Militantes e Ativismo nos Partidos Políticos - Portugal em Perspetiva Comparada
O espaço de relação dos partidos com a sociedade passa, necessariamente, pela filiação partidária como objeto e sujeito da política, da organização civil e do regime político, democrático ou não. Apesar da sua importância vital para o funcionamento dos sistemas políticos, a filiação partidária constitui-se um dos elos frágeis e, tendencialmente em declínio, da vida política. Esta obra partiu do objetivo genérico de identificar e avaliar a natureza da atividade de filiação partidária, à luz de um conjunto de dimensões, como sejam: a evolução da atividade partidária, em Portugal, numa perspetiva comparada; os moldes de relação dos filiados com os partidos, incluindo o seu posicionamento ideológico; a socialização partidária, tendo em conta as perspetivas de vínculo e continuidade da atividade através dos seus agentes principais, os filiados, e dos partidos como instituição e estrutura política, de entre várias linhas de análise aprofundadas. A obra resulta da aplicação de estudo internacional que envolve vários países, no âmbito do projeto MAPP (Members and Activists of Political Parties), coordenado por Emilie van Haute, da Universidade Livre de Bruxelas. Apoiando-se em dados recolhidos através de inquéritos aos filiados dos partidos políticos, esta obra apresenta o primeiro estudo sistemático sobre ativismo e militância partidária em Portugal.
| Editora | Ics - Imprensa de Ciências Sociais |
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| Editora | Ics - Imprensa de Ciências Sociais |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Paula do Espírito Santo, Marco Lisi |
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Os Partidos Políticos em Portugal - Continuidade e TransformaçãoESTE LIVRO ABORDA o problema da transformação dos partidos, analisando a evolução dos partidos portugueses ao longo do regime democrático. Este é um tema multi-facetado, poliédrico e complexo, que oferece um quadro completo do papel desempenhado pelos partidos nas democracias contemporâneas. Partindo das principais abordagens teóricas para o estudos dos partidos, este livro considera algumas das dimensões-chave do debate: as orientações programáticas, a base militante e eleitoral, a organização, as campanhas eleitorais e a selecção dos líderes partidários. Através da recolha de uma ampla variedade de dados e do enquadramento do caso português numa perspectiva comparada, este livro permite compreender as mudanças dos partidos em Portugal e o seu desempenho para a qualidade da democracia. -
Introdução à Metodologia das Ciências SociaisIntrodução à Metodologia das Ciências Sociais – Génese, Fundamentos e Problemas apresenta um conjunto de conceitos, ferramentas e técnicas de base da metodologia das ciências sociais. Debruça-se sobre a génese, fundamentos e problemas das técnicas e conceitos em análise de modo a projetar-lhes um sentido analítico e utilitário. Depois de expostos os primeiros percursos, aplicações e desenvolvimentos do método científico são introduzidos os métodos qualitativos, a política comparada, a análise de conteúdo e os inquéritos e sondagens de opinião como grandes temáticas técnicas e conceptuais da metodologia das ciências sociais. -
Eleições - Campanhas Eleitorais e Decisão de Voto em PortugalQuais são os fatores que orientam as escolhas de voto dos portugueses? Como se diferencia o voto nos principais partidos em Portugal? Qual foi a evolução do comportamento eleitoral ao longo das últimas décadas (em particular dos eleitores indecisos e voláteis, dois segmentos do eleitorado particularmente decisivos para determinar os resultados eleitorais)? De que forma o comportamento eleitoral em Portugal se diferencia das outras democracias? Estas são algumas das perguntas que encontram respostas neste livro. O autor utiliza um quadro concetual e teórico para analisar a decisão de voto dos portugueses, examinando não apenas o impacto da ideologia e dos valores, mas também os efeitos das campanhas eleitorais. A análise das eleições permite que o leitor compreenda melhor os mecanismos de representação política, o desempenho dos partidos e o contributo das eleições para a qualidade da democracia em Portugal. -
Partidos em Tempos de Crise - Transformações dos sistemas partidários em Portugal e na Europa no século XXIOs partidos políticos são atores centrais no funcionamento das democracias representativas, desempenhando um papel fundamental sobretudo para a estruturação da competição eleitoral e a formação de governos. Nas últimas décadas, a política partidária na Europa parece ter entrado numa espiral de mudanças rápidas e profundas, levando a uma maior imprevisibilidade e instabilidade. Em muitos países os partidos tradicionais perderam consensos, ao passo que novas forças políticas surgiram, alterando muitas vezes as dinâmicas de competição e os alinhamentos entre partidos e eleitores. Paralelamente à crescente deslegitimação dos partidos, houve também uma maior radicalização e um «esvaziamento» do centro político. A Grande Recessão, que afetou a economia global a partir de 2008, parece ter sido o principal fator responsável pelas grandes mudanças ocorridas nas últimas décadas. No entanto, não é claro até que ponto as transformações dos sistemas partidários tiveram origem na crise económica ou se, pelo contrário, são a consequência de processos mais lentos e graduais que se manifestaram antes da crise económica. Este livro aborda estes aspetos, identificando a intensidade e a direção de mudança da política partidária na Europa, ilustrando em pormenor as diferenças entre as democracias avançadas do Ocidente e as novas democracias do Leste. O leitor poderá também encontrar uma análise exaustiva do caso português, ilustrando não apenas a evolução longitudinal (com particular destaque para as mudanças recentes do panorama partidário), como também as especificidades do país em relação às dinâmicas europeias.
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NovidadeA Esquerda não é WokeSe somos de esquerda, somos woke. Se somos woke, somos de esquerda.Não, não é assim. E este erro é extremamente perigoso.Na sua génese e nas suas pedras basilares, o wokismo entra em conflito com as ideias que guiam a esquerda há mais de duzentos anos: um compromisso com o universalismo, uma distinção objetiva entre justiça e poder, e a crença na possibilidade de progresso. Sem estas ideias, afirma a filósofa Susan Neiman, os wokistas continuarão a minar o caminho até aos seus objetivos e derivarão, sem intenção mas inexoravelmente, rumo à direita. Em suma: o wokismo arrisca tornar-se aquilo que despreza.Neste livro, a autora, um dos nomes mais importantes da filosofia, demonstra que a sua tese tem origem na influência negativa de dois titãs do pensamento do século XXI, Michel Foucault e Carl Schmitt, cuja obra menosprezava as ideias de justiça e progresso e retratava a vida em sociedade como uma constante e eterna luta de «nós contra eles». Agora, há uma geração que foi educada com essa noção, que cresceu rodeada por uma cultura bem mais vasta, modelada pelas ideias implacáveis do neoliberalismo e da psicologia evolutiva, e quer mudar o mundo. Bem, talvez seja tempo de esta geração parar para pensar outra vez. -
NovidadeNão foi por Falta de Aviso | Ainda o Apanhamos!DOIS LIVROS DE RUI TAVARES NUM SÓ: De um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo Do outro, aquelas que nos apontam o caminho para um Portugal melhor Não foi por Falta de Aviso. Na última década e meia, enquanto o mundo lutava com as sequelas de uma crise financeira e enfrentava uma pandemia, crescia uma ameaça maior à nossa forma democrática de vida. O regresso do autoritarismo estava à vista de todos. Mas poucos o quiseram ver, e menos ainda nomear desde tão cedo. Não Foi por Falta de Aviso é um desses raros relatos. Porque o resto da história ainda pode ser diferente. Ainda o Apanhamos! Nos 50 anos do 25 Abril, que inaugurou o nosso regime mais livre e generoso, é tempo de revisitar uma tensão fundamental ao ser português: a tensão entre pequenez e grandeza, entre velho e novo. Esta ideia de que estamos quase sempre a chegar lá, ou prontos a desistir a meio do caminho. Para desatar o nó, não basta o «dizer umas coisas» dos populistas e não chegam as folhas de cálculo dos tecnocratas. É preciso descrever a visão de um Portugal melhor e partilhar um caminho para lá chegar. SINOPSE CURTA Um livro de Rui Tavares que se divide em dois: de um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo; do outro, as crónicas que apontam o caminho para um Portugal melhor. -
NovidadeO Fim da Paz PerpétuaO mundo é um lugar cada vez mais perigoso e precisamos de entender porquêCom o segundo aniversário da invasão da Ucrânia, que se assinala a 24 de Fevereiro, e uma outra tragédia bélica em curso no Médio Oriente, nunca neste século o mundo esteve numa situação tão perigosa. A predisposição bélica e as tensões político-militares regressaram em força. A ideia de um futuro pacífico e de cooperação entre Estados, sonhada por Kant, está a desmoronar-se.Este livro reflecte sobre o recrudescimento de rivalidades e conflitos a nível internacional e sobre as grandes incógnitas geopolíticas com que estamos confrontados. Uma das maiores ironias dos tempos conturbados que atravessamos é de índole geográfica. Immanuel Kant viveu em Königsberg, capital da Prússia Oriental, onde escreveu o panfleto Para a Paz Perpétua. Königsberg é hoje Kaliningrado, território russo situado entre a Polónia e a Lituânia, bem perto da guerra em curso no leste europeu. Aí, Putin descerrou em 2005 uma placa em honra de Kant, afirmando a sua admiração pelo filósofo que, segundo ele, «se opôs categoricamente à resolução de divergências entre governos pela guerra».O presidente russo está hoje bem menos kantiano - e o mundo também. -
Manual de Filosofia PolíticaEste Manual de Filosofia Política aborda, em capítulos autónomos, muitas das grandes questões políticas do nosso tempo, como a pobreza global, as migrações internacionais, a crise da democracia, a crise ambiental e a política de ambiente, a nossa relação com os animais não humanos, a construção europeia, a multiculturalidade e o multiculturalismo, a guerra e o terrorismo. Mas fá-lo de uma forma empiricamente informada e, sobretudo, filosoficamente alicerçada, começando por explicar cada um dos grandes paradigmas teóricos a partir dos quais estas questões podem ser perspectivadas, como o utilitarismo, o igualitarismo liberal, o libertarismo, o comunitarismo, o republicanismo, a democracia deliberativa, o marxismo e o realismo político. Por isso, esta é uma obra fundamental para professores, investigadores e estudantes, mas também para todos os que se interessam por reflectir sobre as sociedades em que vivemos e as políticas que queremos favorecer. -
NovidadeO Labirinto dos PerdidosMaalouf regressa com um ensaio geopolítico bastante aguardado. O autor, que tem sido um guia para quem procura compreender os desafios significativos do mundo moderno, oferece, nesta obra substantiva e profunda, os resultados de anos de pesquisa. Uma reflexão salutar em tempos de turbulência global, de um dos nossos maiores pensadores. De leitura obrigatória.Uma guerra devastadora eclodiu no coração da Europa, reavivando dolorosos traumas históricos. Desenrola-se um confronto global, colocando o Ocidente contra a China e a Rússia. É claro para todos que está em curso uma grande transformação, visível já no nosso modo de vida, e que desafia os alicerces da civilização. Embora todos reconheçam a realidade, ainda ninguém examinou a crise atual com a profundidade que ela merece.Como aconteceu? Neste livro, Amin Maalouf aborda as origens deste novo conflito entre o Ocidente e os seus adversários, traçando a história de quatro nações preeminentes. -
Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXIO que são, afinal, a esquerda e a direita políticas? Trata-se de conceitos estanques, flutuantes, ou relativos? Quando foi que começámos a usar estes termos para designar enquadramentos políticos? Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXI é um ensaio historiográfico, político e filosófico no qual Rui Tavares responde a estas questões e explica por que razão a terminologia «esquerda / direita» não só continua a ser relevante, como poderá fazer hoje mais sentido do que nunca. -
NovidadeTextos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
NovidadeIntrodução ao ConservadorismoUMA VIAGEM À DOUTRINA POLÍTICA CONSERVADORA – SUA ESSÊNCIA, EVOLUÇÃO E ACTUALIDADE «Existiu sempre, e continua a existir, uma carência de elaboração e destilação de princípios conservadores por entre a miríade de visões e experiências conservadoras. Isso não seria particularmente danoso por si mesmo se o conservadorismo não se tivesse tornado uma alternativa a outras ideologias políticas, com as quais muitas pessoas, alguns milhões de pessoas por todo o mundo, se identificam e estão dispostas a dar o seu apoio cívico explícito. Assim sendo, dizer o que essa alternativa significa em termos políticos passa a ser uma tarefa da maior importância.» «O QUE É O CONSERVADORISMO?Uma pergunta tão directa devia ter uma resposta igualmente directa. Existe essa resposta? Perguntar o que é o conservadorismo parece supor que o conservadorismo tem uma essência, parece supor que é uma essência, e, por conseguinte, que é subsumível numa definição bem delimitada, a que podemos acrescentar algumas propriedades acidentais ou contingentes.»