Foz-Côa
Edição trilingue sobre o Vale do Côa, acompanhada por fotografias de extraordinária beleza. Um álbum de imagens inesquecíveis de um lugar mágico, com a poesia das palavras de Bernardo Pinto de Almeida que descrevem da seguinte forma o olhar de
João Paulo Sotto Mayor:
“FEZ ESSAS FOTOGRAFIAS COMO SE AO LONGO DE SÉCULOS E MILÉNIOS ELAS TIVESSEM ESPERADO PELO ENCONTRO COM SEU OLHAR, COMO SE FOSSEM SUAS, DE SUA CARNE E SANGUE.
E olhando-as agora, percebemos que de facto elas ali esperaram, deste livro, o encontro com um olhar que, por procuração deste livro se torna, agora, o nosso olhar também. Amando tudo aquilo, como se fosse, desde sempre, a sua e nossa própria paisagem”.(p.41)
| Editora | Afrontamento |
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| Editora | Afrontamento |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | João Paulo Sotto Mayor, Bernardo Pinto de Almeida |
Bernardo Pinto de Almeida nasceu em 1954. Professor Catedrático na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Tem publicado obras de ensaio e de poesia
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Memórias do Presente - Passagem de Isabel e Rodrigo Cabral na Arte PortuguesaOs anos 60 em Portugal têm sido considerados, por vários sectores da crítica, como uma década de ruptura. Por outro lado, deveremos ter presente que no seu levantamento exaustivo sobre a arte portuguesa no século XX, José Augusto França - longamente autor da única obra historiográfica sobre esse período - interrompeu o seu estudo no final dos anos cinquenta, deixando em suspenso a problematização do que representaram os ditos anos 60 no contexto da arte nacional. Quem, conscienciosamente, abordar a arte portuguesa realizada no período de forte transformação vivido no início da década de setenta, deve começar por entender a profunda mudança de contexto e de significações culturais que ocorreu nesses anos: mudança substancial que se prendia, desde logo, com as transformações ocorridas na década anterior, em que toda uma nova paisagem no plano das práticas e conceitos próprios do campo artístico tomara lugar, na arte e cultura portuguesas, reflectindo debates mais alargados, num momento em que secretamente se iniciara um novo surto de globalização. -
O Plano de ImagemEste livro demonstra que o campo da arte é muito vasto, pelas possibilidades de observação e estudo que proporciona. Bernardo Pinto de Almeida, sem excluir uma visão histórica, aproxima-nos de uma leitura antropológica, sempre muito sensível, estabelecendo as linhas pessoais de um inovador plano de imagem. -
Negócios em ÍtacaNegócios em Ítaca é o novo livro de poesia do poeta e ensaísta Bernardo Pinto de Almeida com fotografias de Isabel Lopes Gomes. -
Uma Ciência das SombrasA Ciência das Sombras, de Bernardo Pinto de Almeida, é uma recolha definitiva de todos os poemas publicados entre 1975 e 2006, rescritos e apresentados de forma a constituírem um novo livro.Acrescentam-se aos livros antes publicados mais três inéditos, um de 1977 e dois de 2006.O livro é acompanhado de um prefácio de Eduardo Lourenço e de oito desenhos de Julião Sarmento, que o artista fez expressamente. -
Arte e Infinitude: o contemporâneo entre a arkhé e o tecnológicoEste ensaio desenvolve, até ao campo que, não sem equívocos, se designa por Contemporaneidade, a investigação começada pelo autor com o livro O Plano de Imagem (1996), cujo propósito foi elaborar uma "arqueologia da modernidade". Parte-se de uma concepção antiformalista do Modernismo, que permite reinterpretar criticamente os legados de Picasso, Duchamp ou Malévich, bem como o lugar de alguns artistas e movimentos europeus da década de 60 - Pop inglesa, Beuys, Arte Povera -, para evidenciar o que os diferencia ou opõe ao contexto da arte americana no mesmo período (Warhol, Minimalismo, Arte Conceptual). . -
Nikias Skapinakis — Paisagens (2018-2020)Paisagens desabitadas, crepusculares que se esvaziaram de toda a presença humana para acolherem apenas, no seu locus desabitado, o olhar e espanto de quem as olha. Agora, com esta nova série, Preto e Branco— que julgo, sem qualquer reserva, ser a mais radical e extrema a que o artista chegou, na incansável busca de levar sempre mais longe e adiante os pressupostos da obra, esclarecendo através de cada uma o sentido profundo de quanto a precedeu — aquele que, porventura, foi um dos mais fulgurantes e ricos coloristas da arte portuguesa do passado século, surpreende-nos de novo, e muito, ao trazer-nos, inesperadamente, uma pintura cujas cores repousam, já, todas secretamente ocultas, fechadas dentro do seu espesso e inexorável negro. Um negro que, diremos ainda, se adensa como se para anunciar a obscuridade destes novos tempos que enfrentamos, e no qual se dissolve, como se numa noite escura, tudo quanto julgávamos saber. Um negro (que aqui se mostra, enfim, na evidência de ser a síntese extrema de todas as demais cores) que se expande vorazmente pela tela, que a risca, invade, mancha, a povoa tal qual as cores mais vivas o fariam, mas sem que por isso jamais se deixe cair na tentação de servir como desenho, ou como ser gráfico, portador, como tal, de uma qualquer forma de escrita ou de sinal, nem de um qualquer desejo de se prender no plano do esboço, sequer no que seria da ordem de uma síntese poderosa manifestada num esquisso. […] A arte de Nikias, sempre distanciada e grave, irónica por vezes na sua distância, nada tem de melancólico. E tal como esses animais que, com leveza, por sucessivas mutações vão deixando para trás a pele que os identificava, e assim se transfiguram, também esta pintura uma vez mais se transfigura diante dos nossos olhos, e se faz outra do que foi, sem por isso deixar de se ligar com toda a sua memória.[Bernardo Pinto de Almeida]Desenvolvidas entre 2018 e o presente, as Paisagens a Preto e Branco pertencem à série Paisagens Ocultas, das quais conservam os sete planos que estruturam a composição e a sinuosidade da linha; substituem, porém, o cromatismo(que identifica a maioria dos períodos do meu trabalho) por um monocromatismo que utiliza o preto (ivory black), aplicado sobre a tela em sucessivas camadas de diferentes densidades. O branco mais luminoso é, assim, o próprio branco da tela, onde as nuances substituem as cores lisas que caracterizam as Paisagens Ocultas.[Nikias Skapinakis] -
Imagem da Fotografia«O autor deste livro prossegue como melhor lhe apraz, é um piloto num voo de reconhecimento, e no seu diário de bordo o mapa regista uma geografia tão variável que desconcerta.» - do prefácio de Antonio Tabucchi -
A Estrada Menos VijadaImagens: Chama e Ficção e Miguel Branco -
Velocidade de Cruzeiro. 100 anos: Cruzeiro SeixasCelebrando o centenário do nascimento de Cruzeiro Seixas, a Biblioteca Nacional de Portugal exibiu cerca de centena e meia de obras suas inéditas produzidas, sobretudo, entre os anos 40 e 70, selecionadas de entre mais de 400 desenhos e variada documentação, legados pelo artista àquela instituição. Com um ensaio introdutório do historiador Bernardo Pinto de Almeida, curador da exposição, a edição do catálogo Velocidade de Cruzeiro. 100 anos Cruzeiro Seixas regista, de forma indelével, o percurso artístico de Cruzeiro Seixas, um dos nomes de maior relevo do Surrealismo português e europeu. -
Eu Gosto de Jardins TransparentesJoão Jacinto é hoje, decerto, dos nomes mais relevantes quando se considera o contexto vasto da chamada arte portuguesa contemporânea. Autor de obra consistente e múltipla que, desde certa margem, ganhou visibilidade própria, destacada e mesmo referencial,foi-se tornando aos poucos no que vulgarmente se designa um artista de culto… … Quero dizer, um artista cujo reconhecimento mais forte se vai construindo quase secretamente, assente em pressupostos próprios e, sobretudo, sem que essa margem, forjada em certa obscuridade a partir da qual opera, e em que a obra discretamente se vai desenvolvendo, se tenha dissolvido, e que antes, ao contrário, se reforça como signo do singular.Assim, justamente, e sobretudo no seu caso, porque a obra insiste nesse ir ao encontro de um conjunto de temas e de formas, de processos e modos de invenção plástica — roubando o termo a Francis Bacon — que, por si mesmos, bastam para chamar a si um conjunto singular de espectadores, que fazem uma comunidade à parte dentro do grande, enorme teatro em que se jogam os múltiplos destinos da arte actual. E, como acontece com todos aqueles cuja obra resiste aos sinais e modos mais evidentes do seu tempo — de que, por isso mesmo, se separa, fugindo à grande uniformidade que assiste aos casos de sucesso e de mediatização que garantem visibilidades rapidamente destinadas ao desgaste e à usura do tempo, factores que lhe são de algum modo indiferentes por não trabalhar na ânsia de um apressado reconhecimento — a sua desenvolve-se, afirmativa mas solitariamente, e os seus espectadores vão encontrá-la cúmplices, também porque desse modo não cumprem acto de submissão ao gosto dominante do tempo.[Bernardo Pinto de Almeida]Este livro foi publicado por ocasião da exposição, Eu gosto de jardins transparentes, realizada na Galeria Sete – Arte Contemporânea, em Coimbra, de 7 de Maio a 11 de Junho de 2022
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25 de Abril de 1974 - Quinta-FeiraPara celebrar Abril e os 50 anos de democracia: O GRANDE ÁLBUM DE FOTOGRAFIA SOBRE O25 DE ABRIL DE 1974, PELA LENTE DE ALFREDO CUNHA, O FOTÓGRAFO QUE ESTEVE LÁ EM TODOS OS MOMENTOS. Com textos originais de Carlos Matos Gomes, Adelino Gomes e Fernando Rosas, e intervenções de Vhils sobre imagens icónicas de Cunha – para a capa e separadores. No dia 25 de Abril de 1974 (uma quinta-feira, tal como voltará a acontecer em 2024), Alfredo Cunha estava em Lisboa e fotografou a revolução nos seus principais cenários, captando imagens icónicas que perduram até hoje associadas ao acontecimento que mudou a História de Portugal. Para celebrar os 50 anos de democracia, Alfredo Cunha concebeu, a partir das suas imagens, um livro em três partes: Guerra — com texto de Carlos Matos Gomes, militar de Abril e da guerra colonial; Dia 25 de Abril — com texto de Adelino Gomes, repórter que acompanhou os acontecimentos em Lisboa; Depois de Abril — com texto de Fernando Rosas, historiador e protagonista destes anos quentes. «Este dia 25 de Abril não me pertence. É o 25 de Abril do Alfredo Cunha, então com 20 anos e que logo no início da carreira tem inesperadamente o dia mais importante da sua vida de fotógrafo. Uma dádiva e uma maldição. Há 50 anos que incansavelmente fotografa, expõe e publica como que para fugir e de novo voltar a esse dia. Quando me apresentou a maqueta deste livro, colocou‑a em cima da mesa e disse: ‘Acabou. Está resolvido.’ Esta é uma obra monumental, histórica e teoricamente impossível. Meio século depois do 25 de Abril, consegue reunir o fotógrafo que esteve presente em quase todos os momentos do dia e dos meses que se seguiram; o olhar do militar no terreno, Carlos Matos Gomes, que pertenceu ao Movimento dos Capitães; o olhar do repórter suspenso, Adelino Gomes, que perante o desenrolar dos acontecimentos marca o momento em que nasce a liberdade de expressão, ao conseguir um microfone emprestado para colocar a revolução no ar; e o do ativista na clandestinidade, Fernando Rosas, hoje historiador jubilado. Pediram a Vhils para selar esta obra, como se se tratasse de uma cápsula feita para enviar para o futuro, para ser lida e vivida, dado ter sido escrita e fotografada por quem viveu apaixonadamente uma revolução, mas, 50 anos depois, se prestou a depositar aqui o seu testemunho analítico.» — LUÍS PEDRO NUNES, PREFÁCIO -
O Essencial Sobre José Saramago«Aquilo que neste livro se entende como essencial em José Saramago corresponde à sua específica identidade como escritor, com a singularidade e com as propriedades que o diferenciam, nos seus fundamentos e manifestações. Mas isso não é tudo. No autor de Memorial do Convento afirma-se também uma condição de cidadão e de homem político, pensando o seu tempo e os fenómenos sociais e culturais que o conformam. Para o que aqui importa, isso é igualmente essencial em Saramago, até porque aquela condição de cidadão não é estranha às obras literárias com as quais ela interage, em termos muito expressivos.» in Contracapa -
Confissões de um Jovem EscritorUmberto Eco publicou seu primeiro romance, O Nome da Rosa, em 1980, quando tinha quase 50 anos. Nestas suas Confissões, escritas cerca de trinta anos depois da sua estreia na ficção, o brilhante intelectual italiano percorre a sua longa carreira como ensaísta dedicando especial atenção ao labor criativo que consagrou aos romances que o aclamaram. De forma simultaneamente divertida e séria, com o brilhantismo de sempre, Umberto Eco explora temas como a fronteira entre a ficção e a não-ficção, a ambiguidade que o escritor mantém para que seus leitores se sintam livres para seguir o seu próprio caminho interpre tativo, bem como a capacidade de gerar neles emoções. Composto por quatro conferências integradas no âmbito das palestras Richard Ellmann sobre Literatura Moderna que Eco proferiu na Universidade Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos, Confissões de um jovem escritor é uma viagem irresistível aos mundos imaginários do autor e ao modo como os transformou em histórias inesquecíveis para todos os leitores. O “jovem escritor” revela-se, afinal, um grande mestre e aqui partilha a sua sabedoria sobre a arte da imaginação e o poder das palavras. -
Sobre as MulheresSobre as Mulheres é uma amostra substancial da escrita de Susan Sontag em torno da questão da mulher. Ao longo dos sete ensaios e entrevistas (e de uma troca pública de argumentos), são abordados relevantes temas, como os desafios e a humilhação que as mulheres enfrentam à medida que envelhecem, a relação entre a luta pela libertação das mulheres e a luta de classes, a beleza, o feminismo, o fascismo, o cinema. Ao fim de cinquenta anos – datam dos primeiros anos da década de 1970 –, estes textos não envelheceram nem perderam pertinência. E, no seu conjunto, revelam a curiosidade incansável, a precisão histórica, a solidez política e o repúdio por categorizações fáceis – em suma, a inimitável inteligência de Sontag em pleno exercício.«É um deleite observar a agilidade da mente seccionando através da flacidez do pensamento preguiçoso.» The Washington Post«Uma nova compilação de primeiros textos de Sontag sobre género, sexualidade e feminismo.» Kirkus Reviews -
Para Tão Curtos Amores, Tão Longa VidaNuma época e num país como o nosso, em que se regista um número muito elevado de divórcios, e em que muitos casais preferem «viver juntos» a casar-se, dando origem nas estatísticas a muitas crianças nascidas «fora do casamento», nesta época e neste país a pergunta mais próxima da realidade não é por que duram tão pouco tantos casamentos, mas antes: Por que é que há casamentos que duram até à morte dos cônjuges? Qual é o segredo? Há um segredo nisso? Este novo livro de Daniel Sampaio, que traz o título tão evocativo: Para Tão Curtos Amores, Tão Longa Vida, discute as relações afetivas breves e as prolongadas, a monogamia e a infidelidade, a importância da relação precoce com os pais e as vicissitudes do amor. Combinando dois estilos, o ficcional e o ensaístico, que domina na perfeição, o autor traz perante os nossos olhos, de modo muito transparente e sem preconceitos, tão abundantes nestas matérias, os problemas e dificuldades dos casais no mundo de hoje, as suas vitórias e derrotas na luta permanente para manterem viva a sua união.Um livro para todos nós porque (quase) todos nós, mais tarde ou mais cedo, passamos por isso. -
A Vida na SelvaHá quem nasça para o romance ou para a poesia e se torne conhecido pelo seu trabalho literário; e quem chegue a esse ponto depois de percorrer um longo caminho de vida, atravessando os escolhos e a complexidade de uma profissão, ou de uma passagem pela política, ou de um reconhecimento público que não está ligado à literatura. Foi o caso de Álvaro Laborinho Lúcio, que publicou o seu primeiro e inesperado romance (O Chamador) em 2014.Desde então, em leituras públicas, festivais, conferências e textos com destinos vários, tem feito uma viagem de que guarda memórias, opiniões, interesses, perguntas e respostas, perplexidades e reconhecimentos. Estes textos são o primeiro resumo de uma vida com a literatura – e o testemunho de um homem comprometido com as suas paixões e o diálogo com os outros. O resultado é comovente e tão inesperado como foi a publicação do primeiro romance. -
Almoço de DomingoUm romance, uma biografia, uma leitura de Portugal e das várias gerações portuguesas entre 1931 e 2021. Tudo olhado a partir de uma geografia e de uma família.Com este novo romance de José Luís Peixoto acompanhamos, entre 1931 e 2021, a biografia de um homem famoso que o leitor há de identificar — em paralelo com história do país durante esses anos. No Alentejo da raia, o contrabando é a resistência perante a pobreza, tal como é a metáfora das múltiplas e imprecisas fronteiras que rodeiam a existência e a literatura. Através dessa entrada, chega-se muito longe, sem nunca esquecer as origens. Num percurso de várias gerações, tocado pela Guerra Civil de Espanha, pelo 25 de abril, por figuras como Marcelo Caetano ou Mário Soares e Felipe González, este é também um romance sobre a idade, sobre a vida contra a morte, sobre o amor profundo e ancestral de uma família reunida, em torno do patriarca, no seu almoço de domingo.«O passado tem de provar constantemente que existiu. Aquilo que foi esquecido e o que não existiu ocupam o mesmo lugar. Há muita realidade a passear-se por aí, frágil, transportada apenas por uma única pessoa. Se esse indivíduo desaparecer, toda essa realidade desaparece sem apelo, não existe meio de recuperá-la, é como se não tivesse existido.» «Os motoristas estão à espera, o brado da multidão mistura-se com o rugido dos motores. Antes de entrarmos, o Mário Soares aproxima-se de mim, correu tudo tão bem, e abraça-me com um par estrondosas palmadas no centro das costas. A coluna de carros avança devagar pelas ruas da vila. Tenho a garganta apertada, não consigo falar. Como me orgulha que Campo Maior seja a capital da península durante este momento.»«Autobiografia é um romance que desafia o leitor ao diluir fronteiras entre o real e o ficcional, entre espaços e tempos, entre duas personagens de nome José, um jovem escritor e José Saramago. Este é o melhor romance de José Luís Peixoto.»José Riço Direitinho, Público «O principal risco de Autobiografia era esgotar-se no plano da mera homenagem engenhosa, mas Peixoto evitou essa armadilha, ao construir uma narrativa que se expande em várias direções, acumulando camadas de complexidade.»José Mário Silva, Expresso -
O Infinito num JuncoA Invenção do livro na antiguidade e o nascer da sede dos livros.Este é um livro sobre a história dos livros. Uma narrativa desse artefacto fascinante que inventámos para que as palavras pudessem viajar no tempo e no espaço. É o relato do seu nascimento, da sua evolução e das suas muitas formas ao longo de mais de 30 séculos: livros de fumo, de pedra, de argila, de papiro, de seda, de pele, de árvore, de plástico e, agora, de plástico e luz.É também um livro de viagens, com escalas nos campos de batalha de Alexandre, o Grande, na Villa dos Papiros horas antes da erupção do Vesúvio, nos palácios de Cleópatra, na cena do homicídio de Hipátia, nas primeiras livrarias conhecidas, nas celas dos escribas, nas fogueiras onde arderam os livros proibidos, nos gulag, na biblioteca de Sarajevo e num labirinto subterrâneo em Oxford no ano 2000.Este livro é também uma história íntima entrelaçada com evocações literárias, experiências pessoais e histórias antigas que nunca perdem a relevância: Heródoto e os factos alternativos, Aristófanes e os processos judiciais contra humoristas, Tito Lívio e o fenómeno dos fãs, Sulpícia e a voz literária de mulheres.Mas acima de tudo, é uma entusiasmante aventura coletiva, protagonizada por milhares de personagens que, ao longo do tempo, tornaram o livro possível e o ajudaram a transformar-se e evoluir – contadores de histórias, escribas, ilustradores e iluminadores, tradutores, alfarrabistas, professores, sábios, espiões, freiras e monjes, rebeldes, escravos e aventureiros.É com fluência, curiosidade e um permanente sentido de assombro que Irene Vallejo relata as peripécias deste objeto inverosímil que mantém vivas as nossas ideias, descobertas e sonhos. E, ao fazê-lo, conta também a nossa história de leitores ávidos, de todo o mundo, que mantemos o livro vivo.Um dos melhores livros do ano segundo os jornais El Mundo,La Vanguardia e The New York Times(Espanha).