Pequeno Manual de Campanha Eleitoral
O sistema eleitoral que Cícero (106 a. C. — 43 a. C.) conheceu nas últimas décadas da República romana é bem diferente do nosso, mas os princípios que regem uma campanha eleitoral permanecem os mesmos: assegurar o sustento das pessoas influentes e conciliar a massa dos eleitores, manipulando-os subtil e sub-repticiamente.
No Pequeno Manual de Campanha Eleitoral, obra redigida em 64 a. C., aquando da disputa de seu irmão, Marco Cícero, por um lugar no Senado, Quinto Cícero indica o caminho que todo e qualquer candidato deve seguir de forma a atingir o seu objectivo, bem como dá conselhos precisos e metódicos.
Este pequeno tratado, no qual Quinto Cícero soube muito bem tirar partido da força do registo epistolar, chegou até nós como sendo um esboço das linhas mestras de uma perfeita campanha eleitoral.
| Editora | Clássica Editora |
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| Categorias | |
| Editora | Clássica Editora |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Quinto Túlio Cícero |
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Como Ganhar Eleições: Um Guia Clássico para Líderes ActuaisNo espírito de O Príncipe, de Maquiavel, este clássico é leitura obrigatória para políticos e todos aqueles que conseguirem divertir-se a vê-los percorrer o caminho sinuoso e de manipulação até aos cargos que almejam. Em 64 a.C., Marco Túlio Cícero, o maior orador de Roma, candidatou-se ao cargo de cônsul (o mais elevado da República). O seu pragmático irmão, Quinto, decidiu que ele precisava de conselhos práticos sobre a forma de conduzir uma campanha eleitoral bem-sucedida. O se encontra na sua breve carta são fragmentos intemporais de sabedoria política, desde a importância de prometer tudo a todos até à recordação dos eleitores dos escândalos sexuais dos adversários. Entre os múltiplos conselhos inestimáveis está também a importância de o candidato se rodear das pessoas certas e de construir uma ampla base de apoio. Este pequeno guia fornece conselhos práticos a todos os que aspiram ao poder. Recorre a uma linguagem simples e sem rodeios. É uma obra interessante para perceber as eleições, o que move os políticos e as estratégias utilizadas para «convencer» os cidadãos. Trata-se de um guia tão relevante quanto actual. Segue um pequeno excerto:«21. Há três coisas que podem garantir votos numa eleição: favores, esperança e relação pessoal. Tens de te esforçar por dar estes incentivos às pessoas certas. [...] 40. Depois de discernir quais são os teus verdadeiros amigos, pensa um pouco nos inimigos. Há três tipos de pessoas que estão contra ti: aquelas que prejudicaste, as que não gostam de ti sem ter uma razão para isso e os amigos dos teus opositores.». «Nos conselhos eleitorais que dá ao seu irmão Marco, Quinto revela-se um estratego político exímio, com um conhecimento claro da investigação, organização e afluência às urnas da oposição (embora um pouco frouxo na mensagem). Vivo, enérgico e arguto, este livrinho encerra conselhos intemporais e constitui uma excelente leitura para o político moderno.»–Karl Rove, antigo chefe-adjunto do pessoal e conselheiro sénior do Presidente George W. Bush «Dado o estado da política actual, este antigo guia romano sobre eleições mostra quão pouco mudou desde então.» – Gary Hart, antigo senador norte-americano. -
Breviário de Campanha EleitoralDepois de ler este livrinho, qualquer político do nosso tempo decerto trocaria boa parte, ou a totalidade, do seu oneroso staff pela assessoria voluntarista de Quinto Túlio Cícero que, no ano 64 A. C., com estas notas, conseguiu levar ao consulado o seu irmão mais velho, Marco Túlio Cícero! Obviamente, não se trata aqui de um breviário que faça grande jeito a um militante de esquerda que se pretenda minimamente ortodoxo, porém, com os ventos neoliberais que vão soprando, creio que há-de haver por aí até candidatos a Assembleias de Freguesia, quanto mais à Assembleia da República ou à chefia de Estado, que chamarão a isto um figo! Ainda por cima, é um volume pequeno, que se lê bem, como aquilo de que está vestido, aliás sem qualquer disfarce: carta familiar, carta de mano com tempo para mano assoberbado, reorganizando-lhe xis número de manhas, truncagens e efeitos especiais. Do Prefácio -
Como Vencer uma EleiçãoEm Como vencer uma eleição, Quinto oferece lições práticas sobre como conquistar o fervor dos eleitores, destacando a eficácia de estratégias como a propaganda, a difamação dos rivais e a criação de uma imagem carismática – recomendações que parecem talhadas para a era digital do século XXI. Um manual perspicaz, que ecoa uma notável atualidade passados mais de dois mil anos.
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A Esquerda não é WokeSe somos de esquerda, somos woke. Se somos woke, somos de esquerda.Não, não é assim. E este erro é extremamente perigoso.Na sua génese e nas suas pedras basilares, o wokismo entra em conflito com as ideias que guiam a esquerda há mais de duzentos anos: um compromisso com o universalismo, uma distinção objetiva entre justiça e poder, e a crença na possibilidade de progresso. Sem estas ideias, afirma a filósofa Susan Neiman, os wokistas continuarão a minar o caminho até aos seus objetivos e derivarão, sem intenção mas inexoravelmente, rumo à direita. Em suma: o wokismo arrisca tornar-se aquilo que despreza.Neste livro, a autora, um dos nomes mais importantes da filosofia, demonstra que a sua tese tem origem na influência negativa de dois titãs do pensamento do século XXI, Michel Foucault e Carl Schmitt, cuja obra menosprezava as ideias de justiça e progresso e retratava a vida em sociedade como uma constante e eterna luta de «nós contra eles». Agora, há uma geração que foi educada com essa noção, que cresceu rodeada por uma cultura bem mais vasta, modelada pelas ideias implacáveis do neoliberalismo e da psicologia evolutiva, e quer mudar o mundo. Bem, talvez seja tempo de esta geração parar para pensar outra vez. -
Não foi por Falta de Aviso | Ainda o Apanhamos!DOIS LIVROS DE RUI TAVARES NUM SÓ: De um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo Do outro, aquelas que nos apontam o caminho para um Portugal melhor Não foi por Falta de Aviso. Na última década e meia, enquanto o mundo lutava com as sequelas de uma crise financeira e enfrentava uma pandemia, crescia uma ameaça maior à nossa forma democrática de vida. O regresso do autoritarismo estava à vista de todos. Mas poucos o quiseram ver, e menos ainda nomear desde tão cedo. Não Foi por Falta de Aviso é um desses raros relatos. Porque o resto da história ainda pode ser diferente. Ainda o Apanhamos! Nos 50 anos do 25 Abril, que inaugurou o nosso regime mais livre e generoso, é tempo de revisitar uma tensão fundamental ao ser português: a tensão entre pequenez e grandeza, entre velho e novo. Esta ideia de que estamos quase sempre a chegar lá, ou prontos a desistir a meio do caminho. Para desatar o nó, não basta o «dizer umas coisas» dos populistas e não chegam as folhas de cálculo dos tecnocratas. É preciso descrever a visão de um Portugal melhor e partilhar um caminho para lá chegar. SINOPSE CURTA Um livro de Rui Tavares que se divide em dois: de um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo; do outro, as crónicas que apontam o caminho para um Portugal melhor. -
O Fim da Paz PerpétuaO mundo é um lugar cada vez mais perigoso e precisamos de entender porquêCom o segundo aniversário da invasão da Ucrânia, que se assinala a 24 de Fevereiro, e uma outra tragédia bélica em curso no Médio Oriente, nunca neste século o mundo esteve numa situação tão perigosa. A predisposição bélica e as tensões político-militares regressaram em força. A ideia de um futuro pacífico e de cooperação entre Estados, sonhada por Kant, está a desmoronar-se.Este livro reflecte sobre o recrudescimento de rivalidades e conflitos a nível internacional e sobre as grandes incógnitas geopolíticas com que estamos confrontados. Uma das maiores ironias dos tempos conturbados que atravessamos é de índole geográfica. Immanuel Kant viveu em Königsberg, capital da Prússia Oriental, onde escreveu o panfleto Para a Paz Perpétua. Königsberg é hoje Kaliningrado, território russo situado entre a Polónia e a Lituânia, bem perto da guerra em curso no leste europeu. Aí, Putin descerrou em 2005 uma placa em honra de Kant, afirmando a sua admiração pelo filósofo que, segundo ele, «se opôs categoricamente à resolução de divergências entre governos pela guerra».O presidente russo está hoje bem menos kantiano - e o mundo também. -
Manual de Filosofia PolíticaEste Manual de Filosofia Política aborda, em capítulos autónomos, muitas das grandes questões políticas do nosso tempo, como a pobreza global, as migrações internacionais, a crise da democracia, a crise ambiental e a política de ambiente, a nossa relação com os animais não humanos, a construção europeia, a multiculturalidade e o multiculturalismo, a guerra e o terrorismo. Mas fá-lo de uma forma empiricamente informada e, sobretudo, filosoficamente alicerçada, começando por explicar cada um dos grandes paradigmas teóricos a partir dos quais estas questões podem ser perspectivadas, como o utilitarismo, o igualitarismo liberal, o libertarismo, o comunitarismo, o republicanismo, a democracia deliberativa, o marxismo e o realismo político. Por isso, esta é uma obra fundamental para professores, investigadores e estudantes, mas também para todos os que se interessam por reflectir sobre as sociedades em que vivemos e as políticas que queremos favorecer. -
O Labirinto dos PerdidosMaalouf regressa com um ensaio geopolítico bastante aguardado. O autor, que tem sido um guia para quem procura compreender os desafios significativos do mundo moderno, oferece, nesta obra substantiva e profunda, os resultados de anos de pesquisa. Uma reflexão salutar em tempos de turbulência global, de um dos nossos maiores pensadores. De leitura obrigatória.Uma guerra devastadora eclodiu no coração da Europa, reavivando dolorosos traumas históricos. Desenrola-se um confronto global, colocando o Ocidente contra a China e a Rússia. É claro para todos que está em curso uma grande transformação, visível já no nosso modo de vida, e que desafia os alicerces da civilização. Embora todos reconheçam a realidade, ainda ninguém examinou a crise atual com a profundidade que ela merece.Como aconteceu? Neste livro, Amin Maalouf aborda as origens deste novo conflito entre o Ocidente e os seus adversários, traçando a história de quatro nações preeminentes. -
Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXIO que são, afinal, a esquerda e a direita políticas? Trata-se de conceitos estanques, flutuantes, ou relativos? Quando foi que começámos a usar estes termos para designar enquadramentos políticos? Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXI é um ensaio historiográfico, político e filosófico no qual Rui Tavares responde a estas questões e explica por que razão a terminologia «esquerda / direita» não só continua a ser relevante, como poderá fazer hoje mais sentido do que nunca. -
Textos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
Introdução ao ConservadorismoUMA VIAGEM À DOUTRINA POLÍTICA CONSERVADORA – SUA ESSÊNCIA, EVOLUÇÃO E ACTUALIDADE «Existiu sempre, e continua a existir, uma carência de elaboração e destilação de princípios conservadores por entre a miríade de visões e experiências conservadoras. Isso não seria particularmente danoso por si mesmo se o conservadorismo não se tivesse tornado uma alternativa a outras ideologias políticas, com as quais muitas pessoas, alguns milhões de pessoas por todo o mundo, se identificam e estão dispostas a dar o seu apoio cívico explícito. Assim sendo, dizer o que essa alternativa significa em termos políticos passa a ser uma tarefa da maior importância.» «O QUE É O CONSERVADORISMO?Uma pergunta tão directa devia ter uma resposta igualmente directa. Existe essa resposta? Perguntar o que é o conservadorismo parece supor que o conservadorismo tem uma essência, parece supor que é uma essência, e, por conseguinte, que é subsumível numa definição bem delimitada, a que podemos acrescentar algumas propriedades acidentais ou contingentes.»