Lisboa 1898
Lisboa 1898 segue-se a O Romantismo em Portugal (1974, 3.ª ed. 1999) e a Os Anos 20 em Portugal (1992), três "estudos de factos socioculturais" de José-Augusto França, que cobrem períodos de um século, de um decénio e de um ano, num programa metodológico que foi reduzindo o campo operatório em longa, média e curta "durées". História sociológica aplicada a objectos de civilização, da poética às artes e aos costumes, no caso desta Lisboa 1898, cobrem-se factos nacionais importantes, como o centenário da viagem de Vasco da Gama, a crise de Moçambique com a envolvência de Mouzinho de Albuquerque, a "conversão" da dívida internacional, as crises do D. Maria e do São Carlos, e, fora das fronteiras de Lisboa, a guerra de Cuba e o caso Dreyfus, no seu reflexo numa imprensa portuguesa de cento e oitenta periódicos...
| Editora | Livros Horizonte |
|---|---|
| Coleção | Cidade de Lisboa |
| Categorias | |
| Editora | Livros Horizonte |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | José Augusto França |
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(In) Definições de CulturaForam reunidos neste livro trinta e oito textos do Professor José-Augusto França sobre cultura portuguesa, nomeadamente sobre artes e letras e, sobretudo, sobre teoria e prática de história cultural. Cinco deles, sobre a situação do "Portugal Moderno" neste momento da sua existência e da sua definição "possível e necessária", terminam o volume. Trata-se de conferências, comunicações e artigos, quase todos publicados em revistas portuguesas ou estrangeiras ou em actas de congressos e colóquios internacionais, e muitos deles, inéditos em Portugal, foram traduzidos para o efeito. Os mais antigos datam de 1951 e 1955 e seis foram publicados já nos anos 90; o seu conjunto cobre quase meio século de actividade de reflexão (e de intervenção) cultural do autor, com discussão, muitas vezes polémica, de problemas e conceitos. A par de numerosos estudos de história da arte e da cultura, e de monografias, esta é a sexta colectânea de textos do autor, editadas desde 1960. -
Mina e as CoincidênciasMina é uma personagem do primeiro longo capítulo de A Guerra e a Paz, romance precedente do mesmo autor: era holandesa e tinha então dezassete anos. Dez anos mais tarde, ela acompanha seu marido, o diplomata van Ghel, nomeado para Lisboa, e vai poder escrever uma tese sobre os célebres Painéis de Nuno Gonçalves. Aqui, durante um ano, Mina atravessa uma história algo policial e pícara, instalada num meio mundano muito Cascais - 2000. Mas, sobretudo, ela vive, de coincidência em coincidência, duas histórias intensas e bilingues de amor e desamor - com a lembrança do poeta André Franco, herói oculto de A Guerra e a Paz, a pairar-lhe na memória sentimental. Mina é "uma estrangeira que se admira e assusta, descrita em sentimentos, para o leitor poder simpatizar com ela" - como dizia Sthendal, a propósito de outra Mina, a sua -
Lisboa - História Física e MoralLisboa, História Física e Moralé um livro de enorme fôlego que traça o perfil vivo e o carácter de uma cidade contínua no tempo. A esperada obra do historiador e crítico de arte José-Augusto França unifica as visões fragmentárias sobre Lisboa a partir do comportamento, vaidades e devoções dos lisboetas, tecendo uma história humanizada, vibrante e coerente. São 850 páginas de informação rigorosa e fascinante, que nos levam do Paleolítico à Expo 98, unindo o urbanismo e a economia à política e à cultura. -
O Retrato na Arte PortuguesaA prática do retrato assume uma importância especial na história da Arte, em Portugal, marcada pelas criações de Nuno Gonçalves (Retábulo de São Vicente) e Sequeira, Columbano Bordalo Pinheiro e Soares do Reis ou Almada Negreiros. José-Augusto França esboçou o percurso estético e social do retrato na arte portuguesa, publicado agora em 2.ª edição, revista e aumentada. -
Memórias para Após 2000Neste segundo volume de Memórias, José-Augusto França trata dos anos após 2000, em que completou, em 2012, noventa anos. Lembra os colegas e amigos das Artes e das Letras, e conta os seus setenta anos de ofício. Fala do que viu ou fez, ou lhe fizeram, e de muita gente que cruzou, retirando-se em terras do Anjou ou no Jardim da Estrela, à beira dos patos e dos gansos do lago. Ateu de cultura católica, e continuando sempre a ser, sobretudo, republicano espanhol de 1936, José-Augusto França é um especialista mundialmente conhecido e o mais considerado Historiador e Crítico de Arte português. -
O Essencial sobre Charles ChaplinMítico, genial, ímpar, iluminado, arrebatador e essencial, assim é eternamente entendido Charles Chaplin. O Essencial sobre Charles Chaplin, da autoria de José-Augusto França, são 120 páginas de reduzido formato mas de elevado conteúdo, onde página após página se apresenta uma reflexão clara e contextualmente enquadrada da vida e obra deste génio da sétima arte. -
Lisboetas no Século XXJosé-Augusto França divide em três partes cronológicas – anos 1920, 40 e 60 – a sondagem feita a uma Lisboa de há poucas décadas. Num certo registo de divertimento a que nos habituou já em obras anteriores, o historiador, atento aos tempos e aos sítios, às pessoas e às imagens, descreve-nos as transformações de Lisboa – em urbanização e demografia –, o quotidiano da cidade nas pessoas dos seus habitantes, a (trans)formação de classes sociais (“smart” em 1920, “jet set” em 1970…) com o declínio discreto de uma aristocracia com hábitos de vida herdados, a pequena e a alta burguesias emergentes a contrabalançar com o levantar dos bairros sociais. O autor apoiou-se em personagens e referências literárias de alguns escritores que criaram “lisboetas apropriados” – Luís Francisco Rebelo, André Brun, José Cardoso Pires, Luís Sttau Monteiro, João Ameal e outros – e pontuou sempre a sua pesquisa com a ilustração indirecta das sondagens feitas, através de fotos de imprensa ou arquivos, bem como de desenhos de humor. Stuart Carvalhais, Bernardo Marques, Carlos Botelho, Jorge Barradas, Almada Negreiros e o mais recente João Abel Manta são apenas alguns dos nomes pela mão de quem vamos nesta viagem intemporal a uma Lisboa de outros tempos. -
História da Arte Ocidental 1750-2000Obra há muito esgotada e agora reeditada com actualização até 2000. Trata-se da única obra deste cariz na bibliografia portuguesa, onde há muito se fazia sentir a sua necessidade, no quadro do desenvolvimento dos estudos de História de Arte. -
Memórias Para o Ano 2000.. Dirigiu-se o autor, sobre o relvado, para as mesas e as cadeiras brancas, de ferro pintado, sob uma bela magnólia, de folhas perenes e luzidias… Assim pôde, mais ou menos, terminar este livro, com uma citação – porquê inesperada?…Começou ele nos Estaus do Infante D. Henrique e acaba assim, sob outros céus de diferente e frio azul. Pelo meio, foram ficando terras, diversas também, das práticas do autor, como sobretudo Lisboa e Paris, mas Angola também, e cem viagens, da Sicília à Noruega e a Leninegrado ainda, e do Brasil aos States e ao México de Chichen-Itza, e de Quioto a Goa; e muita gente nesses sítios encontrada, célebre ou muito menos, e monumentos e ruas, cafés e ateliers, exposições feitas e vistas, livros escritos e lidos, teatros e cinemas, universidades, congressos e academias. São casos, acontecimentos e factos produzidos, assistidos, vistos e comentados. Sem pena. Coisas e gentes na dança de roda que o António Pedro pintou em 1936 com máscaras de sabat, como se o fizesse para a capa deste livro… Trata-se de cinquenta ou mesmo setenta anos de memórias pouco usuais. Pois não é verdade que os Portugueses não têm memórias, têm saudades? A um desenho firme que os separe das coisas, preferem eles uma pintura vaga que a elas os colem… … Para o ano 2000 foram estas páginas prometidas e pontualmente escritas, em fim de milénio, de carreira e já quase de vida. (J.-A. F.) -
O Romantismo em PortugalOS ANOS DE INOCÊNCIA (antes de 1835)OS ANOS DE LOUCURA (1835-1850)OS ANOS DA RAZÃO (1850-1865)OS ANOS DA CONTESTAÇÃO (1865-1880)OS ANOS DA SOBREVIVÊNCIA (após 1880)
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?