Orçamento, Défice e Dívida Pública
Este livro remete-nos para a recuperação de “estados de alma” que acompanham este “desgraçado” reino de Portugal há já muitos anos e que foram, felizmente, retratados por um dos nossos mais geniais escritores. Como se poderá ler, com o prazer que a leitura de Queiroz, mesmo na flor da sua condição de escritor, fatalmente proporciona, o fado não é de agora e tanto os estímulos como as respostas aos inúmeros problemas financeiros do nosso país já ecoaram na comunicação social há largas gerações atrás. Lendo e relendo Eça de Queiroz nas longínquas páginas do «Distrito de Évora» apetece dizer que os portugueses não aprendem com os erros. Fica, todavia, a certeza de que os exercícios de cidadania não são nem apanágio nem exclusivo dos tempos de hoje: se o grande José Maria fosse vivo nos nossos dias decerto que escreveria as mesmas ideias que aqui vão expressas… e esse facto tem um valor incalculável para nós!
| Editora | Caleidoscópio |
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| Categorias | |
| Editora | Caleidoscópio |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Eça de Queiroz |
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The MaiasIn this simple tale, the novel´s hero is the talented heir to a notable family in Lisbon. He aspires to serve his fellow man in his chosen profession of medicine, in the arts, and in politics. But he enters a society affected by powerful international influences - French intellectual developments, English trading practices - that trouble and frustrate him. In the end he is reduced to a kind of spiritual helplessness and his good intentions are reduced to dilettantism. His passionate love affair begins to suffer a devastating constraint. -
The MandarinEça de Queiroz´s sharply satirical work aimed to expose the hypocrisies of his age. In The Mandarin his lascivious anti-heroes Teodoro and Teodorico, are dragged from their narrow Lisbon lives into exotic encounters with Chinese mandarins, the Devil (in the guise of a dark-suited civil servant) and Jesus Christ Himself. This short novel is accompanied by the short stories Jose Matias, The Hanged Man and The Idiosyncrasies of a young blonde woman. -
A Correspondência de Fradique MendesCom «intuito de puro e seguro patriotismo», um admirador devotado de Carlos Fradique Mendes toma a seu cargo a missão de compilar parte das cartas assinadas por este que é apresentado como poeta visionário, senhor de grande erudição, figura viajada e sofisticada, de modo a que o país se possa deixar inspirar pelo seu espírito de génio. Eça de Queiroz desenvolve nesta Correspondência de Fradique Mendes uma das suas personagens mais cosmopolitas, em cujas palavras de provocação e ironia se exprime uma crítica cáustica da moral burguesa e onde se faz ouvir a voz da vanguarda cultural portuguesa do final do século xix. A obra foi publicada originalmente em 1900, poucos meses após a morte do autor. -
A Tragédia da Rua das Flores«Era no Teatro da Trindade, representava-se o Barba Azul.»Este é o cenário em que se inicia a acção de A Tragédia da Rua das Flores, romance de Eça de Queiroz que ele mesmo qualificou como «livro cruel» e que permaneceu inédito durante mais de um século.Escrita entre 1877 e 1878 e apenas publicada em 1980, esta é a história da paixão fatal de Vítor e Genoveva, que Eça acabaria de deixar por corrigir e editar, mas que serviu de ponto de partida para que em 1888 os leitores recebessem aquela que é a sua obra-prima, Os Maias.A presente edição de A Tragédia da Rua das Flores recupera e corrige o texto da primeira edição, com fixação e notas de João Medina e A. Campos Matos. -
Singularidades de Uma Rapariga LouraEscrito em 1873 e publicado em 1901 num volume de contos do autor, Singularidades de Uma Rapariga Loira é geralmente apresentado como o primeiro conto realista em português e uma das obras-primas de Eça de Queiroz. Nele se conta a história do amor de um jovem honesto e trabalhador, Macário, por Luísa, uma rapariga loira de «carácter louro como o cabelo - se é certo que o louro é uma cor fraca e desbotada: falava pouco, sorria sempre com os seus brancos dentinhos, dizia a tudo "pois sim"; era muito simples, quase indiferente, cheia de transigências». Macário apaixona-se por essa rapariga aparentemente dócil, etérea e sem vontade própria, a ponto de sair de casa do tio Francisco, para quem trabalhava como escriturário, e ir até Cabo Verde em negócios, só para merecer casar com ela. No entanto, Luísa é de facto uma rapariga loura e singular? -
O Egipto e Outros Textos Sobre o Médio Oriente«A 23 de Outubro de 1869, Eça de Queiroz com o seu amigo, o conde de Resende, partia, em grande estilo, rumo a Alexandria. Em Gibraltar, tomaram o paquete inglês Delly, da rota da Índia. A 5 de Novembro, estavam em Alexandria e dois dias depois chegavam ao Cairo. Regiamente instalados no Hotel Shepheard?s, visitaram os monumentos da praxe.» -
As FarpasPela primeira vez publicam-se integralmente todas As Farpas de Eça de Queiroz, separadas das que foram originalmente escritas e publicadas por Ramalho Ortigão e pelo próprio Eça ao longo dos anos de 1871 e de 1872, e que, até hoje, foram sempre reeditadas em conjunto e sem a identificação das respectivas autorias. -
A Cidade e As SerrasO romance foi publicado em 1899 (um ano antes da morte de Eça) na Revista Moderna, e saiu em livro em 1901. Pertence à última fase do escritor, quando Eça se afasta do realismo e deixa a crítica dura que fazia à sociedade portuguesa da época.
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A Esquerda não é WokeSe somos de esquerda, somos woke. Se somos woke, somos de esquerda.Não, não é assim. E este erro é extremamente perigoso.Na sua génese e nas suas pedras basilares, o wokismo entra em conflito com as ideias que guiam a esquerda há mais de duzentos anos: um compromisso com o universalismo, uma distinção objetiva entre justiça e poder, e a crença na possibilidade de progresso. Sem estas ideias, afirma a filósofa Susan Neiman, os wokistas continuarão a minar o caminho até aos seus objetivos e derivarão, sem intenção mas inexoravelmente, rumo à direita. Em suma: o wokismo arrisca tornar-se aquilo que despreza.Neste livro, a autora, um dos nomes mais importantes da filosofia, demonstra que a sua tese tem origem na influência negativa de dois titãs do pensamento do século XXI, Michel Foucault e Carl Schmitt, cuja obra menosprezava as ideias de justiça e progresso e retratava a vida em sociedade como uma constante e eterna luta de «nós contra eles». Agora, há uma geração que foi educada com essa noção, que cresceu rodeada por uma cultura bem mais vasta, modelada pelas ideias implacáveis do neoliberalismo e da psicologia evolutiva, e quer mudar o mundo. Bem, talvez seja tempo de esta geração parar para pensar outra vez. -
Não foi por Falta de Aviso | Ainda o Apanhamos!DOIS LIVROS DE RUI TAVARES NUM SÓ: De um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo Do outro, aquelas que nos apontam o caminho para um Portugal melhor Não foi por Falta de Aviso. Na última década e meia, enquanto o mundo lutava com as sequelas de uma crise financeira e enfrentava uma pandemia, crescia uma ameaça maior à nossa forma democrática de vida. O regresso do autoritarismo estava à vista de todos. Mas poucos o quiseram ver, e menos ainda nomear desde tão cedo. Não Foi por Falta de Aviso é um desses raros relatos. Porque o resto da história ainda pode ser diferente. Ainda o Apanhamos! Nos 50 anos do 25 Abril, que inaugurou o nosso regime mais livre e generoso, é tempo de revisitar uma tensão fundamental ao ser português: a tensão entre pequenez e grandeza, entre velho e novo. Esta ideia de que estamos quase sempre a chegar lá, ou prontos a desistir a meio do caminho. Para desatar o nó, não basta o «dizer umas coisas» dos populistas e não chegam as folhas de cálculo dos tecnocratas. É preciso descrever a visão de um Portugal melhor e partilhar um caminho para lá chegar. SINOPSE CURTA Um livro de Rui Tavares que se divide em dois: de um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo; do outro, as crónicas que apontam o caminho para um Portugal melhor. -
O Fim da Paz PerpétuaO mundo é um lugar cada vez mais perigoso e precisamos de entender porquêCom o segundo aniversário da invasão da Ucrânia, que se assinala a 24 de Fevereiro, e uma outra tragédia bélica em curso no Médio Oriente, nunca neste século o mundo esteve numa situação tão perigosa. A predisposição bélica e as tensões político-militares regressaram em força. A ideia de um futuro pacífico e de cooperação entre Estados, sonhada por Kant, está a desmoronar-se.Este livro reflecte sobre o recrudescimento de rivalidades e conflitos a nível internacional e sobre as grandes incógnitas geopolíticas com que estamos confrontados. Uma das maiores ironias dos tempos conturbados que atravessamos é de índole geográfica. Immanuel Kant viveu em Königsberg, capital da Prússia Oriental, onde escreveu o panfleto Para a Paz Perpétua. Königsberg é hoje Kaliningrado, território russo situado entre a Polónia e a Lituânia, bem perto da guerra em curso no leste europeu. Aí, Putin descerrou em 2005 uma placa em honra de Kant, afirmando a sua admiração pelo filósofo que, segundo ele, «se opôs categoricamente à resolução de divergências entre governos pela guerra».O presidente russo está hoje bem menos kantiano - e o mundo também. -
Manual de Filosofia PolíticaEste Manual de Filosofia Política aborda, em capítulos autónomos, muitas das grandes questões políticas do nosso tempo, como a pobreza global, as migrações internacionais, a crise da democracia, a crise ambiental e a política de ambiente, a nossa relação com os animais não humanos, a construção europeia, a multiculturalidade e o multiculturalismo, a guerra e o terrorismo. Mas fá-lo de uma forma empiricamente informada e, sobretudo, filosoficamente alicerçada, começando por explicar cada um dos grandes paradigmas teóricos a partir dos quais estas questões podem ser perspectivadas, como o utilitarismo, o igualitarismo liberal, o libertarismo, o comunitarismo, o republicanismo, a democracia deliberativa, o marxismo e o realismo político. Por isso, esta é uma obra fundamental para professores, investigadores e estudantes, mas também para todos os que se interessam por reflectir sobre as sociedades em que vivemos e as políticas que queremos favorecer. -
O Labirinto dos PerdidosMaalouf regressa com um ensaio geopolítico bastante aguardado. O autor, que tem sido um guia para quem procura compreender os desafios significativos do mundo moderno, oferece, nesta obra substantiva e profunda, os resultados de anos de pesquisa. Uma reflexão salutar em tempos de turbulência global, de um dos nossos maiores pensadores. De leitura obrigatória.Uma guerra devastadora eclodiu no coração da Europa, reavivando dolorosos traumas históricos. Desenrola-se um confronto global, colocando o Ocidente contra a China e a Rússia. É claro para todos que está em curso uma grande transformação, visível já no nosso modo de vida, e que desafia os alicerces da civilização. Embora todos reconheçam a realidade, ainda ninguém examinou a crise atual com a profundidade que ela merece.Como aconteceu? Neste livro, Amin Maalouf aborda as origens deste novo conflito entre o Ocidente e os seus adversários, traçando a história de quatro nações preeminentes. -
Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXIO que são, afinal, a esquerda e a direita políticas? Trata-se de conceitos estanques, flutuantes, ou relativos? Quando foi que começámos a usar estes termos para designar enquadramentos políticos? Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXI é um ensaio historiográfico, político e filosófico no qual Rui Tavares responde a estas questões e explica por que razão a terminologia «esquerda / direita» não só continua a ser relevante, como poderá fazer hoje mais sentido do que nunca. -
Textos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
Introdução ao ConservadorismoUMA VIAGEM À DOUTRINA POLÍTICA CONSERVADORA – SUA ESSÊNCIA, EVOLUÇÃO E ACTUALIDADE «Existiu sempre, e continua a existir, uma carência de elaboração e destilação de princípios conservadores por entre a miríade de visões e experiências conservadoras. Isso não seria particularmente danoso por si mesmo se o conservadorismo não se tivesse tornado uma alternativa a outras ideologias políticas, com as quais muitas pessoas, alguns milhões de pessoas por todo o mundo, se identificam e estão dispostas a dar o seu apoio cívico explícito. Assim sendo, dizer o que essa alternativa significa em termos políticos passa a ser uma tarefa da maior importância.» «O QUE É O CONSERVADORISMO?Uma pergunta tão directa devia ter uma resposta igualmente directa. Existe essa resposta? Perguntar o que é o conservadorismo parece supor que o conservadorismo tem uma essência, parece supor que é uma essência, e, por conseguinte, que é subsumível numa definição bem delimitada, a que podemos acrescentar algumas propriedades acidentais ou contingentes.»

