Crossing the Sea. Suspended
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“as águas do mar aqui contido muito pouco terão que ver com as águas estagnadas e pantanosas de uma Ofélia shakesperiana, ou tão-pouco com aquelas onde Narciso se inebriou, ambas aptas para um trágico afogamento. Dessas águas, são estas o seu contrário absoluto. Esta cal liga-se menos à morte que à vida (sem esquecer, contudo, que uma é indissociável da outra). Estas são águas agitadas, ou que nos agitam, e que, por isso, motivam a pergunta: que mar é este que atravessamos?” — David Revés
| Editora | Edição de Autor |
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| Categorias | |
| Editora | Edição de Autor |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Carlos Nogueira |
Carlos Nogueira
Diretor científico da cátedra José Saramago da Universidade de Vigo. O seu trabalho docente e de investigação tem-se centrado especialmente nas relações entre a literatura, a filosofia, a política e o direito. Tem publicado livros de ensaio em editoras como a Fundação Calouste Gulbenkian, a Imprensa Nacional — Casa da Moeda, a Porto Editora, as Edições Europa-América, as Edições Lusitânia e a Livraria Lello. Recebeu o Prémio de Ensaio Jacinto do Prado Coelho, o Prémio de Internacionalização da Produção Científica da FCSH — Universidade Nova de Lisboa e o Prémio Montepio de Ensaio.
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O Grande ChefeO Grande Chefe é a história de um líder que governa através do medo, do terror e da mentira. Mas um dia um rapaz descobre que o chefe da aldeia é, afinal, um fraco e um cobarde, e torna-se ele próprio no novo chefe desse pequeno povo que nada conhecia para lá da montanha detrás da qual se escondia. -
Mocho Comi"Esta é a história de um lobo que chega a ter um mocho na boca para o comer; mas que acaba por deixá-lo fugir, já que o mocho, a princípio inocente e crédulo, foi capaz de ultrapassar as suas limitações e vencer o lobo. No final, em tom irónico e humorístico, o mocho pôde dizer: “– Comeste mocho, compadre? Outro sim, mas não a mim”.A importância deste conto está também no facto de nos dizer que a literatura oral é muitas vezes injusta para com o lobo; mas tem sido assim para se poder salientar as virtudes e a força dos mais fracos. Este mocho é descuidado, ingénuo, mas rapidamente aprende a ser astuto e irónico. Em tempo de agressões de toda a espécie à natureza e ao ambiente, este Mocho Comi vem provar que os contos de animais podem contribuir para uma maior consciência ecológica. " -
Os Dois Irmãos e a BruxaA narrativa Os Dois Irmãos e a Bruxa, de Carlos Nogueira, é uma versão de um conto tradicional português que lembra o célebre conto dos Irmãos Grimm Hänsel und Gretel, sem que se possa afirmar que há uma dependência directa e inequívoca do conto português em relação ao texto recolhido e reescrito pelos autores dos Kinder- und Hausmärchen (Contos da Infância e do Lar, 2 vols. 1812, 1815). Em Portugal e na Europa (e não só), são numerosas as versões desta narrativa em que entram dois irmãos e uma velha que é, afinal, uma bruxa que os quer comer, e por isso, pelo menos até ao momento, ninguém pode garantir que se trata da nacionalização ou naturalização de um dos contos dos Grimm. Começa assim a versão de Carlos Nogueira, que nos diz, na Nota do autor”, que ouvia este conto na sua infância, durante a década de 1970, e que, para agora ser fiel ao modelo tradicional, recorreu à versão registada por Consiglieri Pedroso no livro Contos Populares Portugueses (1910), sob o título “Os Dois Pequenos e a Bruxa”. “Era uma vez uma mulher que tinha um filho e uma filha. Um dia, mandou o filho buscar cinco reis de tremoços, e depois disse aos dois: – Vou para a floresta apanhar lenha. Se eu não voltar, sigam as cascas de tremoços que vou deitando pelo caminho, e andem até me encontrar”. Mas “A mãe não voltou e os irmãos lá foram seguindo as casquinhas de tremoços que ela deitara para o chão”. Em vez da mãe, as duas crianças encontram uma velha que as quer assar no forno. Com o auxílio de uma fada, os dois irmãos conseguem vencer a bruxa. O bem vence o mal, a coragem vence o medo. O diálogo que se estabelece entre as palavras e as ilustrações de Patrícia Figueiredo faz deste livro um objecto sedutor e comunicativo, como de resto é já característico das obras editadas pela editora Tcharan. -
O Lobo das MeiasO Lobo das Meias é uma versão de um conto da tradição oral portuguesa. Esta narrativa opõe um lobo e uma raposa, que, como tantas vezes acontece na tradição oral, se mostra astuta. Mas aqui há uma diferença em relação ao que é a regra nos contos tradicionais: a raposa parte de uma situação de desvantagem e injustiça, uma vez que o lobo a quis prejudicar junto do Rei dos Bichos, mas acaba por levar a melhor no final, expondo o Lobo a uma situação ridícula perante os outros animais. Trata-se de um conto cuja moralidade, exposta de modo cómico, é intemporal. -
José Saramago: A Escrita InfinitaVolume de ensaios que respondem ao deslumbramento de Saramago e dialogam com as palavras de um homem radicalmente implicado com a vida e a linguagem. Uma linguagem infinita que nos (re)escreve e nos torna menos limitados. José Saramago foi um escritor de força incontrolável que sempre lutou contra a passividade e a indiferença. Sem nunca se contentar com o espetáculo do mundo, contrapôs à linguagem do poder uma linguagem que significa e é. A sua obra diz, mostra, lamenta, chora; atrai, seduz, oferece um prazer que tanto arrebata quanto inquieta e transforma quem lê. Não há uma única linha na obra de José Saramago que suscite mera leitura recreativa, consolo para o tédio da vida ou ostentação de cultura. A literatura e o pensamento do autor desassossegam e atraem pela largueza e pela profundidade de visão. Também as leituras que dele fazemos podem ter uma energia indomável, podem ser um modo de ação. É isso que este livro propõe. -
Obra Poética - BocageAjudam a desenvolver as ideias própriasPermitem uma melhor actuação nas aulasSão um precioso auxiliar para as provas e examesCriam boas bases para os anos seguintesUma análise competente do argumento, das personagens, dos temas e dos estilosUm exposição clara, concisa, de leitura acessívelEm destaque: a vida e obra do autor; análise do conteúdo da obra; resumo do argumento; análise das personagens, dos temas e estilo e questionário. -
Not Even Time Passes The Weight of Things. Lightness and Clarity“Carlos Nogueira explica que gosta de viagens que começam e nunca acabam. O seu pensamento atravessa diferentes períodos de um modo permeável; algumas séries regressam repetidamente sob formas modificadas. Nada é necessariamente fixo, mas procura-se um máximo de qualidade e uma potencial permanência. O que já existia ganha novos significados.” — Caroline Hancock -
José Saramago: A Literatura e o MalJosé Saramago não aceitava o princípio segundo o qual somos impotentes perante um sistema mundial inumano que estimula a desigualdade e a desumanidade. Para o escritor, cada um de nós pode e deve ser um factor de construção de uma nova Humanidade, convocando e aplicando dia-a-dia valores morais voltados para o bem comum.Este ensaio pretende contribuir para a compreensão da problemática do mal quer em José Saramago, quer, a partir da sua escrita e do seu pensamento, na acção individual e na prática social e política (na vida ética): o mal substantivado na História em instituições como a Inquisição, a monarquia e outras formas de governo, e em poderes económicos como o do latifúndio alentejano anterior à Revolução de Abril e o dos mercados neoliberais; e o mal como princípio não acidental do humano, tão inscrito na nossa natureza como o bem e sempre em vias de se manifestar em múltiplas e (im)previsíveis formas. -
José Saramago - A Lucidez da EscritaNO ANO EM QUE SE CELEBRAM OS 25 ANOS DO PRÉMIO NOBEL DE JOSÉ SARAMAGO, UM NOVO LIVRO DEDICADO AO AUTOR PORTUGUÊS.Este livro propõe‑nos olhares renovados sobre o pensamento, a escrita e a acção de José Saramago, e estimula‑nos a participar não só nos debates e nos desafios públicos mas também nos casos mais comuns da vida de todos os dias. Diferentes no tipo de análise e na área do conhecimento em que se inscrevem, os capítulos deste volume convergem num aspecto transversal a toda a obra de José Saramago: a lucidez do autor de Ensaio sobre a Cegueira. Lucidez sobre o ser humano e a vida dos esquecidos, explorados e marginalizados, sobre os pensamentos e as palavras dos homens e das mulheres anónimos e subjugados através dos tempos, sobre a prepotência humana em relação a tudo o que constitui o mundo e o cosmo (animais, natureza, ambiente...). Lucidez (insubmissa perante qualquer espécie de autoritarismo) que se expressa num estilo singular, desconcertante, sedutor, variado, em que o mais coloquial se funde com o mais culto, o mais belo e inefável alterna com o mais cru.Ao lermos José Saramago, ao escrevermos sobre Saramago, encontramo‑nos com um homem‑escritor que soube conciliar exigência moral, literatura sublime e acção pública, vemos a vida e descobrimo‑nos a nós próprios, tornamo‑nos mais conscientes do bem e do mal que há no mundo e na nossa mais secreta interioridade.COM ORGANIZAÇÃO DE CARLOS NOGUEIRA.
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Arte, Religião e Imagens em Évora no tempo do Arcebispo D. Teodósio de Bragança, 1578-1601D. Teotónio de Bragança (1530-1602), Arcebispo de Évora entre 1578 e 1602, foi um grande mecenas das artes sob signo do Concílio de Trento. Fundou o Mosteiro de Scala Coeli da Cartuxa, custeou obras relevantes na Sé e em muitas paroquiais da Arquidiocese, e fez encomendas em Lisboa, Madrid, Roma e Florença para enriquecer esses espaços. Desenvolveu um novo tipo de arquitectura, ser- vindo-se de artistas de formação romana como Nicolau de Frias e Pero Vaz Pereira. Seguiu com inovação um modelo «reformado» de igrejas-auditório de novo tipo com decoração integral de interiores, espécie de ars senza tempo pensada para o caso alentejano, onde pintura a fresco, stucco, azulejo, talha, imaginária, esgrafito e outras artes se irmanam. Seguiu as orientações tridentinas de revitalização das sacrae imagines e enriqueceu-as com novos temas iconográficos. Recuperou lugares de culto matricial paleo-cristão como atestado de antiguidade legitimadora, seguindo os princípios de ‘restauro storico’ de Cesare Baronio; velhos cultos emergem então, caso de São Manços, São Jordão, São Brissos, Santa Comba, São Torpes e outros alegadamente eborenses. A arte que nasce em Évora no fim do século XVI, sob signo da Contra-Maniera, atinge assim um brilho que rivaliza com os anos do reinado de D. João III e do humanista André de Resende. O livro reflecte sobre o sentido profundo da sociedade de Évora do final de Quinhentos, nas suas misérias e grandezas. -
Cartoons - 1969-1992O REGRESSO DOS ICÓNICOS CARTOONS DE JOÃO ABEL MANTA Ao fim de 48 anos, esta é a primeira reedição do álbum Cartoons 1969‑1975, publicado em Dezembro de 1975, o que significa que levou quase tanto tempo a que estes desenhos regressassem ao convívio dos leitores portugueses como o que durou o regime derrubado pela Revolução de Abril de 1974.Mantém‑se a fidelidade do original aos cartoons, desenhos mais ou menos humorísticos de carácter essencialmente político, com possíveis derivações socioculturais, feitos para a imprensa generalista. Mas a nova edição, com alguns ajustes, acrescenta «todos os desenhos relevantes posteriores a essa data e todos os que, por razões que se desconhece (mas sobre as quais se poderá especular), foram omitidos dessa primeira edição», como explica o organizador, Pedro Piedade Marques, além de um aparato de notas explicativas e contextualizadoras. -
Constelações - Ensaios sobre Cultura e Técnica na ContemporaneidadeUm livro deve tudo aos que ajudaram a arrancá-lo ao grande exterior, seja ele o nada ou o real. Agora que o devolvo aos meandros de onde proveio, escavados por todos sobre a superfície da Terra, talvez mais um sulco, ou alguma água desviada, quero agradecer àqueles que me ajudaram a fazer este retraçamento do caminho feito nestes anos de crise, pouco propícios para a escrita. […] Dá-me alegria o número daqueles a que precisei de agradecer. Se morremos sozinhos, mesmo que sejam sempre os outros que morrem — é esse o epitáfio escolhido por Duchamp —, só vivemos bem em companhia. Estes ensaios foram escritos sob a imagem da constelação. Controlada pelo conceito, com as novas máquinas como a da fotografia, a imagem libertou-se, separou-se dos objectos que a aprisionavam, eles próprios prisioneiros da lógica da rendibilidade. Uma nova plasticidade é produzida pelas imagens, que na sua leveza e movimento arrastam, com leveza e sem violência, o real. O pensamento do século XX propôs uma outra configuração do pensar pela imagem, desenvolvendo métodos como os de mosaico, de caleidoscópio, de paradigma, de mapa, de atlas, de arquivo, de arquipélago, e até de floresta ou de montanha, como nos ensinou Aldo Leopoldo. Esta nova semântica da imagem, depois de milénios de destituição pelo platonismo, significa estar à escuta da máxima de Giordano Bruno de que «pensar é especular com imagens». Em suma, a constelação em acto neste livro é magnetizada por uma certa ideia da técnica enquanto acontecimento decisivo, e cada ensaio aqui reunido corresponde a uma refracção dessa ideia num problema por ela suscitado, passando pela arte, o corpo, a fotografia e a técnica propriamente dita. Tem como único objectivo que um certo pensar se materialize, que este livro o transporte consigo e, seguindo o seu curso, encontre os seus próximos ou não. [José Bragança de Miranda] -
Esgotar a Dança - A Perfomance e a Política do MovimentoDezassete anos após sua publicação original em inglês, e após sua tradução em treze línguas, fica assim finalmente disponível aos leitores portugueses um livro fundamental para os estudos da dança e seminal no campo de uma teoria política do movimento.Nas palavras introdutórias à edição portuguesa, André Lepecki diz-nos: «espero que leitores desta edição portuguesa de Exhausting Dance possam encontrar neste livro não apenas retratos de algumas performances e obras coreográficas que, na sua singularidade afirmativa, complicaram (e ainda complicam, nas suas diferentes sobrevidas) certas noções pré-estabelecidas, certos mandamentos estéticos, do que a dança deve ser, do que a dança deve parecer, de como bailarines se devem mover e de como o movimento se deve manifestar quando apresentado no contexto do regime da 'arte' — mas espero que encontrem também, e ao mesmo tempo, um impulso crítico-teórico, ou seja, político, que, aliado que está às obras que compõem este livro, contribua para o pensar e o fazer da dança e da performance em Portugal hoje.» -
Siza DesignUma extensa e pormenorizada abordagem à obra de design do arquiteto Álvaro Siza Vieira, desde as peças de mobiliário, de cerâmica, de tapeçaria ou de ourivesaria, até às luminárias, ferragens e acessórios para equipamentos, apresentando para cada uma das cerca de 150 peças selecionadas uma detalhada ficha técnica com identificação, descrição, materiais, empresa distribuidora e fotografias, e integrando ainda um conjunto de esquissos originais nunca publicados e uma entrevista exclusiva ao arquiteto.CoediçãoArteBooks DesignCoordenação Científica + EntrevistaJosé Manuel PedreirinhoDesign GráficoJoão Machado, Marta Machado -
A Vida das Formas - Seguido de Elogio da MãoEste continua a ser o livro mais acessível e divulgado de Focillon. Nele o autor expõe em pormenor o seu método e a sua doutrina. Ao definir o carácter essencial da obra de arte como uma forma, Focillon procura sobretudo explicitar o carácter original e independente da representação artística recusando a interferência de condições exteriores ao acto criativo. Afastando-se simultaneamente do determinismo sociológico, do historicismo e da iconologia, procura demonstrar que a arte constitui um mundo coerente, estável e activo, animado por um movimento interno próprio, no fundo do qual a história política ou social apenas serve de quadro de referência. Para Focillon a arte é sempre o ponto de partida ou o ponto de chegada de experiências estéticas ligadas entre si, formando uma espécie de genealogias formais complexas que ele designa por metamorfoses. São estas metamorfoses que dão à obra de arte o seu carácter único e a fazem participar da evolução universal das formas.

