Maria e Sophia - Confidências e Desabafos
Este é um livro/peça de teatro que procura levar memória de um tempo doloroso - o do fascismo - que uns não conheceram e outros sofreram na pele, de forma muito intensa e sofrida, por essa razão lhes é dedicado.
Nestes encontros, cujo início se dá em 1967 à porta da prisão de Caxias, onde vão visitar os respectivos maridos, e se prolongam noutros espaços e tempo, duas Mulheres, Maria Barroso e Sophia de Mello Breyner Andresen, sofridas mas nunca abatidas, partilham confidências e desabafos.
São cidadãs exemplares, ativas, participativas, solidárias e sempre fraternas para com os que, como elas, sofrem às mãos de um sistema repressivo e tenebroso. Um hino à cidadania e à resiliência, porque resistir é preciso, nada está garantido.
| Editora | Editorial Novembro |
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| Editora | Editorial Novembro |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Rosabela Afonso |
Nasceu e vive em Lisboa.
Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas, na Universidade Nova de Lisboa.
Casou cedo e tem dois filhos e quatro netos.
Ingressou na RTP em 1974, onde trabalhou 30 anos, em áreas tão diversas como o Centro de Formação e a Direção de Programas. Dirigiu a Revista Grande Plano, da Casa do Pessoal da RTP, foi Regente de Emissão, Gestora de distribuição da RTP internacional (RTPi), primeiro para a Europa, depois para a Ásia e África Austral e, por fim, para os EUA, fundou e chefiou a delegação da RTP África em Moçambique. Após o seu regresso chefiou os Departamentos de Meios Operacionais e de Distribuição da RTPi.
Tem a carteira profissional de jornalista nº 3946A.
Em 2005 assinou um protocolo com uma televisão da China (TVS), da qual foi representante em vários países, entre os quais Portugal, para a produção de documentários.
Em 2009 fundou, com uma amiga, a ACCIG – Associação Cultura, Conhecimento e Igualdade de Género, da qual foi presidente até ao final de 2014. No âmbito da mesma foram desenvolvidos Projetos designados “Mulheres na Sociedade: Empoderar para Participar”, nos distritos de Viseu e Guarda.
Participou nas edições “Poiesis Vol. XVII” e “Roteiro(s) da Alma”, com poesia e contos.
É autora da Coleção Infantojuvenil “As Mulheres e a República”, composta por seis volumes dedicados a seis mulheres que tenta homenagear desta forma, são elas: Carolina Beatriz Ângelo, Adelaide Cabete, Maria Veleda, Ana de Castro Osório, Angelina Vidal e Emília de Sousa Costa.
Também é da sua autoria a biografia, para crianças e jovens, de Maria de Lourdes Pintasilgo, “Maria de Lourdes, Curiosa e Brilhante” e “Os Tempos de Sophia” a biografia de Sophia de Mello Breyner Andresen. “O Visionário”, um conto infantojuvenil, trata uma realidade ficcionada. Tem como objetivo a inclusão através da literatura e da leitura; inclui um QRCode com acesso ao livro, para leitura nas plataformas digitais de leitura para invisuais, um processo editorial inédito em Portugal.
"Maria e Sophia, Confidências e Desabafos", é uma peça de teatro, cujas personagens principiais, duas mulheres, Maria Barroso e Sophia de Mello Breyner Andresen, protagonizam a homenagem da autora a todas e a todos que sofreram e pereceram nas masmorras da PIDE.
Foi Curadora da primeira edição da SAM – Semana Arte Mulher, em Portugal.
É autora do Projeto “Mangualde – Cidade das histórias”. Ana de Castro Osório, considerada a mãe da literatura infantil em Portugal, é a figura central deste Projeto.
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Maria e Sophia - Confidências e DesabafosEste é um livro/peça de teatro que procura levar memória de um tempo doloroso - o do fascismo - que uns não conheceram e outros sofreram na pele, de forma muito intensa e sofrida, por essa razão lhes é dedicado. Nestes encontros, cujo início se dá em 1967 à porta da prisão de Caxias, onde vão visitar os respectivos maridos, e se prolongam noutros espaços e tempo, duas Mulheres, Maria Barroso e Sophia de Mello Breyner Andresen, sofridas mas nunca abatidas, partilham confidências e desabafos. São cidadãs exemplares, ativas, participativas, solidárias e sempre fraternas para com os que, como elas, sofrem às mãos de um sistema repressivo e tenebroso. Um hino à cidadania e à resiliência, porque resistir é preciso, nada está garantido. -
Os Tempos de Sophia - Biografia de Sophia de Mello Breyner Andresen - 3.ª Edição(…) Dizia Sophia com alguma tristeza que o que lia era uma literatura “como que esvaziada”, exaurida do seu cerne, porque as histórias não lhe faziam sentido porque estas tinham forçosamente de revelar o real, contrariamente às tendências dos novos escritores do seu tempo que explicavam em demasia e estorvavam a narrativa. O escritor, segundo Sophia, não tinha de produzir teorias mas devia preferir prestar mais atenção às coisas visíveis, às pessoas concretas. Por isso todas as suas histórias começam na precisa memória dos lugares, dos rostos das gentes e nas coisas acontecidas. Penso, hoje que passaram muitos anos, que era o seu segredo para captar o essencial e descartar o supérfluo e que foi esse o grande legado que me deixou semeado no espírito, nos idos nos anos setenta do século passado. Recordo-a também como poeta, mas sobretudo como autora de livros para crianças e jovens, que apenas exerceu enquanto os seus próprios filhos foram crianças e jovens. (…) Luísa Mellid-Franco In prefácio “Os tempos de Sophia” -
O Homem que Atirou o Cão pela JanelaÉ na infância e na adolescência que a estrutura e o desenvol-vimento emocional do indivíduo se formam. É nessa fase da vida que construímos a nossa visão do mundo e das pessoas. A personalidade está em formação e toda a carga transporta-da, desde a mais tenra idade, é fundamental na construção do adulto de amanhã. Poderá um jovem carregado de experiências traumatizantes superar essas marcas e ser um adulto equilibrado e feliz? Em que estado se encontrará a sua saúde mental? Não há uma resposta única a esta questão. As variáveis são muitas e todas elas importam. Vamos encontrar neste livro uma das respostas possíveis. Joel é um caso de superação, de resiliência e combate. No entanto, há marcas tão profundas quanto perturbadoras, e a memória pode ser traidora... In contracapa “O Homem que atirou o cão pela janela” -
Mulheres - Trilogias e Outros ContosUma série de histórias de mulheres, divididas em quatro trilogias e seis contos independentes, cada uma destas vidas contadas é intemporal e pretende chamar a atenção para o olhar o outro, para a sororidade e/ou fraternidade. São histórias para todo o tipo de leitores e para todas as idades. Temas do quotidiano de todos os tempos... ou quase. Da criança abandonada com vida sofrida, às traições que trespassam muitas das relações que se julgam afetivas e onde o amor não mora, aos dramas familiares provocados pela insensatez, excessos e problemas mentais. De tudo o que nos cerca e não vemos, na voracidade dos dias e do tempo, há um pouco, até uma fada surge da guerra, tão dura e insana. A cada um de nós cabe o dever de apoiar e de se comprometer com a sociedade em geral, contribuindo para a felicidade alheia. Logo, a nossa por inerência. Mesmo que a felicidade se esqueça de alguns, é nosso dever promover esse encontro. Alertando para os diversos tipos de violência, tentando influenciar, mostrando como tudo seria melhor se o sol brilhasse todos os dias em todas as vidas, através de práticas mais humanistas e solidárias. Com amor, esta nossa caminhada tem mais sentido e o percurso em direção ao objetivo fica mais curto, sendo assim mais fácil de atingir o que deverá ser um objetivo de vida – a Felicidade. Como seria a humanidade sem leituras e sem reflexão? Sem amor aos outros e sem o querer viver em boa comunhão?Esse o implícito desafio. -
O Efeito ViagemQuando um grupo de jovens, de diferentes nacionalidades, decide viajar, num impulso provocado pelo entusiasmo de uma professora comum a todos os elementos do grupo, podemos preparar-nos para as surpresas e aventuras.Sim, importa e muito, dizer que há professores que fazem a diferença na vida dos alunos. É o caso!A professora Carma parece mágica e sabe envolver os alunos numa nuvem de encantamento estonteante e eles souberam absorver esse gosto pelo que a vida tem de fascinante para nos oferecer. E o empenho, que souberam colocar nos preparativos e na própria viagem, fê-los viver momentos inolvidáveis, de enlevo e felicidade.A vida é para ser vivida, com energia e fervor, não para ficar sentado a vê-la passar. Os dias exigem de nós comprometimento com o mundo e com a sociedade, esforço, energia e cidadania.A viagem que fizeram, esta a sua primeira de que aqui vos falo, abriu-lhes o apetite para tantas mais e, sobretudo, abriu as suas mentes para o mundo fora das paredes e das tecnologias.Sim, o mundo está lá fora. Vamos descobri-lo e descobrir-nos antes que os nossos neurónios petrifiquem e a nossa coluna não tenha conserto!Vamos à descoberta e à aventura, seja a pé, de bicicleta, de comboio ou de carro, porque descobrir é preciso.Viajar é a melhor forma de ganhar Conhecimento e desbloquear o cérebro para desenvolver a inteligência, a criatividade e melhorar a saúde física e mental.Viajar estimula a felicidade. Vamos ser felizes! -
O Chá da JoaninhaO convite para um chá e conversa, num dia frio e chuvoso, acabou por se tornar num caso muito sério de solidariedade. De descoberta em descoberta as fragilidades ficaram visíveis e as feridas, de cada uma, expostas na sua crueza e na dolorosa quotidiana dureza. Quando assim acontece percebemos quanto tempo é desperdiçado nas minudências, nas vaidades inúteis, nas incompreensões e o desgaste causado pelos sentimentos menores que não trazem nada de positivo. Foi esta a conclusão a que chegaram as protagonistas desta história. No final do Chá da Joaninha todas perceberam como unidas seriam muito mais fortes e, apelando à inteligência, como seria mais fácil descobrirem as aliadas fraternidade e solidariedade. Afinal estes eram os ingredientes em falta no início daquela tarde.
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Os CavaleirosOs Cavaleiros foram apresentados nas Leneias de 424 por um Aristófanes ainda jovem. A peça foi aceite com entusiasmo e galardoada com o primeiro lugar. A comédia surgiu no prolongamento de uma divergência entre o autor e o político mais popular da época, Cléon, em quem Aristófanes encarna o símbolo da classe indesejável dos demagogos. Denunciar a corrupção que se instaurou na política ateniense, os seus segredos e o seu êxito, eis o que preocupava, acima de tudo, o autor. Discursos, mentiras, falsas promessas, corrupção e condenáveis ambições são apenas algumas das 'virtudes' denunciadas, numa peça vibrante de ritmo que cativou o público ateniense da época e que cativa o público do nosso tempo, talvez porque afinal não tenha havido grandes mudanças na vida da sociedade humana. -
NovidadeAtriz e Ator Artistas - Vol. I - Representação e Consciência da ExpressãoNas origens do Teatro está a capacidade de inventar personagens materiais e imateriais, de arquitetar narrativas que lancem às personagens o desafio de se confrontarem com situações e dificuldades que terão de ultrapassar. As religiões roubaram ao Teatro as personagens imateriais. Reforçaram os arquétipos em que tinham de se basear para conseguirem inventariar normas de conduta partilháveis que apaziguassem as ansiedades das pessoas perante o mundo desconhecido e o medo da morte.O Teatro ficou com as personagens materiais, representantes não dos deuses na terra, mas de seres humanos pulsionais, contraditórios, vulneráveis, que, apesar de perdidos nos seus percursos existenciais, procuram dar sentido às suas escolhas.Aos artesãos pensadores do Teatro cabe o desígnio de ir compreendendo a sua função ao longo dos tempos, inventando as ferramentas, esclarecendo as noções que permitam executar a especificidade da sua Arte. Não se podem demitir da responsabilidade de serem capazes de transmitir as ideias, as experiências adquiridas, às gerações vindouras, dando continuidade à ancestralidade de uma profissão que perdura. -
As Mulheres que Celebram as TesmofóriasEsta comédia foi apresentada por Aristófanes em 411 a. C., no festival das Grandes Dionísias, em Atenas. É, antes de mais, de Eurípides e da sua tragédia que se trata em As Mulheres que celebram as Tesmofórias. Aristófanes, ao construir uma comédia em tudo semelhante ao estilo de Eurípides, procura caricaturá-lo. Aristófanes dedica, pela primeira vez, toda uma peça ao tema da crítica literária. Dois aspectos sobressaem na presente caricatura: o gosto obsessivo de Eurípides pela criação de personagens femininas, e a produção de intrigas complexas, guiadas por percalços imprevisíveis da sorte. A somar-se ao tema literário, um outro se perfila como igualmente relevante, e responsável por uma diversidade de tons cómicos que poderão constituir um dos argumentos em favor do muito provável sucesso desta produção. Trata-se do confronto de sexos e da própria ambiguidade nesta matéria. -
A Comédia da MarmitaO pobre Euclião encontra uma marmita cheia de ouro, esconde-a e aferra-se a ela; passa a desconfiar de tudo e de todos. Entretanto, não se apercebe que Fedra, a sua filha, está grávida de Licónides. Megadoro, vizinho rico, apaixonado, pede a mão de Fedra em casamento, e prontifica-se a pagar a boda, já que a moça não tem dote. Euclião aceita e prepara-se o casamento. Ora acontece que Megadouro é tio de Licónides. É assim que começa esta popular peça de Plauto, cheia de peripécias e de mal-entendidos, onde se destaca a personagem de Euclião com a sua desconfiança, e que prende o leitor até ao fim. «O dinheiro não dá felicidade mas uma marmita de ouro, ao canto da lareira, ajuda muito à festa» - poderá ser a espécie de moralidade desta comédia a Aulularia cujo modelo influenciou escritores famosos (Shakespeare e Molière, por exemplo) e que, a seguir ao Anfitrião, se situa entre as peças mais divulgadas de Plauto. -
O Teatro e o Seu Duplo«O Teatro e o Seu Duplo, publicado em 1938 e reunindo textos escritos entre 1931 e 1936, é um ataque indignado em relação ao teatro. Paisagem de combate, como a obra toda, e reafirmação, na esteira de Novalis, de que o homem existe poeticamente na terra.Uma noção angular é aí desenvolvida: a noção de atletismo afectivo.Quer dizer: a extensão da noção de atletismo físico e muscular à força e ao poder da alma. Poderá falar-se doravante de uma ginástica moral, de uma musculatura do inconsciente, repousando sobre o conhecimento das respirações e uma estrita aplicação dos princípios da acupunctura chinesa ao teatro.»Vasco Santos, Posfácio -
Menina JúliaJúlia é uma jovem aristocrata que, por detrás de uma inocência aparente esconde um lado provocador. Numa noite de S. João, Júlia seduz e é seduzida por João, criado do senhor Conde e noivo de Cristina, a cozinheira da casa. Desejo, conflitos de poder, o choque violento das classes sociais e dos sexos que povoam aquela que será uma noite trágica. -
Os HeraclidasHéracles é o nome do deus grego que passou para a mitologia romana com o nome de Hércules; e Heraclidas é o nome que designa todos os seus descendentes.Este drama relata uma parte da história dos Heraclidas, que é também um episódio da Mitologia Clássica: com a morte de Héracles, perseguido pelo ódio de Euristeu, os Heraclidas refugiam-se junto de Teseu, rei de Atenas, o que representa para eles uma ajuda eficaz. Teseu aceita entrar em guerra contra Euristeu, que perece na guerra, junto com os seus filhos. -
A Comédia dos BurrosA “Asinaria” é, no conjunto, uma comédia de enganos equilibrada e com cenas particularmente divertidas, bem ao estilo de Plauto. A intriga - na qual encontramos alguns dos tipos e situações características do teatro plautino (o jovem apaixonado desprovido de dinheiro; o pai rival do filho nos seus amores; a esposa colérica odiada pelo marido; a cínica, esperta e calculadora alcoviteira; e os escravos astutos, hábeis e mentirosos) - desenrola-se em dois tons - emoção e farsa - que, ao combinarem-se, comandam a intriga através de uma paródia crescente até ao triunfo decisivo do tom cómico.