Auto da Feira
Leitura recomendada para o 10.º ano de escolaridade.
Imagine-se a vida enquanto uma feira, um mercado livre, onde se compram e vendem vícios e virtudes, juntamente com tecidos, frutas e bugigangas de toda a variedade. Quem será atraído à tenda do Tempo para comprar as "mercadorias d’amor e rezão, justiça e verdade, a paz desejada"? E quem preferirá as "artes de enganar" que o Diabo tem para vender?… Esta é uma alegoria da vida construída por Gil Vicente, tão atual na sua intenção satírica, mesmo passados 500 anos…
Este livro é também recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para o Ensino Secundário. A Coleção Educação Literária reúne obras de referência da literatura portuguesa e universal indicadas pelas Metas Curriculares de Português e pelo Plano Nacional de Leitura.
| Editora | Porto Editora |
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| Editora | Porto Editora |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Gil Vicente |
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Frágua de Amor/ Floresta de EnganosApresentam-se aqui duas peças de Gil Vicente: Frágua de Amor, uma tragicomédia representada durante a festa de casamento do rei D. João III com Dona Catarina (em 1525), e Floresta de Enganos, comédia levada à cena em 1536 para, mais uma vez, divertir o "muito alto e poderoso" rei. Escritas originalmente em castelhano, foram traduzidas para português por José Bento e representadas no Teatro da Cornucópia, no espectáculo Amor/Enganos, no ano de 2000. Esta é uma boa oportunidade para voltar a descobrir um dramaturgo intemporal, aproveitando a excelência da tradução de José Bento. -
Autos: Índia, Barca do Inferno, Inês PereiraA presente edição do Auto da Barca do Inferno uma "moralidade" , do Auto da Índia e do Auto de Inês Pereira todos pertencentes ao género "farsa" , segue rigorosos critérios filológicos de fixação textual. Ao mesmo tempo, a nova edição destas peças de Gil Vicente apresenta uma anotação que, respeitando a identidade linguística das lições mais autorizadas de cada uma das peças, torna os textos acessíveis ao leitor atual. Em conjunto, o tríptico integra as mais representativas obras de sátira social de teor moralizante do teatro vicentino. -
Pranto de Maria Parda e o Auto da Barca do InfernoEsta edição contém duas peças de Gil Vicente: Pranto de Maria Parda e Auto da Barca do Inferno. Deambulemos pelas ruas de Lisboa, sequiosos, nós e a Maria Parda, uma velha, porta-voz dos bêbados, protagonista da primeira peça. Acompanhemo-la e lamentemos a falta de vinho. Haverá quem nos venda fiado? É o Pranto de Maria Parda. Terminado o Pranto, (re)encontraremos almas na hora da morte. Um Fidalgo, um Onzeneiro, um Parvo, um Sapateiro, um Frade, uma Alcoviteira, um Corregedor, um Procurador, um Enforcado e quatro Cavaleiros chegam a um cais, quase todos carregados de pecados e vícios, e encontram um Anjo e um Diabo, figuras que os julgarão e os conduzirão ao seu destino final: o Paraíso ou o Inferno? Que argumentos usar para convencer o Anjo a entrar na barca da Glória? Como ludibriar o Diabo e escapar do «lago dos danados»? Eis o Auto da Barca do Inferno, o julgamento das almas humanas na hora da morte e a denúncia dos vícios da sociedade. Gil Vicente tinha um propósito: divertir o público. Sem esquecer a máxima ridendo castigat mores, a rir corrigem-se os costumes. Que mais podemos pedir? Que leia estes textos e se divirta! -
Auto da Alma e Auto da FeiraCom o Auto da Alma, Gil Vicente eleva a alegoria do mundo como passagem para a vida verdadeira e eterna a um apuro formal que lhe garante um lugar à parte na literatura europeia. O Auto da Feira, tendo esta mesma tensão como fundo, permite ainda apreciar a confluência de géneros dramáticos da tradição medieval num mesmo auto e, sobretudo, permite assistir ao debate de ideias suscitado pela crise da Igreja no século XVI. Em Gil Vicente, a religiosidade genuína legitima a crítica mordaz a que a própria Igreja não pode escapar. São esse sentimento religioso e essa crítica certeira que continuam a tocar-nos hoje profundamente. -
Os Autos das BarcasJá na 7ª edição, esta edição integral e anotada de Os Autos das Barcas, tem acompanhado várias gerações de portugueses, nos seus estudos, no conhecimento da língua portuguesa, nos seus momentos de lazer e de reflexão. Com Gil Vicente estamos perante um autor de talentos múltiplos, um lírico de extraordinário valor e, sobretudo, um arguto observador e crítico social, que desenha e escalpeliza como poucos a sociedade em que viveu. E, paralelamente, um homem que, pelo menos objectivamente, se encontrou a intervir no debate de ideias que varria a Europa da primeira metade do século XVI. Escrevendo em português e em castelhano, Gil Vicente constitui uma glória comum às duas literaturas ibéricas. -
Pranto de Maria PardaPranto de Maria Parda parte do texto homónimo de Gil Vicente, escrito no rescaldo do ano devastador de 1521, e é levado à cena em 2021, no rescaldo de um outro ano devastador.Quis Gil Vicente que Maria Parda simbolizasse o ano mau, que fosse mulher e que não tivesse lugar na cidade. A tradição foi insinuando que da designação «Maria Parda» se extraía a ideia de uma mulher negra, embora Gil Vicente não parecesse indicá-lo. Como se olha para este texto com quinhentos anos à luz das questões do racismo e do feminismo, que ele próprio convoca, e que são hoje prementes? Que caminho fizeram, até hoje, este texto, a cidade e Maria Parda? -
Tragicomédia de Dom DuardosTragicomédia de Dom Duardos inaugura um novo género de teatro na obra de Gil Vicente: o das tragicomédias. Ao partir da novela de cavalaria Primaleón, redimensionando sequências e introduzindo muita música, Vicente faz de Dom Duardos um tratado de amor. Através de um jogo de espelhos entre três pares – o aristocrático (Duardos/Flérida), o seu reverso (Camilote/Maimonda) e o casal Julião/Constança Roiz – e três lugares (a corte, a horta e a viagem no mar), o estado amoroso é glosado nos seus excessos e paradoxos. O amor feminino ganha especial importância, manifestando-se em Flérida como luta interior de recusa e de entrega. O romance cantado no final conclui com a “sentença” que proclama o amor como valor em si próprio: “que contra morte e amor/ ninguém não tem mais valia.” Foi a peça escolhida por Ricardo Pais para a sua primeira encenação no Teatro Nacional São João. -
Farsa de Inês PereiraInês Pereira é uma jovem caprichosa, ambiciosa e emancipada, sabe ler e escrever, procura um marido que a faça feliz não ouvindo os concelhos que a mãe lhe dá, não quer ter uma vida submissa, acabando por se casar com o homem que quer, mas fica desencantada e desiludida, transformando-se na esposa infiel do segundo marido. A Farsa de Inês Pereira ilustra o ditado “antes quero burro que me leve que cavalo que me derrube”, de forma bastante caricata e viva.
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Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXIO que são, afinal, a esquerda e a direita políticas? Trata-se de conceitos estanques, flutuantes, ou relativos? Quando foi que começámos a usar estes termos para designar enquadramentos políticos? Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXI é um ensaio historiográfico, político e filosófico no qual Rui Tavares responde a estas questões e explica por que razão a terminologia «esquerda / direita» não só continua a ser relevante, como poderá fazer hoje mais sentido do que nunca. -
O PríncipeUm tratado clássico sobre a política ou a arte de bem governar que, embora tenha sido escrito no século XVI, mantém toda a sua atualidade, podendo facilmente transpor-se para os dias de hoje. Inspirado na figura de César Bórgia e na admiração desmedida que manifestava por ele, Maquiavel faz uma abordagem racional para aconselhar os aspirantes a líderes, desenvolvendo argumentos lógicos e alternativas para uma série de potenciais problemas, a forma de lidar com os domínios adquiridos e o tratamento a dar aos povos conquistados, de modo consolidar o poder. Obra de referência e de um pragmatismo radical e implacável. -
Obras Completas de Maria Judite de Carvalho - vol. I - Tanta Gente, Mariana - As Palavras PoupadasA presente coleção reúne a obra completa de Maria Judite de Carvalho, considerada uma das escritoras mais marcantes da literatura portuguesa do século XX. Herdeira do existencialismo e do nouveau roman, a sua voz é intemporal, tratando com mestria e um sentido de humor único temas fundamentais, como a solidão da vida na cidade e a angústia e o desespero espelhados no seu quotidiano anónimo.Observadora exímia, as suas personagens convivem com o ritmo fervilhante de uma vida avassalada por multidões, permanecendo reclusas em si mesmas, separadas por um monólogo da alma infinito.Este primeiro volume inclui as duas primeiras coletâneas de contos de Maria Judite de Carvalho: Tanta Gente, Mariana (1959) e As Palavras Poupadas (1961), Prémio Camilo Castelo Branco. Tanta Gente, Mariana «E a esperança a subsistir apesar de tudo, a gritar-me que não é possível. Talvez ele se tenha enganado, quem sabe? Todos erram, mesmo os professores de Faculdade de Medicina. Que ideia, como havia ela de se enganar se os números ali estavam, bem nítidos, nas análises. E no laboratório? Não era o primeiro caso? Lembro-me de em tempos ter lido num jornal? Qual troca! Tudo está certo, o que o médico disse e aquilo que está escrito.» As Palavras Poupadas (Prémio Camilo Castelo Branco) «- Vá descendo a avenida - limita-se a dizer. - Se pudesse descer sempre - ou subir - sem se deter, seguir adiante sem olhar para os lados, sem lados para olhar. Sem nada ao fim do caminho a não ser o próprio fim do caminho. Mas não. Em dado momento, dentro de cinco, de dez minutos, quando muito, terá de se materializar de novo, de abrir a boca, de dizer «vou descer aqui» ou «pare no fim desta rua» ou «dê a volta ao largo». Não poderá deixar de o fazer. Mas por enquanto vai simplesmente a descer a avenida e pode por isso fechar os olhos. É um doce momento de repouso.» Por «As Palavras Poupadas» vai passando, devagar, o quotidiano anónimo de uma cidade, Lisboa, e dos que nela vivem. type="application/pdf" width="600" height="500"> -
Gramática Ativa 1A Gramática Ativa 1 destina-se ao ensino/aprendizagem de Português Língua Estrangeira (PLE) e Português Língua Segunda (PL2) e contempla as principais estruturas dos níveis elementar e pré-intermédio - A1, A2 e B1. A Gramática Ativa 1 não está orientada para ser um livro de curso de PLE / PL2. Trata-se de material suplementar, a ser usado na sala de aula ou em casa e, como tal, o livro não deverá ser trabalhado do princípio ao fim, seguindo a ordem numérica das unidades; estas devem ser selecionadas e trabalhadas de acordo com as dificuldades do utilizador/aprendente. -
Memorial do Convento«Um romance histórico inovador. Personagem principal, o Convento de Mafra. O escritor aparta-se da descrição engessada, privilegiando a caracterização de uma época. Segue o estilo: "Era uma vez um rei que fez promessas de levantar um convento em Mafra... Era uma vez a gente que construiu esse convento... Era uma vez um soldado maneta e uma mulher que tinha poderes... Era uma vez um padre que queria voar e morreu doido". Tudo, "era uma vez...". Logo a começar por "D. João, quinto do nome na tabela real, irá esta noite ao quarto de sua mulher, D. Maria Ana Josefa, que chegou há mais de dois anos da Áustria para dar infantes à coroa portuguesa a até hoje ainda não emprenhou (...). Depois, a sobressair, essa espantosa personagem, Blimunda, ao encontro de Baltasar. Milhares de léguas andou Blimundo, e o romance correu mundo, na escrita e na ópera (numa adaptação do compositor italiano Azio Corghi). Para a nossa memória ficam essas duas personagens inesquecíveis, um Sete Sóis e o outro Sete Luas, a passearem o seu amor pelo Portugal violento e inquisitorial dos tristes tempos do rei D. João V.»(Diário de Notícias, 9 de outubro de 1998) -
Dicionário de Falares dos Açores - Vocabulário Regional de Todas as IlhasO Arquipélago dos Açores deve ser a porção de território nacional onde melhor se poderá encontrar a terra portuguesa na sua constante histórica. As Ilhas são como que um acumulador, onde se concentram, juntamente com a linguagem, as energias físicas e espirituais da Raça. M. de Paiva Boléo PREFÁCIO Não sendo um linguista de formação académica, aceitei de bom grado o desafio de prefaciar este trabalho que agora se apresenta ao leitor menos como um livro no sentido tradicional do que como um glossário de termos portugueses antigos, em parte ainda utilizados pelos falantes das Ilhas do Arquipélago dos Açores. A um escritor empenhado, como sempre procurei ser, nada é defeso. Principalmente, e neste caso em particular, se é da linguagem das Ilhas que se trata. Os livros de ficção que tenho vindo a publicar ao longo das últimas três décadas são testemunho do meu empenhamento em dar à linguagem popular micaelense o estatuto literário que ela merece pela sua expressividade e riqueza semântica. Propositadamente, não escrevi linguagem açoriana, visto que açoriano é um adjectivo que pouco ou nada qualifica em relação à realidade cultural do Arquipélago - nove Ilhas diversificadas entre si pelo modo de estar e de conceber o mundo e a vida. Deixo-o, por isso, atido apenas à sua significação estritamente gramatical. As próprias aves que deram o nome ao Arquipélago nem sequer são oriundas destas paragens, pelo que, à partida, houve confusão entre milhafres e açores. Dir-se-ia que os Açores receberam no baptistério águas equivocadas! [...] Cristóvão de Aguiar Ilha do Pico, Maio de 2007 Crítica de um linguista açoriano sobre o Dicionário dos Açores »» -
Minha Senhora de MimMinha Senhora de Mim , o nono livro de poesia de Maria Teresa Horta, foi editado em Abril de 1971 pela Dom Quixote, na colecção «Cadernos de Poesia». Em 3 de Junho seguinte, a editora foi objecto de um auto de busca e apreensão da obra por parte da PIDE/DGS, operação que foi extensiva a todas as livrarias do país. A proprietária da editora, Snu Abecassis, foi advertida por César Moreira Baptista, subsecretário de Estado da Presidência do Conselho, então ocupada por Marcello Caetano, de que a Dom Quixote seria encerrada caso voltasse a publicar qualquer obra de Maria Teresa Horta. -
Menina JúliaJúlia é uma jovem aristocrata que, por detrás de uma inocência aparente esconde um lado provocador. Numa noite de S. João, Júlia seduz e é seduzida por João, criado do senhor Conde e noivo de Cristina, a cozinheira da casa. Desejo, conflitos de poder, o choque violento das classes sociais e dos sexos que povoam aquela que será uma noite trágica.
