Dicionário Portugal Multilateral Vol. II
O Multilateralismo tem vindo a trilhar um caminho de estabelecimento de formas de cooperação entre Estados, que entendem que a resolução das questões internacionais se faz melhor em conjunto do que individualmente. O dicionário Portugal Multilateral analisa a adesão e a participação de Portugal no universo das organizações internacionais, de que foi ou é membro. Além de aproximar o leitor da vertente multilateral da política externa portuguesa, também evidencia a diversidade de organizações, os seus respetivos fins, a sua ação e resultados alcançados.
| Editora | Almedina |
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| Coleção | Fora de Coleção |
| Categorias | |
| Editora | Almedina |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Alice Cunha, Nuno Severiano Teixeira |
Nuno Severiano Teixeira é professor catedrático na Universidade Nova de Lisboa e presidente do Instituto Português de Relações Internacionais. É doutorado em História das Relações Internacionais pelo Instituto Universitário Europeu — Florença e agregado em Ciência Política e Relações Internacionais pela Universidade Nova de Lisboa. Foi visiting professor na Universidade de Georgetown (2000 e 2017/2019), visiting scholar na Universidade da Califórnia, Berkeley (2004), e senior visiting scholar no Instituto Universitário Europeu — Florença (2010). Tem obra publicada sobre história militar, história das relações internacionais, história da construção europeia e questões de política externa, segurança e defesa. Serviu como ministro da Administração Interna (2000/2002) e ministro da Defesa (2006/2009) do governo português.
É doutora em História Contemporânea pela FCSH-UNL e investigadora na mesma faculdade. No Instituto Português de Relações Internacionais tem trabalhado e publicado na área da Integração Europeia. É membro do European Union Liaison Committee of Historians.
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Dossiê Adesão - História do Alargamento da CEE a PortugalEste livro constitui, para a sua autora, o epílogo de um regresso aos «bastidores» do processo negocial que conduziu à adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia, aí encontrando evidências que nos elucidam de que modo, a que ritmo, com que consistência e obstáculos, é que o mesmo decorreu; assim como qual foi, por um lado, o envolvimento do Estado português e, concretamente, dos sucessivos governos, no seu objetivo de aderir à CEE; e, por outro, o dos Estados-membros na conciliação do alargamento com os seus interesses próprios. Representa também a conclusão de um ciclo tripartido de investigação, com a publicação das Memórias da Adesão, de Os Capítulos da Adesão e, agora, do Dossiê Adesão. -
Pensar o Futuro Portugal e o mundo depois da COVID-19Até há poucos meses, trabalhar fora de casa, jantar num restaurante com um grupo de amigos ou fazer parte da plateia que enche uma sala de espetáculos eram atividades banais praticadas sem que nelas se pensasse duas vezes. No início de 2020, fazíamos planos para o futuro, escolhíamos livremente o destino das próximas férias e assistíamos a um momento de crescimento económico. Simultaneamente, os media faziam-nos chegar notícias sobre um vírus desconhecido que, na China, começava a fazer as primeiras vítimas mortais. Esse vírus galgou fronteiras e rapidamente a COVID-19 ganhou o estatuto de pandemia. Portugal viu surgir os primeiros casos da doença e a proteção da saúde pública e da própria capacidade do Serviço Nacional de Saúde obrigou a que se tomassem medidas que alteraram não apenas os nossos dias, mas também o modo como perspetivamos o tempo que há de vir.Pensar o Futuro resulta do desafio que, sob a orientação de Nicolau Santos, foi lançado a personalidades nacionais de diversas áreas: como será o mundo pós-pandemia? Que repercussões terá este vírus em áreas como a ciência, a educação, a cultura, a vida laboral, ou a religião? Uma certeza fica desde logo: a vida já não é o que era. E por isso vale a pena pensar no que ainda virá a ser. -
Assuntos Europeus no Parlamento. Os DebatesEsta obra centra-se na análise dos debates parlamentares em momentos específicos do desenvolvimento da CEE/UE e em como os deputados portugueses interpretaram e avaliaram esses desenvolvimentos, não apenas numa ótica de participação do país na construção europeia, mas também de custos e benefícios nacionais. -
Os Capítulos da AdesãoResultado de uma investigação coletiva, na qual os autores se debruçaram sobre os 20 capítulos, negociados entre 1978 e 1985, no âmbito da adesão de Portugal à atual União Europeia.O processo de adesão contemplou uma negociação compartimentada por capítulos, que refletiam os então principais domínios de intervenção das Comunidades Europeias. Debruçando-se sobre as questões técnicas das negociações e os diferentes capítulos em discussão, aborda as questões principais a debate, os pontos de acordo e os de divergência, os principais intervenientes, os resultados alcançados e alguns efeitos da adesão.Original e inovadora, esta publicação representa o contributo da academia portuguesa para a narrativa histórica de um dos acontecimentos mais marcantes da história contemporânea do país. -
O Mundo às AvessasO Mundo às Avessas é a crónica do nosso mundo, onde o regresso da guerra, a surpresa da pandemia e a ressurgência do autoritarismo vieram pôr em causa a paz, o direito e a estabilidade que prevaleceram na política internacional durante 30 anos.» — Carlos Gaspar, Prefácio. O Mundo às Avessas é um exercício de opinião. E, como toda a opinião, é um exercício de cidadania. A opinião exige três coisas em simultâneo: atenção constante à actualidade, capacidade analítica para a interpretar e tomada de posição sobre ela. Na política internacional cada caso é um caso, mas há um princípio geral que atravessa todas as crónicas deste livro: a importância dos valores na política internacional. Porque, no longo prazo, quem sacrifica os valores em função dos interesses acaba por perder também os próprios interesses. E é por isso que Severiano Teixeira toma partido. Contra a lei da força, a favor da força da lei. Contra a guerra, a favor da paz — uma paz justa que não beneficie o agressor nem penalize a vítima. Contra a autocracia, em defesa da democracia. Em defesa de um Portugal de destino europeu, pertença atlântica e vocação global. «Quantas vezes ao ligar a televisão, ao abrir o jornal, me surpreendi com as notícias. O Reino Unido fora da União Europeia? Um presidente americano que conspira contra a democracia na América? Um vírus que põe o planeta em pandemia? Uma guerra na Europa, como a que julgávamos banida desde a Segunda Guerra Mundial? Incêndios descontrolados e ao mesmo tempo inundações gigantescas? Com tantos recursos, como é que a fome não pára de crescer no mundo? E tantos refugiados e naufrágios que não cessam no Mediterrâneo? A ordem internacional em crise e a democracia em perigo? Este mundo anda às avessas! Quantas vezes o disse a mim próprio? Não sei quantas, mas sei que foi assim que nasceu a ideia. De início, não era mais do que isso: uma ideia. Uma ideia abstracta que um dia se tornou um projecto concreto: ‘O Mundo às Avessas’, uma coluna de opinião quinzenal no jornal Público sobre política internacional.
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A Esquerda não é WokeSe somos de esquerda, somos woke. Se somos woke, somos de esquerda.Não, não é assim. E este erro é extremamente perigoso.Na sua génese e nas suas pedras basilares, o wokismo entra em conflito com as ideias que guiam a esquerda há mais de duzentos anos: um compromisso com o universalismo, uma distinção objetiva entre justiça e poder, e a crença na possibilidade de progresso. Sem estas ideias, afirma a filósofa Susan Neiman, os wokistas continuarão a minar o caminho até aos seus objetivos e derivarão, sem intenção mas inexoravelmente, rumo à direita. Em suma: o wokismo arrisca tornar-se aquilo que despreza.Neste livro, a autora, um dos nomes mais importantes da filosofia, demonstra que a sua tese tem origem na influência negativa de dois titãs do pensamento do século XXI, Michel Foucault e Carl Schmitt, cuja obra menosprezava as ideias de justiça e progresso e retratava a vida em sociedade como uma constante e eterna luta de «nós contra eles». Agora, há uma geração que foi educada com essa noção, que cresceu rodeada por uma cultura bem mais vasta, modelada pelas ideias implacáveis do neoliberalismo e da psicologia evolutiva, e quer mudar o mundo. Bem, talvez seja tempo de esta geração parar para pensar outra vez. -
Não foi por Falta de Aviso | Ainda o Apanhamos!DOIS LIVROS DE RUI TAVARES NUM SÓ: De um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo Do outro, aquelas que nos apontam o caminho para um Portugal melhor Não foi por Falta de Aviso. Na última década e meia, enquanto o mundo lutava com as sequelas de uma crise financeira e enfrentava uma pandemia, crescia uma ameaça maior à nossa forma democrática de vida. O regresso do autoritarismo estava à vista de todos. Mas poucos o quiseram ver, e menos ainda nomear desde tão cedo. Não Foi por Falta de Aviso é um desses raros relatos. Porque o resto da história ainda pode ser diferente. Ainda o Apanhamos! Nos 50 anos do 25 Abril, que inaugurou o nosso regime mais livre e generoso, é tempo de revisitar uma tensão fundamental ao ser português: a tensão entre pequenez e grandeza, entre velho e novo. Esta ideia de que estamos quase sempre a chegar lá, ou prontos a desistir a meio do caminho. Para desatar o nó, não basta o «dizer umas coisas» dos populistas e não chegam as folhas de cálculo dos tecnocratas. É preciso descrever a visão de um Portugal melhor e partilhar um caminho para lá chegar. SINOPSE CURTA Um livro de Rui Tavares que se divide em dois: de um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo; do outro, as crónicas que apontam o caminho para um Portugal melhor. -
O Fim da Paz PerpétuaO mundo é um lugar cada vez mais perigoso e precisamos de entender porquêCom o segundo aniversário da invasão da Ucrânia, que se assinala a 24 de Fevereiro, e uma outra tragédia bélica em curso no Médio Oriente, nunca neste século o mundo esteve numa situação tão perigosa. A predisposição bélica e as tensões político-militares regressaram em força. A ideia de um futuro pacífico e de cooperação entre Estados, sonhada por Kant, está a desmoronar-se.Este livro reflecte sobre o recrudescimento de rivalidades e conflitos a nível internacional e sobre as grandes incógnitas geopolíticas com que estamos confrontados. Uma das maiores ironias dos tempos conturbados que atravessamos é de índole geográfica. Immanuel Kant viveu em Königsberg, capital da Prússia Oriental, onde escreveu o panfleto Para a Paz Perpétua. Königsberg é hoje Kaliningrado, território russo situado entre a Polónia e a Lituânia, bem perto da guerra em curso no leste europeu. Aí, Putin descerrou em 2005 uma placa em honra de Kant, afirmando a sua admiração pelo filósofo que, segundo ele, «se opôs categoricamente à resolução de divergências entre governos pela guerra».O presidente russo está hoje bem menos kantiano - e o mundo também. -
Manual de Filosofia PolíticaEste Manual de Filosofia Política aborda, em capítulos autónomos, muitas das grandes questões políticas do nosso tempo, como a pobreza global, as migrações internacionais, a crise da democracia, a crise ambiental e a política de ambiente, a nossa relação com os animais não humanos, a construção europeia, a multiculturalidade e o multiculturalismo, a guerra e o terrorismo. Mas fá-lo de uma forma empiricamente informada e, sobretudo, filosoficamente alicerçada, começando por explicar cada um dos grandes paradigmas teóricos a partir dos quais estas questões podem ser perspectivadas, como o utilitarismo, o igualitarismo liberal, o libertarismo, o comunitarismo, o republicanismo, a democracia deliberativa, o marxismo e o realismo político. Por isso, esta é uma obra fundamental para professores, investigadores e estudantes, mas também para todos os que se interessam por reflectir sobre as sociedades em que vivemos e as políticas que queremos favorecer. -
O Labirinto dos PerdidosMaalouf regressa com um ensaio geopolítico bastante aguardado. O autor, que tem sido um guia para quem procura compreender os desafios significativos do mundo moderno, oferece, nesta obra substantiva e profunda, os resultados de anos de pesquisa. Uma reflexão salutar em tempos de turbulência global, de um dos nossos maiores pensadores. De leitura obrigatória.Uma guerra devastadora eclodiu no coração da Europa, reavivando dolorosos traumas históricos. Desenrola-se um confronto global, colocando o Ocidente contra a China e a Rússia. É claro para todos que está em curso uma grande transformação, visível já no nosso modo de vida, e que desafia os alicerces da civilização. Embora todos reconheçam a realidade, ainda ninguém examinou a crise atual com a profundidade que ela merece.Como aconteceu? Neste livro, Amin Maalouf aborda as origens deste novo conflito entre o Ocidente e os seus adversários, traçando a história de quatro nações preeminentes. -
Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXIO que são, afinal, a esquerda e a direita políticas? Trata-se de conceitos estanques, flutuantes, ou relativos? Quando foi que começámos a usar estes termos para designar enquadramentos políticos? Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXI é um ensaio historiográfico, político e filosófico no qual Rui Tavares responde a estas questões e explica por que razão a terminologia «esquerda / direita» não só continua a ser relevante, como poderá fazer hoje mais sentido do que nunca. -
Textos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
Introdução ao ConservadorismoUMA VIAGEM À DOUTRINA POLÍTICA CONSERVADORA – SUA ESSÊNCIA, EVOLUÇÃO E ACTUALIDADE «Existiu sempre, e continua a existir, uma carência de elaboração e destilação de princípios conservadores por entre a miríade de visões e experiências conservadoras. Isso não seria particularmente danoso por si mesmo se o conservadorismo não se tivesse tornado uma alternativa a outras ideologias políticas, com as quais muitas pessoas, alguns milhões de pessoas por todo o mundo, se identificam e estão dispostas a dar o seu apoio cívico explícito. Assim sendo, dizer o que essa alternativa significa em termos políticos passa a ser uma tarefa da maior importância.» «O QUE É O CONSERVADORISMO?Uma pergunta tão directa devia ter uma resposta igualmente directa. Existe essa resposta? Perguntar o que é o conservadorismo parece supor que o conservadorismo tem uma essência, parece supor que é uma essência, e, por conseguinte, que é subsumível numa definição bem delimitada, a que podemos acrescentar algumas propriedades acidentais ou contingentes.»