e essa crítica certeira que continuam a tocar-nos hoje profundamente.
| Editora | Publicações Europa-América |
|---|---|
| Coleção | Livros de Bolso |
| Categorias | |
| Editora | Publicações Europa-América |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Gil Vicente |
Gil Vicente
Gil Vicente é o mestre do teatro português (considerado o primeiro dramaturgo moderno), do século XVI, cujas obras são preenchidas por momentos de sarcasmo, ironia e critica social. A obra deste autor satiriza em particular os vícios das classes sociais mais abastadas, como a nobreza e o clero, principalmente por possuir a proteção dos reis D. Manuel e D. João III. Entre as suas críticas encontrava-se o parasitismo da aristocracia, o materialismo do clero e a corrupção da administração, assim como a desproteção da classe trabalhadora (mais pobre). Além de autor, este desempenhava também as funções de encenador e ator, tendo levado a cena cerca de 50 peças, entre 1502 e 1536.Existem muitas dúvidas quanto à biografia de Gil Vicente. Desconhecem-se a data e o local de nascimento, por exemplo. Com base em indicações documentais surgidas depois da sua morte, acredita-se que possa ter nascido em Guimarães ou em Barcelos no ano de 1465.
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Frágua de Amor/ Floresta de EnganosApresentam-se aqui duas peças de Gil Vicente: Frágua de Amor, uma tragicomédia representada durante a festa de casamento do rei D. João III com Dona Catarina (em 1525), e Floresta de Enganos, comédia levada à cena em 1536 para, mais uma vez, divertir o "muito alto e poderoso" rei. Escritas originalmente em castelhano, foram traduzidas para português por José Bento e representadas no Teatro da Cornucópia, no espectáculo Amor/Enganos, no ano de 2000. Esta é uma boa oportunidade para voltar a descobrir um dramaturgo intemporal, aproveitando a excelência da tradução de José Bento. -
Autos: Índia, Barca do Inferno, Inês PereiraA presente edição do Auto da Barca do Inferno uma "moralidade" , do Auto da Índia e do Auto de Inês Pereira todos pertencentes ao género "farsa" , segue rigorosos critérios filológicos de fixação textual. Ao mesmo tempo, a nova edição destas peças de Gil Vicente apresenta uma anotação que, respeitando a identidade linguística das lições mais autorizadas de cada uma das peças, torna os textos acessíveis ao leitor atual. Em conjunto, o tríptico integra as mais representativas obras de sátira social de teor moralizante do teatro vicentino. -
Pranto de Maria Parda e o Auto da Barca do InfernoEsta edição contém duas peças de Gil Vicente: Pranto de Maria Parda e Auto da Barca do Inferno. Deambulemos pelas ruas de Lisboa, sequiosos, nós e a Maria Parda, uma velha, porta-voz dos bêbados, protagonista da primeira peça. Acompanhemo-la e lamentemos a falta de vinho. Haverá quem nos venda fiado? É o Pranto de Maria Parda. Terminado o Pranto, (re)encontraremos almas na hora da morte. Um Fidalgo, um Onzeneiro, um Parvo, um Sapateiro, um Frade, uma Alcoviteira, um Corregedor, um Procurador, um Enforcado e quatro Cavaleiros chegam a um cais, quase todos carregados de pecados e vícios, e encontram um Anjo e um Diabo, figuras que os julgarão e os conduzirão ao seu destino final: o Paraíso ou o Inferno? Que argumentos usar para convencer o Anjo a entrar na barca da Glória? Como ludibriar o Diabo e escapar do «lago dos danados»? Eis o Auto da Barca do Inferno, o julgamento das almas humanas na hora da morte e a denúncia dos vícios da sociedade. Gil Vicente tinha um propósito: divertir o público. Sem esquecer a máxima ridendo castigat mores, a rir corrigem-se os costumes. Que mais podemos pedir? Que leia estes textos e se divirta! -
Auto da FeiraLeitura recomendada para o 10.º ano de escolaridade. Imagine-se a vida enquanto uma feira, um mercado livre, onde se compram e vendem vícios e virtudes, juntamente com tecidos, frutas e bugigangas de toda a variedade. Quem será atraído à tenda do Tempo para comprar as "mercadorias d’amor e rezão, justiça e verdade, a paz desejada"? E quem preferirá as "artes de enganar" que o Diabo tem para vender?… Esta é uma alegoria da vida construída por Gil Vicente, tão atual na sua intenção satírica, mesmo passados 500 anos… Este livro é também recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para o Ensino Secundário. A Coleção Educação Literária reúne obras de referência da literatura portuguesa e universal indicadas pelas Metas Curriculares de Português e pelo Plano Nacional de Leitura. -
Os Autos das BarcasJá na 7ª edição, esta edição integral e anotada de Os Autos das Barcas, tem acompanhado várias gerações de portugueses, nos seus estudos, no conhecimento da língua portuguesa, nos seus momentos de lazer e de reflexão. Com Gil Vicente estamos perante um autor de talentos múltiplos, um lírico de extraordinário valor e, sobretudo, um arguto observador e crítico social, que desenha e escalpeliza como poucos a sociedade em que viveu. E, paralelamente, um homem que, pelo menos objectivamente, se encontrou a intervir no debate de ideias que varria a Europa da primeira metade do século XVI. Escrevendo em português e em castelhano, Gil Vicente constitui uma glória comum às duas literaturas ibéricas. -
Pranto de Maria PardaPranto de Maria Parda parte do texto homónimo de Gil Vicente, escrito no rescaldo do ano devastador de 1521, e é levado à cena em 2021, no rescaldo de um outro ano devastador.Quis Gil Vicente que Maria Parda simbolizasse o ano mau, que fosse mulher e que não tivesse lugar na cidade. A tradição foi insinuando que da designação «Maria Parda» se extraía a ideia de uma mulher negra, embora Gil Vicente não parecesse indicá-lo. Como se olha para este texto com quinhentos anos à luz das questões do racismo e do feminismo, que ele próprio convoca, e que são hoje prementes? Que caminho fizeram, até hoje, este texto, a cidade e Maria Parda? -
Tragicomédia de Dom DuardosTragicomédia de Dom Duardos inaugura um novo género de teatro na obra de Gil Vicente: o das tragicomédias. Ao partir da novela de cavalaria Primaleón, redimensionando sequências e introduzindo muita música, Vicente faz de Dom Duardos um tratado de amor. Através de um jogo de espelhos entre três pares – o aristocrático (Duardos/Flérida), o seu reverso (Camilote/Maimonda) e o casal Julião/Constança Roiz – e três lugares (a corte, a horta e a viagem no mar), o estado amoroso é glosado nos seus excessos e paradoxos. O amor feminino ganha especial importância, manifestando-se em Flérida como luta interior de recusa e de entrega. O romance cantado no final conclui com a “sentença” que proclama o amor como valor em si próprio: “que contra morte e amor/ ninguém não tem mais valia.” Foi a peça escolhida por Ricardo Pais para a sua primeira encenação no Teatro Nacional São João. -
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Vemo-nos em AgostoTodos os anos, a 16 de agosto, Ana Magdalena Bach apanha o ferry que a leva até à ilha onde a mãe está enterrada, para visitar o seu túmulo. Estas viagens acabam por ser um convite irresistível para se tornar uma pessoa diferente durante uma noite por ano.Ana é casada e feliz há vinte e sete anos e não tem motivos para abandonar a vida que construiu com o marido e os dois filhos. No entanto, sozinha na ilha, Ana Magdalena Bach contempla os homens no bar do hotel, e todos os anos arranja um novo amante. Através das sensuais noites caribenhas repletas de salsa e boleros, homens sedutores e vigaristas, a cada agosto que passa Ana viaja mais longe para o interior do seu desejo e do medo escondido no seu coração.Escrito no estilo inconfundível e fascinante de García Márquez, Vemo-nos em Agosto é um hino à vida, à resistência do prazer apesar da passagem do tempo e ao desejo feminino. Um presente inesperado de um dos melhores escritores que o mundo já conheceu. A tradução é de J. Teixeira de Aguilar. -
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