Esse Fado Vaidoso
Uma galeria de novos autores e intérpretes transformou o modo como o fado é hoje olhado e divulgado em todo o mundo. Este livro reúne a poesia – desde os escritores medievais até aos contemporâneos – que mudou a voz dos portugueses.
Há poemas do fado tradicional que têm atravessado gerações e continuam a emocionar-nos como clássicos intemporais. Trata-se, geralmente, de temas que construíram uma mitologia do fado, da sua melancolia, da relação amorosa, da paixão, do ciúme, da saudade, e ainda do destino a que não se foge, do abandono, do desencontro, da separação ou da esperança desenganada. No entanto, sobretudo a partir de Amália, a poesia encontrou também no fado a sua voz de exceção. Esses primeiros autores trazidos para a área (como David Mourão-Ferreira, Alexandre O’Neill e Pedro Homem de Mello) tinham uma grande mestria e um conhecimento rigoroso da métrica e dos tópicos do fado, mas não se confundiam com os seus letristas típicos.
Com a renovação do seu estilo, além do mais, muitos outros poetas começaram a escrever para as novas vozes que surgiram e revolucionaram o género, transformando-o numa forma de expressão ainda mais universal.
Este livro é uma antologia monumental dessa poesia transcrita para o novo fado, dos trovadores medievais a Pessoa, Pedro Tamen, Lídia Jorge ou mesmo José Luís Peixoto.
| Editora | Quetzal |
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| Editora | Quetzal |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Aldina Duarte, Maria do Rosário Pedreira |
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A Minha Primeira AmáliaPlano Nacional de Leitura Livro recomendado para o 4º ano de escolaridade, destinado a leitura autónoma. Amália Rodrigues nasceu em Lisboa em 1920, oriunda de uma família modesta, e morreu em 1999, também em Lisboa, depois de ter conquistado fama internacional. Esta cantora invulgarmente brilhante reunia em si tudo aquilo que é necessário para se ser um bom artista: talento, sensibilidade, inteligência e capacidade de trabalho. Muitos consideram que foi a sua voz que levou a cultura e a alma nacionais pelo mundo fora e que o fado não seria hoje Património da Humanidade sem a sua decisiva contribuição. Com este livro, Maria do Rosário Pedreira quis contar aos mais novos quem foi esta portuguesa notável e João Fazenda ilustrou com arte e originalidade todo o texto. -
Portuguesas ExtraordináriasConhece algumas das portuguesas mais corajosas da nossa História! As mulheres portuguesas são famosas por serem trabalhadoras, lutadoras, carinhosas e dedicadas. Cavaleiras, empresárias, politicas… Ao longo da História, várias foram as que se rebelaram contra convenções e obstáculos e alcançaram feitos incríveis que mudaram Portugal e o Mundo. Este livro, com ilustrações apelativas, biografias, curiosidades e factos históricos fascinantes, celebra algumas das mais importantes portuguesas que se destacaram em diferentes áreas, da política às letras e ao empreendedorismo. Fica a conhecer as pioneiras que abriram caminho para futuras gerações de mulheres extraordinárias! Josefa de Óbidos; Catarina de Bragança; Vieira da Silva; Catarina Eufémia; Maria de Lourdes Pintasilgo; Maria Lamas; entre outras. -
Poesia Reunida( ) Estamos perante uma visão do mundo de feição romântica, que concentra no amor a justificação da existência. É certo que o romantismo nunca deixou de influenciar a poesia portuguesa, e que os neo-confessionalismos recuperaram o tema do sofrimento passional, mas as poetas têm-se mostrado reticentes a esse discurso que o feminismo estigmatizou, acusando-o de idealizar a mulher ou mitificar o homem, tornando-os criaturas falsas, alienadas. Em autoras mais novas, o lirismo amoroso, mesmo quando é sugerido, vê-se logo ironizado ou sabotado. Nesse sentido, a poética de Maria do Rosário Pedreira parece deslocada no tempo, e assume todos os riscos «intempestivos» de um aparente confessionalismo sentimental. (do Prefácio, de Pedro Mexia). -
A Minha Primeira AmáliaAmália Rodrigues nasceu em Lisboa em 1920, oriunda de uma família modesta, e morreu em 1999, também em Lisboa, depois de ter conquistado fama internacional. Esta cantora invulgarmente brilhante reunia em si tudo aquilo que é necessário para se ser um bom artista: talento, sensibilidade, inteligência e capacidade de trabalho. Muitos consideram que foi a sua voz que levou a cultura e a alma nacionais pelo mundo fora e que o fado não seria hoje Património da Humanidade sem a sua decisiva contribuição. Com este livro, Maria do Rosário Pedreira quis contar aos mais novos quem foi esta portuguesa notável e João Fazenda ilustrou com arte e originalidade todo o texto.Ver por dentro: -
Adeus, Futuro"As crónicas de Maria do Rosário Pedreira são momentos de observação do quotidiano de quem gosta de livros - o seu público dominante. E, a partir dos livros, um observatório do mundo.O título genérico das crónicas reunidas no presente volume - Adeus, Futuro - pode levar o leitor desprevenido ao engano, fazendo-o pensar num saudosismo ultrapassado e na recusa categórica do que é novo. Mas o intuito é, na verdade, exactamente o oposto: indo buscar as coisas boas do passado (e o passado teve coisas boas) e contrapondo-as a tudo aquilo que o presente produz de irracional, seguindo tantas vezes a agenda do politicamente correcto, a autora está, no fundo, a defender o Futuro - mas um futuro que inclua e respeite os valores da cultura, do humanismo, da tolerância e do amor ao outro.Pondo o dedo na ferida com argúcia, beleza e humor, estes textos, quase todos publicados originalmente no Diário de Notícias, confirmam Maria do Rosário Pedreira como uma das vozes mais respeitadas da cena literária portuguesa." -
O Meu Corpo HumanoA arquitetura de o meu corpo humano liga cada uma das emoções, memórias e sensações a uma parte do corpo ou a determinados órgãos: da cabeça aos rins e aos tornozelos, dos olhos às mãos e ao coração, há sempre uma relação entre as partes do corpo - e o sofrimento que habita a nossa vida, a nossa memória e as marcas que deixamos ao passar. Depois de uma demorada interrupção na sua produção poética, Maria do Rosário Pedreira regressa com um livro cheio de beleza e iluminação, como uma aula de anatomia que procura os segredos de cada recordação. «É o meu corpo // humano: vê, ouve, / toca, pensa e // dói-lhe. // Volto porque / preciso muito / que me amem.»
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Tal como És- Versos e Reversos do RyokanAntologia poética do monge budista Ryokan, com tradução a partir do original japonês. -
TisanasReedição das Tisanas de Ana Hatherly, poemas em prosa que ocuparam grande parte da vida da poeta e artista. -
NocturamaOs poemas são a exasperação sonhada As palavras são animais esquivos, imprecisos e noturnos. É desse pressuposto que Nocturama lança mão para descobrir de que sombras se densifica a linguagem: poemas que se desdobram num acordeão impressionante, para nos trazerem de forma bastante escura e às vezes irónica a suprema dúvida do real. -
Primeiros Trabalhos - 1970-19791970-1979 é uma selecção feita pela autora, da sua escrita durante esse mesmo período. Uma parte deste livro são trabalhos nunca publicados, onde constam excertos do seu diário, performances e notas pessoais. A maioria dos textos foram publicados ao longo da década de setenta, em livros que há muito se encontram esgotados, mesmo na língua original.“Éramos tão inocentes e perigosos como crianças a correr por um campo de minas.Alguns não conseguiram. A alguns apareceram-lhes mais campos traiçoeiros. E algunsparece que se saíram bem e viveram para recordar e celebrar os outros.Uma artista enverga o seu trabalho em vez das feridas. Aqui está então um vislumbredas dores da minha geração. Frequentemente bruto, irreverente—mas concretizado,posso assegurar, com um coração destemido.”-Patti SmithPrefácio de Rafaela JacintoTradução de cobramor -
Horácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis). -
Um Inconcebível AcasoNo ano em que se celebra o centenário de Wisława Szymborska, e coincidindo com a data do 23º aniversário da atribuição do prémio Nobel à autora, as Edições do Saguão e a tradutora Teresa Fernandes Swiatkiewicz apresentam uma antologia dos seus poemas autobiográficos. Para esta edição foram escolhidos vinte e seis poemas, divididos em três partes. Entre «o nada virado do avesso» e «o ser virado do avesso», a existência e a inexistência, nesta selecção são apresentados os elementos do que constituiu o trajecto e a oficina poética de Szymborska. Neles sobressai a importância do acaso na vida, o impacto da experiência da segunda grande guerra, e a condição do ofício do poeta do pós-guerra, que já não é um demiurgo e, sim, um operário da palavra que a custo trilha caminho. Nos poemas de Wisława Szymborska esse trajecto encontra sempre um destino realizado de forma desarmante entre contrastes de humor e tristeza, de dúvida e do meter à prova, de inteligência e da ingenuidade de uma criança, configurados num território poético de achados entregues ao leitor como uma notícia, por vezes um postal ilustrado, que nos chega de um lugar que sabemos existir, mas que muito poucos visitam e, menos ainda, nos podem dele dar conta. -
AlfabetoALFABET [Alfabeto], publicado em 1981, é a obra mais conhecida e traduzida de Inger Christensen.Trata-se de um longo poema sobre a fragilidade da natureza perante as ameaças humanas da guerra e da devastação ecológica. De modo a salientar a perfeição e a simplicidade de tudo o que existe, a autora decidiu estruturar a sua obra de acordo com a sequência de números inteiros de Fibonacci, que está na base de muitas das formas do mundo natural (como a geometria da pinha, do olho do girassol ou do interior de certas conchas). Como tal, Alfabeto apresenta catorze secções, desde a letra A à letra N, sendo que o número de versos de cada uma é sempre a soma do número de versos das duas secções anteriores. Ao longo destes capítulos, cada vez mais extensos, Christensen vai assim nomeando todas as coisas que compõem o mundo.Este livro, verdadeiramente genesíaco, é a primeira tradução integral para português de uma obra sua. -
Fronteira-Mátria - [Ou Como Chegamos Até Aqui]Sou fronteiradois lados de lugar qualquerum pé em cada território.O ser fronteiriço énascer&serde todo-lugar/ lugar-nenhum.(…)Todas as coisas primeiras são impossíveis de definir. Fronteira-Mátria é um livro que traz um oceano ao meio. Neste projeto original que une TERRA e MAZE, há que mergulhar fundo para ler além da superfície uma pulsão imensa de talento e instinto.Toda a criação é um exercício de resistência. Aqui se rimam as narrativas individuais, com as suas linguagens, seus manifestos, suas tribos, mas disparando flechas para lá das fronteiras da geografia, do território, das classes e regressando, uma e outra vez, à ancestral humanidade de uma história que é coletiva — a nossa. Veja-se a beleza e a plasticidade da língua portuguesa, a provar como este diálogo transatlântico é também a celebração necessária do que, na diferença, nos une.Todas as coisas surpreendentes são de transitória definição. Há que ler as ondas nas entrelinhas. Talvez o mais audacioso deste livro seja o servir de testemunho para muito mais do que as quatro mãos que o escrevem. Ficamos nós, leitores, sem saber onde terminam eles e começamos nós.Todas as coisas maravilhosas são difíceis de definir. Este é um livro para ouvir, sem sabermos se é poesia, se é música, se é missiva no vento. Se é uma oração antiga, ainda que nascida ainda agora pela voz de dois enormes nomes da cultura hip-hop de Portugal e do Brasil. Mátria carregada de futuro, anterior à escrita e à canção.Minês Castanheira