Geografia do Olhar
Geografia do Olhar é o título do álbum de poesia e pintura de Ilda Figueiredo e Agostinho Santos, que acaba se ser publicado pela Âncora Editores. Trata-se de um livro que assinala a entrada da mulher política e eurodeputada Ilda Figueiredo no universo da poesia, integrando um conjunto de poemas inéditos escritos em várias partes do mundo, versando os mais diversos temas, sem esquecer contudo, as desigualdades, a injustiça e a fome que atingem ainda a nossa sociedade.
As pinturas de Agostinho Santos foram concebidas propositadamente a partir dos poemas de Ilda Figueiredo.
Geografia do Olhar poder-se- á considerar uma "quase perfeita" ligação entre estes dois tipos de arte, aos quais estes dois autores se têm dedicado.
| Editora | Âncora Editora |
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| Categorias | |
| Editora | Âncora Editora |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Ilda Figueiredo, Agostinho Santos |
Agostinho Santos nasceu em Vila Nova de Gaia (1960). Jornalista, pintor e curador independente. Diretor da Bienal Internacional de Arte Gaia e presidente do Conselho de Administração de Artistas de Gaia - Cooperativa Cultural. Mentor do projeto Museu de Causas/Coleções Agostinho Santos. Doutor em Museologia pela Faculdade de Letras e Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e mestre em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Membro colaborador do grupo de investigação “Práxis e Poiesis da prática à teoria artística” do ID+Instituto de Investigação em Design, Media e Cultura da Universidade de Aveiro. Realizou mais de 100 exposições individuais e participou em mais de 500 mostras coletivas no país e no estrangeiro. Representado em inúmeras coleções particulares e oficiais. Autor de vários livros de jornalismo, poesia e pintura.
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Era uma vez um menino chamado NadirCom uma linguagem acessível aos mais novos, Agostinho Santos relata a vida e a obra do arquitecto e pintor Nadir Afonso, sendo o biografado o autor das ilustrações. Mais do que um livro para crianças, esta é uma obra para coleccionadores e apaixonados pelas artes. -
Tear do Tempo AgoraDepois de Geografia do Olhar, a poesia de Ilda Figueiredo e a pintura de Agostinho Santos unem-se em Tear do Tempo Agora. Os problemas sociais, dentro e fora de Portugal, voltam a estar em destaque nesta obra inédita, sem esquecer, contudo, a transmissão de uma mensagem de esperança. -
Sonho e Combate Pela LiberdadeNo ano em que se comemora o centenário do nascimento de Álvaro Cunhal (1913-2005), Ilda Figueiredo narra a biografia do mítico líder comunista aos mais novos, num livro ricamente ilustrado pelo artista plástico e jornalista Agostinho Santos. -
Nadir Afonso: ItinerárioEste livro é reflexo de uma conversa entre Nadir Afonso e Agostinho Santos, mantida ao longo de dias, dos tempos, subindo ou percorrendo ora uma escada ora uma avenida no conhecimento do perfil e da obra de Nadir Afonso, para quem "a arte é a chama que lhe dá sentido à vida, é o ar que respira".Aqui se reúne a obra de Nadir Afonso, acompanhada de textos de Júlio Resende [O rigor a a clareza de uma aventura], Laura Esteves Afonso [A Arte para Nadir é a chama que lhe dá sentido à vida] e Maria José Magalhães [Entre a liberdade e a disciplina através do rigor criativo], entre outros. -
José Saramago Segundo Agostinho SantosNeste livro publicam-se as pinturas de Agostinho Santos produzidas a partir da obra de José Saramago. -
Monstro"(…) Os bichos, um a um, foram tombando. Tão acossados e tão necessitados de sobreviver, tombavam afinal ao fogo dos caçadores, que coleccionavam as pérolas como dinheiro caro, punham-nas em guarda-jóias, vendiam ou trocavam por casas melhores. Lentamente, os bichos rareavam mais e mais e os caçadores buscavam-nos nas miudezas da lonjura, nas miudezas da paisagem, caçando-os avidamente, alarves sempre de mais pérolas. Alarves e tornando-se mais impacientes, confusos. Era uma avidez aflita. (…)Valter Hugo MãeIn “Monstro”(…) Muito longe, no séc.V, Santo Agostinho organizou em 22 volumes a Cidade de Deus. Roma tinha sido invadida pelos Visigodos; os impérios e os deuses tremiam; a cidade terrena, violenta, desfazia-se na violência e no caos. Para sair desse pesadelo, haveria então outro povo, outros humanos que pela fé cristã e pela busca da paz, se reuniriam na Cidade de Deus, a cidade mística que perduraria eternamente depois do fim dos tempos. Agostinho Santos não é Santo Agostinho. A arte é um modo de dar a ver; não a representação do mundo mas, antes, a interrogação, um exercício de criação nunca consumado, mobilizando tudo o que é do ofício habitual do artista e, sobretudo, absolutamente tudo que possa ser relido, metamorfoseado, transformado para entrar no grande mundo das artes e das suas expressões, modos de fazer e distribuir para que outros vejam, sintam. (…)Álvaro DominguesIn “Monstro”" -
Frida Kahlo em Portugal“A Frida Kahlo é o patinho feio por excelência, a figura de puro desajuste que mais não fez do que ansiar pela beleza, criar beleza, enfeitar o possível em cima de sua auto-estima complexa e vontade de amor infinito. Somos todos Frida Kahlo, essa mulher que aprendeu a encontrar caminho na sua identidade única, porque todos nos sabemos esdrúxulos, bastante inexplicáveis, quase sempre incapazes de confissão. […] Não podia ser que mestre Agostinho voltasse do México sem amar Frida Kahlo. […] Estes cadernos aqui coligidos são apontamentos de paixão. Retratos de todos nós, enfeitados para a alegria, mesmo que cientes do perigo, do medo, da demora dos amores e da paz. Belíssimos cadernos sobre todos nós.” Valter Hugo Mãe, in Frida Kahlo em Portugal -
Frida Kahlo em Portugal“A Frida Kahlo é o patinho feio por excelência, a figura de puro desajuste que mais não fez do que ansiar pela beleza, criar beleza, enfeitar o possível em cima de sua auto-estima complexa e vontade de amor infinito. Somos todos Frida Kahlo, essa mulher que aprendeu a encontrar caminho na sua identidade única, porque todos nos sabemos esdrúxulos, bastante inexplicáveis, quase sempre incapazes de confissão. […] Não podia ser que mestre Agostinho voltasse do México sem amar Frida Kahlo. […] Estes cadernos aqui coligidos são apontamentos de paixão. Retratos de todos nós, enfeitados para a alegria, mesmo que cientes do perigo, do medo, da demora dos amores e da paz. Belíssimos cadernos sobre todos nós.” Valter Hugo Mãe, in Frida Kahlo em Portugal
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Tal como És- Versos e Reversos do RyokanAntologia poética do monge budista Ryokan, com tradução a partir do original japonês. -
TisanasReedição das Tisanas de Ana Hatherly, poemas em prosa que ocuparam grande parte da vida da poeta e artista. -
NocturamaOs poemas são a exasperação sonhada As palavras são animais esquivos, imprecisos e noturnos. É desse pressuposto que Nocturama lança mão para descobrir de que sombras se densifica a linguagem: poemas que se desdobram num acordeão impressionante, para nos trazerem de forma bastante escura e às vezes irónica a suprema dúvida do real. -
Primeiros Trabalhos - 1970-19791970-1979 é uma selecção feita pela autora, da sua escrita durante esse mesmo período. Uma parte deste livro são trabalhos nunca publicados, onde constam excertos do seu diário, performances e notas pessoais. A maioria dos textos foram publicados ao longo da década de setenta, em livros que há muito se encontram esgotados, mesmo na língua original.“Éramos tão inocentes e perigosos como crianças a correr por um campo de minas.Alguns não conseguiram. A alguns apareceram-lhes mais campos traiçoeiros. E algunsparece que se saíram bem e viveram para recordar e celebrar os outros.Uma artista enverga o seu trabalho em vez das feridas. Aqui está então um vislumbredas dores da minha geração. Frequentemente bruto, irreverente—mas concretizado,posso assegurar, com um coração destemido.”-Patti SmithPrefácio de Rafaela JacintoTradução de cobramor -
Horácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis). -
Um Inconcebível AcasoNo ano em que se celebra o centenário de Wisława Szymborska, e coincidindo com a data do 23º aniversário da atribuição do prémio Nobel à autora, as Edições do Saguão e a tradutora Teresa Fernandes Swiatkiewicz apresentam uma antologia dos seus poemas autobiográficos. Para esta edição foram escolhidos vinte e seis poemas, divididos em três partes. Entre «o nada virado do avesso» e «o ser virado do avesso», a existência e a inexistência, nesta selecção são apresentados os elementos do que constituiu o trajecto e a oficina poética de Szymborska. Neles sobressai a importância do acaso na vida, o impacto da experiência da segunda grande guerra, e a condição do ofício do poeta do pós-guerra, que já não é um demiurgo e, sim, um operário da palavra que a custo trilha caminho. Nos poemas de Wisława Szymborska esse trajecto encontra sempre um destino realizado de forma desarmante entre contrastes de humor e tristeza, de dúvida e do meter à prova, de inteligência e da ingenuidade de uma criança, configurados num território poético de achados entregues ao leitor como uma notícia, por vezes um postal ilustrado, que nos chega de um lugar que sabemos existir, mas que muito poucos visitam e, menos ainda, nos podem dele dar conta. -
AlfabetoALFABET [Alfabeto], publicado em 1981, é a obra mais conhecida e traduzida de Inger Christensen.Trata-se de um longo poema sobre a fragilidade da natureza perante as ameaças humanas da guerra e da devastação ecológica. De modo a salientar a perfeição e a simplicidade de tudo o que existe, a autora decidiu estruturar a sua obra de acordo com a sequência de números inteiros de Fibonacci, que está na base de muitas das formas do mundo natural (como a geometria da pinha, do olho do girassol ou do interior de certas conchas). Como tal, Alfabeto apresenta catorze secções, desde a letra A à letra N, sendo que o número de versos de cada uma é sempre a soma do número de versos das duas secções anteriores. Ao longo destes capítulos, cada vez mais extensos, Christensen vai assim nomeando todas as coisas que compõem o mundo.Este livro, verdadeiramente genesíaco, é a primeira tradução integral para português de uma obra sua. -
Fronteira-Mátria - [Ou Como Chegamos Até Aqui]Sou fronteiradois lados de lugar qualquerum pé em cada território.O ser fronteiriço énascer&serde todo-lugar/ lugar-nenhum.(…)Todas as coisas primeiras são impossíveis de definir. Fronteira-Mátria é um livro que traz um oceano ao meio. Neste projeto original que une TERRA e MAZE, há que mergulhar fundo para ler além da superfície uma pulsão imensa de talento e instinto.Toda a criação é um exercício de resistência. Aqui se rimam as narrativas individuais, com as suas linguagens, seus manifestos, suas tribos, mas disparando flechas para lá das fronteiras da geografia, do território, das classes e regressando, uma e outra vez, à ancestral humanidade de uma história que é coletiva — a nossa. Veja-se a beleza e a plasticidade da língua portuguesa, a provar como este diálogo transatlântico é também a celebração necessária do que, na diferença, nos une.Todas as coisas surpreendentes são de transitória definição. Há que ler as ondas nas entrelinhas. Talvez o mais audacioso deste livro seja o servir de testemunho para muito mais do que as quatro mãos que o escrevem. Ficamos nós, leitores, sem saber onde terminam eles e começamos nós.Todas as coisas maravilhosas são difíceis de definir. Este é um livro para ouvir, sem sabermos se é poesia, se é música, se é missiva no vento. Se é uma oração antiga, ainda que nascida ainda agora pela voz de dois enormes nomes da cultura hip-hop de Portugal e do Brasil. Mátria carregada de futuro, anterior à escrita e à canção.Minês Castanheira

