Cinco Regimes na Política Internacional
Debruçando-se sobre um período histórico de extrema importância, Cinco Regimes na Política Internacionalé uma obra dirigida a todos aqueles que se interessam pelo tema das relações internacionais portuguesas no século XX e como estas foram influenciadas pelos diferentes regimes políticos que governaram desde o Ultimatuminglês de 1890 até ao pós-25 de Abril. Nascido da necessidade de acrescentar à bibliografia disponível sobre esta área de estudos uma perspectiva que se baseia em noções de ruptura e não de continuidade, este livro segue sobretudo dois exemplos fundamentais: a questão colonial e a questão europeia. Beneficiando da visão plurifacetada do autor, fruto da sua larga experiência, e da citação de documentos de arquivos variados, esta é uma obra abrangente, crítica e essencial que não poderá ser ignorada por especialistas e interessados na matéria.
| Editora | Presença |
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| Coleção | Fundamentos |
| Categorias | |
| Editora | Presença |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | José Medeiros Ferreira |
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Não Há Mapa Cor-de-Rosa - A História (Mal)dita da Integração EuropeiaA questão europeia não está isenta de controvérsias e o longo processo que culminou naquilo que é hoje a União Europeia também não. E se, como diz o autor, «por circunstâncias políticas, das quais os historiadores nem sempre se conseguem livrar e que muitas vezes condicionam o seu campo de investigação, se filia a génese do processo da organização internacional da Europa nos escombros da II Guerra Mundial», a verdade é que o conceito embrionário do projecto remonta algumas décadas. O processo de reorganização europeia no pós-guerra visou antes de mais recuperar o continente da hecatombe que sobre ele se abatera e por isso optou por ignorar alguns antecedentes e agentes politicamente incómodos do projecto de construção europeia. É essa história que agora se reconstitui, articulando-a com a integração europeia de Portugal: o processo de adesão, os anos que antecederam o alargamento a Leste que viria a alterar drasticamente o equilíbrio da União e, finalmente, as consequências nefastas da crise financeira e da zona euro, que têm vindo a cavar um fosso Norte-Sul. -
A República Corrigida e AumentadaA historiografia tradicional da República avança como objetivo para a entrada do país na Grande Guerra com a manutenção das colónias. No entanto, José Medeiros Ferreira sustenta que «foram sobretudo objetivos de carácter económico e financeiro que guiaram a delegação portuguesa em Paris, primeiro presidida por Egas Moniz, ministro de Sidónio Pais e, depois de Março, por Afonso Costa. Entre esses objetivos contam-se: a participação no Conselho Executivo da SDN, o pagamento de reparações e indemnizações de guerra por parte da Alemanha, a distribuição da tonelagem da sua marinha mercante, o perdão da dívida de guerra contraída ou pelo menos a ligação do seu pagamento à liquidação das reparações por Berlim, junto do Banco de Inglaterra, no valor de 22 milhões de libras.» De igual modo, o texto pretende realçar «o programa modernizador do republicanismo português», que se traduziu no crescimento substancial das funções do Estado liberal, esse mesmo Estado que «penetra no território como jamais tinha conseguido. Surgem e multiplicam-se novos serviços públicos como o do Registo Civil Obrigatório, o da Instrução Pública, e o do Serviço Militar Universal e Obrigatório, e ainda como o grande impulso dado à extensão dos serviços de estatística e das repartições de finanças. Na República da cidadania, todos e tudo se conta. O Estado é numerativo e pretende-se exigente no conhecimento do território e da população.» Foi uma República que pretendeu renovar uma nação e modernizar uma Pátria e um Estado, na linha de um nacionalismo antitradicionalista. -
Obras Escolhidas de Medeiros Ferreira - volume 1 - Portugal Contemporâneo - História Política e InstitucionalEste primeiro volume da coleção Obras Escolhidas de Medeiros Ferreira, organizado por Maria Inácia Rezola e com um estudo introdutório da sua autoria, reúne textos de História Política e Institucional publicados de modo disperso por José Medeiros Ferreira, entre o início dos anos 80 até 2013. Alguns destes textos tiveram origem na sua participação em colóquios, seminários, conferências e outros tipos de encontros científicos realizados em Portugal e no estrangeiro. Outros foram redigidos expressamente para integrar obras colectivas coordenadas por terceiros. Da tipologia diversificada de textos presente nesta colectânea constam igualmente artigos de revistas académicas da especialidade, bem como alguns prefácios que José Medeiros Ferreira foi convidado a escrever. Um dos objectivos de reunir este conjunto de textos tão diversificados foi o de recuperar e dar uma nova vida a um material riquíssimo que, de outra forma, corria o risco de se perder. Paralelamente, o facto de se agruparem, num único volume, textos publicados dispersamente tem ainda a vantagem de lhes conferir uma coerência que, de outra forma, não era perceptível. -
Memórias Anotadas«Estas memórias relatam a luta heroica de um homem pela sobrevivência política e pelo seu direito à intervenção pública num sistema político fechado, constituindo um depoimento de enorme qualidade e interesse para os historiadores contemporâneos.»Eduardo Paz FerreiraJosé Medeiros Ferreira (1942-2014) distinguiu-se como dirigente estudantil e opositor ao regime salazarista, como governante em particular na fase fundadora da democracia portuguesa, como interventor no espaço público e como académico e historiador. Nos múltiplos campos do seu multifacetado percurso, José Medeiros Ferreira mostrou possuir uma rara capacidade de pensamento livre e autónomo, uma aguda clarividência quanto ao devir da sociedade portuguesa, um reconhecido talento de análise prospetiva alimentado por uma vasta cultura e visão históricas, uma elevada noção da intervenção política e cívica - que exerceu com inteligência, empenhamento e pautada pelos valores da liberdade e da democracia.Obra coordenada pela pedagoga Maria Emília Brederode Santos, pela historiadora Maria Inácia Rezola e pelo professor Miguel Medeiros Ferreira.Contém entrevistas de Medeiros Ferreira a Anabela Mota Ribeiro, Luís Osório, Maria João Avillez e Maria João Seixas. -
Os Açores na Política Internacional«A importância internacional dos Açores foi‑ lhe sempre atribuída pelo jogo das potências, pela configuração das estradas comerciais marítimas e aéreas, pelo desenvolvimento técnico das artes da navegação, pelas invenções tecnológicas, em suma, pelo contexto da política internacional. A Horta já foi mais alemã e inglesa, e o porto de Ponta Delgada mais norte‑americano do que britânico, ou francês, durante a Primeira Guerra Mundial; a Terceira, mais britânica e Santa Maria, mais americana, enquanto S. Miguel ficou neutralizado com as forças expedicionárias portuguesas durante a Segunda Guerra Mundial, e até ainda há pouco tempo as Flores albergavam observadores balísticos franceses. Este livro aborda, de forma original, creio, essas diferenças entre ilhas.Em termos prospectivos, a importância político‑estratégica do arquipélago tenderá a ser definida pelo grau de entendimento entre Lisboa, Londres e Washington. Nos Açores se decidirá ainda a profundidade atlântica e espacial da União Europeia, e a resposta norte‑americana a essa presença.» -
Não Há Mapa Cor-de-Rosa - A História (Mal)dita da Integração EuropeiaA questão europeia não está isenta de controvérsias e o longo processo que culminou naquilo que é hoje a União Europeia também não. E se, como diz o autor, «por circunstâncias políticas, das quais os historiadores nem sempre se conseguem livrar e que muitas vezes condicionam o seu campo de investigação, se filia a génese do processo da organização internacional da Europa nos escombros da II Guerra Mundial», a verdade é que o conceito embrionário do projecto remonta algumas décadas. O processo de reorganização europeia no pós-guerra visou antes de mais recuperar o continente da hecatombe que sobre ele se abatera e por isso optou por ignorar alguns antecedentes e agentes politicamente incómodos do projecto de construção europeia. É essa história que agora se reconstitui, articulando-a com a integração europeia de Portugal: o processo de adesão, os anos que antecederam o alargamento a Leste que viria a alterar drasticamente o equilíbrio da União e, finalmente, as consequências nefastas da crise financeira e da zona euro, que têm vindo a cavar um fosso Norte-Sul. VER POR DENTRO Ver página inteira -
Um Século de ProblemasPretende-se com este livro voltar ao exercício de uma história problemática que não seja desviada dos seus objectivos pelo gosto da narração, pela necessidade interpretativa ou pela mera disposição dos documentos ou seja exercer uma actividade de investigação que escolha as questões a tratar. Um Século de Problemas – Da União Ibérica à Comunidade Europeia traça numa larga perspectiva alguns dos grandes momentos das relações entre os dois Estados peninsulares nestes últimos cem variáveis anos. Quaisquer que tivessem sido as tentações de aproximação ibérica por parte dos responsáveis portugueses, estas consistiam essencialmente na constituição de uma entidade política peninsular suficientemente forte para se opor às outras. Esta posição só faria sentido enquanto a Espanha mantivesse uma atitude independente face às outras potências e continuasse auto-centrada sobre a península ibérica. Caso Madrid se orientasse para o estabelecimento de alianças extra-peninsulares coincidentes com as dependências de Lisboa, todo o entendimento ibérico se faria em detrimento da saliência internacional de Portugal e deixaria de fazer sentido como factor de afirmação da soberania lusa no concerto das nações. Assim o sistema de alianças internacionais de Portugal até à entrada do País na Comunidade Europeia destinou-se a diferenciar as funções estratégicas do território português das funções estratégicas de Espanha, ou ainda a anular as funções estratégicas da Península. Um outro problema que se analisa neste trabalho é o da interligação entre regimes políticos e relações luso-espanholas. Deste modo este livro tem por objecto um dos temas históricos mais doutrinários e políticos da história de Portugal: as nossas relações com a Espanha.
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A Esquerda não é WokeSe somos de esquerda, somos woke. Se somos woke, somos de esquerda.Não, não é assim. E este erro é extremamente perigoso.Na sua génese e nas suas pedras basilares, o wokismo entra em conflito com as ideias que guiam a esquerda há mais de duzentos anos: um compromisso com o universalismo, uma distinção objetiva entre justiça e poder, e a crença na possibilidade de progresso. Sem estas ideias, afirma a filósofa Susan Neiman, os wokistas continuarão a minar o caminho até aos seus objetivos e derivarão, sem intenção mas inexoravelmente, rumo à direita. Em suma: o wokismo arrisca tornar-se aquilo que despreza.Neste livro, a autora, um dos nomes mais importantes da filosofia, demonstra que a sua tese tem origem na influência negativa de dois titãs do pensamento do século XXI, Michel Foucault e Carl Schmitt, cuja obra menosprezava as ideias de justiça e progresso e retratava a vida em sociedade como uma constante e eterna luta de «nós contra eles». Agora, há uma geração que foi educada com essa noção, que cresceu rodeada por uma cultura bem mais vasta, modelada pelas ideias implacáveis do neoliberalismo e da psicologia evolutiva, e quer mudar o mundo. Bem, talvez seja tempo de esta geração parar para pensar outra vez. -
Não foi por Falta de Aviso | Ainda o Apanhamos!DOIS LIVROS DE RUI TAVARES NUM SÓ: De um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo Do outro, aquelas que nos apontam o caminho para um Portugal melhor Não foi por Falta de Aviso. Na última década e meia, enquanto o mundo lutava com as sequelas de uma crise financeira e enfrentava uma pandemia, crescia uma ameaça maior à nossa forma democrática de vida. O regresso do autoritarismo estava à vista de todos. Mas poucos o quiseram ver, e menos ainda nomear desde tão cedo. Não Foi por Falta de Aviso é um desses raros relatos. Porque o resto da história ainda pode ser diferente. Ainda o Apanhamos! Nos 50 anos do 25 Abril, que inaugurou o nosso regime mais livre e generoso, é tempo de revisitar uma tensão fundamental ao ser português: a tensão entre pequenez e grandeza, entre velho e novo. Esta ideia de que estamos quase sempre a chegar lá, ou prontos a desistir a meio do caminho. Para desatar o nó, não basta o «dizer umas coisas» dos populistas e não chegam as folhas de cálculo dos tecnocratas. É preciso descrever a visão de um Portugal melhor e partilhar um caminho para lá chegar. SINOPSE CURTA Um livro de Rui Tavares que se divide em dois: de um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo; do outro, as crónicas que apontam o caminho para um Portugal melhor. -
O Fim da Paz PerpétuaO mundo é um lugar cada vez mais perigoso e precisamos de entender porquêCom o segundo aniversário da invasão da Ucrânia, que se assinala a 24 de Fevereiro, e uma outra tragédia bélica em curso no Médio Oriente, nunca neste século o mundo esteve numa situação tão perigosa. A predisposição bélica e as tensões político-militares regressaram em força. A ideia de um futuro pacífico e de cooperação entre Estados, sonhada por Kant, está a desmoronar-se.Este livro reflecte sobre o recrudescimento de rivalidades e conflitos a nível internacional e sobre as grandes incógnitas geopolíticas com que estamos confrontados. Uma das maiores ironias dos tempos conturbados que atravessamos é de índole geográfica. Immanuel Kant viveu em Königsberg, capital da Prússia Oriental, onde escreveu o panfleto Para a Paz Perpétua. Königsberg é hoje Kaliningrado, território russo situado entre a Polónia e a Lituânia, bem perto da guerra em curso no leste europeu. Aí, Putin descerrou em 2005 uma placa em honra de Kant, afirmando a sua admiração pelo filósofo que, segundo ele, «se opôs categoricamente à resolução de divergências entre governos pela guerra».O presidente russo está hoje bem menos kantiano - e o mundo também. -
Manual de Filosofia PolíticaEste Manual de Filosofia Política aborda, em capítulos autónomos, muitas das grandes questões políticas do nosso tempo, como a pobreza global, as migrações internacionais, a crise da democracia, a crise ambiental e a política de ambiente, a nossa relação com os animais não humanos, a construção europeia, a multiculturalidade e o multiculturalismo, a guerra e o terrorismo. Mas fá-lo de uma forma empiricamente informada e, sobretudo, filosoficamente alicerçada, começando por explicar cada um dos grandes paradigmas teóricos a partir dos quais estas questões podem ser perspectivadas, como o utilitarismo, o igualitarismo liberal, o libertarismo, o comunitarismo, o republicanismo, a democracia deliberativa, o marxismo e o realismo político. Por isso, esta é uma obra fundamental para professores, investigadores e estudantes, mas também para todos os que se interessam por reflectir sobre as sociedades em que vivemos e as políticas que queremos favorecer. -
O Labirinto dos PerdidosMaalouf regressa com um ensaio geopolítico bastante aguardado. O autor, que tem sido um guia para quem procura compreender os desafios significativos do mundo moderno, oferece, nesta obra substantiva e profunda, os resultados de anos de pesquisa. Uma reflexão salutar em tempos de turbulência global, de um dos nossos maiores pensadores. De leitura obrigatória.Uma guerra devastadora eclodiu no coração da Europa, reavivando dolorosos traumas históricos. Desenrola-se um confronto global, colocando o Ocidente contra a China e a Rússia. É claro para todos que está em curso uma grande transformação, visível já no nosso modo de vida, e que desafia os alicerces da civilização. Embora todos reconheçam a realidade, ainda ninguém examinou a crise atual com a profundidade que ela merece.Como aconteceu? Neste livro, Amin Maalouf aborda as origens deste novo conflito entre o Ocidente e os seus adversários, traçando a história de quatro nações preeminentes. -
Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXIO que são, afinal, a esquerda e a direita políticas? Trata-se de conceitos estanques, flutuantes, ou relativos? Quando foi que começámos a usar estes termos para designar enquadramentos políticos? Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXI é um ensaio historiográfico, político e filosófico no qual Rui Tavares responde a estas questões e explica por que razão a terminologia «esquerda / direita» não só continua a ser relevante, como poderá fazer hoje mais sentido do que nunca. -
Textos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
Introdução ao ConservadorismoUMA VIAGEM À DOUTRINA POLÍTICA CONSERVADORA – SUA ESSÊNCIA, EVOLUÇÃO E ACTUALIDADE «Existiu sempre, e continua a existir, uma carência de elaboração e destilação de princípios conservadores por entre a miríade de visões e experiências conservadoras. Isso não seria particularmente danoso por si mesmo se o conservadorismo não se tivesse tornado uma alternativa a outras ideologias políticas, com as quais muitas pessoas, alguns milhões de pessoas por todo o mundo, se identificam e estão dispostas a dar o seu apoio cívico explícito. Assim sendo, dizer o que essa alternativa significa em termos políticos passa a ser uma tarefa da maior importância.» «O QUE É O CONSERVADORISMO?Uma pergunta tão directa devia ter uma resposta igualmente directa. Existe essa resposta? Perguntar o que é o conservadorismo parece supor que o conservadorismo tem uma essência, parece supor que é uma essência, e, por conseguinte, que é subsumível numa definição bem delimitada, a que podemos acrescentar algumas propriedades acidentais ou contingentes.»