O Fim do Ocidente? A Europa, os Estados Unidos e o Resto do Mundo numa Nova Era Global
UMA NOVA GEOPOLITICA MUNDIAL
A comunidade mundial encontra-se perante um ponto de viragem histórico. Nas últimas décadas tem-se tornado evidente o alinhamento de uma nova ordem global na qual o estatuto bicentenário do Ocidente como centro global da política e da economia mundial está a ser substituído pela afirmação de novas potências, lideradas pela China e pela Índia.
Antes do fim da presente década, a civilização Ocidental deixará de ser o bloco cultural de referência do desenvolvimento mundial, e não só a China ultrapassará os Estados Unidos como a principal economia do planeta, mas também a Índia ultrapassará o Reino Unido como o terceiro estado mais produtivo.
Neste momento, a questão mais pertinente que se coloca aos estados ocidentais, especialmente aos Estados Unidos e à União Europeia, é como enfrentar esta alteração nas regras do jogo internacional e adaptar a sua estratégia de forma a manter alguma relevância no contexto global das nações.
Paradoxalmente, só admitindo o seu próprio declínio poderá o Ocidente ser bem-sucedido nesta nova ordem mundial, encontrando uma renovada voz num planeta no qual já não tem o poder para impor os seus ideais e abraçando uma nova abordagem que lhe permita materializar os seus objetivos num mundo diferente e cada vez mais diverso. «Neste quadro de dúvidas, ansiedades e interrogações, este livro de Francisco Gomes é uma reflexão útil e necessária. Vem no momento certo. Com a intensidade analítica que se impõe. A desafiar a nossa reflexão individual e colectiva. Não podia ser mais oportuno.» Luís Marques Mendes
| Editora | Alma dos Livros |
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| Editora | Alma dos Livros |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Francisco Manuel de Freitas Gomes |
Francisco Manuel de Freitas Gomes nasceu no Funchal a 18 de abril de 1980. É doutorado Cum Laude em Ciência Política pela Universidade de Cádis e mestre, na mesma área, pela Universidade de Oxford. Licenciou-se em Ciência Política e em Comunicação Social nas universidades de Denison e de Harvard. Detém, ainda, uma pós-graduação em Guerra da Informação pela Academia Militar Portuguesa e foi auditor do Curso de Defesa Nacional pelo Instituto da Defesa Nacional.
O seu currículo profissional inclui passagens pela Empresa de Eletricidade da Madeira, onde foi assessor do presidente do Conselho de Administração, assim como pelo Governo Regional da Madeira, onde desempenhou funções de adjunto do secretário regional do Turismo e Cultura e do secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais.
Serviu a Região Autónoma da Madeira como deputado na Assembleia Municipal do Funchal, deputado na Assembleia Legislativa Regional e deputado na Assembleia da República, e também cumpriu dois mandatos como presidente da direção do CAB-Madeira.
É o autor de doze livros e de mais de sete centenas de artigos de opinião, publicados em vários órgãos de comunicação social.
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A Crise no Islão - Causas e Consequências do Eclipse do Crescente FértilEste livro centra-se na interrogação sobre como o Islão responderá aos desafios da modernidade, aquilo que Francisco Gomes formula como passar da vitimização inerente à questão ‘Quem é que nos fez isto?’, para dar resposta e tirar consequências de uma outra e mais relevante pergunta, nomeadamente, ‘O que é que os muçulmanos fizeram ao Islão?’. (...) Os desafios do Islão, na era da interindependência, da globalização e da digitalização em que vivemos, são também desafios nossos, da Europa, do Ocidente. Como lhes responder o mundo islâmico terá impacto mundial e determinará a nossa própria resposta. Razão por que, mais que nunca, importa que cultivemos a ‘aliança de civilizações’ e rechacemos o confronto entre elas. Creio que será sobretudo determinante o que os muçulmanos e muçulmanas fizerem do Islão: Vão expandi-lo como doutrina de tolerância e concórdia ecuménica, respondendo aos desafios do presente? Ou ficarão acorrentados ao passado, remoendo despeito e recriminações? Francisco Gomes propõe-nos entender o que está em jogo para todos nós.[Ana Gomes in Prefácio]** *A Crise do Islão’ procura analisar as raízes do declínio civilizacional islâmico e identificar os factores que, no início de um novo século, contribuem para que muitos dos territórios muçulmanos não sejam mais as regiões de luz e de progresso que foram noutras fases da história da humanidade, mas zonas de inquietante obscurantismo, onde predomina um penoso eclipse em matérias de desenvolvimento social, económico, tecnológico, científico, artístico e humano. Ciente das dificuldades inerentes ao estudo de um tema sensível e com implicações políticas inegáveis, ‘A Crise no Islão’ sugere que os complexos problemas que hoje são confrontados pelo Islamismo estão intimamente associados a aspectos como o estado do desenvolvimento humano e económico, a gestão política interna dos estados, o posicionamento estratégico do Ocidente face aos países muçulmanos, os direitos das mulheres, a qualidade da vida cultural e o relacionamento entre a doutrina e o exercício do poder político. Na visão do autor, Francisco Gomes, uma consideração objectiva e atenta destas dinâmicas pode ajudar a perceber de forma mais coerente o afastamento entre as terras do crescente fértil e as correntes da modernidade, formando uma base mais sólida para que o atraso civilizacional que hoje amarra o Islão possa ser ultrapassado.
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A Esquerda não é WokeSe somos de esquerda, somos woke. Se somos woke, somos de esquerda.Não, não é assim. E este erro é extremamente perigoso.Na sua génese e nas suas pedras basilares, o wokismo entra em conflito com as ideias que guiam a esquerda há mais de duzentos anos: um compromisso com o universalismo, uma distinção objetiva entre justiça e poder, e a crença na possibilidade de progresso. Sem estas ideias, afirma a filósofa Susan Neiman, os wokistas continuarão a minar o caminho até aos seus objetivos e derivarão, sem intenção mas inexoravelmente, rumo à direita. Em suma: o wokismo arrisca tornar-se aquilo que despreza.Neste livro, a autora, um dos nomes mais importantes da filosofia, demonstra que a sua tese tem origem na influência negativa de dois titãs do pensamento do século XXI, Michel Foucault e Carl Schmitt, cuja obra menosprezava as ideias de justiça e progresso e retratava a vida em sociedade como uma constante e eterna luta de «nós contra eles». Agora, há uma geração que foi educada com essa noção, que cresceu rodeada por uma cultura bem mais vasta, modelada pelas ideias implacáveis do neoliberalismo e da psicologia evolutiva, e quer mudar o mundo. Bem, talvez seja tempo de esta geração parar para pensar outra vez. -
Não foi por Falta de Aviso | Ainda o Apanhamos!DOIS LIVROS DE RUI TAVARES NUM SÓ: De um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo Do outro, aquelas que nos apontam o caminho para um Portugal melhor Não foi por Falta de Aviso. Na última década e meia, enquanto o mundo lutava com as sequelas de uma crise financeira e enfrentava uma pandemia, crescia uma ameaça maior à nossa forma democrática de vida. O regresso do autoritarismo estava à vista de todos. Mas poucos o quiseram ver, e menos ainda nomear desde tão cedo. Não Foi por Falta de Aviso é um desses raros relatos. Porque o resto da história ainda pode ser diferente. Ainda o Apanhamos! Nos 50 anos do 25 Abril, que inaugurou o nosso regime mais livre e generoso, é tempo de revisitar uma tensão fundamental ao ser português: a tensão entre pequenez e grandeza, entre velho e novo. Esta ideia de que estamos quase sempre a chegar lá, ou prontos a desistir a meio do caminho. Para desatar o nó, não basta o «dizer umas coisas» dos populistas e não chegam as folhas de cálculo dos tecnocratas. É preciso descrever a visão de um Portugal melhor e partilhar um caminho para lá chegar. SINOPSE CURTA Um livro de Rui Tavares que se divide em dois: de um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo; do outro, as crónicas que apontam o caminho para um Portugal melhor. -
O Fim da Paz PerpétuaO mundo é um lugar cada vez mais perigoso e precisamos de entender porquêCom o segundo aniversário da invasão da Ucrânia, que se assinala a 24 de Fevereiro, e uma outra tragédia bélica em curso no Médio Oriente, nunca neste século o mundo esteve numa situação tão perigosa. A predisposição bélica e as tensões político-militares regressaram em força. A ideia de um futuro pacífico e de cooperação entre Estados, sonhada por Kant, está a desmoronar-se.Este livro reflecte sobre o recrudescimento de rivalidades e conflitos a nível internacional e sobre as grandes incógnitas geopolíticas com que estamos confrontados. Uma das maiores ironias dos tempos conturbados que atravessamos é de índole geográfica. Immanuel Kant viveu em Königsberg, capital da Prússia Oriental, onde escreveu o panfleto Para a Paz Perpétua. Königsberg é hoje Kaliningrado, território russo situado entre a Polónia e a Lituânia, bem perto da guerra em curso no leste europeu. Aí, Putin descerrou em 2005 uma placa em honra de Kant, afirmando a sua admiração pelo filósofo que, segundo ele, «se opôs categoricamente à resolução de divergências entre governos pela guerra».O presidente russo está hoje bem menos kantiano - e o mundo também. -
Manual de Filosofia PolíticaEste Manual de Filosofia Política aborda, em capítulos autónomos, muitas das grandes questões políticas do nosso tempo, como a pobreza global, as migrações internacionais, a crise da democracia, a crise ambiental e a política de ambiente, a nossa relação com os animais não humanos, a construção europeia, a multiculturalidade e o multiculturalismo, a guerra e o terrorismo. Mas fá-lo de uma forma empiricamente informada e, sobretudo, filosoficamente alicerçada, começando por explicar cada um dos grandes paradigmas teóricos a partir dos quais estas questões podem ser perspectivadas, como o utilitarismo, o igualitarismo liberal, o libertarismo, o comunitarismo, o republicanismo, a democracia deliberativa, o marxismo e o realismo político. Por isso, esta é uma obra fundamental para professores, investigadores e estudantes, mas também para todos os que se interessam por reflectir sobre as sociedades em que vivemos e as políticas que queremos favorecer. -
O Labirinto dos PerdidosMaalouf regressa com um ensaio geopolítico bastante aguardado. O autor, que tem sido um guia para quem procura compreender os desafios significativos do mundo moderno, oferece, nesta obra substantiva e profunda, os resultados de anos de pesquisa. Uma reflexão salutar em tempos de turbulência global, de um dos nossos maiores pensadores. De leitura obrigatória.Uma guerra devastadora eclodiu no coração da Europa, reavivando dolorosos traumas históricos. Desenrola-se um confronto global, colocando o Ocidente contra a China e a Rússia. É claro para todos que está em curso uma grande transformação, visível já no nosso modo de vida, e que desafia os alicerces da civilização. Embora todos reconheçam a realidade, ainda ninguém examinou a crise atual com a profundidade que ela merece.Como aconteceu? Neste livro, Amin Maalouf aborda as origens deste novo conflito entre o Ocidente e os seus adversários, traçando a história de quatro nações preeminentes. -
Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXIO que são, afinal, a esquerda e a direita políticas? Trata-se de conceitos estanques, flutuantes, ou relativos? Quando foi que começámos a usar estes termos para designar enquadramentos políticos? Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXI é um ensaio historiográfico, político e filosófico no qual Rui Tavares responde a estas questões e explica por que razão a terminologia «esquerda / direita» não só continua a ser relevante, como poderá fazer hoje mais sentido do que nunca. -
Textos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
Introdução ao ConservadorismoUMA VIAGEM À DOUTRINA POLÍTICA CONSERVADORA – SUA ESSÊNCIA, EVOLUÇÃO E ACTUALIDADE «Existiu sempre, e continua a existir, uma carência de elaboração e destilação de princípios conservadores por entre a miríade de visões e experiências conservadoras. Isso não seria particularmente danoso por si mesmo se o conservadorismo não se tivesse tornado uma alternativa a outras ideologias políticas, com as quais muitas pessoas, alguns milhões de pessoas por todo o mundo, se identificam e estão dispostas a dar o seu apoio cívico explícito. Assim sendo, dizer o que essa alternativa significa em termos políticos passa a ser uma tarefa da maior importância.» «O QUE É O CONSERVADORISMO?Uma pergunta tão directa devia ter uma resposta igualmente directa. Existe essa resposta? Perguntar o que é o conservadorismo parece supor que o conservadorismo tem uma essência, parece supor que é uma essência, e, por conseguinte, que é subsumível numa definição bem delimitada, a que podemos acrescentar algumas propriedades acidentais ou contingentes.»