Blind Faith
Blind Faith (2020) é uma exposição sobre a transformação da sensibilidade e sobre a ligação desta transformação a um sentimento de transcendência.
Este livro foi publicado por ocasião da exposição Blind Faith, de Diogo Evangelista, com curadoria de Nuno Crespo, na Escola das Artes (UCP), Porto, de 13-02-2020 a 02-10-2020.
Ainda que o nascimento da arte seja lido por Bataille [em O Nascimento da Arte, Sistema Solar, 2015] como o momento da descoberta de uma força humana técnica e imagética que se opõe a todas as outras forças vivas e que excede a condição da necessidade, do trabalho e da natureza, esse gesto é acompanhado pela expectativa dos primeiros pintores em poder actuar no mundo. Não se tratou, propõe Bataille, de mudar o mundo da mesma forma que se «talha uma pedra», mas de acreditar na «possibilidade de o influenciar; não como influenciava as coisas, trabalhando, mas como influenciava outros homens, pedindo-lhes e obrigando-os, apaziguando-os com dádivas».
O que está aqui em causa é associar ao gesto artístico o impulso originário de superação do mundo da necessidade, da agressão, do trabalho. A esse gesto corresponde, segundo Bataille, a descoberta do lazer, do riso, do tempo livre. E, claro, é o momento em que os seres humanos se descobrem enquanto espíritos. Esta brevíssima apresentação surge como forma de explorar o modo como superar a biologia, ultrapassar a natureza e conquistar o espaço (terreno e espacial), sempre caracterizou muitas das construções humanas. E como as práticas artísticas ao serem, de algum modo, contra a natureza, no sentido de ambicionarem a sua superação, também potenciam o recentramento da humanidade no mundo. O trabalho que Diogo Evangelista tem vindo a desenvolver pode ser visto neste contexto. Trata-se de uma obra que nas suas múltiplas expressões – escultura, desenho, pintura, vídeo – explora as zonas intersticiais entre arte, ciência, tecnologia, realismo, ficção, tecnologia, natureza. Não se trata de uma errância, mas de uma deambulação através dos movimentos que dão forma a uma espécie de expectativa de futuro. Por isso,encontramos nas suas formas e imagens uma tentativa de explorar o potencial imagético, plástico e criativo da tecnologia, produzindo imagens que podemos localizar entre a ficção científica, a exploração espacial e os ambientes tão sugestivos dos laboratórios de pesquisas científicas onde cremos que o futuro estará a ser fabricado. Imagens estas que têm como consequência fazer-nos perceber as variações sensíveis existentes entre diferentes ambientes humanos. Um dos eixos das obras de Evangelista está na exploração das diferentes formas como a natureza está a ser substituída pela tecnologia.
[Nuno Crespo]
Frequência do 4ºano do Curso Industrial da Escola Comercial e Industrial de V. N. de Gaia.
Curso de desenho gráfico e serigrafia do Mestre Vasco Amanajáz/Hoechst Chemie-GmbH-Porto
Gerente da Petimex – Indústria familiar de etiquetas autocolantes – Porto
Instruendo no CSM na Escola Prática de Cavalaria – Santarém - 1967
Curso da Escola dos Serviços de Saúde Militares – Lisboa
Efetivo ao Serviço de Queimados do Anexo do H. M. P. de Lisboa
Mobilizado pelo Regimento dos Serviços de Saúde. Angola de 1969/1971
Frequência da língua alemã no Goethe Institut - Lisboa
Instrumentista de Cirurgia Plástica, Estética e Reconstrutiva
Diretor da Clínica Centro Cirurgia Capilar - Lisboa
Com a morte prematura de sua mulher (1998) deixando-o com 2 filhos, ainda pequenos, inicia a recolha de múltiplos apontamentos e escritos conservados durante anos.
Inicia-se com 2 livros de memórias: MAIOR DO QUE O PENSAMENTO e RAÍZES, depois com o livro de crónicas PRAÇAS DO MEU CONTENTAMENTO e três romances: E O CRIME COMPENSA AS UTOPIAS? (por editar), ANGOLA… O CANTO DO CISNE, em 2.ª edição e PORT-LOUIS, Rue Vauban, 56 – Bretanha.
-
Wittgenstein e a EstéticaNum dos seus cadernos de notas Wittgenstein escreveu: «Penso ter resumido a minha atitude relativamente à filosofia quando disse: a filosofia só deveria poder ser poesia». E uns anos mais tarde acrescentou: «A estranha semelhança entre uma investigação filosófica (talvez especialmente na matemática) e uma investigação estética». Estas afirmações não significam a fusão da filosofia com a poesia ou com a estética, mas sim tomar a poesia como matriz e método filosóficos. Uma proximidade assente em três aspectos fundamentais: a filosofia, como a poesia, implica um modo de composição, uma disciplina da observação e da atenção e uma forma de leitura. Não se trata de transformar o filósofo num poeta, mas faz o filósofo partilhar com o poeta uma relação de tensão relativamente à linguagem, ao modo como se observa o mundo, os outros e a si próprio e, depois, omodo como torna o que vê, compreende e experimenta, acessível, representável e público. Nuno Crespo nasceu em Lisboa em 1975, cidade onde vive e trabalha. É professor universitário, investigador e crítico de arte. Assinou a curadoria de diversas exposições de arte contemporânea e arquitectura e é autor de ensaios sobre arte e arquitectura. A sua actividade de investigação dedica-se ao cruzamento entre filosofia, arte e arquitectura. -
Prontuário do RisoEste livro é um guia para o universo denso, complexo e ramificado que é o riso. Não é o mapa de um terreno seguro, mas um conjunto de aproximações às coisas que fazem rir e aos diferentes modos como o homem se tem rido. Nos ensaios reunidos em «Acerca do riso», autores que vão da literatura ao cinema, da arte à filosofia escrevem sobre o riso e sobre o modo como ele forma uma espécie de lugar privilegiado da humanidade. E porque o riso não é uma abstração, ele tem nomes e modalidades específicos. Por isso, a completar e a prolongar as abordagens dos ensaios, conferindo corpo e cara ao riso, mais de sessenta figuras encerram este Prontuário. -
Arte, Crítica, PolíticaPensadores incontornáveis como António Guerreiro, Delfim Sardo, Maria Filomena Molder, Pedro Lapa ou Rosa Maria Martelo, entre outros, reúnem-se em Arte, Crítica, Política para reflectir sobre crítica da arte, num volume organizado pelo filósofo e investigador Nuno Crespo. Se é certo que tudo é belo, como defendia Andy Warhol, e à morte do autor teorizada por Barthes se podem suceder várias mortes anunciadas, muitas outras questões são levantadas por estes investigadores, curadores, críticos e académicos: que papel tem a arte na sociedade? Como se ensina nas escolas? Quem a deixa entrar nos museus e quem a utiliza como instrumento de poder? Que arte se escolhe e se acolhe, como se escapa ou destaca? Em última análise, como se pode olhar a arte de fora e ainda assim julgá-la? Ou como é que se poderia deixar de o fazer? -
Angola… O Canto Do Cisne26 de Abril de 1969 "… da ocidental praia Lusitana", rumo ao mais insondado dos destinos. 25 de Maio de 1971 e cumpridos todos os jejuns, "… em perigos e guerras esforçados", entre abraços de amigos e lágrimas de ocasião, enfim o regresso. Mas, mal voltados à realidade, a importância dos factos sobrepunha-se, incontornável, ao redundante. Em alguns camarotes de oficiais e sargentos, e em muitos dos beliches do chamado 'contingente geral', a viagem de retorno às origens, não trazia mais do que o vazio, feridas que jamais curarão, sentimentos de perda escusados, em suma, do sacrifício em nome do nada. -
Encontro às CegasO desenho é, tradicionalmente, a disciplina racional associada ao conceito, à estrutura. E, contudo, tem igualmenteuma alma experimental e aventureira – iconoclasta até – e emotiva. Um certo ADN de resistência ao claro e definido euma vontade de ir mais longe, de inventar e de investigar por dentro de si mesmo. No seu trabalho, o artista Pedro Gomes segue, com determinação, esse caminho, como se percebe na exposição Encontro às Cegas, que apresenta no MNAC.Como um cirurgião que, de bisturi em punho, abre uma fina e precisa linha na pele do paciente para espreitar o corpoe o que ele guarda, Pedro Gomes parte da superfície, do que pensamos conhecer tão bem a ponto de já não vermos, para nos revelar aspetos insuspeitos. Fá-lo com igual determinação na incisão, como no uso do fogo ou da rigorosa geometria, como também no caminho do registo mais fugaz e indeterminado do tempo, nos seus vestígios e sombras, no apagamento e no vazio. E fá-lo dedicadamente, há quase um quarto de século, como esta exposição tão eloquentemente demonstra, nas duas séries inéditas de desenhos, realizadas em 2019 e 2020, a que se juntam séries e obras isoladas, criadas desde 1996.[Emília Ferreira]Apesar de o tempo não andar para trás, nem os acontecimentos do passado servirem de oráculos do futuro, a determinação da importância de diversos fatores, pormenores, ou sinais que as obras de arte consigo carregam, pode revelar que só mais tarde, num determinado momento, sem que isso seja procurado ou premeditado, esses fatores apareçam e tragam consigo uma história, uma emoção, ou simplesmente uma pequena anotação, que faz toda a diferença. Talvez neste sentido, a persistência e perseverança encontradas nas obras de arte de Pedro Gomes ao longo do tempo sejam o que desperta para outras imagens visíveis ou, o mesmo é dizer, para outro mundo.[Hugo Dinis] -
RisoÁlbum com centenas de imagens e pequenos ensaios sobre o humor, a comédia, o riso e o sorriso, desde as «sitcom» até às maiores provocações artísticas. Publicado no âmbito da grande exposição temática «Riso. Uma Exposição a Sério». Textos de Joana Simões Henriques, João Pinharanda, José Machado, José Manuel dos Santos, Pedro Faro, Nuno Artur Silva e Nuno Crespo. Coordenação de Nuno Crespo. O que é rir? O que mostra e o que esconde o riso? E o que nos diz o riso de quem ri, daquilo de que ri, do tempo em que ri e do modo como ri? O que há de comum entre uma cara de palhaço, o sorriso da Gioconda, uma anedota de café, um enredo de comédia, um boneco das Caldas, uma «blague» de salão, o D. Quixote de la Mancha, o «Contra-Informação», um urinol a que um artista chamou obra de arte, uma peixeirada num restaurante, uma piada da revista à portuguesa, um diálogo de um filme de Woody Allen, um «cartoon» de jornal, o riso repetitivo de um louco, uma «sitcom» da televisão? Destas perguntas (e de outras) se faz este livro, mapa de um território sem mapa. Percorrer os seus possíveis e improváveis caminhos é andar e parar, achar e perder, lembrar e descobrir, ver e viver, rir e pensar. -
Port-Louis, Rue Vauban, 56 - BretanhaPort-Louis, Rue Vauban, 56 - Bretanha A história de amor de Sérgio Alvarenga regressado da Guerra, de um aquartelamento ao Norte de Mueda, em Moçambique. …a “febre dos sábados à noite”, curtida em operações noturnas nas margens lamacentas do Rio Rovuma, as minas – o encantamento da serpente – os soldadinhos, ora de carne e osso, ora de olhar vazio, infinito como limite, regresso a destempo. Finalmente, a tão aguardada viagem rumo à Bretanha, ao reencontro da sua amada e madrinha de guerra. Mas, o efeito associado às longas separações, desencadeará as naturais frustrações, a derrota… Paris, Praga em polvorosa e o descomprimir junto ao Báltico com o navio-escola SAGRES, velame enfunado como pano de fundo. -
ÍrisHá novas órbitas nos trabalhos apresentados por Diogo Evangelista. Íris nasce de um convite feito pela Brotéria ao artista, que nos ajudará a redesenhar o lugar do indivíduo, do grupo e da correspondência entre todas as coisas vivas. Somos convidados a deixar-nos encadear pela presença do estranho: desde uma hipotética órbita de planeta do nosso sistema solar à efémera vida de uma flor. Somos transportados para dentro de um trabalho que estuda a natureza das coisas, tal como na pintura, em que aparece o que será visto e não apenas aquilo que se conhece e vê. Íris reforça o interesse do artista no conceito de exposição como lugar generativo: uma paisagem puramente mental de experimentação e de teste à realidade tangível. -
Textos Públicos — Arte Portuguesa Contemporânea 2003-2023A ambição é contribuir para a construção da memória dos diferentes momentos e contextos artísticos, isto é, que, no seu conjunto, estes textos ajudem a perceber aquilo que foi, em linhas gerais e incompletas, a recepção provocada pelo trabalho de um conjunto de artistas e, assim, contribuir para uma história da recepção da arte portuguesa contemporânea nos primeiros 20 anos do século XXI. Os textos que se seguem são todos de ocasião: responderam a momentos expositivos e disseram sempre respeito a escolhas pessoais. A estas duas circunstâncias junta-se o constrangimento (mas também a sorte) de quase todos terem sido escritos para o jornal Público, sujeitos, por isso, à disponibilidade de espaço de um jornal que, apesar da forte presença de conteúdos culturais, é generalista. Desta forma, este livro não é só sobre presenças, mas também sobre ausências: faltam artistas, exposições e obras, fundamentais não só no contexto da arte portuguesa contemporânea, mas também na maneira como são referências, ainda que invisíveis e discretas, no modo de ver e entender muitas das exposições aqui presentes. Nem sempre um crítico de arte escreve sobre o que quer, sobre quem quer e quando quer. Há artistas sobre os quais escrevi muito e outros sobre os quais gostaria de ter escrito e ainda não o fiz. […] A crítica de arte não é uma disciplina, mas — tanto quanto consigo entender — uma prática que exige um treino contínuo do olhar através do exercício quotidiano de ver exposições, de ensaiar possibilidades para fazer face a existências singulares, dinâmicas e instáveis — a que por conveniência se chamam obras de arte — e tentar encontrar as palavras certas — que sabemos serem sempre provisórias — para fazer face à opacidade, ao atrito e à resistência que constituem a vida da arte. [Nuno Crespo]
-
Arte, Religião e Imagens em Évora no tempo do Arcebispo D. Teodósio de Bragança, 1578-1601D. Teotónio de Bragança (1530-1602), Arcebispo de Évora entre 1578 e 1602, foi um grande mecenas das artes sob signo do Concílio de Trento. Fundou o Mosteiro de Scala Coeli da Cartuxa, custeou obras relevantes na Sé e em muitas paroquiais da Arquidiocese, e fez encomendas em Lisboa, Madrid, Roma e Florença para enriquecer esses espaços. Desenvolveu um novo tipo de arquitectura, ser- vindo-se de artistas de formação romana como Nicolau de Frias e Pero Vaz Pereira. Seguiu com inovação um modelo «reformado» de igrejas-auditório de novo tipo com decoração integral de interiores, espécie de ars senza tempo pensada para o caso alentejano, onde pintura a fresco, stucco, azulejo, talha, imaginária, esgrafito e outras artes se irmanam. Seguiu as orientações tridentinas de revitalização das sacrae imagines e enriqueceu-as com novos temas iconográficos. Recuperou lugares de culto matricial paleo-cristão como atestado de antiguidade legitimadora, seguindo os princípios de ‘restauro storico’ de Cesare Baronio; velhos cultos emergem então, caso de São Manços, São Jordão, São Brissos, Santa Comba, São Torpes e outros alegadamente eborenses. A arte que nasce em Évora no fim do século XVI, sob signo da Contra-Maniera, atinge assim um brilho que rivaliza com os anos do reinado de D. João III e do humanista André de Resende. O livro reflecte sobre o sentido profundo da sociedade de Évora do final de Quinhentos, nas suas misérias e grandezas. -
Constelações - Ensaios sobre Cultura e Técnica na ContemporaneidadeUm livro deve tudo aos que ajudaram a arrancá-lo ao grande exterior, seja ele o nada ou o real. Agora que o devolvo aos meandros de onde proveio, escavados por todos sobre a superfície da Terra, talvez mais um sulco, ou alguma água desviada, quero agradecer àqueles que me ajudaram a fazer este retraçamento do caminho feito nestes anos de crise, pouco propícios para a escrita. […] Dá-me alegria o número daqueles a que precisei de agradecer. Se morremos sozinhos, mesmo que sejam sempre os outros que morrem — é esse o epitáfio escolhido por Duchamp —, só vivemos bem em companhia. Estes ensaios foram escritos sob a imagem da constelação. Controlada pelo conceito, com as novas máquinas como a da fotografia, a imagem libertou-se, separou-se dos objectos que a aprisionavam, eles próprios prisioneiros da lógica da rendibilidade. Uma nova plasticidade é produzida pelas imagens, que na sua leveza e movimento arrastam, com leveza e sem violência, o real. O pensamento do século XX propôs uma outra configuração do pensar pela imagem, desenvolvendo métodos como os de mosaico, de caleidoscópio, de paradigma, de mapa, de atlas, de arquivo, de arquipélago, e até de floresta ou de montanha, como nos ensinou Aldo Leopoldo. Esta nova semântica da imagem, depois de milénios de destituição pelo platonismo, significa estar à escuta da máxima de Giordano Bruno de que «pensar é especular com imagens». Em suma, a constelação em acto neste livro é magnetizada por uma certa ideia da técnica enquanto acontecimento decisivo, e cada ensaio aqui reunido corresponde a uma refracção dessa ideia num problema por ela suscitado, passando pela arte, o corpo, a fotografia e a técnica propriamente dita. Tem como único objectivo que um certo pensar se materialize, que este livro o transporte consigo e, seguindo o seu curso, encontre os seus próximos ou não. [José Bragança de Miranda] -
Cartoons - 1969-1992O REGRESSO DOS ICÓNICOS CARTOONS DE JOÃO ABEL MANTA Ao fim de 48 anos, esta é a primeira reedição do álbum Cartoons 1969‑1975, publicado em Dezembro de 1975, o que significa que levou quase tanto tempo a que estes desenhos regressassem ao convívio dos leitores portugueses como o que durou o regime derrubado pela Revolução de Abril de 1974.Mantém‑se a fidelidade do original aos cartoons, desenhos mais ou menos humorísticos de carácter essencialmente político, com possíveis derivações socioculturais, feitos para a imprensa generalista. Mas a nova edição, com alguns ajustes, acrescenta «todos os desenhos relevantes posteriores a essa data e todos os que, por razões que se desconhece (mas sobre as quais se poderá especular), foram omitidos dessa primeira edição», como explica o organizador, Pedro Piedade Marques, além de um aparato de notas explicativas e contextualizadoras. -
Siza DesignUma extensa e pormenorizada abordagem à obra de design do arquiteto Álvaro Siza Vieira, desde as peças de mobiliário, de cerâmica, de tapeçaria ou de ourivesaria, até às luminárias, ferragens e acessórios para equipamentos, apresentando para cada uma das cerca de 150 peças selecionadas uma detalhada ficha técnica com identificação, descrição, materiais, empresa distribuidora e fotografias, e integrando ainda um conjunto de esquissos originais nunca publicados e uma entrevista exclusiva ao arquiteto.CoediçãoArteBooks DesignCoordenação Científica + EntrevistaJosé Manuel PedreirinhoDesign GráficoJoão Machado, Marta Machado -
Design e Risco de MudançaDesign e Risco de Mudança lança-nos interrogações múltiplas que se prendem, desde logo, com o próprio título: qual o risco a que se refere Victor Margolin? O Design, enquanto disciplina charneira entre um número crescente de áreas do saber, pode assumir-se como polo agregador e diversificador, acrescendo e aprofundando as redes de comunicação, gerando sinapses de qualidade. Estas dependem das interrogações e das escolhas que o Design opera. Assim, deveremos interrogar-nos sobre quem faz as escolhas e com que pressupostos são feitas, já que cada caminho é consonante com uma visão do mundo que, segundo a especificidade de cada designer, se manifesta na sua vida e se espelha no trabalho.CoediçãoVerso da HistóriaCoordenação EditorialRosa Alice BrancoPrefácioEduardo Corte-Real -
Laocoonte - Ou Sobre as Fronteiras da Pintura e PoesiaLaocoonte ou sobre as Fronteiras da Pintura e Poesia (1766), obra fundadora da estética moderna, moldou desde a sua publicação debates em torno da crítica e da teoria da percepção, influenciando áreas como a teoria da literatura e a história de arte. Estudo sobre o famoso grupo escultórico, provavelmente do século II a.C. - que retrata o suplício do sacerdote troiano e dos seus filhos, episódio narrado por Vergílio na Eneida -, Laocoonte foi um dos primeiros ensaios a abordar a natureza da poesia, como arte do tempo, e da pintura, como arte do espaço, traçando os seus limites, diferenças e domínios específicos, ao mesmo tempo que operou uma verdadeira libertação do ut pictura poesis horaciano.Laocoonte, numa prosa eloquente e de finíssima ironia, continua a suscitar vivas reflexões sobre o sentido da experiência artística.

