O Mundo como Vontade e Representação
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O Mundo como Vontade e Representação é a obra fundamental de Schopenhauer. Admitindo a distinção kantiana entre fenómeno e númeno, o autor considera que o mundo é ao mesmo tempo vontade e representação. A vontade é a coisa em si, que se esconde por trás do fenómeno, que é a representação, ilusão, aparência; ela existe em todos os seres da natureza, desde os mais ínfimos até ao homem, no qual atinge o seu «mais alto grau de objetivação».
O conhecimento, em geral, é um meio de preservar o indivíduo e a espécie, e está, portanto, ao serviço da vontade. Mas pode ultrapassar essa sujeição e «existir para si mesmo como um claro espelho do mundo», como acontece na arte. A liberdade total, no entanto, só é conseguida quando a vontade se reconhece a si mesma como dor e se resigna. Assim, a vontade, que é «esforço constante, sem objetivo e sem descanso», é abolida, e, com ela, todo o mundo: é o nada - «Sem vontade não há representação nem mundo.»
(Adaptado da «Apresentação» de M. F. da Sá Correia)
| Editora | Edições 70 |
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| Editora | Edições 70 |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Arthur Schopenhauer |
Foi um dos primeiros pensadores da filosofia ocidental a partilhar e afirmar princípios significativos da filosofia oriental, tendo inicialmente chegado a conclusões semelhantes como resultado do seu próprio trabalho filosófico.
Embora o seu trabalho não tenha atraído uma atenção significativa ao longo da sua vida, Schopenhauer teve um impacto póstumo em várias disciplinas, incluindo na filosofia, na literatura e na ciência.
A Arte de Vencer uma Discussão sem Precisar de ter Razão é amplamente reconhecida como uma das suas melhores obras mas nunca chegou a ser publicada integralmente durante a vida do autor, mas foi descoberta nos seus pertences pessoais e tornada pública após a sua morte.
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On The Suffering Of The WorldThroughout history, some books have changed the world. They have transformed the way we see ourselves - and each other. They have inspired debate, dissent, war and revolution. They have enlightened, outraged, provoked and comforted. They have enriched lives - and destroyed them. Now Penguin brings you the works of the great thinkers, pioneers, radicals and visionaries whose ideas shook civilization, and helped make us who we are. -
The Horrors And Absurdities of ReligionA fascinating examination of ethics, religion and psychology, this selection of Schopenhauer's works contains scathing attack on the nature and logic of religion, and an essay on ethics that ranges from the American slavery debate to the vices of Buddhism.Throughout history, some books have changed the world. They have transformed the way we see ourselves - and each other. They have inspired debate, dissent, war and revolution. They have enlightened, outraged, provoked and comforted. They have enriched lives - and destroyed them. Now Penguin brings you the works of the great thinkers, pioneers, radicals and visionaries whose ideas shook civilization and helped make us who we are. -
Aforismos para a Sabedoria da Vida (Grandes Nomes do Pensamento, #16)Enorme admirador de Kant, que considerava como «o acontecimento mais notável em vinte séculos de filosofia», Schopenhauer (1788-1860) foi também um seu crítico severo. Atribui-lhe o mérito de mostrar que o mundo objectivo é uma mera construção do sujeito racional, que «o mundo é a minha representação»; mas também o demérito, por se ater a esse sujeito descarnado, de recusar o acesso metafísico ao mundo «em si» para lá dessa representação em lugar de a abrir, do interior, à corporeidade viva e, por tal «via subterrânea», à essência última do homem, da vida e do mundo: a vontade. Schopenhauer expõe essa sua metafísica irracionalista da vontade em O Mundo como vontade e representação (1819). A vontade, fundo do ser e da vida, não tem finalidade, nenhuma «razão», mesmo a vida humana, esparsa entre tédio e dor: «a vida sem paixão é tédio, a vida com paixão é dor». Nos presentes Aforismos (1851), a metafísica pessimista do filósofo cede a vez a uma perspectiva «imanente» da vida dos homens e a uma arte de viver, necessária. Porque, se a vida é nada, se é sem sentido, todavia há que viver. Sousa Dias, Filósofo -
O Mundo como Vontade e RepresentaçãoO Mundo como Vontade e Representação é a obra fundamental de Schopenhauer. Admitindo a distinção kantiana entre fenómeno e númeno, o autor considera que o mundo é ao mesmo tempo vontade e representação. A vontade é a coisa em si, que se esconde por trás do fenómeno, que é a representação, ilusão, aparência; ela existe em todos os seres da natureza, desde os mais ínfimos até ao homem, no qual atinge o seu «mais alto grau de objetivação». O conhecimento, em geral, é um meio de preservar o indivíduo e a espécie, e está, portanto, ao serviço da vontade. Mas pode ultrapassar essa sujeição e «existir para si mesmo como um claro espelho do mundo», como acontece na arte. A liberdade total, no entanto, só é conseguida quando a vontade se reconhece a si mesma como dor e se resigna. Assim, a vontade, que é «esforço constante, sem objetivo e sem descanso», é abolida, e, com ela, todo o mundo: é o nada - «Sem vontade não há representação nem mundo.» (Adaptado da «Apresentação» de M. F. da Sá Correia) -
A Arte de Vencer uma Discussão Sem Precisar de ter RazãoUm tratado breve, irónico e corrosivo sobre a arte de vencer uma discussão tendo ou não tendo razão.Acontece com frequência uma pessoa estar objetivamente certa e, no entanto, aos olhos dos outros e, às vezes, aos seus próprios, sair-se pior numa discussão, sendo confundida ou refutada por argumentos meramente superficiais. Por exemplo, apresenta uma prova de alguma afirmação, mas o seu adversário refuta-a e, assim, parece ter refutado a afirmação para a qual, no entanto, pode haver outras provas. Neste caso, é claro, o adversário e a pessoa trocam de lugar – ele sai-se melhor, embora, na verdade, esteja errado. Assim, a vitória numa disputa deve-se muitas vezes não tanto à correção de um julgamento ao declarar uma afirmação, mas sim à astúcia e à argumentação com que ela foi defendida.Se o leitor perguntar como é que isto acontece, respondemos que é simplesmente a vileza natural da natureza humana. Se a natureza humana fosse inteiramente honrada, não deveríamos, em nenhum debate, ter outro objetivo que não a descoberta da verdade.Para vencer uma discussão não é fundamental ter razão, é apenas necessária a arte e o engenho de refutar as afirmações do adversário e conduzir a audiência a tomar o seu partido.A Arte de Vencer uma Discussão Sem Precisar de Ter Razão é a arte de disputar uma conversa de modo a ganhar a contenda mantendo o seu ponto de vista, independentemente de estar certo ou errado.Arthur Schopenhauer propõe explicar de que maneira podemos fazer com que as nossas ideias tenham sucesso apesar da sua falsidade ou da sua inconsistência.O filósofo precursor do pessimismo aponta que a verdade objetiva de uma afirmação e a sua aprovação por aqueles que a discutem não são a mesma coisa. Devido à perversidade natural do ser humano, nas disputas quotidianas, de facto, o objetivo não é a descoberta da verdade, mas sim o desejo fútil de ter razão. -
Pequeno Manual Para Ser FelizUM PEQUENO MANUAL DE FILOSOFIA PRÁTICA SOBRE A ARTE DE SER FELIZ, NO QUAL SOMOS CONVIDADOS A EDUCAR O NOSSO CARÁTER ATRAVÉS DE REGRAS DE CONDUTA QUE NOS AJUDAM A EVITAR AS DIFICULDADES E GOLPES DO DESTINO. Com base na convicção pessimista de que a vida dos seres humanos oscila entre a dor e o tédio e que, consequentemente, este mundo não é senão um vale de lágrimas, Schopenhauer usa o engenho humano e a prudência prática para encontrar regras de conduta e de vida que nos ajudem a evitar as dificuldades e os golpes do destino, na esperança de que, embora a felicidade absoluta seja inatingível, possamos alcançar aquela felicidade relativa que consiste na ausência de dor. Deve-se ter o cuidado de não construir a felicidade da vida sobre uma base ampla – não precisar de muito para ser feliz. Não é ao prazer, mas à ausência de dor que a pessoa sábia deve aspirar. Para estimar a condição de alguém em relação à felicidade é necessário perguntar não o que lhe agrada, mas o que o preocupa; e quanto mais triviais forem estas preocupações, mais feliz será a pessoa. Ao percorrer a sua vida, uma pessoa achará útil estar pronta e capaz de fazer duas coisas: olhar em frente e ignorar; uma irá protegê-lo de perdas e ferimentos, a outra de disputas e brigas. Aquilo que o homem tem para si mesmo, o que o acompanha na solidão, e ninguém pode dar ou tirar dele: isto é muito mais essencial do que tudo o que ele possui, ou o que ele é aos olhos dos outros. O Pequeno Manual Para Ser Feliz de Arthur Schopenhauer é uma verdadeira obra-prima literária, escrita por um dos maiores filósofos que o mundo já conheceu. -
Como Ganhar Uma Discussão (mesmo sem ter razão)Inspirado nos escritos de Aristóteles, Arthur Schopenhauer explica a diferença entre lógica e retórica, mostrando como é possível, através do poder da palavra, de truques e de armadilhas dialéticas, vencer qualquer argumentação, mesmo sem estar do lado da verdade – assim se vencem debates, se desmentem factos e se manipulam opiniões. Neste ensaio tão sarcástico quanto perspicaz, o filósofo alemão reuniu 38 estratégias que o vão ajudar não só a convencer alguém de uma tese, como também a defender-se de truques menos honestos que podem ser usados contra si (o que acontece mais vezes do que imagina…). -
A Arte de Ter Sempre Razão"Com Hegel, a dialéctica atinge o seu perfil filosófico mais elevado. Schopenhauer […] replica com uma operação de força igual e contrária, e redu-la ao mínimo, considerando-a a arte de ter razão, a ‘teoria de arrogância humana natural’. Operação que, de um ponto de vista filosófico, é provavelmente menos profunda, mas que acaba por se revelar mais bem adaptada às mudanças dos tempos, porque Schopenhauer não liga a dialéctica a uma filosofia, mas à própria condição do homem enquanto animal dotado de palavra, quer dizer […], enquanto ser a quem os deuses deram a palavra para que possa ocultar o seu pensamento.” [Franco Volpi]Redigido em Berlim em 1830–31, A Arte de Ter sempre Razão foi publicado em 1864. -
O Mundo Como Vontade e Representação 1.º Vol.A experiência do mundo de Schopenhauer, impregnada de pessimismo, subjaz à sua reflexão filosófica, que culminou num golpe de génio: O Mundo como Vontade e Representação, publicado em 1819, obra de um homem de trinta anos, ampliado, mais tarde, em 1844, para dois volumes, continua fundeado no porto da filosofia ocidental como um navio-tanque exótico. Deus, o velho capitão do idealismo e do racionalismo, não se encontra aqui em lado nenhum, e a razão, até esse momento incontestado timoneiro dos mares filosóficos, foi aqui degradada a grumete encarregado de esfregar o convés. Na ponte de comando, está um indivíduo desbragado de má reputação, um flibusteiro incansável e apostado, ao mesmo tempo, numa destruição implacável, chamado ‘vontade’. As suas acções não obedecem a nenhum plano e as suas rotas não estão desenhadas em nenhuma carta náutica.[Da Introdução de Robert Zimmer] -
Aforismos para a Arte de ViverCom os Aforismos, Schopenhauer fornece o que pode ser visto como um manual de filosofia prática: como conseguir a felicidade num mundo em que tudo parece conspirar contra esse desejo? À resposta de Schopenhauer é informada pelo cepticismo e pessimismo consubstanciais à sua filosofia, mas só pode ser cabalmente entendida se se tiver presente o seu percurso biográfico. ‘É impossível ser feliz sozinho’ — frase da popular canção de Tom Jobim/Vinicius de Moraes constitui um axioma que, para Schopenhauer, seria inteiramente inaceitável. Na verdade, não só é possível como é, em absoluto, desejável ser-se feliz sozinho, e esse é um imperativo que deve conformar toda a ‘arte de viver’.[Do Prefácio de António Sousa Ribeiro]
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A Identidade da Ciência da ReligiãoEsta obra é composta por textos que mostram o progresso das reflexões sobre a problemática da identidade da Ciência da Religião. Os ensaios garantem o acesso à sua interrelação temática e lógica subjacente, algo que não se revela pela leitura individual dos textos. Aqui serão esclarecidos e exemplificados os princípios que caracterizam a Ciência da Religião desde o início da sua institucionalização nas últimas décadas do século XIX. Além disso, será discutido em que sentido esses princípios qualificam a disciplina para sua funcionalidade extra-acadêmica. Essa atualização do livro Constituintes da Ciência da Religião (Paulinas, 2006) se entende como uma reação ao desconhecimento das especificidades da Ciência da Religião, não apenas por parte do público em geral, mas também entre estudantes e, até mesmo, docentes da área no Brasil. -
Decadência: o declínio do Ocidente«Da ideia de Jesus, anunciada no Antigo Testamento e progressivamente sustentada por imagens ao longo dos séculos de arte cristã, a Bin Laden, que declara guerra de morte ao nosso Ocidente esgotado, é o fresco épico da nossa civilização que aqui proponho. Nele encontramos: monges loucos do deserto, imperadores cristãos sanguinários, muçulmanos a construir o seu "paraíso à sombra das espadas", grandes inquisidores, bruxas montadas em vassouras, julgamentos de animais, índios de penas com Montaigne nas ruas de Bordéus, a ressurreição de Lucrécio, um padre ateu que anuncia a morte de Deus, uma revolução jacobina que mata dois reis, ditadores de esquerda e depois de direita, campos de morte castanhos e vermelhos, um artista que vende os seus excrementos, um escritor condenado à morte por ter escrito um romance, dois rapazes que evocam o islão e degolam um pároco em plena missa - sem esquecer mil outras coisas...»