Direito Constitucional Penal
A progressiva análise do Direito Penal sob o prisma da Constituição, que se deve sobretudo à jurisprudência do Tribunal Constitucional, tem criado a consciência dos limites das opções legislativas no campo do Direito Penal e desenvolvido interpretativamente a própria Constituição penal. Problematizar os limites impostos pela Constituição ao Direito Penal é o objecto do Curso que apresento, o qual aflora, a partir da dialéctica entre Constituição e Democracia, as principais questões da jurisprudência constitucional penal. A ideia de que a segurança jurídica vive de uma interpretação jurídica argumentativa é a sua ideia-força.
Prefácio
Publica-se, agora, o relatório sobre o processo, conteúdos e métodos do ensino que apresentei, conjuntamente com o currículo, o ensaio sobre o "Princípio da desculpa" e a Lição sobre "Tentativa possível em Direito Penal", para prestação de provas de agregação em Direito (menção de Ciências Jurídicas) pela Faculdade de Direito de Lisboa. Concluí essas provas com aprovação, por unanimidade, no dia 13 de Dezembro de 2005.
Reflicto neste trabalho sobre o modo de pensar o Direito Penal em relação com o Direito Constitucional, no ensino e na interpretação. Os primeiros leitores deste texto consideraram a sua publicação relevante, mesmo fora do meio académico. Esse estímulo justificou a publicação, que dedico, agora, aos alunos argumentativos, passados, presentes e futuros ...
I.Apresentação da disciplina e justificação da sua autonomia
II.Metodologia da disciplina de Direito Constitucional Penal
III.Conteúdos do programa da disciplina e ordenação das matérias num plano de curso
| Editora | Almedina |
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| Coleção | Manuais Universitários |
| Categorias | |
| Editora | Almedina |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Maria Fernanda Palma |
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Da 'Tentativa Possível' em Direito PenalTodos os problemas da punibilidade da tentativa podem ser lidos na história bíblica paradoxal do sacrifício de Isaac. Era possível a acção de Abraão ou tudo dependia de uma força superior? Há vontade de matar Isaac ou uma esperança absurda na revogação da ordem divina como pretende Kierkegaard? Quando Abraão leva Isaac para Moriah, haverá actos de execução? Quando vê o cordeiro entre as silvas há desistência voluntária? No conceito de tentativa joga-se o conceito fundamental de ilícito penal na sua fronteira mínima. A grande questão é a de saber se tal conceito se basta com a aparência de perigo ou se exige uma tentativa possível. Prefácio Publica-se, agora, o texto correspondente à Lição que proferi no âmbito das provas de agregação realizadas em 12 e 13 de Dezembro de 2005 na Universidade de Lisboa. Precede esse texto um estudo sobre o problema que constitui uma espécie de trabalho preparatório. No final, apresento uma bibliografia geral que abrange os autores citados nos dois textos. No texto dessa Lição, esforcei-me por focar o momento crucial do pensamento penal sobre a tentativa, na confluência entre as figuras da tentativa “suficientemente" possível e a tentativa impossível. Procurei, igualmente, um ritmo discursivo que suscitasse a cumplicidade do leitor. Fiz várias referências extra-jurídicas, procurando uma compreensão dos problemas jurídico-penais num mundo cheio de significados e de lógicas narrativas éticas e estéticas. É estabelecendo pontes entre o Direito e as outras compreensões da realidade que se alarga a própria visão jurídica do mundo, como um meio de produzir a partir da multiplicidade de sentidos da realidade, sentidos de justiça mais abrangentes. Inerente a todo esse ensaio está a ideia de que no Direito há, na essência, uma arte performativa que como todas as artes procura a autenticidade e a satisfação do interlocutor. -
Direito PenalConceito material de crime, princípios e fundamentosDefinição do Direito Penal: o problema nas suas vertentesO problema da definição pré-jurídica de crime: a Criminologia e sua importância para o Direito PenalO conceito material de crime no pensamento jurídico e o impacto das ciências sociaisFins das penasFins das penas e princípios constitucionais do Direito PenalAs antInomias entre os fins das penas e os modelos de política criminalO estado atual dos modelos de política criminal em conexão com os modelos de fundamentação do Direito PenalTópicos para uma reconstrução do modelo fundamentadorPrimeira etapa sobre o sentido, a função e legitimação do Direito Penal e a discussão sobre o conceito e função do bem jurídicoSegunda etapa: o papel dos princípios no Direito Penal na legitimação das normas incriminadorasTerceira etapa: os princípios do Direito Penal e o argumento criminológico. Novo quadro epistemológico de fundamentação do Direito PenalQuarta etapa: fundamentos da punição no sistema penal português. Interpretação do artigo 40º do Código PenalProblema da delimitação do Direito PenalPrincípio da legalidade: interpretação da lei penal e aplicação da lei penal no tempoAs fontes do Direito PenalFormulação, âmbito e fundamento do princípio da legalidadeReserva de lei e Direito Penal: âmbitoReserva de lei e tipicidade das normas penais. As normas penais em brancoO problema da interpretação da lei penal: proibição da analogiaProibição de redução teleológica incriminadora das normas que delimitam a tipicidadeNão proibição de analogia e de redução teleológica das normas permissivasA aplicação da lei penal no tempo: a proibição de retroatividade in pejusA aplicação retroativa de lei penal mais favorávelA aplicação retroativa da lei penal mais favorável e a delimitação da sucessão de leis no tempoO problema das leis temporárias e de emergênciaA lei penal inconstitucional e o problema da sucessão de leis no tempoÂmbito de validade espacial da lei penalCooperação judiciária internacional: extradição e regime do mandado de detenção europeuÂmbito de validade da lei penal quanto às pessoas -
Dos fundamentos da normatividade na filosofia ao problema do enquadramento pelo Direito do terrorismoMaria Fernanda Palma Dos fundamentos da normatividade na filosofia ao problema do enquadramento pelo Direito do terrorismoEste artigo faz parte da Revista de Anatomia do Crime n.º 4 - 2016 -
Direito Penal - Parte Geral - A Teoria Geral da Infracção como Teoria da Decisão PenalPrefácio da 5ª ediçãoEsta nova edição acrescenta uma referência que me pareceu pertinente sobre as relações entre a causalidade científica e a teoria geral da infração criminal, a propósito da utilização pela doutrina penal das fórmulas INUS e NESS, uma discussão com algumas décadas e que para alguns autores terá produtividade na metodologia da resolução dos casos de imputação objetiva.Este livro não diferencia, propositadamente, o plano científico do pedagógico, embora procure sínteses que tornem mais comunicativa a apresentação da discussão teórica. Mantém-se, nesta edição, uma concentração nos aspetos nucleares das questões versadas e o estímulo a um pensamento radicado no problema e orientado para soluções efetivas fundamentadas.ÍNDICE§ 1º - O sistema de análise do conceito de crime e a decisão sobre a imputação de responsabilidadeA - Introdução: a definição de crimeB - Desenvolvimento: as teorias sobre a definição de crime e a ideia de sistemaC - A teoria geral da infração e as questões primárias de uma teoria da decisão sobre a responsabilização penal. Proposta metodológica§ 2º - A açãoA - A ação como limite de responsabilidade e pressuposto geral da responsabilidade penalB - Os comportamentos inconscientes e os automatismos. Responsabilidade penal e complexidade crescente da ação social§ 3º - A relevância penal da omissão e os limites do juízo de imputação penal§ 4º - O comportamento típicoA - A tipicidade da ação: sentido e funçãoB - Tipo de crime, tipo de garantia, tipo de ilícito, tipo de culpaC - Os elementos da estrutura dos tipos legais de crime e os tipos de tipicidadeD - Critérios gerais de delimitação e interpretação da tipicidade: a adequação social e o risco permitidoE - O tipo objetivo e o tipo subjetivo e a conjugação do desvalor do resultado com o desvalor da ação§ 5º - A imputação objetiva (a tipicidade objetiva)A - Noção de imputação objetivaB - As teorias da causalidadeC - A teoria do riscoD - A imputação objetiva como atribuição de eventos típicos subordinada aos critérios sociais de domínio ou competência relativamente a certos bensE - A Metodologia da decisão na matéria da causalidade / imputação objetiva§ 6º - A imputação subjetiva (a tipicidade subjetiva)A - O dolo no juízo de imputação subjetiva. Dolo e problemática do risco. Os elementos do dolo (elemento intelectual elemento volitivo)B - A decisão criminosa nas figuras do dolo direto, necessário e eventualC - Os critérios tradicionais de distinção entre dolo eventual e negligência consciente e a teoria da vontadeD - A possibilidade de utilização de uma conceção extrovertida da vontade na figura do dolo eventual e a metodologia de distinção segundo tal perspetivaE - A necessidade de uma específica relevância de culpa do dolo eventualF - Erro sobre a ilicitude, inimputabilidade e dolo eventualG - O dolo eventual e a contraposição entre o eu e o outro, na linguagem humanaH - Da análise do problema à experiência jurisprudencialI - Dolo e elementos subjetivos da ilicitudeJ - Dolo e "preterintencionalidade" - crimes dolosos e crimes agravados pelo resultadoL - Erro e dolo. Novas construções do elemento intelectual do dolo e a doutrina do erroM - O objeto do dolo e o conhecimento dos elementos do tipo. Os elementos descritivos e os elementos normativosN - Espécies de erro: o erro sobre a factualidade típica e o erro sobre a ilicitudeO - Espécies de erro sobre a factualidade típica. O erro relevante e o erro irrelevante para a exclusão do doloP - O erro sobre proibições legais e elementos normativos do tipo. O problema do erro em conexão com as normas penais em brancoQ - Análise dinâmica do dolo como problema constitutivo da imputação subjetiva. A prova do dolo§ 7º - Ilicitude e justificaçãoA - A ilicitude como elemento do conceito de infração criminal e juízo de valor na decisão penal. A ilicitude como desvalor da ação e do resultadoB - A exclusão da ilicitude ou justificação do facto como momento essencial do juízo de ilicitude§ 8º - A estrutura normativa da justificação. Sistemas de justificação em conexão com a unidade do ilícito ou com um ilícito estritamente penalA - A perspetiva lógico-normativa sobre as causas de justificaçãoB - A perspetiva de uma exclusão da ilicitude estritamente penal. As teses de Günther. CríticaC - Sistema penal bidimensional ou pluridimensional: a relação entre a exclusão da dignidade punitiva e a função da prova da legítima defesa§ 9º - Justificação em Direito Penal: o sentido material da exclusão da ilicitude e sua distinção da exclusão da culpa. Conceitos de justificaçãoA - A investigação de um sentido material de justificação em Direito Penal, a partir da linguagem da ação. da linguagem da moral e do pensamento jurídicoB - As fontes da justificação. A aquisição de princípios gerais de justificação que definam a justificação em sentido material. A inteipretação do artigo 31° do Código Penal§ 10º - Causas de justificação do factoA - Legítima defesaB - Direito de necessidadeC - Conflito de deveresD - O consentimento do ofendidoE - O consentimento presumidoF - O sentido da justificação no Direito Penal e as causas de justificação supra-legais§ 11º - Elementos subjetivos das causas de justificaçãoA - Os contextos sistemático, ético e ontológico do problema da relevância dos elementos subjetivos das causas de exclusão da ilicitudeB - O conceito ontológico mínimo de ação justificada como base da causa de justificação: o caso expressivo da legítima defesaC - Problemática geral da relacionação do fundamento de uma causa de justificação com a exigência de elementos subjetivos: o caso do fundamento da legítima defesaD - A delimitação do conteúdo e intensidade do elemento subjetivo em função da causa de justificação e dos seus fundamentos. Consequências da não verificação dos elementos subjetivos nas causas de justificação a partir do caso da legítima defesa§ 12º - O erro sobre as causas de justificaçãoBibliografia -
Anatomia do Crime N.º 12Anatomia do Crime é uma revista jurídica do campo das ciências jurídico-criminais e, simultaneamente, a face pública de um projeto de análise de temas do Direito Penal aberto às múltiplas influências do pensamento científico e da filosofia.EDITORIALJUSTIÇA PENAL E DIREITO DA MEDICINAThe Ethical Conflicts of the COVID Pandemic in Criminal and Medical LawJonathan HerringDIREITO E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL – INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO DIREITONeurociências, inteligência artificial e DireitoO Direito como universo de sentido para a interface cérebro e inteligência artificialMaria Fernanda PalmaO lugar da Inteligência Artificial nas relações entre mente e Direito PenalRicardo Tavares da SilvaBrain computer interface – uma primeira abordagemVanessa PelerigoInteligência artificial e teoria geral da infraçãoAgentes híbridos e autônomos: alguns problemas de imputação objetiva e subjetiva, justificação e desculpaWagner Marteleto FilhoPerigo na estrada – veículos autónomos, estado de necessidade e conflito de deveresAntónio Brito NevesInteligência artificial e sistemas jurídicosÉtica e inteligência artificial no Conselho da EuropaRita Alexandre do RosárioPROCESSO PENALPela renovação da renovação da provaHelena MorãoSISTEMA PENAL E SISTEMA POLÍTICOLimites e desafios da teoria do domínio do facto pelo domínio da organização como fundamento para a punição de chefes políticos: estudo comparativo entre Brasil, Peru e Argentina Beatriz Corrêa Camargo / Gabriel Rodrigo de Sousa / Raphael Ferreira Lopez -
O Princípio da Desculpa em Direito PenalSem o sabermos, encontramo-nos num quarto fechado. Seremos livres porque desejamos lá permanecer, apesar de ser impossível sair? Se permanecer for crime, seremos responsáveis por desejar continuar? E se ficar no quarto só for mal por ser proibido, como poderemos estimular o desejo de sair?Sem a certeza de dispormos de uma oportunidade de sair e sem compreendermos o mal de estar lá dentro, teremos de construir a responsabilidade por culpa com humildade, porque afinal a Moral impõe que toda a Moral tenha os seus limites.Se a culpa se constrói sobre a incerteza, como negar relevância a lógicas ético-afectivas, a razões existenciais e à oportunidade de aceder a valores e desenvolver a identidade pessoal?É por estas reflexões que tem sentido afirmar que a culpa depende da ausência de desculpa, de um princípio de desculpa.Capítulo IOs problemas actuais da culpa como fundamento de responsabilidade penalCapítulo IILiberdade e responsabilidade (relação entre a discussão filosófica e a responsabilidade penal)Capítulo IIIO problema do mal no pensamento filosófico: a responsabilidade moral e a responsabilidade penalCapítulo IVCulpa e desculpa no Direito PenalCapítulo VEnsaio sobre uma teoria da desculpa -
Anatomia do Crime Nº 13Anatomia do Crime é uma revista jurídica do campo das ciências jurídico-criminais e, simultaneamente, a face pública de um projeto de análise de temas do Direito Penal aberto às múltiplas influências do pensamento científico e da filosofia.ÍNDICEEDITORIAL DIREITO INTERNACIONAL PENALA construção da responsabilidade penal do indivíduo no plano internacional Catarina Abegão AlvesDIREITO PENAL E FILOSOFIAComo distinguir as normas de um Estado das ordens de um bando de ladrões? Uma breve panorâmica de algumas teses jus-filosóficasRicardo Tavares da SilvaPROCESSO PENALUm não julgamento de inconstitucionalidade em julgamento – Acerca da jurisprudência constitucional sobre o direito ao recurso de primeiras condenações em segunda instância em pena não privativa da liberdadeHelena MorãoCOMENTÁRIOS DE JURISPRUDÊNCIAImputação subjetiva e coautoria em disputa automobolística ilegal: breve análise à luz do caso do “racha de Berlim” Eduardo Viana | Wagner Marteleto FilhoA suspensão “Covid-19” dos prazos de prescrição e o acórdão do Tribunal Constitucional n.º 500/2021Nuno Igreja Matos
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Constituição da República Portuguesa - Edição UniversitáriaNesta nova edição estão refletidas as mais recentes alterações operadas na legislação complementar que se encontra em anexo, nomeadamente a alteração à Lei nº 28/82, de 15 de novembro, Lei do Tribunal Constitucional, produzida pela Lei Orgânica nº 1/2022, de 4 de janeiro.Optou-se ainda por incluir um novo diploma, a Carta Portuguesa de Direitos Humanos na Era Digital, aprovada pela Lei nº 27/2021, de 17 de maio. -
Princípios Estruturantes de Estado de DireitoNão é possível pretender resolver os problemas jurídicos mais complexos sem o recurso permanente aos chamados princípios constitucionais estruturantes a cuja observância todo o Estado de Direito está vinculado. Dir-se-ia, até, não se poder ser um bom jurista na actualidade sem o conhecimento aprofundado dos princípios estruturantes que apresentam maior relevância prática na vida jurídica quotidiana e que aqui apresentamos. Na nova edição desta obra, e essencialmente motivados por razões didácticas fundadas na experiência prática do ensino, procedemos a um esforço de sistematização e de clarificação na exposição dos diferentes princípios, mas também a uma recomposição global dos conteúdos de alguns temas, designadamente no que se refere aos controlos de proporcionalidade e de razoabilidade inscritos no princípio da proibição do excesso. -
Manual de Direito Constitucional - Vol II – Direito Constitucional Português. Dogmática da Constituição da República de 1976.Numa altura em que a globalização conhece passos acelerados, não só na integração político-jurídica como na aproximação entre culturas e civilizações, cabe aos Estados um papel primordial - porventura imprevisto - de conservação das identidades dos povos, bem como das singularidades das comunidades nacionais. Mas à multiplicação das interrogações têm faltado respostas, défice bem evidente no desconforto que se vive numa globalização que dissemina as coisas boas e as coisas más, contra a qual todos vamos gradualmente despertando, mesmo de diversificados quadrantes políticos. É assim que, hoje, o estudo do Direito Constitucional se apresenta como um desafio mais árduo, mas em relação ao qual este Manual de Direito Constitucional, em dois volumes autónomos, pretende dizer "presente", numa visão portuguesa, atualizada e sintonizada, agora na 7ª edição, com as grandes questões que se colocam à Ciência do Direito Constitucional. -
Constituição da República PortuguesaLei Constitucional nº 1/2005, de 12 de Agosto Declaração Universal dos Direitos do Homem Lei do Tribunal Constitucional Iniciativa Legislativa de Cidadãos Estatutos Político-Administrativos das Regiões Autónomas -
Introdução ao Direito PúblicoEsta obra pretende dar uma visão integrada do Direito Público. Abrange matérias que são classicamente tratadas de forma separada por diferentes ramos do Direito português (como o Direito Constitucional e o Direito Administrativo), pelo Direito da União Europeia e pelo Direito Internacional. São explorados os conceitos fundamentais indispensáveis à compreensão das diversas disciplinas de Direito Público. Apresentam-se o Estado e outras entidades públicas, nacionais e internacionais. Depois da sua identificação, descreve-se a forma como se relacionam com o Direito e o modo como se encontram organizados. Destina-se aos estudantes de Direito e a todos aqueles que desejem aprofundar conhecimentos sobre a estruturação jurídica do Estado, da União Europeia e da Comunidade Internacional. -
Manual de Direito Constitucional - Volume INuma altura em que a globalização conhece passos acelerados, não só na integração político-jurídica como na aproximação entre culturas e civilizações, cabe aos Estados um papel primordial - porventura imprevisto - de conservação das identidades dos povos, bem como das singularidades das comunidades nacionais. Mas à multiplicação das interrogações têm faltado respostas, défice bem evidente no desconforto que se vive numa globalização que dissemina as coisas boas e as coisas más, contra a qual todos vamos gradualmente despertando, mesmo de diversificados quadrantes políticos.É assim que, hoje, o estudo do Direito Constitucional se apresenta como um desafio mais árduo, mas em relação ao qual este Manual de Direito Constitucional, em dois volumes autónomos, pretende dizer "presente", numa visão portuguesa, atualizada e sintonizada, agora na 7ª edição, com as grandes questões que se colocam à Ciência do Direito Constitucional. -
A Dignidade da Pessoa - A Fundamentação do Jurídico, a (re)Compreensão do Direito à Luz do Dever e o Bloqueio da Simples AspiraçãoA dignidade humana, amplamente invocada, apresenta-se muitas vezes como um conceito voraz. Apesar das dificuldades, impõe-se a densificação do mesmo. A urgência da tarefa que se anuncia resulta, por um lado, das específicas funções que a dignidade é chamada a cumprir ao nível do direito e da fundamentação da juridicidade, e, por outro lado, do facto de a mesmíssima dignidade ser inúmeras vezes invocada para sustentar soluções práticas diametralmente opostas. Na obra que agora se publica procurámos cumprir tal desiderato, dialogando com diversas perspetivas de compreensão da dignidade e concluindo que ela apenas se pode entender quando ligada ao sentido da pessoa, enquanto categoria ético-axiológica com raízes específicas. Na parte final, de forma obviamente não exaustiva, oferecemos, numa projeção positiva e numa projeção negativa, algumas das consequências do entendimento firmado. -
Direito Constitucional e Teoria da ConstituiçãoAlterações à 7ª Edição:"Existiam matérias expostas segundo parâmetros jurídico-constitucionais entretanto alterados (ex.: fiscalização preventiva de convenções internacionais) e matérias que careciam de explicitação textual (ex.: controlo da constitucionalidade nos processos de fiscalização concreta). Havia ausências e omissões importantes relativamente a problemas de grande relevância prática (ex.: o conceito de intervenções restritivas ao lado do conceito de leis restritivas). Por último, alguma legislação recente deu concretização a princípios jurídicos jurídico-constitucionais de capital importância na teoria dos direitos fundamentais (ex.: Código de Processo nos Tribunais Administrativos e Fiscais)." Introdução - O Ensino e a Teoria - Constituição e Constitucionalismo - Constitucionalismo Antigo e Constitucionalismo Moderno - Modernidade Constitucional e Poder Constituinte - O Estado Constitucional - O Constitucionalismo Português - Problemas Fundamentais Na História/Memória do Constitucionalismo - Forma Constitucional e Constituição - Padrões Estruturais do Direito Constitucional Vigente - Constituição, República e Estado na Ordem Jurídico-Constitucional de 1976 - Notas Gerais Sobre a Constituição da República de 1976 - A República Portuguesa - A República Portuguesa e os seus Princípios Estruturantes - O Princípio do Estado de Direito - O Princípio Democrático - O Princípio da Socialidade - O Princípio da Unidade do Estado - Os Princípios da Integração Europeia e da Abertura ao Direito Internacional - Os Direitos e Deveres Fundamentais - Sentido e Forma dos Direitos Fundamentais - Sistema, Estrutura e Função dos Direitos Fundamentais - Regime Geral dos Direitos Fundamentais - Regime Específico dos Direitos, Liberdades e Garantias - Regime dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais - A Protecção dos Direitos Fundamentais - Deveres Fundamentais - Estruturas Organizatórias e Funcionais - Regras e Princípios do Direito Constitucional Organizatório - Organização do Poder Político e Formas de Governo - A Variável Portuguesa do Padrão Básico-Regime Misto Parlamentar/Presidencial - Estrutura e Função dos Órgãos de Soberania Portugueses Politicamente Conformadores - Estrutura e Função dos Tribunais - As Fontes de Direito e as estruturas Normativas - A Constituição e o Sistema das Fontes de Direito - A Lei - Individualização e Análise de Algumas Categorias de Leis - O Decreto-Lei - Os Decretos Legislativos Regionais - O Direito Internacional e o Direito Supranacional - Os Regulamentos - Os Decretos - Actos Normativos Atípicos - O Procedimento Legislativo - Garantia e Controlo da Constituição - Sentido da Garantia e Controlo da Constituição - O Sistema de Controlo da Constitucionalidade na Constituição de 1976 - Direito Processual Constitucional - Os Processos de Fiscalização da Inconstitucionalidade e da Ilegalidade - Revisão da Constituição - Garantia da Constituição e Revisão Constitucional - Estados de Necessidade Constitucional e Suspensão do Exercício de Direitos Fundamentais - A Incorporação Constitucional do Direito de Necessidade - O Direito de Necessidade Constitucional na Constituição Portuguesa de 1976 - Metódica Constitucional - Metódica Constitucional Geral - Sentido da Metódica Constitucional - Constituição e Ordenamento Jurídico - A Constituição Como Sistema Aberto de Regras e Princípios - Interpretação, Aplicação e Concretização do Direito Constitucional - Metódica Constitucional em Âmbitos Particulares - Metódica de Direitos Fundamentais - Problemas Metódicos no Âmbito da Jurisdição Constitucional - Teoria da Constituição - O Estado da Arte: Situação da Teoria da Constituição - O Lugar Teórico da Teoria da Constituição - Problemas Fundamentais da Teoria da Constituição - Teoria da Constituição e Espaços Normativos - Teoria da Constituição, Globalização Internacional e Integração Europeia - Teoria da Constituição e Sistema Político - A Teoria da Constituição como Rede de Teorias - Teoria da Constituição e Teorias dos Direitos Fundamentais - Teoria da Constituição e Teorias da Democracia - A Teoria da Constituição e a Rede da Interconstitucionalidade - Dimensões Actuais da Teoria da Constituição - Funções Clássicas da Constituição - A Revisão das Funções da Constituição Nota Prévia à 7.ª edição Quando o nosso editor nos informou de que seria necessário preparar uma nova edição ou, pelo menos, uma reedição, pensámos inicialmente em optar por esta última hipótese. Várias razões apontavam nesse sentido. Em primeiro lugar, não tinhamos propostas de radical alteração da estrutura e estilo deste livro. Em segundo lugar, o direito constitucional vai, em breve, ser confrontado com os desafios do direito constitucional europeu. Acabámos, porém, por nos decidir a favor de uma nova edição. Existiam matérias expostas segundo parâmetros jurídico-constitucionais entretanto alterados (ex.: fiscalização preventiva de convenções internacionais) e matérias que careciam de explicitação textual (ex.: controlo da constitucionalidade nos processos de fiscalização concreta). Havia ausências e omissões importantes relativamente a problemas de grande relevância prática (ex.: o conceito de intervenções restritivas ao lado do conceito de leis restritivas). Por último, alguma legislação recente deu concretização a princípios jurídicos jurídico-constitucionais de capital importância na teoria dos direitos fundamentais (ex.: Código de Processo nos Tribunais Administrativos e Fiscais). Esta edição foi preparada num ano triste. Um a um foram morrendo amigos queridos ? João Amaral, Aníbal Almeida, Marques dos Santos, Barros Moura. Eles compreenderão a dedicatória deste livro. Ab amicis honesta petamus. Coimbra, Setembro de 2003