Estudos de Iconografia Cristã
Índice
1. Iconografia da Trindade na arte portuguesa / 2. Iconografia do Espírito Santo no Concelho de Alenquer / 3. Iconografia da Imaculada: novas interpretações / 4. Teologia e iconologia da Natividade / 5. A tipologia eucarística na iconografia veterotestamentária / 6. Bodas de Caná: a polivalência simbólica de um tema raro na arte portuguesa / 7. S. Paulo na arte portuguesa / 8. Iconografia de São Sebastião 9. Iconografia de S. Vicente, diácono e mártir / 10. Pantaleão da Nicomédia: percurso biográfico e iconográfico na memória da persistente devoção europeia / 11. Iconografia de Santo Agostinho e de santos agostinianos em Portugal / 12. A iconografia de São Teotónio / 13. Iconografia portuguesa de Santo António: principais variantes / 14. Ciclos iconográficos de São João de Deus / 15. Biblia pauperum e Speculum humanae Salvationis, no contexto das fontes de inspiração da iconografia cristã / 16. Leitura dos quadros de Paula Rego na capela do Palácio de Belém - Lisboa.
| Editora | Fundação Manuel Leão |
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| Editora | Fundação Manuel Leão |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Carlos A. Moreira Azevedo |
Nasceu em 1953 na freguesia de Milheirós de Poiares (Santa Maria da Feira). Foi ordenado padre em 1977. Doutorou-se, em 1986, na Faculdade de História Eclesiástica da Universidade Gregoriana. Foi Presidente da direção do Centro de Estudos de História Religiosa, de 1992 a 2001. Professor da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa desde 1987, foi Vice-Reitor da mesma Universidade (2000-2004). É Membro da Academia Portuguesa da História, desde 4 de fevereiro de 1998. Dirigiu a obra Dicionário e História religiosa de Portugal, em 7 volumes. Foi presidente da Comissão científica para a publicação da Documentação crítica de Fátima (1998-2008). Organizou diversas exposições de arte religiosa. Dirigiu vários projetos editoriais de revistas e de coleções de livros. Foi Presidente da Fundação Spes (2006-2013), criada por D. António Ferreira Gomes. Foi bispo auxiliar de Lisboa (2005-2011) e Secretário da Conferência Episcopal Portuguesa (2005-2008), presidente da Comissão Episcopal de Pastoral Social (2008-2011). É Delegado para o Conselho Pontifício da Cultura (11-11-2011), coordenando o Departamento dos bens culturais, e membro da Comissão de Archeologia Sacra (02-06-1915). Tem mais de uma centena de trabalhos publicados em livros e revistas.
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Entrar nos Mistérios do RosárioConvido a contemplar os mistérios, a entrar espiritualmente neste degrau da oração. O Rosário é uma oração contemplativa, e nós temos tão poucos espaços deste género no mundo agitado. Não queria instruir sobre nenhum tema da atualidade, citar textos do magistério da Igreja, preencher este espaço com um discurso teológico. Queria apenas tentar ajudar a contemplar os mistérios. Eles são uma representação afetiva, comovente, dos principais momentos da salvação, nos quais Deus Pai chama Maria a participar. Vamos entrar com ela na vida do Salvador, no amor do Pai, na missão do Espírito Santo. -
FátimaUma releitura crítica sobre o fenómeno das visões ocorridas na Cova da Iria há 100 anos, partindo da situação sociocultural de Portugal e da Europa e da realidade familiar e psicológica das personalidades envolvidas.Esta obra coloca ao serviço do grande público uma leitura que congrega o conhecimento das fontes com uma visão cristã de um fenómeno religioso de origem popular, sucessivamente apropriado e relido, reinterpretado ao compasso da história e sempre aberto no horizonte do futuro. Contribuiu para percebermos como as visões dos pastorinhos se transformaram numa proposta de alcance internacional. Que visão de Deus e do mundo propõem? Que capacidade de futuro encerram? Reforçam ou debilitam a forma especificamente cristã de viver ao estilo de Jesus? Fátima permite regredir ou amadurecer uma vivência cristã? O momento histórico, nas suas dimensões sociopolíticas, culturais e religiosas é o húmus onde as «revelações privadas» são acolhidas. As visões interiores acontecem no tecido real da situação concreta, qual provocação para avisar a humanidade, com sentido profético, dos passos falsos e suscitar atitudes verdadeiras diante de perturbações exigentes de conversão. Graças à consulta de material do Archivio Segreto Vaticano, o autor revela nestas páginas o processo da escolha do primeiro bispo da diocese de Leiria e traz à luz novos dados sobre a política portuguesa entre 1917 e 1930. Além dos videntes, fala-nos de personagens essenciais a Fátima, como o Padre Manuel Formigão e o Bispo D. José Correia da Silva. Se Fátima permanece com notável impacto não se deve apenas à autenticidade simples e infantil dos seus inícios, mas à capacidade que tiveram os mediadores dos factos e da mensagem, a começar pela própria Lúcia, dotada de uma vida longa, para retirar da imagética rudimentar uma resposta às situações históricas vividas pelas pessoas, individualmente mendigas de sinais de Deus, que recarreguem a sua vida de sentido e iluminem os passos obscuros da sociedade nas sucessivas crises e dificuldades. -
Ministros do Diabo - Os seis sermões de autos da fé (1586-1595) de Afonso de Castelo Branco, Bispo de Coimbra«Os sermões aqui reunidos [escritos entre 1586 e 1595 por Afonso de Castelo Branco, bispo de Coimbra] mostram, com cristalina evidência, como o problema dos cristãos novos foi o motivo principal da criação lusa do Tribunal [da Inquisição], pouco a pouco alargado a outros domínios como casos de heresia, crimes de feitiçaria, abuso do confessionário, questões de costumes na ordem da sexualidade e, ainda, desobediência às regras da própria Inquisição.O contributo deste trabalho para um cada vez mais amplo conhecimento da Inquisição, após uma catadupa de trabalhos científicos que já permitiram excelentes sínteses, [corresponde] ao primeiro período do Tribunal e concretamente ao domínio filipino [e] a um circunscrito espaço geográfico, Coimbra, bem como apenas a um pregador, do qual traço sucinta biografia e síntese temática dos seis sermões. [Para] leitores que desconhecem o desenvolvimento do cerimonial, [descrevo] a encenação do auto da fé, no qual se insere o sermão como peça de uma máquina.» -
António Barroso e o Vaticano - CorrespondênciaPublica-se o resultado de três anos de busca intensiva no Arquivo Secreto Vaticano. Nesta obra recolhem-se mais de 400 documentos, em grande parte inéditos, essenciais para entrar no ânimo de uma personalidade, de modo a ir além do já conhecido e sempre repetido. Raras figuras da nossa história religiosa catalisam, como D. António Barroso, a densidade das características da sua época, permitindo no percurso da sua vida (1854-1918) reunir os grandes debates de um arco de tempo significativo. Situamo-nos, realmente, na emergência da ação missionária nos territórios coloniais portugueses, na mudança de regime da Monarquia para a República e na intensificação da vida pastoral das dioceses.A estas questões, o Venerável António Barroso respondeu com a determinação inovadora de quem se deixa conduzir pelo Espírito. Aqui se encontram fontes primárias para analisar as posições pastorais, a liberdade politica e o notável discernimento do ilustre missionário e bispo do Porto. O autor apresenta uma breve biografia do prelado barcelense, enriquecida pelos elementos trazidos à luz e estabelece uma primeira cronologia, onde salta aos olhos o itinerário de uma vida agitada e fecunda, ao serviço do Evangelho, e de um exemplar patriota, atento ao maior bem da humanidade. -
Faculdade de Teologia em Coimbra - De Pombal à República (1772-1912)A longa crise social e política que atravessou todo o século XIX, tão multifacetada nos motivos, nos agentes e nos logros até desaguar na implantação do regime republicano, auxilia a compreensão da morte anunciada da instituição universitária. Os professores vivem a lenta agonia, mas atentos ao contexto e com sentido de futuro, promovem a transformação em Faculdade de Letras. -
Santa Maria - Teologia, Arte e CultoObra reúne três dimensões de estudo: a evolução da reflexão sobre Maria a nível doutrinal ou teológico, realizada por autores lusos até 2000; a origem dos diversos tipos de representação mariana na arte, sem investigar os episódios da vida de Santa Maria; e, finalmente, um índice dos títulos marianos propostos pelo Santuário Mariano, com acrescento de todos as invocações posteriores, que foram encontradas.Estes contributos iniciam pela via da verdade (mariologia), para passar à via da beleza (arte) e terminar na via da vivência espiritual (invocações da piedade). A veneração a Santa Maria situa-se na maternidade espiritual da humanidade, fundada na maternidade divino-messiânica, a uma distância infinita do culto de adoração prestado a Deus Pai, Filho e Espírito Santo: origem, sentido e meta de qualquer oração e ato de culto.A Igreja tem a missão de ser luz para o mundo, luz de esperança nesta hora do princípio conturbado do século XXI. Unida a Maria, perceberá os contornos concretos do amor maternal de Deus que impele ao acolhimento da salvação e recorre à ternura paterna de Deus em todas as ocasiões, com coração humilde. -
A BolotaEm 1917, um acontecimento em Fátima impôs-se ao mundo. O que está na semente de tudo isto? A Bolota pretende ser uma pequena semente para nos questionarmos mais a fundo sobre a identidade da nossa vida. Peregrine ao passado e conheça a vida daquela época e as maravilhosas ligações entre Deus, o Humano, a Natureza e a Arte. -
A Arca - A 13 de Outubro de 1917Descubra o encanto de A Arca, um livro repleto de ilustrações cativantes. Em 56 quadros, mergulhe numa história original que se desenrola através das personagens relacionadas com as aparições de Fátima. Conheça os Pastorinhos e suas famílias, enquanto desvendam os mistérios divinos. A atmosfera pastoral e a vida interiorizada da família Marto irão envolvê-lo, enquanto você testemunha a fusão do quotidiano com o sagrado. Com uma arte mística que lembra Sousa Araújo, a ilustradora Maria Anderson empresta a sua genialidade a esta obra, adicionando um toque de autenticidade e aconchego. A Arca é um convite para adentrar uma história que transcende os limites terrenos e nos conecta com a transcendência. -
Estudos de Arte e DevoçãoA simbologia das pedras preciosas na Bíblia e nos clássicos ou a imagem do Santo Cristo dos Açores como uma tradução da iconografia do Ecce Homo, são dois dos temas que integram este livro da autoria do bispo e historiador Carlos Moreira Azevedo. Na obra estão ainda incluídos estudos sobre a evolução do modelo iconográfico de Maria – Sede da Sabedoria; as placas devocionais hispânicas; os registos de santos como testemunhos de devoção e arte; ou São Nicolau, orago de Santa Maria da Feira. Dele também fazem parte outros estudos como A Senhora da Lapa como itinerário de uma devoção e o Bom Jesus do Monte como arquitetura de paisagem e proposta espiritual. A arte contemporânea também está presente no estudo, com reflexões sobre a tapeçaria da Igreja de Santo Ovídio, de Gaia, de Fernando Lanhas; a Última Ceia, de Isabel Nunes; e o Cristo Crucificado de José Aurélio.
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NovidadeArte, Religião e Imagens em Évora no tempo do Arcebispo D. Teodósio de Bragança, 1578-1601D. Teotónio de Bragança (1530-1602), Arcebispo de Évora entre 1578 e 1602, foi um grande mecenas das artes sob signo do Concílio de Trento. Fundou o Mosteiro de Scala Coeli da Cartuxa, custeou obras relevantes na Sé e em muitas paroquiais da Arquidiocese, e fez encomendas em Lisboa, Madrid, Roma e Florença para enriquecer esses espaços. Desenvolveu um novo tipo de arquitectura, ser- vindo-se de artistas de formação romana como Nicolau de Frias e Pero Vaz Pereira. Seguiu com inovação um modelo «reformado» de igrejas-auditório de novo tipo com decoração integral de interiores, espécie de ars senza tempo pensada para o caso alentejano, onde pintura a fresco, stucco, azulejo, talha, imaginária, esgrafito e outras artes se irmanam. Seguiu as orientações tridentinas de revitalização das sacrae imagines e enriqueceu-as com novos temas iconográficos. Recuperou lugares de culto matricial paleo-cristão como atestado de antiguidade legitimadora, seguindo os princípios de ‘restauro storico’ de Cesare Baronio; velhos cultos emergem então, caso de São Manços, São Jordão, São Brissos, Santa Comba, São Torpes e outros alegadamente eborenses. A arte que nasce em Évora no fim do século XVI, sob signo da Contra-Maniera, atinge assim um brilho que rivaliza com os anos do reinado de D. João III e do humanista André de Resende. O livro reflecte sobre o sentido profundo da sociedade de Évora do final de Quinhentos, nas suas misérias e grandezas. -
Cartoons - 1969-1992O REGRESSO DOS ICÓNICOS CARTOONS DE JOÃO ABEL MANTA Ao fim de 48 anos, esta é a primeira reedição do álbum Cartoons 1969‑1975, publicado em Dezembro de 1975, o que significa que levou quase tanto tempo a que estes desenhos regressassem ao convívio dos leitores portugueses como o que durou o regime derrubado pela Revolução de Abril de 1974.Mantém‑se a fidelidade do original aos cartoons, desenhos mais ou menos humorísticos de carácter essencialmente político, com possíveis derivações socioculturais, feitos para a imprensa generalista. Mas a nova edição, com alguns ajustes, acrescenta «todos os desenhos relevantes posteriores a essa data e todos os que, por razões que se desconhece (mas sobre as quais se poderá especular), foram omitidos dessa primeira edição», como explica o organizador, Pedro Piedade Marques, além de um aparato de notas explicativas e contextualizadoras. -
Constelações - Ensaios sobre Cultura e Técnica na ContemporaneidadeUm livro deve tudo aos que ajudaram a arrancá-lo ao grande exterior, seja ele o nada ou o real. Agora que o devolvo aos meandros de onde proveio, escavados por todos sobre a superfície da Terra, talvez mais um sulco, ou alguma água desviada, quero agradecer àqueles que me ajudaram a fazer este retraçamento do caminho feito nestes anos de crise, pouco propícios para a escrita. […] Dá-me alegria o número daqueles a que precisei de agradecer. Se morremos sozinhos, mesmo que sejam sempre os outros que morrem — é esse o epitáfio escolhido por Duchamp —, só vivemos bem em companhia. Estes ensaios foram escritos sob a imagem da constelação. Controlada pelo conceito, com as novas máquinas como a da fotografia, a imagem libertou-se, separou-se dos objectos que a aprisionavam, eles próprios prisioneiros da lógica da rendibilidade. Uma nova plasticidade é produzida pelas imagens, que na sua leveza e movimento arrastam, com leveza e sem violência, o real. O pensamento do século XX propôs uma outra configuração do pensar pela imagem, desenvolvendo métodos como os de mosaico, de caleidoscópio, de paradigma, de mapa, de atlas, de arquivo, de arquipélago, e até de floresta ou de montanha, como nos ensinou Aldo Leopoldo. Esta nova semântica da imagem, depois de milénios de destituição pelo platonismo, significa estar à escuta da máxima de Giordano Bruno de que «pensar é especular com imagens». Em suma, a constelação em acto neste livro é magnetizada por uma certa ideia da técnica enquanto acontecimento decisivo, e cada ensaio aqui reunido corresponde a uma refracção dessa ideia num problema por ela suscitado, passando pela arte, o corpo, a fotografia e a técnica propriamente dita. Tem como único objectivo que um certo pensar se materialize, que este livro o transporte consigo e, seguindo o seu curso, encontre os seus próximos ou não. [José Bragança de Miranda] -
NovidadeEsgotar a Dança - A Perfomance e a Política do MovimentoDezassete anos após sua publicação original em inglês, e após sua tradução em treze línguas, fica assim finalmente disponível aos leitores portugueses um livro fundamental para os estudos da dança e seminal no campo de uma teoria política do movimento.Nas palavras introdutórias à edição portuguesa, André Lepecki diz-nos: «espero que leitores desta edição portuguesa de Exhausting Dance possam encontrar neste livro não apenas retratos de algumas performances e obras coreográficas que, na sua singularidade afirmativa, complicaram (e ainda complicam, nas suas diferentes sobrevidas) certas noções pré-estabelecidas, certos mandamentos estéticos, do que a dança deve ser, do que a dança deve parecer, de como bailarines se devem mover e de como o movimento se deve manifestar quando apresentado no contexto do regime da 'arte' — mas espero que encontrem também, e ao mesmo tempo, um impulso crítico-teórico, ou seja, político, que, aliado que está às obras que compõem este livro, contribua para o pensar e o fazer da dança e da performance em Portugal hoje.» -
Siza DesignUma extensa e pormenorizada abordagem à obra de design do arquiteto Álvaro Siza Vieira, desde as peças de mobiliário, de cerâmica, de tapeçaria ou de ourivesaria, até às luminárias, ferragens e acessórios para equipamentos, apresentando para cada uma das cerca de 150 peças selecionadas uma detalhada ficha técnica com identificação, descrição, materiais, empresa distribuidora e fotografias, e integrando ainda um conjunto de esquissos originais nunca publicados e uma entrevista exclusiva ao arquiteto.CoediçãoArteBooks DesignCoordenação Científica + EntrevistaJosé Manuel PedreirinhoDesign GráficoJoão Machado, Marta Machado -
A Vida das Formas - Seguido de Elogio da MãoEste continua a ser o livro mais acessível e divulgado de Focillon. Nele o autor expõe em pormenor o seu método e a sua doutrina. Ao definir o carácter essencial da obra de arte como uma forma, Focillon procura sobretudo explicitar o carácter original e independente da representação artística recusando a interferência de condições exteriores ao acto criativo. Afastando-se simultaneamente do determinismo sociológico, do historicismo e da iconologia, procura demonstrar que a arte constitui um mundo coerente, estável e activo, animado por um movimento interno próprio, no fundo do qual a história política ou social apenas serve de quadro de referência. Para Focillon a arte é sempre o ponto de partida ou o ponto de chegada de experiências estéticas ligadas entre si, formando uma espécie de genealogias formais complexas que ele designa por metamorfoses. São estas metamorfoses que dão à obra de arte o seu carácter único e a fazem participar da evolução universal das formas.

