Depois de 1950
O que António Quadros Ferreira se propõe fazer neste livro é perguntar o que se passou na segunda metade daquele que é o século mais marcante da história da arte e por isso da história do mundo. «Depois de 1950» é assim todo um programa historiográfico. De uma historiografia do quase-futuro. Por detrás da aparente inocência deste título, esconde-se um curioso processo de análise dos últimos 55 anos da história da arte.
| Editora | Afrontamento |
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| Editora | Afrontamento |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | António Quadros Ferreira |
Professor emérito da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Académico correspondente da ANBA, Academia Nacional de Belas Artes. Nasceu em Aveiro (1950). Licenciou-se em Pintura (1971) pela Escola Superior de Belas Artes do Porto.
Obteve DEA, Diplome d’Études Approfondies (1980) e o doutoramento (1990) pelo Centre du XXéme Siècle da Université de Sophia Antipolis, em Nice, França, investigação orientada pelo Professor Michel Sanouillet (presidente da Associação Internacional para o Estudo de Dada e do Surrealismo). A investigação de doutoramento teve como assunto «Les relations artistiques entre le Portugal et la France (1910-1930). Réception de la Modernité chez Almada». Enquanto artista, realiza exposições, e enquanto investigador realiza estudos em torno de questões associados à investigação artística, as relações entre o pensar e o fazer (Fazer falar a pintura, pensar o fazer da pintura), as metodologias específicas de investigação em pintura, o ensino artístico em contexto de escola de arte, e a teoria e a história da pintura.
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O Lado de Cá - Conversas com Fernando LanhasAo longo de vários encontros foi possível descobrir e redescobrir, de um modo íntimo, e afetuoso, memórias, histórias e detalhes que são verdadeiramente marcantes em Fernando Lanhas. Conhecer a sua obra parece não ser suficiente. É necessário conhecer a sua vida. Conhecer o seu pensamento. "O Lado de Cá" é, principalmente, um testemunho e uma homenagem a Fernando Lanhas. Pretende-se, agora, com este texto, recuperar conteúdos de conversas havidas em tempo particularmente datado (entre 2009 e 2010). Não onstante a dificuldade de se escrever sobre o pensamento de Fernando Lanhas, e a quase impossibilidade de se revelar a totalidade do Homem, ointeiro, persisitiu o privilégio e a vontade de se percorrer um caminho, comum, onde muito ficou por dizer. Talvez quase tudo. Arquiteto do sensível e do pensável, da pintura e da arte, da arqueologia e da história, da ciência e do rigor, paleontologia e da astronomia, da poesia e do sonho, Fernando Lanhas, organizador de um pensamento constelado onde a palavra e o silêncio coabitam perguntando-se, confronta-nos, permanentemente, com uma memória viva da vida, de estar e de ser certo. De uma serenidade única, Fernando Lanhas é detentor, com efeito, de uma história de vida que dá a conhecer muitas outras vidas e histórias. E detentor, ainda, de um dos percursos mais singulares da arte ocidental portuguesa. -
Nadir 16.11.00Em carta de 2 de Novembro de 2000 é feito um convite a Nadir Afonso para uma entrevista. As questões a serem colocadas foram pensadas tendo em conta o pensamento estético de Nadir, incluindo a pertinência de algumas das perguntas que pretendiam assumir-se como síntese da teoria nadiriana. Essa entrevista, cujas perguntas escritas estavam anexas à referida carta, teria uma função à época relativamente incerta. Isto é, o objectivo da entrevista não estava rigorosamente predeterminado. Sem nenhum objectivo, em concreto, é certo, a opção acabou por ser a do registo em video, o que aconteceria catorze dias depois, em 16 de Novembro de 2000. A opção escrita teria muito naturalmente suscitado uma publicação autónoma, ou não, do autor, e com edição subsequente. A opção foi outra, mas mesmo assim acabou por tornar o exercício da entrevista muito mais rico, muito mais espontâneo, não só pela capacidade de improvisação de Nadir, como pela capacidade de se imprimir um rumo diferente ao que era suposto, tendo em conta a importância da voz que, com o entusiasmo de Nadir, emprestou consciência e certeza. Em consequência, em 16 de Novembro de 2000 foi realizada, finalmente, a entrevista a Nadir Afonso. -
Jaime Isidoro - A Arte Sou EuEm Jaime Isidoro, A Arte Sou Eu, pretende-se, com efeito, fazer eco de uma exemplar história de vida, toda ela dedicada e generosa, em ser e estar de memória e liberdade, e que em muito contribuiu para a alteração da paisagem cultural da cidade do Porto. no essencial, a contribuição de Jaime Isidoro, tanto enquanto artista-pintor, como enquanto dinamizador-galerista, foi decisiva a partir da década de 50 com a fundação da Academia Dominguez Alvarez, a que se acrescentariam mais tarde acções como a da criação da Revista de Artes Plásticas, a dos Encontros Internacionais de Arte em Portugal, e a da própria Bienal de Vila Nova de Cerveira.Neste sentido, esta publicação das Edições Afrontamento pretende dar a conhecer o avassalador legado de Jaime Isidoro, principalmente, da segunda metade do século xx, e que em muito permitirá um melhor conhecimento e consciência do que foram os decénios, heróicos, da vida artística cultural da Cidade Invicta, e a contribuição fundamental para o presente e o futuro, tanto da arte como da cultura. -
António Joaquim - Uma Vida, Uma ObraAo longo de toda esta sua aventura artística podemos observar que tanto o caminho como a memória são centrais no impulsivo comportamento artístico de António Joaquim, pintor singularmente autodidacta. A sua pintura, feita de caminho, é uma pintura que reside na memória, na memória das coisas e dos objectos. Assim, a construção das imagens pelos sentidos, que o mesmo é dizer a construção da pintura pela memória, corresponde à elaboração de imagens em si-mesmas. Por isso, pensar o conhecimento existente na memória é o próprio do criador para que, no exercício da praxis, seja possível a transcendência da afirmação de uma espécie de mistério de fé que concretize a possibilidade de uma sabedoria. A da criação artística. Por esta razão, a pintura autobiográfica de António Joaquim parece pretender dar voz à memória que o caminho constrói, de um modo continuado e permanente, possibilitando à pintura ser o que é – a sua apresentação com facilidade ao esforço do nosso espírito. E o livro, António Joaquim - Uma Vida, Uma Obra, que assim é dado a conhecer, disso pretende dar também testemunho. -
Domènec Corbella - Navigatio VitaeDomènec Corbella, Navigatio Vitae é um livro composto por um binómio de autores, por um lado o artista catalão Domènec Corbella através da sua pintura e, por outro lado, o professor português António Quadros Ferreira com a apresentação deste ensaio. Esta combinação pictórico-literária dá ao leitor o privilégio e a capacidade de conhecimento simultâneo e Inter-relacionado de dois olhares introspectivos sobre a arte e, em particular, sobre as memórias artísticas induzidas pela água e pelo mar. Ambos os autores, artistas e académicos, encetaram um diálogo muito positivo e cúmplice, que culmina neste projecto expositivo e editorial.«Este livro, que ensaia uma reflexão sobre a obra de Domènec Corbella, em geral, e sobre a arte da água, em particular, não deixa de ser uma contribuição crítica e possibilitadora de um maior conhecimento das origens, das motivações, bem como da razão de ser dos diferentes movimentos anímicos das etapas evolutivas de Domènec Corbella. E, deste modo, o intuito para melhor se compreender as mutações da linguagem pictórica mais recente de Corbella, nomeadamente a presente etapa zen-taoista, que nos revela um pintor catalão com eloquentes referências orientais, conceptuais e formais. É a arte de Domènec Corbella o que o conjunto de 38 obras inéditas expostas na SNBA entre 18 de Abril e 11 de Maio de 2019, e aqui reproduzidas e contextualizadas, desejam dar a ver.»António Quadros Ferreira -
Discurso DirectoAntónio Quadros Ferreira é licenciado em Pintura pela Escola Superior de Belas Artes do Porto, onde é professor. É doutorado em Sciences de l'Information et de la Communication, pela Universidade de Nice e professor convidado da Escola de Belas Artes da Universidade Católica Portuguesa.Discurso Directo reúne trinta e oito textos que pretendem levantar questões, apontar direcções, de modo a que, pelo menos em parte, se determinem algumas das preocupações que têm permanecido essenciais ao longo da História das Ideias, das culturas, dos diversos pensamentos estéticos e, naturalmente, dos modos de pensar e fazer pintura.Ao longo de Discurso Directo várias correntes artísticas e vários paradigmas estéticos são visitados numa linguagem em que as preocupações historicistas e literárias, apesar de presentes, não são determinantes. Este livro pretende, ao invés, participar em um outro observar do facto estético: a relevância da recepção do ponto de vista de quem produz Arte. -
Nadir- Mestre de Si MesmoNadir Afonso é um dos maiores expoentes da arte portuguesa do século XX. Trabalhou com Le Corbusier, Oscar Niemeyer, Fernand Léger e Vasarely. Expôs e publicou internacionalmente articulando teoria e prática e fazendo “falar a pintura”. Neste livro, António Quadros Ferreira oferece- nos um guia para uma leitura informada da obra e do pensamento de Nadir Afonso. -
Henrique Silva - A Arte em Estado de AcçãoDesenvolvido em torno de um fio condutor, que faz enquadrar a obra na vida, pretendeu-se com este texto realizar através de um jogo de autobiografia algumas incursões conceptuais ao universo de Henrique Silva, isto é, aos seus mundos nómadas vividos e que pudessem dar eco de um caminho que, na nossa opinião, é singular e único. Com efeito, Henrique Silva ocupa um lugar próprio e específico no panorama da arte moderna portuguesa, que urge divulgar. Não só a sua ligação e herança para com a Escola de Paris mas ainda, e principalmente, com a sua matriz identitária configurada mais tarde com os eixos Porto e Cerveira (Casa da Carruagem, e Bienais), o que lhe permitiu construir com mais nitidez as suas convicções pessoais e políticas de intervenção. Com efeito, o que Henrique Silva nos mostra é a possibilidade de uma tensa mas forte relação entre o que é estético e o que é político. E a emergência da educação artística em Henrique Silva, como um dos grandes objetivos da sua narrativa artística, possibilita operar um futuro claro onde as estratégias pedagógicas, sociais e culturais se inserem numa prática artística de comprometida cidadania. -
A Pintura é Uma Lição - Sciencia Potentia EstO LIVRO QUE AGORA SE EDITA DÁ SEQUÊNCIA À PUBLICAÇÃO ANTERIOR PENSAR O FAZER DA PINTURA, 31 TESES SOBRE INVESTIGAR E CRIAR EM PINTURA, I2ADS/AFRONTAMENTO, 2017) E, REUNINDO 21 ENSAIOS. A presente publicação deseja indagar, então, a investigação artística associada à prática da pintura, e procura o sentido da reflexão que pode acontecer em torno de uma mecânica de ação que faz emergir o ato de pensar a pintura como pensamento primordial da criação artística. A pintura, hoje, permite o entendimento de que a pintura pensa e mostra, mostra e pensa. E neste eixo principal permanece e permanecerá, portanto, a pergunta sobre a possibilidade da lição da pintura. A pergunta será, provavelmente, a do lugar por excelência da lição da pintura: a lição do que se deseja saber mas que não se sabe.Por isso, quando perguntamos se a pintura é uma lição, estamos a perguntar, ainda, a relação da pintura entre a investigação e a criação, a imprescindibilidade do fazer falar a pintura, a realidade da ideia da teoria do pintor e, finalmente, a insinuação de que a pintura pensa o mundo em lição. -
Nadir, E TudoA obra de Nadir é pois multifactorial, isto é, é uma obra universalista, é uma obra que diz na perfeição a fusão do espaço e do tempo que decorrem entre uma permanente e constante aproximação da teoria à praxis e da praxis à teoria. Dizemos então que na relação tríade de pensar, fazer e dizer, Nadir faz a ponte entre arte e ciência. Isto é, a ponte que junta num mesmo rio uma arte completa – que humaniza – e onde a ciência está, por necessidade, presente. A participação de ALBUQUERQUE MENDES corresponde a uma performance com arte – sendo a sua intervenção absolutamente singular sublinhando-nos a sua radicalidade de se ser artista. O Autor diz-nos um texto que se apresenta e que é o resultado de uma transposição a partir de uma gravação em vídeo ocorrida com a sua participação no Colóquio Nadir, E Tudo, por videoconferência.A participação de ANÍBAL FERREIRA consiste num ensaio com ciência dentro – onde nos diz que a estética pode ser um caminho de ciência – e, enfatizando através de um exercício de grande rigor imensas referências científicas, permite fundamentar a visão de que a arte de Nadir é também ciência, associando matemática e geometria num processo de construção intuída. A participação de ANTÓNIO QUADROS FERREIRA viabiliza a realização de um exercício caleidoscópico e integrado pela sugestão de que vida e obra se fundem em Nadir, e onde a arquitetura e a pintura se convivem em caminho que resolve o projeto singular de um pensamento absolutamente seminal.A participação de LAURA AFONSO consiste na realização de uma viagem com Nadir dentro – onde nos diz a importância da filosofia para a construção de uma teoria estética, de uma teoria de vida. Laura Afonso, no seu ensaio A emoção da arte e da geometria, desenvolve uma abordagem muito esclarecedora e clarificadora acerca da correspondência, maior, entre a geometria e a arte na narrativa estética de Nadir Afonso.
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Arte, Religião e Imagens em Évora no tempo do Arcebispo D. Teodósio de Bragança, 1578-1601D. Teotónio de Bragança (1530-1602), Arcebispo de Évora entre 1578 e 1602, foi um grande mecenas das artes sob signo do Concílio de Trento. Fundou o Mosteiro de Scala Coeli da Cartuxa, custeou obras relevantes na Sé e em muitas paroquiais da Arquidiocese, e fez encomendas em Lisboa, Madrid, Roma e Florença para enriquecer esses espaços. Desenvolveu um novo tipo de arquitectura, ser- vindo-se de artistas de formação romana como Nicolau de Frias e Pero Vaz Pereira. Seguiu com inovação um modelo «reformado» de igrejas-auditório de novo tipo com decoração integral de interiores, espécie de ars senza tempo pensada para o caso alentejano, onde pintura a fresco, stucco, azulejo, talha, imaginária, esgrafito e outras artes se irmanam. Seguiu as orientações tridentinas de revitalização das sacrae imagines e enriqueceu-as com novos temas iconográficos. Recuperou lugares de culto matricial paleo-cristão como atestado de antiguidade legitimadora, seguindo os princípios de ‘restauro storico’ de Cesare Baronio; velhos cultos emergem então, caso de São Manços, São Jordão, São Brissos, Santa Comba, São Torpes e outros alegadamente eborenses. A arte que nasce em Évora no fim do século XVI, sob signo da Contra-Maniera, atinge assim um brilho que rivaliza com os anos do reinado de D. João III e do humanista André de Resende. O livro reflecte sobre o sentido profundo da sociedade de Évora do final de Quinhentos, nas suas misérias e grandezas. -
A Antropologia da ArteRobert Layton proporciona-nos uma leitura agradável e autorizada, como introdução à riqueza e diversidade das formas de arte nas sociedades não ocidentais. Equaciona os problemas da avaliação estética através da diversidade de culturas, os variados usos da arte e a questão fundamental que é a arte nas sociedades em evolução, dos reinos tradicionais da África Ocidental (com o seu artesanato específico no uso de metais preciosos) aos caçadores-recolectores australianos (com as suas pinturas de areia e de ornamentação corporal). As formas aqui debatidas incluem as pinturas em casca de árvore, areia ou rocha, as esculturas de marfim, osso e madeira, a fundição de latão, as máscaras bem como a decoração das casas e ornamentações corporais. A compreensão do significado destas diversas produções exige a compreensão dos contextos culturais que as envolvem. Layton relaciona as produções artísticas particulares com os rituais, os mitos e o poder. -
A Invenção da Moda - As Teorias, os Estilistas, a HistóriaEstá disponível em pdf a Introdução. Arte & ComunicaçãoArte e Comunicação representamdois conceitos inseparáveis.Deste modo, reúnem-se na mesma colecçãoobras que abordam a Estética em geral,as diferentes artes em particular,os aspectos sociológicos e políticos da Arte, assim como a Comunicação Social e os meios que ela utiliza.Tirania do presente, para uns, linguagem por direito próprio, para outros, a moda desempenha um papel importante na sociedade, sendo por isso objecto de estudo de diversas disciplinas.Esta obra traça a complexa teia de causas na origem e difusão da moda, Entre elas contam-se o aparecimento de uma sociedade aberta, o cosmopolitismo e uma nova atitude mental que privilegia o gosto pelo que é novo. -
Laocoonte - Ou Sobre as Fronteiras da Pintura e PoesiaLaocoonte ou sobre as Fronteiras da Pintura e Poesia (1766), obra fundadora da estética moderna, moldou desde a sua publicação debates em torno da crítica e da teoria da percepção, influenciando áreas como a teoria da literatura e a história de arte. Estudo sobre o famoso grupo escultórico, provavelmente do século II a.C. - que retrata o suplício do sacerdote troiano e dos seus filhos, episódio narrado por Vergílio na Eneida -, Laocoonte foi um dos primeiros ensaios a abordar a natureza da poesia, como arte do tempo, e da pintura, como arte do espaço, traçando os seus limites, diferenças e domínios específicos, ao mesmo tempo que operou uma verdadeira libertação do ut pictura poesis horaciano.Laocoonte, numa prosa eloquente e de finíssima ironia, continua a suscitar vivas reflexões sobre o sentido da experiência artística. -
Desenhos de Mestres Europeus em Coleções Portuguesas II - Itália e PortugalOs tesouros escondidos e pouco apreciados dos desenhos antigos de mestres, em coleções públicas e privadas portuguesas, foram apresentados ao público europeu em 2000-2001 com a exposição Desenhos dos Mestres Europeus em Coleções Portuguesas, organizada pelo Centro Cultural de Belém (CCB), Lisboa, e realizada no Museu Fitzwilliam, Cambridge; no CCB; no Museu Nacional de Soares dos Reis, Porto (com versão reduzida exposta no Prado, em Madrid, em 2002). Passadas duas décadas, é tempo de dar a conhecer a uma nova geração a vitalidade da tradição de colecionar desenhos de antigos mestres em Portugal, prática que remonta ao início do século XVI, e que hoje é ainda mais vibrante do que em muitos outros países europeus. (...) a seleção inclui aquisições recentes feitas pelo Museu da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, incluindo obras de Carlo Maratti e Giovanni Battista Merano, além de um terceiro desenho de Polidoro da Caravaggio. Não existe melhor testemunho da vitalidade da tradição de colecionar e do contínuo interesse pelos desenhos dos Antigos Mestres em Portugal. -
Siza DesignUma extensa e pormenorizada abordagem à obra de design do arquiteto Álvaro Siza Vieira, desde as peças de mobiliário, de cerâmica, de tapeçaria ou de ourivesaria, até às luminárias, ferragens e acessórios para equipamentos, apresentando para cada uma das cerca de 150 peças selecionadas uma detalhada ficha técnica com identificação, descrição, materiais, empresa distribuidora e fotografias, e integrando ainda um conjunto de esquissos originais nunca publicados e uma entrevista exclusiva ao arquiteto.CoediçãoArteBooks DesignCoordenação Científica + EntrevistaJosé Manuel PedreirinhoDesign GráficoJoão Machado, Marta Machado -
Bonecos de Barcelos - Identidade, Tradição e Criação ArtísticaA cerâmica figurativa de Barcelos constitui uma das mais belas e intrigantes manifestações da cultura e da identidade portuguesas. Delirante, quase alucinada, parece confirmar a cada boneco, a cada esgar dos seus desorbitados olhos, a ideia segundo a qual as mãos dos artesãos das freguesias de Galegos São Martinho e Galegos Santa Maria possuem um misterioso poder demiúrgico, singular ao ponto de combinar as mais arreigadas manifestações de religiosidade com figuras de feição pagã, quase demoníacas.Se o galo de Barcelos se transformou há muito num dos mais incontestáveis ícones do nosso país, o gene criativo surgido com a figura tutelar de Rosa Ramalho tem sido contraído e mantido por sucessivas gerações das famílias Ramalho, Côta e Mistério, apenas para referir os expoentes máximos desta manifestação artística.Seja pelo seu exotismo excêntrico — ao mesmo tempo infantil, expressionista e monstruoso —, ou pela sua pura condição de arte, os bonecos de Barcelos têm atraído o interesse de inúmeros colecionadores ou de simples devotos daqueles mistérios. Foi também esse o caso dos arquitetos Alexandre Alves Costa e Sergio Fernandez, docentes da nossa Faculdade de Arquitetura e obreiros da coleção de 600 peças que em 2022 doaram ao Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto.A exposição que acolhemos no edifício-sede da reitoria e a produção deste catálogo, que doravante documentará o rigor e a riqueza daquela coleção, constituem, pois, um gesto de reconhecimento e de gratidão, mas também a manifestação de um compromisso: ao zelo, à dedicação, à confiança e à generosidade dos arquitetos Alexandre Alves Costa e Sergio Fernandez, retribuirá a Universidade do Porto com a firme determinação de tudo fazer para preservar e continuar a divulgar o extraordinário acervo que nos legaram.António de Sousa Pereira, Reitor da Universidade do PortoVários
