O Arquitecto
«Se o World Trade Centre viesse a sofrer o destino do complexo Pruitt-Igoe, em Saint Louis, e fosse condenado à morte pela dinamite, muitos de nós estariam aqui para aplaudir.»
Ainda durante a construção das Torres Gémeas de Manhattan, inauguradas em 1973, o jornal «New York Times» publicava estas palavras de violenta crítica ao trabalho de Minoru Yamasaki e à sua geração de arquitectos e urbanistas.
«O Arquitecto» conta-nos a história de um homem e de duas das suas obras: uma minicidade ideal que acabou implodida. O World Trade Center foi o auge de uma carreira: os dois prédios mais altos do mundo na cidade capital do planeta. Minoru Yamasaki foi o autor de ambos.
Hoje é um desconhecido.
Os seus admiradores chamaram-lhe o arquitecto do futuro. Os seus detractores consideravam-no o derradeiro símbolo da megalomania. Nem uns nem outros seriam capazes de prever o futuro. Tão-pouco Minoru Yamasaki, um artista amaldiçoado pela história, mais célebre pelas obras que lhe destruíram do que pelas que construiu. Peça de teatro em dois actos, «O Arquitecto» parte de personagens e acontecimentos reais, transformando-os numa obra de ficção original e inesperada sobre o fracasso, o sucesso e as consequências involuntárias da acção humana.
| Editora | Tinta da China |
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| Editora | Tinta da China |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Rui Tavares |
Rui Tavares (Lisboa, 1972) é licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa, com mestrado pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e doutoramento pela École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris. Autor de vários livros, entre os quais o Pequeno Livro do Grande Terramoto —prémio RTP/Público de melhor ensaio de 2005 e com dezenas de reimpressões até hoje — e O Censor Iluminado — premiado pela Academia da História Portuguesa como melhor livro de história de Portugal em 2019. Actualmente professor associado convidado na Universidade Nova de Lisboa, foi investigador visitante na Universidade de Nova Iorque (2016) e no Instituto Universitário Europeu de Florença (2018), bem como professor visitante na Brown University (2018) e na Universidade de Massachusetts (2020). É o autor do programa televisivo de divulgação histórica Memória Fotográfica (RTP, 2018) e do podcast de história Agora, agora e mais agora (Público, 2020).
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O Pequeno Livro do Grande Terramoto«Um livro excelente e uma referência obrigatória.» (António Mega Ferreira, em 'Visão'). «O melhor guia para este acontecimento.» (João Paulo Cotrim, em 'Expresso'). Escolhido como Melhor Ensaio 2005, tornou-se uma referência obrigatória para quem se interessa pela História do Grande Terramoto de 1755. -
A Ironia do Projeto EuropeuFace às exigências da economia global, a União Europeia tem de manter-se coesa. Se um dos seus membros cair borda fora, arrastará consigo todos os demais. Será através do bom funcionamento da UE que os seus vários países poderão manter os padrões de protecção à saúde, de bem-estar social, de educação, de cultura democrática, fazendo sempre frente conjunta a ventos e tempestades. história da formação da UE e os seus princípios fundadores diagnóstico das dificuldades institucionais, políticas e económicas propostas concretas para conseguir a coesão da UE e assim abrir caminho a um futuro mais auspicioso. -
Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXIO que são, afinal, a esquerda e a direita políticas? Trata-se de conceitos estanques, flutuantes, ou relativos? Quando foi que começámos a usar estes termos para designar enquadramentos políticos? Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXI é um ensaio historiográfico, político e filosófico no qual Rui Tavares responde a estas questões e explica por que razão a terminologia «esquerda / direita» não só continua a ser relevante, como poderá fazer hoje mais sentido do que nunca. -
O Censor Iluminado - Ensaio Sobre o Século XVIII e a Revolução Cultural do PombalismoComo trabalhavam os censores portugueses? Que conclusões retiravam da leitura dos seus contemporâneos? Porque se viam como guardiões das «Luzes» e da «dignidade da luz pública»? E que impacto tiveram na preparação da chegada da modernidade? Estas são algumas das perguntas a que Rui Tavares procura responder no muito aguardado ensaio O Censor Iluminado. Mergulhando no pombalismo, o historiador analisa mais de 1500 relatórios de censura guardados na Torre do Tombo, bem como os livros que lhes deram origem. Há 250 anos, o Marquês de Pombal iniciou a revolução cultural que projectara para o reino de Portugal com a fundação de uma especialíssima instituição de censura: a Real Mesa Censória.Por decreto de Dom José I, foram nomeados intelectuais, autores e letrados para ler, interpretar e censurar todos os livros que fossem publicados, incluindo peças de teatro, dissertações académicas, e até os cartazes impressos e os cardápios dos restaurantes. Este livro segue a trajectória de vida e os interesses desses censores, interpreta as suas ideias dentro do grande movimento iluminista, e estabelece comparações entre «as ideias sobre as ideias» do presente e do passado em várias épocas distintas, conferindo um contexto de época mas também uma visão intemporal ao acto de censurar. -
A Short Book on the Great Earthquake. Lisbon, 1755Nova edição, em inglês,do mais marcante livro sobre oterramoto de 1755 em Lisboa.Rui Tavares, um dos mais conceituados historiadores contemporâneos portugueses, escreveu há 14 anos O Pequeno Livro do Grande Terramoto, um long‑seller que já atingiu as dez reimpressões. Agora, pela primeira vez, o emblemático livro vai estar disponível em inglês, para chegar a um maior número de curiosos sobre a história de Lisboa. Em O Pequeno Livro do Grande Terramoto, a escrita viva e cinematográfica de Rui Tavares acompanha‑nos por uma travessia inusitada, a que é difícil resistir. E se o Terramoto não tivesse acontecido? Que relatos nos deixaram os sobreviventes? Qual o impacto do Terramoto sobre o panorama cultural da época? E que sentimentos nos provoca hoje? As respostas vão surgindo, inesperadas, alternativas fundamentadamente arrojadas. -
O RegicídioA 1 de Fevereiro de 2008 assinala-se o centenário do assassínio do rei D. Carlos I e do príncipe herdeiro, D. Luís Filipe. Dois proeminentes historiadores da nova geração - Maria Alice Samara e Rui Tavares - registam os factos da efeméride e interpretam as suas circunstâncias e consequências. No primeiro ensaio, «Memória do Atentado», de Maria Alice Samara, constrói-se o roteiro do evento que viria a alterar de forma indelével a história de Portugal, descrevendo-se o palco, as personagens e os acontecimentos, recorrendo ao testemunho dos principais escritores, políticos e jornais da época: «Certo é que até aos dias de hoje, cem anos depois, há ainda peguntas por responder. É, sem dúvida, importante procurar conhecer a verdade sobre os factos, ou, pelo menos, encontrar uma linha coerente de explicação dos mesmos. Mas, para além disso, é fundamental analisar as diferentes vozes que tomaram posições em relação a este acontecimento central, para uns, traumático, para outros, quase libertador.» Em «O Atentado Iconográfico», Rui Tavares seleccionou uma vasta colecção de imagens - fotografias e gravuras - publicadas na «Ilustração Portuguesa», usando-as como mote para um texto que explora o modo como o regicídio português foi recebido e tratado nesta importante revista, até à deflagração da Primeira Guerra Mundial, em 1914. Trata-se de um guia das representações iconográficas do atentado que revela a forma como os acontecimentos foram recebidos e comunicados em Portugal e por todo o resto do mundo, e que nos dá a conhecer os modos de fazer reportagem jornalística no começo do século XX. O traço dominante: a sagacidade e subtileza de humor, mesmo nos assuntos mais inesperados: «De repente, a Europa descobria que as suas cabeças coroadas podiam ser assassinadas em plena luz do dia e que os acontecimentos andavam mais depressa do que era possível apanhá-los. Talvez fosse a isto que chamavam tempos modernos.» -
O Fiasco do MilénioAtravés do virtuosismo literário e de uma cultura transversal, Rui Tavares acompanha a actualidade e cruza áreas tão distintas como a tecnologia, a ciência, a história e as artes. O Fiasco do Milénio reúne as crónicas que foram originalmente publicadas na revista Blitz entre Julho de 2006 e Abril de 2009. -
Pobre e Mal AgradecidoPobre e Mal Agradecido reúne um conjunto de textos de opinião e de crítica nos quais Rui Tavares, em estilo fluente que não queremos largar, abrange temas tão variados como a religião, a política, a arte e a literatura, o ensino, os vícios de pensamento. O seu registo oscila entre a seriedade dos temas e o humor e sarcasmo inerentes a polémicas como a dos crucifixos nas escolas ou a eleição de Cavaco Silva. -
Agora, Agora e mais Agora - Colecção - 7 VolumesMIL ANOS DEPOIS, AS MESMAS PERGUNTAS O popular podcast que Rui Tavares conduziu durante a pandemia já tem uma versão em livro. Seis memórias do último milénio, mais um epílogo: esta é a caixa com a colecção completa de Agora, Agora e mais Agora O agora, agora e mais agora de vários passados sucessivos talvez ajude a iluminar melhor o presente (e o futuro?) do que saturarmo‑nos de tudo aquilo que nos acontece hoje. Esta colecção de livros, que foi também um podcast, recupera seis memórias do último milénio — uma história alternativa da modernidade, e dos conceitos que confluíram na noção de dignidade e direitos humanos, através dos agoras dos nossos antepassados. Lista de volumes: 1. Prospeto & Memória Primeira: Do fanatismo 2. Memória Segunda: Da polarização 3. Memória Terceira: Da globalização 4. Memória Quarta: Da emancipação 5. Memória Quinta: Do ódio 6. Memória Sexta: A pergunta 7. Epílogo: Figos e filosofia -
Não foi por Falta de Aviso | Ainda o Apanhamos!DOIS LIVROS DE RUI TAVARES NUM SÓ: De um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo Do outro, aquelas que nos apontam o caminho para um Portugal melhor Não foi por Falta de Aviso. Na última década e meia, enquanto o mundo lutava com as sequelas de uma crise financeira e enfrentava uma pandemia, crescia uma ameaça maior à nossa forma democrática de vida. O regresso do autoritarismo estava à vista de todos. Mas poucos o quiseram ver, e menos ainda nomear desde tão cedo. Não Foi por Falta de Aviso é um desses raros relatos. Porque o resto da história ainda pode ser diferente. Ainda o Apanhamos! Nos 50 anos do 25 Abril, que inaugurou o nosso regime mais livre e generoso, é tempo de revisitar uma tensão fundamental ao ser português: a tensão entre pequenez e grandeza, entre velho e novo. Esta ideia de que estamos quase sempre a chegar lá, ou prontos a desistir a meio do caminho. Para desatar o nó, não basta o «dizer umas coisas» dos populistas e não chegam as folhas de cálculo dos tecnocratas. É preciso descrever a visão de um Portugal melhor e partilhar um caminho para lá chegar. SINOPSE CURTA Um livro de Rui Tavares que se divide em dois: de um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo; do outro, as crónicas que apontam o caminho para um Portugal melhor.
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Os CavaleirosOs Cavaleiros foram apresentados nas Leneias de 424 por um Aristófanes ainda jovem. A peça foi aceite com entusiasmo e galardoada com o primeiro lugar. A comédia surgiu no prolongamento de uma divergência entre o autor e o político mais popular da época, Cléon, em quem Aristófanes encarna o símbolo da classe indesejável dos demagogos. Denunciar a corrupção que se instaurou na política ateniense, os seus segredos e o seu êxito, eis o que preocupava, acima de tudo, o autor. Discursos, mentiras, falsas promessas, corrupção e condenáveis ambições são apenas algumas das 'virtudes' denunciadas, numa peça vibrante de ritmo que cativou o público ateniense da época e que cativa o público do nosso tempo, talvez porque afinal não tenha havido grandes mudanças na vida da sociedade humana. -
Atriz e Ator Artistas - Vol. I - Representação e Consciência da ExpressãoNas origens do Teatro está a capacidade de inventar personagens materiais e imateriais, de arquitetar narrativas que lancem às personagens o desafio de se confrontarem com situações e dificuldades que terão de ultrapassar. As religiões roubaram ao Teatro as personagens imateriais. Reforçaram os arquétipos em que tinham de se basear para conseguirem inventariar normas de conduta partilháveis que apaziguassem as ansiedades das pessoas perante o mundo desconhecido e o medo da morte.O Teatro ficou com as personagens materiais, representantes não dos deuses na terra, mas de seres humanos pulsionais, contraditórios, vulneráveis, que, apesar de perdidos nos seus percursos existenciais, procuram dar sentido às suas escolhas.Aos artesãos pensadores do Teatro cabe o desígnio de ir compreendendo a sua função ao longo dos tempos, inventando as ferramentas, esclarecendo as noções que permitam executar a especificidade da sua Arte. Não se podem demitir da responsabilidade de serem capazes de transmitir as ideias, as experiências adquiridas, às gerações vindouras, dando continuidade à ancestralidade de uma profissão que perdura. -
As Mulheres que Celebram as TesmofóriasEsta comédia foi apresentada por Aristófanes em 411 a. C., no festival das Grandes Dionísias, em Atenas. É, antes de mais, de Eurípides e da sua tragédia que se trata em As Mulheres que celebram as Tesmofórias. Aristófanes, ao construir uma comédia em tudo semelhante ao estilo de Eurípides, procura caricaturá-lo. Aristófanes dedica, pela primeira vez, toda uma peça ao tema da crítica literária. Dois aspectos sobressaem na presente caricatura: o gosto obsessivo de Eurípides pela criação de personagens femininas, e a produção de intrigas complexas, guiadas por percalços imprevisíveis da sorte. A somar-se ao tema literário, um outro se perfila como igualmente relevante, e responsável por uma diversidade de tons cómicos que poderão constituir um dos argumentos em favor do muito provável sucesso desta produção. Trata-se do confronto de sexos e da própria ambiguidade nesta matéria. -
A Comédia da MarmitaO pobre Euclião encontra uma marmita cheia de ouro, esconde-a e aferra-se a ela; passa a desconfiar de tudo e de todos. Entretanto, não se apercebe que Fedra, a sua filha, está grávida de Licónides. Megadoro, vizinho rico, apaixonado, pede a mão de Fedra em casamento, e prontifica-se a pagar a boda, já que a moça não tem dote. Euclião aceita e prepara-se o casamento. Ora acontece que Megadouro é tio de Licónides. É assim que começa esta popular peça de Plauto, cheia de peripécias e de mal-entendidos, onde se destaca a personagem de Euclião com a sua desconfiança, e que prende o leitor até ao fim. «O dinheiro não dá felicidade mas uma marmita de ouro, ao canto da lareira, ajuda muito à festa» - poderá ser a espécie de moralidade desta comédia a Aulularia cujo modelo influenciou escritores famosos (Shakespeare e Molière, por exemplo) e que, a seguir ao Anfitrião, se situa entre as peças mais divulgadas de Plauto. -
O Teatro e o Seu Duplo«O Teatro e o Seu Duplo, publicado em 1938 e reunindo textos escritos entre 1931 e 1936, é um ataque indignado em relação ao teatro. Paisagem de combate, como a obra toda, e reafirmação, na esteira de Novalis, de que o homem existe poeticamente na terra.Uma noção angular é aí desenvolvida: a noção de atletismo afectivo.Quer dizer: a extensão da noção de atletismo físico e muscular à força e ao poder da alma. Poderá falar-se doravante de uma ginástica moral, de uma musculatura do inconsciente, repousando sobre o conhecimento das respirações e uma estrita aplicação dos princípios da acupunctura chinesa ao teatro.»Vasco Santos, Posfácio -
Menina JúliaJúlia é uma jovem aristocrata que, por detrás de uma inocência aparente esconde um lado provocador. Numa noite de S. João, Júlia seduz e é seduzida por João, criado do senhor Conde e noivo de Cristina, a cozinheira da casa. Desejo, conflitos de poder, o choque violento das classes sociais e dos sexos que povoam aquela que será uma noite trágica. -
Os HeraclidasHéracles é o nome do deus grego que passou para a mitologia romana com o nome de Hércules; e Heraclidas é o nome que designa todos os seus descendentes.Este drama relata uma parte da história dos Heraclidas, que é também um episódio da Mitologia Clássica: com a morte de Héracles, perseguido pelo ódio de Euristeu, os Heraclidas refugiam-se junto de Teseu, rei de Atenas, o que representa para eles uma ajuda eficaz. Teseu aceita entrar em guerra contra Euristeu, que perece na guerra, junto com os seus filhos. -
A Comédia dos BurrosA “Asinaria” é, no conjunto, uma comédia de enganos equilibrada e com cenas particularmente divertidas, bem ao estilo de Plauto. A intriga - na qual encontramos alguns dos tipos e situações características do teatro plautino (o jovem apaixonado desprovido de dinheiro; o pai rival do filho nos seus amores; a esposa colérica odiada pelo marido; a cínica, esperta e calculadora alcoviteira; e os escravos astutos, hábeis e mentirosos) - desenrola-se em dois tons - emoção e farsa - que, ao combinarem-se, comandam a intriga através de uma paródia crescente até ao triunfo decisivo do tom cómico.