Calçada Portuguesa - Naves in Petris - poetica
Naves in Petris é um projeto editorial que aborda o tema da calçada artística à portuguesa através de uma linguagem poética indo para além da sua vertente gráfica e fotográfica. Para além de um tributo a esta prática de empedrar o chão e aos seus artífices, é também um levantamento feito às embarcações e suas derivantes que se encontram presentes neste tipo cultural de empedrado, aplicadas um pouco por todo o mundo. A escolha da linguagem poética para comentar as imagens fez-se através de várias perspetivas e numa multipluralidade visionária, onde António Correia e Ernesto Matos dão ritmo às ondas e às embarcações que os levam a navegar pelas ruas do destino onde as calçadas são o rumo para o futuro, também acompanhado por um conjunto de outros argonautas que se manifestaram ainda através de um artificium criativo onde a pedra da calçada foi a base para o início desta grande viagem.
| Editora | Edição de Autor |
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| Categorias | |
| Editora | Edição de Autor |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | António Correia, Ernesto Matos |
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Calçada Portuguesa - Scriptum in PetrisAs pedras dão-nos tudo! O suporte e a proteção, os minerais da nossa existência e os diamantes da nossa elegância, a reflexão da luz matinal e as cores das fachadas das catedrais, a perspetiva do prolongamento das ruas e o tapete a preto e branco bordado ali mesmo à nossa porta… Mas o que podemos nós retribuir às pedras dessa calçada e das catedrais senão o carinho e o prazer de as olharmos, de as sentirmos na nossa envolvência diária? Desde há milénios que o Homem se vem revelando como ser portador de mensagens iconográficas. A pedra tem sido um dos suportes para a transmissão dessas comunicações ancestrais. Tal como as estrelas, disso provam-nos as figuras rupestres de Foz Côa, as gravuras nos menires da região de Évora e do lado de lá do Atlântico e em terreno norte-americano os inukshuk e as construções de pedras empilhadas como suporte para a interajuda entre povos. A pedra e as pedras continuam para além da passagem do tempo e irão, com certeza, continuar para além do nosso. Como testemunho literário muitos são os escritores que nos deixaram as suas mensagens onde a pedra continua presente nas suas interpretações. Por exemplo, Antoine de Saint-Exupéry referiu essa importância na sua obra Piloto de Guerra: - «Um monte de pedras deixa de ser um monte de pedras no momento em que um único homem o contempla, nascendo dentro dele a imagem de uma catedral.» Dante Alighieri também escreveria sobre a pedra do chão na sua mais famosa obra literária A Divina Comédia: - «Olha para baixo: ser-te-á bom, para te parecer menos fatigante o caminho, ver o pavimento que os teus pés pisam.» Ainda São Bernardo de Claraval, fundador dos templários, no séc. XII, deixou-nos escrito em forma de lição: «Acredita em mim, aprenderás mais lições nos bosques do que em livros. As árvores e as pedras ensinar-te-ão aquilo que não poderás aprender dos mestres.» A arte da pedra, a pedra como arte, arte nos passeios em passeios de arte? Mas afinal onde está essa arte nas nossas ruas que tanto admiramos? A calçada portuguesa como uma das Belas-Artes? Almeida Garrett escreveria no seu livro O Arco de Sant’Ana, numa edição de 1937: «Nenhum povo do mundo se pode gabar de possuir tão rica e vasta colecção de hinos patrióticos: tão belos todos, tão originais, tão excitantes, que dariam inveja ao próprio Tirteu, ao demagogo Alceu, e cujas palavras – não somemos das notas – deviam passar à posterioridade, gravadas nas nádegas das sereias do Passeio público de Lisboa, ou na fachada do teatro Agrião, ou embrechadas – que mais seguro era ainda – pela mais bela das Belas-artes Eusébias, no mosaico do Rocio. Seja onde fôr, mas quero vê-las consubstanciadas, associadas por qualquer modo, a um dos grandes monumentos de arte contemporânea que hão-de imortalizar o século dos nossos Perícles». Este autor bem português deixa-nos, desde logo, uma visão da sociedade dos meados do séc. XX, em que Lisboa florescia com a abertura das grandes avenidas e o legado de Eusébio Furtado que tinha deixado no Castelo de São Jorge e no Rossio do século anterior o início de um método de pavimentar arruamentos, com a calçada-mosaico ao estilo italiano, e que no futuro criaria a sua própria identidade e popularmente se passaria a designar de calçada portuguesa. É, sim, graças à pedra, à pedra individual, que a calçada no seu conjunto, dita à portuguesa, assume um rumo definitivo para o continuar de um legado humano da transmissão de mensagens icónicas através dos desenhos que vêm sido aplicados como tatuagens nas nossas ruas ou nos pavimentos que na diáspora vamos edificando como forma de caracterização de um povo.Este projeto literário aborda o tema da calçada portuguesa através das suas pedras, das suas mensagens gráficas e literárias como formas de arte, como forma de interpretação e diálogo com elas próprias. Cada interveniente convidado teve aqui a oportunidade de se manifestar livremente, dando à pedra algo de si, tal como as pedras nos dão livre e gratuitamente as suas formas, a sua dureza, a sua beleza, o seu mistério, ou o seu corpo para que no dia a dia nos transportem nesta passagem in sic transit gloria mundi. Foram para este projeto convidados vários artistas plásticos de renome nacional e internacional, bem como algumas escolas do país e gente, muita gente que aceitou o desafio de se "confessar", afinal, numa simples pedra da calçada. Revele-se também numa das páginas deste livro que está guardada para si. Alea jacta est - petrae dissolutae sunt.Ernesto Matos -
Lisboa Lux CandensUm livro fotográfico e poético sobre a cidade de Lisboa numa perspetiva diferente do habitual e numa conceção gráfica aprimorada. Estampagem do título a ouro. -
Calçada Portuguesa - In Excelsis PetrisNovo livro da Mythus de Er é uma nova aposta na calçada à portuguesa e com o mesmo autor que tem caminhado no chão nessas danças e andanças que vêm rodopiando e floreando o chão nosso de cada pisada. In Excelsis Petris é um livro sobre a excelência da calçada artística e das suas pedras que a compõem, onde Ernesto Matos & outros Amigos de todo o mundo se propuseram a manifestar com sentimentos aleatórios nessas pedras que se encontram debaixo dos nossos pés. Pessoas dos vários quadrantes, quer sociais, artísticos e políticos contribuíram com a sua expressão, quer através da simplicidade ou do enigmático, do estético ou do eclético, da frase em prosa à rima poética, do pincel ao chip. Entre elas, encontram-se nomes bem conhecidos, como Marcelo Rebelo de Sousa, Pilar del Río ou mesmo Joana e Mariana Mortágua. De artistas consagrados aos consagrados calceteiros artistas. Toda uma profusão de estilos que cabem numa simples pedra da calçada.
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NovidadeA Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
NovidadeHistória dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
NovidadeA Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
NovidadeRevolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
NovidadePaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
NovidadeAntes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
NovidadeBaviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?