Cadeia do Forte de Peniche
Carlos Brito esteve preso na cadeia de Peniche de Fevereiro de 1960 a Agosto de 1966, período em que as condições prisionais se extremaram, devido à mítica fuga de Álvaro Cunhal e de outros dirigentes comunistas. Neste livro, Carlos Brito revela-nos o dia-a-dia dos presos políticos, numa das mais infames cadeias do Estado Novo. Acrescenta-se ainda ao livro alguns documentos importantes, como a lista de presos, ou a acta de libertação de 1974.
| Editora | Alêtheia |
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| Editora | Alêtheia |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Carlos Brito |
Carlos Brito, político e escritor, nasceu em 1933, em Moçambique. Passou a infância e parte da juventude em Alcoutim, no Algarve. É casado, tem duas lhas e três netas. Estudou no ICL,actual ISCAL, e exerceu a prossão de contabilista. Muito cedo começou a escrever e a publicar em revistas de cultura e na imprensa regional, ao mesmo tempo que se envolvia profundamente na resistência à ditadura fascista. Foi preso pela PIDE por três vezes: em Dezembro de 1953 até Fevereiro de 1954; em Outubro de 1956, até fugir da Cadeia do Aljube, em Maio de 1957, voltando à clandestinidade; a terceira, em Junho de 1959 em que cou preso até Agosto de 1966. Soma no total mais de oito anos de prisão. Estudou durante um ano no Instituto Ciências Sociais e Políticas de Moscovo, na antiga União Soviética. Voltou a Portugal em 1967, onde retomou a luta na clandestinidade, até ao derrubamento da ditadura. Foi dirigente destacado do PCP, antes e depois do 25 de Abril. Foi deputado à Assembleia Constituinte (por essa razão é deputado honorário). Durante quinze anos foi deputado à Assembleia da República, quase sempre eleito pelo Algarve, sendo durante todo este período presidente do Grupo Parlamentar do PCP. Foi candidato à Presidência da República, em 1980. Desistiu a favor do General Ramalho Eanes, então eleito Presidente da República, pela 2a vez. Esteve à frente do jornal Avante!, como seu director, entre 1992 e 1998. No final do século passado, entrou em divergência política e ideológica com a Direcção do PCP, tendo sido por esta sancionado, em 2002, o que o levou a auto suspender-se de militante do partido. Foi um dos fundadores e é dirigente da Associação Renovação Comunista. Regressou, em 1999, a Alcoutim integrando-se, desde logo, nas actividades associativas locais, como tinha feito na juventude, quando integrou o grupo de jovens que fundou o Grupo Desportivo de Alcoutim e iniciou as Festas Anuais da terra. Em 2001, foi eleito para a Assembleia Municipal, na lista da CDU. Já então era membro da direcção da associação de desenvolvimento regional ALCANCE e presidente da associação transfronteiriça ATAS. Fundador e principal redator do Jornal do Baixo Guadiana. Foi agraciado, por duas vezes, com ordens honorícas nacionais: a Grã-Cruz da Ordem do Infante, em 1987 e a Ordem da Liberdade - Grande Ocial, em 2004. Também foi homenageado pelo Município de Alcoutim, com a atribuição do seu nome a um Bairro Social da vila e com as Medalhas Honra de Prata (1996) e de Ouro (2013). A sua obra publicada é constituída, com este, por 16 livros: poesia, acção, memórias e intervenção política e uma monografia sobre o Algarve. Tem participação em muitas obras colectivas e colaboração em numerosas publicações reginais, nacionais e estrangeiras. Como poeta está representado em várias antologias. Continua a viver em Alcoutim, onde escreve, participa na vida local e, a espaços, vai publicando na imprensa regional e nacional,
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NovidadeRegionalização: Uma questão de Coragem«Deparo em Portugal com a impotência do centralismo para mudar de via para um recomeço, enquanto as periferias caminham para o abismo fatal…sejam detentores do poder Central, sejam os burocratas da Capital, seja a Corte intelectual e social, sejam emigrantes da Província nessa Corte todos querem conservar a sua posição central, tão arduamente conquistada, que sentem como superior. Mas haverá uma jovem regionalização que vai vencer o "Minotauro" e sair finalmente do labirinto. Basta - lhe um "fio de Ariadna".» Carlos de Brito é provedor do cliente de transportes públicos, presidente do museu e do centro de congressos da Alfândega do Porto, é dirigente Ordem dos Engenheiros e fundou o Sindicato dos Engenheiros do Norte. Foi Ministro da Defesa Nacional do XI Governo Constitucional, presidiu à Câmara Municipal do Porto, foi governador civil, vice - presidente do PSD, e deputado à Assembleia da República. Foi director da EDP e presidente da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto. Colabora habitualmente na imprensa nacional. -
NovidadeAs Três Mortes do Lobisomem e Outras RebeldiasEmbora sendo um livro de ficção não deixa de lembrar o pendor memorialista do autor.Éa partir de memórias da infância e juventude, em Alcoutim, e da experiência revolucionária de grande parte da sua vida, que Carlos Brito recria e constrói uma galeria de personagens de forte carisma, não sópositivas, a agir em situações pouco comuns e inesperadas, caricatas ou dramáticas. O elogio crítico da rebeldia, francamente assumido, tem subjacente a denúncia da opressão, sob qualquer forma que se apresente, o anseio da liberdade, a vontade de conquistá-la e a complexidade dos sentimentos dos que lutam por ela. -
NovidadeEstar PresenteAos 90 anos, Carlos Brito olha preocupado, da sua varanda sobre o Guadiana, para a atualidade do país e do mundo e a situação ambiental do planeta. Não se remete a uma atitude contemplativa, persiste em estar presente e intervir, o que se reflete nos seus versos, críticos e apelativos. No texto poético que nos apresenta, cheio de imagens, metáforas e alegorias, também transparecem as angústias da idade: a doença, a solidão, a decrepitude, a morte. Mas são as palavras natureza, paz, amor e ir em frente, as mais marcantes, neste seu sétimo livro de poesia.
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NovidadeA Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
NovidadeAs Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
NovidadeHistória dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
NovidadeA Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
NovidadeRevolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
NovidadePaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
NovidadeAntes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
NovidadeBaviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?