Faculdade de Teologia em Coimbra - De Pombal à República (1772-1912)
A longa crise social e política que atravessou todo o século XIX, tão multifacetada nos motivos, nos agentes e nos logros até desaguar na implantação do regime republicano, auxilia a compreensão da morte anunciada da instituição universitária. Os professores vivem a lenta agonia, mas atentos ao contexto e com sentido de futuro, promovem a transformação em Faculdade de Letras.
| Editora | Afrontamento |
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| Editora | Afrontamento |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Carlos A. Moreira Azevedo |
Nasceu em 1953 na freguesia de Milheirós de Poiares (Santa Maria da Feira). Foi ordenado padre em 1977. Doutorou-se, em 1986, na Faculdade de História Eclesiástica da Universidade Gregoriana. Foi Presidente da direção do Centro de Estudos de História Religiosa, de 1992 a 2001. Professor da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa desde 1987, foi Vice-Reitor da mesma Universidade (2000-2004). É Membro da Academia Portuguesa da História, desde 4 de fevereiro de 1998. Dirigiu a obra Dicionário e História religiosa de Portugal, em 7 volumes. Foi presidente da Comissão científica para a publicação da Documentação crítica de Fátima (1998-2008). Organizou diversas exposições de arte religiosa. Dirigiu vários projetos editoriais de revistas e de coleções de livros. Foi Presidente da Fundação Spes (2006-2013), criada por D. António Ferreira Gomes. Foi bispo auxiliar de Lisboa (2005-2011) e Secretário da Conferência Episcopal Portuguesa (2005-2008), presidente da Comissão Episcopal de Pastoral Social (2008-2011). É Delegado para o Conselho Pontifício da Cultura (11-11-2011), coordenando o Departamento dos bens culturais, e membro da Comissão de Archeologia Sacra (02-06-1915). Tem mais de uma centena de trabalhos publicados em livros e revistas.
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Entrar nos Mistérios do RosárioConvido a contemplar os mistérios, a entrar espiritualmente neste degrau da oração. O Rosário é uma oração contemplativa, e nós temos tão poucos espaços deste género no mundo agitado. Não queria instruir sobre nenhum tema da atualidade, citar textos do magistério da Igreja, preencher este espaço com um discurso teológico. Queria apenas tentar ajudar a contemplar os mistérios. Eles são uma representação afetiva, comovente, dos principais momentos da salvação, nos quais Deus Pai chama Maria a participar. Vamos entrar com ela na vida do Salvador, no amor do Pai, na missão do Espírito Santo. -
FátimaUma releitura crítica sobre o fenómeno das visões ocorridas na Cova da Iria há 100 anos, partindo da situação sociocultural de Portugal e da Europa e da realidade familiar e psicológica das personalidades envolvidas.Esta obra coloca ao serviço do grande público uma leitura que congrega o conhecimento das fontes com uma visão cristã de um fenómeno religioso de origem popular, sucessivamente apropriado e relido, reinterpretado ao compasso da história e sempre aberto no horizonte do futuro. Contribuiu para percebermos como as visões dos pastorinhos se transformaram numa proposta de alcance internacional. Que visão de Deus e do mundo propõem? Que capacidade de futuro encerram? Reforçam ou debilitam a forma especificamente cristã de viver ao estilo de Jesus? Fátima permite regredir ou amadurecer uma vivência cristã? O momento histórico, nas suas dimensões sociopolíticas, culturais e religiosas é o húmus onde as «revelações privadas» são acolhidas. As visões interiores acontecem no tecido real da situação concreta, qual provocação para avisar a humanidade, com sentido profético, dos passos falsos e suscitar atitudes verdadeiras diante de perturbações exigentes de conversão. Graças à consulta de material do Archivio Segreto Vaticano, o autor revela nestas páginas o processo da escolha do primeiro bispo da diocese de Leiria e traz à luz novos dados sobre a política portuguesa entre 1917 e 1930. Além dos videntes, fala-nos de personagens essenciais a Fátima, como o Padre Manuel Formigão e o Bispo D. José Correia da Silva. Se Fátima permanece com notável impacto não se deve apenas à autenticidade simples e infantil dos seus inícios, mas à capacidade que tiveram os mediadores dos factos e da mensagem, a começar pela própria Lúcia, dotada de uma vida longa, para retirar da imagética rudimentar uma resposta às situações históricas vividas pelas pessoas, individualmente mendigas de sinais de Deus, que recarreguem a sua vida de sentido e iluminem os passos obscuros da sociedade nas sucessivas crises e dificuldades. -
Ministros do Diabo - Os seis sermões de autos da fé (1586-1595) de Afonso de Castelo Branco, Bispo de Coimbra«Os sermões aqui reunidos [escritos entre 1586 e 1595 por Afonso de Castelo Branco, bispo de Coimbra] mostram, com cristalina evidência, como o problema dos cristãos novos foi o motivo principal da criação lusa do Tribunal [da Inquisição], pouco a pouco alargado a outros domínios como casos de heresia, crimes de feitiçaria, abuso do confessionário, questões de costumes na ordem da sexualidade e, ainda, desobediência às regras da própria Inquisição.O contributo deste trabalho para um cada vez mais amplo conhecimento da Inquisição, após uma catadupa de trabalhos científicos que já permitiram excelentes sínteses, [corresponde] ao primeiro período do Tribunal e concretamente ao domínio filipino [e] a um circunscrito espaço geográfico, Coimbra, bem como apenas a um pregador, do qual traço sucinta biografia e síntese temática dos seis sermões. [Para] leitores que desconhecem o desenvolvimento do cerimonial, [descrevo] a encenação do auto da fé, no qual se insere o sermão como peça de uma máquina.» -
Estudos de Iconografia CristãDa autoria de D. Carlos A. Moreira Azevedo, delegado do Pontifício Conselho para a Cultura, Estudos de Iconografia Cristã apresenta um conjunto de dezasseis ensaios em torno de temáticas iconográficas como a Trindade, o Espírito Santo, a Imaculada Conceição, a Natividade ou a Eucaristia, passando pelas representações de santos de grande devoção e centralidade representativa, com destaque para São Paulo, São Sebastião, Santo António, São Vicente, São João de Deus ou São Teotónio. Não esquece os temas bíblicos, como as Bodas de Caná, nem o ambiente religioso, como santos agostinianos. Dá a conhecer fontes iconográficas como a Bíblia Pauperum ou o ciclo contemporâneo sob interpretação da artista Paula Rego, presente na Capela do Palácio de Belém. Índice 1. Iconografia da Trindade na arte portuguesa / 2. Iconografia do Espírito Santo no Concelho de Alenquer / 3. Iconografia da Imaculada: novas interpretações / 4. Teologia e iconologia da Natividade / 5. A tipologia eucarística na iconografia veterotestamentária / 6. Bodas de Caná: a polivalência simbólica de um tema raro na arte portuguesa / 7. S. Paulo na arte portuguesa / 8. Iconografia de São Sebastião 9. Iconografia de S. Vicente, diácono e mártir / 10. Pantaleão da Nicomédia: percurso biográfico e iconográfico na memória da persistente devoção europeia / 11. Iconografia de Santo Agostinho e de santos agostinianos em Portugal / 12. A iconografia de São Teotónio / 13. Iconografia portuguesa de Santo António: principais variantes / 14. Ciclos iconográficos de São João de Deus / 15. Biblia pauperum e Speculum humanae Salvationis, no contexto das fontes de inspiração da iconografia cristã / 16. Leitura dos quadros de Paula Rego na capela do Palácio de Belém - Lisboa. -
António Barroso e o Vaticano - CorrespondênciaPublica-se o resultado de três anos de busca intensiva no Arquivo Secreto Vaticano. Nesta obra recolhem-se mais de 400 documentos, em grande parte inéditos, essenciais para entrar no ânimo de uma personalidade, de modo a ir além do já conhecido e sempre repetido. Raras figuras da nossa história religiosa catalisam, como D. António Barroso, a densidade das características da sua época, permitindo no percurso da sua vida (1854-1918) reunir os grandes debates de um arco de tempo significativo. Situamo-nos, realmente, na emergência da ação missionária nos territórios coloniais portugueses, na mudança de regime da Monarquia para a República e na intensificação da vida pastoral das dioceses.A estas questões, o Venerável António Barroso respondeu com a determinação inovadora de quem se deixa conduzir pelo Espírito. Aqui se encontram fontes primárias para analisar as posições pastorais, a liberdade politica e o notável discernimento do ilustre missionário e bispo do Porto. O autor apresenta uma breve biografia do prelado barcelense, enriquecida pelos elementos trazidos à luz e estabelece uma primeira cronologia, onde salta aos olhos o itinerário de uma vida agitada e fecunda, ao serviço do Evangelho, e de um exemplar patriota, atento ao maior bem da humanidade. -
Santa Maria - Teologia, Arte e CultoObra reúne três dimensões de estudo: a evolução da reflexão sobre Maria a nível doutrinal ou teológico, realizada por autores lusos até 2000; a origem dos diversos tipos de representação mariana na arte, sem investigar os episódios da vida de Santa Maria; e, finalmente, um índice dos títulos marianos propostos pelo Santuário Mariano, com acrescento de todos as invocações posteriores, que foram encontradas.Estes contributos iniciam pela via da verdade (mariologia), para passar à via da beleza (arte) e terminar na via da vivência espiritual (invocações da piedade). A veneração a Santa Maria situa-se na maternidade espiritual da humanidade, fundada na maternidade divino-messiânica, a uma distância infinita do culto de adoração prestado a Deus Pai, Filho e Espírito Santo: origem, sentido e meta de qualquer oração e ato de culto.A Igreja tem a missão de ser luz para o mundo, luz de esperança nesta hora do princípio conturbado do século XXI. Unida a Maria, perceberá os contornos concretos do amor maternal de Deus que impele ao acolhimento da salvação e recorre à ternura paterna de Deus em todas as ocasiões, com coração humilde. -
A BolotaEm 1917, um acontecimento em Fátima impôs-se ao mundo. O que está na semente de tudo isto? A Bolota pretende ser uma pequena semente para nos questionarmos mais a fundo sobre a identidade da nossa vida. Peregrine ao passado e conheça a vida daquela época e as maravilhosas ligações entre Deus, o Humano, a Natureza e a Arte. -
A Arca - A 13 de Outubro de 1917Descubra o encanto de A Arca, um livro repleto de ilustrações cativantes. Em 56 quadros, mergulhe numa história original que se desenrola através das personagens relacionadas com as aparições de Fátima. Conheça os Pastorinhos e suas famílias, enquanto desvendam os mistérios divinos. A atmosfera pastoral e a vida interiorizada da família Marto irão envolvê-lo, enquanto você testemunha a fusão do quotidiano com o sagrado. Com uma arte mística que lembra Sousa Araújo, a ilustradora Maria Anderson empresta a sua genialidade a esta obra, adicionando um toque de autenticidade e aconchego. A Arca é um convite para adentrar uma história que transcende os limites terrenos e nos conecta com a transcendência. -
Estudos de Arte e DevoçãoA simbologia das pedras preciosas na Bíblia e nos clássicos ou a imagem do Santo Cristo dos Açores como uma tradução da iconografia do Ecce Homo, são dois dos temas que integram este livro da autoria do bispo e historiador Carlos Moreira Azevedo. Na obra estão ainda incluídos estudos sobre a evolução do modelo iconográfico de Maria – Sede da Sabedoria; as placas devocionais hispânicas; os registos de santos como testemunhos de devoção e arte; ou São Nicolau, orago de Santa Maria da Feira. Dele também fazem parte outros estudos como A Senhora da Lapa como itinerário de uma devoção e o Bom Jesus do Monte como arquitetura de paisagem e proposta espiritual. A arte contemporânea também está presente no estudo, com reflexões sobre a tapeçaria da Igreja de Santo Ovídio, de Gaia, de Fernando Lanhas; a Última Ceia, de Isabel Nunes; e o Cristo Crucificado de José Aurélio.
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NovidadeA Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
NovidadeHistória dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
NovidadeA Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
NovidadeRevolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
NovidadePaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
NovidadeAntes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
NovidadeBaviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?