Domènec Corbella - Navigatio Vitae
Domènec Corbella, Navigatio Vitae é um livro composto por um binómio de autores, por um lado o artista catalão Domènec Corbella através da sua pintura e, por outro lado, o professor português António Quadros Ferreira com a apresentação deste ensaio. Esta combinação pictórico-literária dá ao leitor o privilégio e a capacidade de conhecimento simultâneo e Inter-relacionado de dois olhares introspectivos sobre a arte e, em particular, sobre as memórias artísticas induzidas pela água e pelo mar. Ambos os autores, artistas e académicos, encetaram um diálogo muito positivo e cúmplice, que culmina neste projecto expositivo e editorial.
«Este livro, que ensaia uma reflexão sobre a obra de Domènec Corbella, em geral, e sobre a arte da água, em particular, não deixa de ser uma contribuição crítica e possibilitadora de um maior conhecimento das origens, das motivações, bem como da razão de ser dos diferentes movimentos anímicos das etapas evolutivas de Domènec Corbella. E, deste modo, o intuito para melhor se compreender as mutações da linguagem pictórica mais recente de Corbella, nomeadamente a presente etapa zen-taoista, que nos revela um pintor catalão com eloquentes referências orientais, conceptuais e formais. É a arte de Domènec Corbella o que o conjunto de 38 obras inéditas expostas na SNBA entre 18 de Abril e 11 de Maio de 2019, e aqui reproduzidas e contextualizadas, desejam dar a ver.»
António Quadros Ferreira
| Editora | Afrontamento |
|---|---|
| Categorias | |
| Editora | Afrontamento |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | António Quadros Ferreira |
Professor emérito da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Académico correspondente da ANBA, Academia Nacional de Belas Artes. Nasceu em Aveiro (1950). Licenciou-se em Pintura (1971) pela Escola Superior de Belas Artes do Porto.
Obteve DEA, Diplome d’Études Approfondies (1980) e o doutoramento (1990) pelo Centre du XXéme Siècle da Université de Sophia Antipolis, em Nice, França, investigação orientada pelo Professor Michel Sanouillet (presidente da Associação Internacional para o Estudo de Dada e do Surrealismo). A investigação de doutoramento teve como assunto «Les relations artistiques entre le Portugal et la France (1910-1930). Réception de la Modernité chez Almada». Enquanto artista, realiza exposições, e enquanto investigador realiza estudos em torno de questões associados à investigação artística, as relações entre o pensar e o fazer (Fazer falar a pintura, pensar o fazer da pintura), as metodologias específicas de investigação em pintura, o ensino artístico em contexto de escola de arte, e a teoria e a história da pintura.
-
O Lado de Cá - Conversas com Fernando LanhasAo longo de vários encontros foi possível descobrir e redescobrir, de um modo íntimo, e afetuoso, memórias, histórias e detalhes que são verdadeiramente marcantes em Fernando Lanhas. Conhecer a sua obra parece não ser suficiente. É necessário conhecer a sua vida. Conhecer o seu pensamento. "O Lado de Cá" é, principalmente, um testemunho e uma homenagem a Fernando Lanhas. Pretende-se, agora, com este texto, recuperar conteúdos de conversas havidas em tempo particularmente datado (entre 2009 e 2010). Não onstante a dificuldade de se escrever sobre o pensamento de Fernando Lanhas, e a quase impossibilidade de se revelar a totalidade do Homem, ointeiro, persisitiu o privilégio e a vontade de se percorrer um caminho, comum, onde muito ficou por dizer. Talvez quase tudo. Arquiteto do sensível e do pensável, da pintura e da arte, da arqueologia e da história, da ciência e do rigor, paleontologia e da astronomia, da poesia e do sonho, Fernando Lanhas, organizador de um pensamento constelado onde a palavra e o silêncio coabitam perguntando-se, confronta-nos, permanentemente, com uma memória viva da vida, de estar e de ser certo. De uma serenidade única, Fernando Lanhas é detentor, com efeito, de uma história de vida que dá a conhecer muitas outras vidas e histórias. E detentor, ainda, de um dos percursos mais singulares da arte ocidental portuguesa. -
Nadir 16.11.00Em carta de 2 de Novembro de 2000 é feito um convite a Nadir Afonso para uma entrevista. As questões a serem colocadas foram pensadas tendo em conta o pensamento estético de Nadir, incluindo a pertinência de algumas das perguntas que pretendiam assumir-se como síntese da teoria nadiriana. Essa entrevista, cujas perguntas escritas estavam anexas à referida carta, teria uma função à época relativamente incerta. Isto é, o objectivo da entrevista não estava rigorosamente predeterminado. Sem nenhum objectivo, em concreto, é certo, a opção acabou por ser a do registo em video, o que aconteceria catorze dias depois, em 16 de Novembro de 2000. A opção escrita teria muito naturalmente suscitado uma publicação autónoma, ou não, do autor, e com edição subsequente. A opção foi outra, mas mesmo assim acabou por tornar o exercício da entrevista muito mais rico, muito mais espontâneo, não só pela capacidade de improvisação de Nadir, como pela capacidade de se imprimir um rumo diferente ao que era suposto, tendo em conta a importância da voz que, com o entusiasmo de Nadir, emprestou consciência e certeza. Em consequência, em 16 de Novembro de 2000 foi realizada, finalmente, a entrevista a Nadir Afonso. -
Jaime Isidoro - A Arte Sou EuEm Jaime Isidoro, A Arte Sou Eu, pretende-se, com efeito, fazer eco de uma exemplar história de vida, toda ela dedicada e generosa, em ser e estar de memória e liberdade, e que em muito contribuiu para a alteração da paisagem cultural da cidade do Porto. no essencial, a contribuição de Jaime Isidoro, tanto enquanto artista-pintor, como enquanto dinamizador-galerista, foi decisiva a partir da década de 50 com a fundação da Academia Dominguez Alvarez, a que se acrescentariam mais tarde acções como a da criação da Revista de Artes Plásticas, a dos Encontros Internacionais de Arte em Portugal, e a da própria Bienal de Vila Nova de Cerveira.Neste sentido, esta publicação das Edições Afrontamento pretende dar a conhecer o avassalador legado de Jaime Isidoro, principalmente, da segunda metade do século xx, e que em muito permitirá um melhor conhecimento e consciência do que foram os decénios, heróicos, da vida artística cultural da Cidade Invicta, e a contribuição fundamental para o presente e o futuro, tanto da arte como da cultura. -
António Joaquim - Uma Vida, Uma ObraAo longo de toda esta sua aventura artística podemos observar que tanto o caminho como a memória são centrais no impulsivo comportamento artístico de António Joaquim, pintor singularmente autodidacta. A sua pintura, feita de caminho, é uma pintura que reside na memória, na memória das coisas e dos objectos. Assim, a construção das imagens pelos sentidos, que o mesmo é dizer a construção da pintura pela memória, corresponde à elaboração de imagens em si-mesmas. Por isso, pensar o conhecimento existente na memória é o próprio do criador para que, no exercício da praxis, seja possível a transcendência da afirmação de uma espécie de mistério de fé que concretize a possibilidade de uma sabedoria. A da criação artística. Por esta razão, a pintura autobiográfica de António Joaquim parece pretender dar voz à memória que o caminho constrói, de um modo continuado e permanente, possibilitando à pintura ser o que é – a sua apresentação com facilidade ao esforço do nosso espírito. E o livro, António Joaquim - Uma Vida, Uma Obra, que assim é dado a conhecer, disso pretende dar também testemunho. -
Discurso DirectoAntónio Quadros Ferreira é licenciado em Pintura pela Escola Superior de Belas Artes do Porto, onde é professor. É doutorado em Sciences de l'Information et de la Communication, pela Universidade de Nice e professor convidado da Escola de Belas Artes da Universidade Católica Portuguesa.Discurso Directo reúne trinta e oito textos que pretendem levantar questões, apontar direcções, de modo a que, pelo menos em parte, se determinem algumas das preocupações que têm permanecido essenciais ao longo da História das Ideias, das culturas, dos diversos pensamentos estéticos e, naturalmente, dos modos de pensar e fazer pintura.Ao longo de Discurso Directo várias correntes artísticas e vários paradigmas estéticos são visitados numa linguagem em que as preocupações historicistas e literárias, apesar de presentes, não são determinantes. Este livro pretende, ao invés, participar em um outro observar do facto estético: a relevância da recepção do ponto de vista de quem produz Arte. -
Depois de 1950O que António Quadros Ferreira se propõe fazer neste livro é perguntar o que se passou na segunda metade daquele que é o século mais marcante da história da arte e por isso da história do mundo. «Depois de 1950» é assim todo um programa historiográfico. De uma historiografia do quase-futuro. Por detrás da aparente inocência deste título, esconde-se um curioso processo de análise dos últimos 55 anos da história da arte. -
Nadir- Mestre de Si MesmoNadir Afonso é um dos maiores expoentes da arte portuguesa do século XX. Trabalhou com Le Corbusier, Oscar Niemeyer, Fernand Léger e Vasarely. Expôs e publicou internacionalmente articulando teoria e prática e fazendo “falar a pintura”. Neste livro, António Quadros Ferreira oferece- nos um guia para uma leitura informada da obra e do pensamento de Nadir Afonso. -
Henrique Silva - A Arte em Estado de AcçãoDesenvolvido em torno de um fio condutor, que faz enquadrar a obra na vida, pretendeu-se com este texto realizar através de um jogo de autobiografia algumas incursões conceptuais ao universo de Henrique Silva, isto é, aos seus mundos nómadas vividos e que pudessem dar eco de um caminho que, na nossa opinião, é singular e único. Com efeito, Henrique Silva ocupa um lugar próprio e específico no panorama da arte moderna portuguesa, que urge divulgar. Não só a sua ligação e herança para com a Escola de Paris mas ainda, e principalmente, com a sua matriz identitária configurada mais tarde com os eixos Porto e Cerveira (Casa da Carruagem, e Bienais), o que lhe permitiu construir com mais nitidez as suas convicções pessoais e políticas de intervenção. Com efeito, o que Henrique Silva nos mostra é a possibilidade de uma tensa mas forte relação entre o que é estético e o que é político. E a emergência da educação artística em Henrique Silva, como um dos grandes objetivos da sua narrativa artística, possibilita operar um futuro claro onde as estratégias pedagógicas, sociais e culturais se inserem numa prática artística de comprometida cidadania. -
A Pintura é Uma Lição - Sciencia Potentia EstO LIVRO QUE AGORA SE EDITA DÁ SEQUÊNCIA À PUBLICAÇÃO ANTERIOR PENSAR O FAZER DA PINTURA, 31 TESES SOBRE INVESTIGAR E CRIAR EM PINTURA, I2ADS/AFRONTAMENTO, 2017) E, REUNINDO 21 ENSAIOS. A presente publicação deseja indagar, então, a investigação artística associada à prática da pintura, e procura o sentido da reflexão que pode acontecer em torno de uma mecânica de ação que faz emergir o ato de pensar a pintura como pensamento primordial da criação artística. A pintura, hoje, permite o entendimento de que a pintura pensa e mostra, mostra e pensa. E neste eixo principal permanece e permanecerá, portanto, a pergunta sobre a possibilidade da lição da pintura. A pergunta será, provavelmente, a do lugar por excelência da lição da pintura: a lição do que se deseja saber mas que não se sabe.Por isso, quando perguntamos se a pintura é uma lição, estamos a perguntar, ainda, a relação da pintura entre a investigação e a criação, a imprescindibilidade do fazer falar a pintura, a realidade da ideia da teoria do pintor e, finalmente, a insinuação de que a pintura pensa o mundo em lição. -
Nadir, E TudoA obra de Nadir é pois multifactorial, isto é, é uma obra universalista, é uma obra que diz na perfeição a fusão do espaço e do tempo que decorrem entre uma permanente e constante aproximação da teoria à praxis e da praxis à teoria. Dizemos então que na relação tríade de pensar, fazer e dizer, Nadir faz a ponte entre arte e ciência. Isto é, a ponte que junta num mesmo rio uma arte completa – que humaniza – e onde a ciência está, por necessidade, presente. A participação de ALBUQUERQUE MENDES corresponde a uma performance com arte – sendo a sua intervenção absolutamente singular sublinhando-nos a sua radicalidade de se ser artista. O Autor diz-nos um texto que se apresenta e que é o resultado de uma transposição a partir de uma gravação em vídeo ocorrida com a sua participação no Colóquio Nadir, E Tudo, por videoconferência.A participação de ANÍBAL FERREIRA consiste num ensaio com ciência dentro – onde nos diz que a estética pode ser um caminho de ciência – e, enfatizando através de um exercício de grande rigor imensas referências científicas, permite fundamentar a visão de que a arte de Nadir é também ciência, associando matemática e geometria num processo de construção intuída. A participação de ANTÓNIO QUADROS FERREIRA viabiliza a realização de um exercício caleidoscópico e integrado pela sugestão de que vida e obra se fundem em Nadir, e onde a arquitetura e a pintura se convivem em caminho que resolve o projeto singular de um pensamento absolutamente seminal.A participação de LAURA AFONSO consiste na realização de uma viagem com Nadir dentro – onde nos diz a importância da filosofia para a construção de uma teoria estética, de uma teoria de vida. Laura Afonso, no seu ensaio A emoção da arte e da geometria, desenvolve uma abordagem muito esclarecedora e clarificadora acerca da correspondência, maior, entre a geometria e a arte na narrativa estética de Nadir Afonso.
-
Arte, Religião e Imagens em Évora no tempo do Arcebispo D. Teodósio de Bragança, 1578-1601D. Teotónio de Bragança (1530-1602), Arcebispo de Évora entre 1578 e 1602, foi um grande mecenas das artes sob signo do Concílio de Trento. Fundou o Mosteiro de Scala Coeli da Cartuxa, custeou obras relevantes na Sé e em muitas paroquiais da Arquidiocese, e fez encomendas em Lisboa, Madrid, Roma e Florença para enriquecer esses espaços. Desenvolveu um novo tipo de arquitectura, ser- vindo-se de artistas de formação romana como Nicolau de Frias e Pero Vaz Pereira. Seguiu com inovação um modelo «reformado» de igrejas-auditório de novo tipo com decoração integral de interiores, espécie de ars senza tempo pensada para o caso alentejano, onde pintura a fresco, stucco, azulejo, talha, imaginária, esgrafito e outras artes se irmanam. Seguiu as orientações tridentinas de revitalização das sacrae imagines e enriqueceu-as com novos temas iconográficos. Recuperou lugares de culto matricial paleo-cristão como atestado de antiguidade legitimadora, seguindo os princípios de ‘restauro storico’ de Cesare Baronio; velhos cultos emergem então, caso de São Manços, São Jordão, São Brissos, Santa Comba, São Torpes e outros alegadamente eborenses. A arte que nasce em Évora no fim do século XVI, sob signo da Contra-Maniera, atinge assim um brilho que rivaliza com os anos do reinado de D. João III e do humanista André de Resende. O livro reflecte sobre o sentido profundo da sociedade de Évora do final de Quinhentos, nas suas misérias e grandezas. -
Cartoons - 1969-1992O REGRESSO DOS ICÓNICOS CARTOONS DE JOÃO ABEL MANTA Ao fim de 48 anos, esta é a primeira reedição do álbum Cartoons 1969‑1975, publicado em Dezembro de 1975, o que significa que levou quase tanto tempo a que estes desenhos regressassem ao convívio dos leitores portugueses como o que durou o regime derrubado pela Revolução de Abril de 1974.Mantém‑se a fidelidade do original aos cartoons, desenhos mais ou menos humorísticos de carácter essencialmente político, com possíveis derivações socioculturais, feitos para a imprensa generalista. Mas a nova edição, com alguns ajustes, acrescenta «todos os desenhos relevantes posteriores a essa data e todos os que, por razões que se desconhece (mas sobre as quais se poderá especular), foram omitidos dessa primeira edição», como explica o organizador, Pedro Piedade Marques, além de um aparato de notas explicativas e contextualizadoras. -
Constelações - Ensaios sobre Cultura e Técnica na ContemporaneidadeUm livro deve tudo aos que ajudaram a arrancá-lo ao grande exterior, seja ele o nada ou o real. Agora que o devolvo aos meandros de onde proveio, escavados por todos sobre a superfície da Terra, talvez mais um sulco, ou alguma água desviada, quero agradecer àqueles que me ajudaram a fazer este retraçamento do caminho feito nestes anos de crise, pouco propícios para a escrita. […] Dá-me alegria o número daqueles a que precisei de agradecer. Se morremos sozinhos, mesmo que sejam sempre os outros que morrem — é esse o epitáfio escolhido por Duchamp —, só vivemos bem em companhia. Estes ensaios foram escritos sob a imagem da constelação. Controlada pelo conceito, com as novas máquinas como a da fotografia, a imagem libertou-se, separou-se dos objectos que a aprisionavam, eles próprios prisioneiros da lógica da rendibilidade. Uma nova plasticidade é produzida pelas imagens, que na sua leveza e movimento arrastam, com leveza e sem violência, o real. O pensamento do século XX propôs uma outra configuração do pensar pela imagem, desenvolvendo métodos como os de mosaico, de caleidoscópio, de paradigma, de mapa, de atlas, de arquivo, de arquipélago, e até de floresta ou de montanha, como nos ensinou Aldo Leopoldo. Esta nova semântica da imagem, depois de milénios de destituição pelo platonismo, significa estar à escuta da máxima de Giordano Bruno de que «pensar é especular com imagens». Em suma, a constelação em acto neste livro é magnetizada por uma certa ideia da técnica enquanto acontecimento decisivo, e cada ensaio aqui reunido corresponde a uma refracção dessa ideia num problema por ela suscitado, passando pela arte, o corpo, a fotografia e a técnica propriamente dita. Tem como único objectivo que um certo pensar se materialize, que este livro o transporte consigo e, seguindo o seu curso, encontre os seus próximos ou não. [José Bragança de Miranda] -
Esgotar a Dança - A Perfomance e a Política do MovimentoDezassete anos após sua publicação original em inglês, e após sua tradução em treze línguas, fica assim finalmente disponível aos leitores portugueses um livro fundamental para os estudos da dança e seminal no campo de uma teoria política do movimento.Nas palavras introdutórias à edição portuguesa, André Lepecki diz-nos: «espero que leitores desta edição portuguesa de Exhausting Dance possam encontrar neste livro não apenas retratos de algumas performances e obras coreográficas que, na sua singularidade afirmativa, complicaram (e ainda complicam, nas suas diferentes sobrevidas) certas noções pré-estabelecidas, certos mandamentos estéticos, do que a dança deve ser, do que a dança deve parecer, de como bailarines se devem mover e de como o movimento se deve manifestar quando apresentado no contexto do regime da 'arte' — mas espero que encontrem também, e ao mesmo tempo, um impulso crítico-teórico, ou seja, político, que, aliado que está às obras que compõem este livro, contribua para o pensar e o fazer da dança e da performance em Portugal hoje.» -
Siza DesignUma extensa e pormenorizada abordagem à obra de design do arquiteto Álvaro Siza Vieira, desde as peças de mobiliário, de cerâmica, de tapeçaria ou de ourivesaria, até às luminárias, ferragens e acessórios para equipamentos, apresentando para cada uma das cerca de 150 peças selecionadas uma detalhada ficha técnica com identificação, descrição, materiais, empresa distribuidora e fotografias, e integrando ainda um conjunto de esquissos originais nunca publicados e uma entrevista exclusiva ao arquiteto.CoediçãoArteBooks DesignCoordenação Científica + EntrevistaJosé Manuel PedreirinhoDesign GráficoJoão Machado, Marta Machado -
A Vida das Formas - Seguido de Elogio da MãoEste continua a ser o livro mais acessível e divulgado de Focillon. Nele o autor expõe em pormenor o seu método e a sua doutrina. Ao definir o carácter essencial da obra de arte como uma forma, Focillon procura sobretudo explicitar o carácter original e independente da representação artística recusando a interferência de condições exteriores ao acto criativo. Afastando-se simultaneamente do determinismo sociológico, do historicismo e da iconologia, procura demonstrar que a arte constitui um mundo coerente, estável e activo, animado por um movimento interno próprio, no fundo do qual a história política ou social apenas serve de quadro de referência. Para Focillon a arte é sempre o ponto de partida ou o ponto de chegada de experiências estéticas ligadas entre si, formando uma espécie de genealogias formais complexas que ele designa por metamorfoses. São estas metamorfoses que dão à obra de arte o seu carácter único e a fazem participar da evolução universal das formas.

