Cartas do Índico
As Cartas do Índico são um testemunho pessoal, um relato do comandante da primeira missão da União Europeia em Moçambique. Além de espelharem a paixão do autor pelas terras moçambicanas, são também uma profunda, e em vários momentos inusitada, reflexão para combater o terrorismo, aliada a uma narrativa clara de esperança e de profundo respeito pelo(s) povo(s) sofredor(es) da região de Cabo Delgado. É um livro escrito para todos os que se preocupam com a condição humana, e é, também, um ensaio para todos aqueles, desde académicos e investigadores a curiosos, que se interessam por assuntos africanos.
Um livro que narra, frequentemente na primeira pessoa, o “dia/semana a dia/semana” de uma missão que contou com a participação de militares e civis provenientes de 12 países da União Europeia (EU), ainda que na sua maioria fossem portugueses, e que, pelo caráter inovador e colaborativo como foi desenvolvida, permitiu que civis e militares, da UE, e de outros países aliados de Moçambique, tenham conseguido construir um projeto de paz e de esperança, que junta desenvolvimento e segurança, destinado a edificar um melhor futuro para o povo de Moçambique.
| Editora | Nexo Literário |
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| Editora | Nexo Literário |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Nuno Lemos Pires |
Nasceu em Lisboa, Portugal, terminou a Academia Militar (AM) em 1988, e é, atualmente, Brigadeiro-general do Exército/Operações Especiais.
Participou em várias missões internacionais, destacando-se, Moçambique (1995-1996 e 2021-2022), Angola (2000 e 2001), Espanha (2002-2005), Paquistão (2005) e Afeganistão (2009-2010).
No âmbito nacional, e de entre as inúmeras funções que desempenhou, destacam-se as de: instrução e comando na Escola Prática de Infantaria; Professor de Estratégia e História Militar no Instituto de Altos Estudos Militares; Chefe de Gabinete do Almirante Comandante na NATO Joint Command Lisbon;
Comandante do 2.º Batalhão de Infantaria Mecanizada, na Brigada Mecanizada em Santa Margarida; Professor de História Militar e Relações Internacionais na AM; Diretor de Formação na Escola das Armas, em Mafra; de Comandante do Corpo de Alunos e do Quartel da Amadora na AM.
Desempenhou, igualmente, as funções de Subdiretor-geral de Política de Defesa Nacional e Coordenador do Centro do Atlântico, e, novamente em contexto internacional, foi Comandante da Força da Missão de Treino da União Europeia em Moçambique (EUTM – Moz), de setembro de 2021 a setembro de 2022 (período onde escreveu o livro que é agora levado à estampa), Atualmente é 2.º Comandante e Diretor de Ensino na AM.
O autor é doutorado em História, Defesa e Relações Internacionais pelo ISCTE-IUL (com AM), tem 11 livros publicados e mais de 120 capítulos ou artigos em livros e publicações variadas, sobre temas relacionados com História Militar, Relações Internacionais, Segurança e Defesa, Estratégia e Terrorismo, e colabora frequentemente com diversas Universidades e Institutos, militares e civis, nacionais e internacionais, como palestrante e conferencista.
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Cartas de CabulEscrever é sempre expor-se [ ] O que se é, o que se vive, o que se sente, o que se pensa e para este desnudar há, muitas vezes, acanhamento (que vai das omissões à inibição de escrever). Felizmente, para nós, este não foi o caso do autor das Cartas de Cabul. A vontade de contactar, de dar a conhecer, de partilhar; a aptidão didáctica que está sempre presente nos seus escritos; o desejo de dizer o que fazemos e o que fazemos bem levou-o a contar-nos (com as restrições que as operações e o senso exigem) o que ali viveu. Fá-lo com naturalidade, com simplicidade, diz-nos da sua admiração, compara experiências, olha para nós de lá, mostra a sua maneira de sentir, as suas dúvidas, a sua esperança. -
Resposta ao Jiadismo RadicalO grande mérito do livro de Nuno Lemos Pires é que nos aponta para o bom caminho no combate ao terrorismo. Primeiro, entender o fenómeno, na sua raiz histórica e desenvolvimentos recentes, acompanhando o percurso secular da sua evolução no mundo islâmico. Segundo, entender que o terrorismo não passa de uma manifestação pervertida e radical da mesma crise de grande envergadura que abarca igualmente o Ocidente, o que é comprovado pelo facto de alguns atos terroristas, como os ocorridos na Noruega há anos, terem uma origem geográfica europeia. Terceiro, entender que a solução tem de ser lenta e progressiva, não havendo respostas instantâneas. Quarto, entender que a solução não passa necessariamente pelo apoio aos líderes e sistemas tradicionais, porque o terrorismo muitas vezes resulta justamente da crise profunda do sistema tradicional, da forma como as populações se afastam dele. Quinto, entender que o combate ao terrorismo pode passar pelo apoio a líderes que têm modelos de governação diferentes dos europeus e dos ocidentais, mas adaptados à sua realidade concreta. Sexto, entender que, embora o terrorismo exija uma solução de curto prazo em termos da mudança dos sistemas de defesa e segurança, esta não pode pôr em causa os princípios básicos das sociedades europeias, a sua matriz democrática. Sétimo, realçar que a resposta tem de ser global e abrangente, o que passa efetivamente pelo desenvolvimento de uma verdadeira estratégia europeia e não da colagem de banalidades que normalmente recebe esse nome. -
Civilização Quântica - Um caminho possível para tempos incertosUma civilização quântica é uma sociedade resiliente, que só se consegue com a inclusão, em simultâneo, de tecnologia que o permita e de pessoas que o entendam. Necessita de um sistema computacional que, juntando inteligência artificial e Big-Data, permita obter uma rede de informações sobre o que temos, o que nos está a falhar, o que não pode falhar e as interconexões entre todos os sistemas que alimentam uma sociedade, da energia aos alimentos e da medicina ao bem-estar social. Precisamos de contar com o melhor da tecnologia, mas, também se se pretender que funcione efetivamente, com a presença, em permanência, de uma consiciência humana que enforme os dados recolhidos e os alertas emitidos. Além dos 0 e 1 (ou a combinação simultânea de ambos na computação quântica), precisamos de atitude, consciência e, acima de tudo, de sentido. Somos nós, seres humanos, que estabelecemos metas e sentido para o que queremos da vida, e, por mais que algumas máquinas nos ajudem a pensar, serão os nossos sonhos e cogitos que nos darão os mapas da nossa evolução quântica. -
Os ResistentesUm livro profundamente humanista e surpreendente, escrito por um militar com larga experiência no terreno e conhecedor dos conflitos que grassam pelo mundo.Testemunha direta do sofrimento causado pela guerra, mas também da capacidade de abnegação do ser humano em situações-limite, o major-general Nuno Lemos Pires recorre a vários exemplos ao longo da História – desde as guerras púnicas aos conflitos mundiais do século XX, passando pelas invasões napoleónicas e por casos bem recentes de resistência, como os de Timor e da Ucrânia – para realçar as principais caraterísticas dos combatentes mais inconformados e estabelecer pontos em comum entre os homens e as mulheres que, ontem como hoje, se rebelaram contra o avanço dos invasores.Uma reflexão envolvente sobre o poder galvanizador das ideias de nação, de comunidade e de família, enquanto valores defendidos pelos resistentes até às últimas consequências e, em simultâneo, um manifesto contra a indiferença generalizada pelos dramas vividos em guerras distantes. -
Segurança e Defesa N.º 46Entrevista: “Portugal não só não é periférico como, neste momento, centralizou-se” NUNO LEMOS PIRES Entrevista: “Ser Militar e a Missão Portugal” MIGUEL GUIMARÃES Breve Análise dos Conflitos na Ucrânia e Palestina AGOSTINHO COSTAALMOÇO-TERTÚLIA OSCOT/SEGURANÇA E DEFESA Chefe do Estado Maior da Força Aérea DDR não é a garantia da paz, mas um meio para o seu alcance.ADRIANO NUVUNGARiscos e regulação baseada em risco. Alguns apontamentosMANUEL PEDROSA DE BARROS Avaliação e Segurança de equipamentos 5G em Portugal GUILHERME AZEVEDO D. JOÃO II, Um plano político e a grande estratégia para o despertar de um Império. Mito ou realidade ANTÓNIO FREITAS A Lei de Programação Militar e a Economia de Defesa LUÍS VALENÇA PINTO COVID-19, Graal policialPEDRO CLEMENTE Ciberterrorismo: A Ameaça do Século XXI e a Necessidade de Segurança Digital PEDRO LÊDO
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?