D. João I

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No ano de 1357 nasce João, mais um filho ilegítimo do infante D. Pedro. Ascende, ainda criança, a Mestre de Avis e, liderando a ordem e frequentando a corte, atravessará os governos de seu pai e de seu irmão D. Fernando. Após a morte deste monarca (1383), os acontecimentos precipitam-se e diversas forças sociais guindam-no a um protagonismo político que fará dele regedor e defensor do reino e, finalmente, rei de Portugal, nas Cortes de Coimbra de 1385. Desde logo, com os apoios certos e tendo como braço armado Nuno Álvares Pereira, vai submetendo opositores e combatendo os Castelhanos, dentro e fora do reino, numa sequência de guerras que só cessarão com a assinatura da paz em 1411.

Nascida que era já uma vasta prole do seu casamento com D. Filipa de Lencastre em 1387, e consolidada uma corte, D. João governará apoiando-se na sua linhagem e em fiéis vassalos. Conquista Ceuta, em 1415, uma vitória sobre os infiéis que lhe garante fama em toda a cristandade. Depois, embora tudo superintenda, delega grande parte dos negócios internos e externos aos descendentes, que pelas suas alianças matrimoniais consolidam estratégicas políticas diplomáticas, e entrega-se aos prazeres palacianos e cortesãos, sobremaneira à caça de montaria.

D. João morre a 14 de Agosto de 1433, ao fim de um longo reinado de 48 anos, e foi sepultado no Mosteiro da Batalha, marco real e simbólico da sua vitória real.

Como monarca, D. João veio a colher em vida e a recolher, para além da morte, uma «boa memória» de rei justo, vitorioso, devoto e culto, que pela voz dos povos foi proclamado pai dos Portugueses.  

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Editora Temas e Debates
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Autores Maria Helena Da Cruz Coelho
Maria Helena Da Cruz Coelho
Maria Helena da Cruz Coelho é Professora Catedrática Jubilada da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e Investigadora Integrada do Centro de História da Sociedade e da Cultura. Colabora com outras Unidades de I&D e tem participado em diversos projectos científicos, alguns apoiados pela FCT. Pertence a diversas Academias e Comissões nacionais e internacionais, sendo membro da Comissão Científica de várias revistas do país e do estrangeiro. É Vice-Presidente da Academia Portuguesa da História e Presidente da Sociedade Portuguesa de Estudos Medievais. Esteve presente em centenas de encontros e reuniões científicas no país e estrangeiro (Espanha, França, Itália, Inglaterra, Escócia, Bélgica, Áustria, Alemanha, Grécia, República Checa, Noruega, ex-URSS, USA, Canadá, Brasil, Argentina, Marrocos, Cabo Verde), apresentando, na maioria delas, comunicações e conferências. A sua investigação, divulgada em mais de trezentas publicações, algumas traduzidas em russo, espanhol, francês, italiano, inglês e alemão, incide sobre as mais diversas temáticas do período medieval, com destaque para a historiografia, biografia, história política, história social, história religiosa, história institucional, história económico-social, poder local, mundo rural, alimentação e quotidiano. Recebeu o Prémio Ciência da Fundação Calouste Gulbenkian (1990) e oito prémios da Academia Portuguesa da História. Foi agraciada com o Grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique (2011). No âmbito das matérias abordadas neste livro, conta, entre outros estudos, com as obras: Forais de Montemor-o-Velho, Montemor-o-Velho, Câmara Municipal, 2002. Foral de D. Manuel I a Santarém, Santarém, Câmara Municipal, 2007. O Município de Coimbra. Monumentos Fundacionais, Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra. Imprensa da Universidade de Coimbra, 2013.
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