Porquê a Guerra?
Publicado em 1933, simultaneamente em alemão, em inglês e em francês, pelo Instituto Internacional de Cooperação Intelectual, uma das numerosas emanações da Sociedade das Nações, Porquê a Guerra? é composto por duas longas cartas — uma de Einstein e a outra de Freud, dois dos maiores vultos do século XX. O que pensavam? Como relativizavam a guerra ao falarem um com o outro?
| Editora | Publicações Europa-América |
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| Coleção | Livros de Bolso |
| Categorias | |
| Editora | Publicações Europa-América |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Albert Einstein, Sigmund Freud |
Sigmund Freud (1856-1939), um dos maiores pensadores do século XX, foi o criador da Psicanálise. Oriundo de uma família judaica austro-húngara, mudou-se para Viena com apenas quatro anos, cidade onde viria a ingressar na Universidade de Medicina. Apesar de ter sido inicialmente marginalizado pela comunidade científica, a Psicanálise é a prova viva do seu trabalho inovador e da forma como transformou incontornavelmente o horizonte do estudo da mente e do comportamento humano. Freud viveu os horrores da hegemonia nazi na primeira pessoa, perdendo quatro irmãs em campos de concentração e vendo-se obrigado a refugiar-se em Londres.
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A Interpretação das AfasiasEste primeiro escrito teórico conhecido de Freud abre perspectivas à sua obra futura, pois leva já ao estudo do lapso, do acto falhado, do chiste, do sonho. Aliás, o estudo das afasias, a par das paralisias infantis, surge em Freud previamente ao estudo da psicanálise. -
A Interpretação das AfasiasA Interpretação das Afasias (1891) é talvez o primeiro trabalho teórico de Freud, em todo o caso o seu escrito inaugural publicado. A afasia é uma desordem neurológica que faz com que a capacidade de pronunciar palavras ou nomear objectos comuns se perca, em resultado de uma doença orgânica do cérebro. O estudo das afasia leva já ao estudo do lapso, do acto falhado, do sonho, como resulta, aliás, das referências implícitas nos respectivos ensaios sucessivos. A questão é colocada de modo mais estrutural do que neurológico, o que leva a que este texto seja, em geral, escassamente citado pelos artigos de neurologia sobre o assunto. -
Sobre os SonhosUm dos primeiros contributos de Sigmund Freud para a Psicologia e para a Psicoanálise foi A "Interpretação dos Sonhos", publicado em 1900 e considerado a sua melhor obra inclusivamente, pelo próprio Freud. Consciente, no entanto, de que se tratava de um livro extenso e difícil, resolveu compilar, numa versão mais concisa e acessível, as ideias que apresentou em A Interpretação dos Sonhos. É essa pequena obra que agora publicamos. Desde a sua publicação que gerações de leitores e estudantes a ela recorreram para ficarem com um relato coerente e autorizado da teoria de Freud sobre os sonhos enquanto realização de um desejo distorcido. Estudantes e psicólogos irão saudar esta edição de bolso de uma obra que não perde a actualidade da autoria do pai da Psicanálise moderna. Este livro destina-se também a todos aqueles que se interessam pelos sonhos, ou pelo funcionamento do inconsciente. -
O Significado da RelatividadeSinopse «Pouco tempo antes da sua morte, Einstein conseguiu, ao fazer uma nova revisão da Teoria Geral da Relatividade, simplificar a dedução das suas equações de campo, bem como a forma destas equações, tornando o conjunto da teoria mais transparente, sem alteração do seu conteúdo. É esta versão simplificada que Einstein apresenta pela primeira vez neste seu livro, no apêndice II, ao tratar da teoria relativista do campo não simétrico. [...] Pareceu-nos, portanto, que seria do maior interesse divulgar em Portugal os últimos trabalhos de Einstein, que constituem a derradeira mensagem que dirigiu, ainda em pleno vigor da sua extraordinária capacidade intelectual, aos cientistas da nossa época.» Professor Mário Silva, «Explicação prévia» -
O Mal-Estar na CivilizaçãoO Mal-Estar na Civilização é a obra em que Sigmund Freud (1856-1939) analisa o modo como a espécie humana sacrificou a vida instintiva e reprimiu a espontaneidade para permitir o progresso social e cultural. É também este o livro em que Freud analisa a origem dos sentimentos de culpa e, de um modo geral, procede à mais completa exposição das suas ideias sobre a história da humanidade. O livro integra também o ensaio Reflexões em Tempos de Guerra e de Morte. -
Uma Recordação de Infância de Leonardo da VinciUma Recordação de Infância de Leonardo da Vinci«é a única coisa bela que escrevi», disse um dia Freud a Ferenczi. E tudo indica que Freud manteve sempre uma particular relação com este livro escrito em 1910 e que constituiu uma primeira abordagem psicanalítica do processo de criação artística. Marthe Robert considera mesmo que se trata de «uma obra clássica da literatura alemã». Tudo começou quando Freud adivinhou no ambíguo sorriso das mulheres pintadas por Leonardo da Vinci a ternura sublimada mas inquieta por uma mãe longínqua. -
Três Ensaios Sobre Teoria da SexualidadeTrês Ensaios Sobre Teoria da Sexualidade é a melhor apresentação das concepções de Freud sobre a sexualidade infantil e sua evolução e sobre os desvios do objecto da libido. «Ao cabo de uma década a observar a recepção deste livro e os efeitos por ele provocados, decidi acrescentar à sua terceira edição algumas observações preliminares destinadas a impedir mal-entendidos e expectativas impossíveis de satisfazer. Antes de mais, afirme-se que as considerações aqui tecidas provêm inteiramente da experiência clínica quotidiana, à qual as conclusões da investigação psicanalítica deverão acrescentar profundidade e relevância científica.» Do Prefácio da terceira edição -
Para Além do Princípio do PrazerAo longo da sua obra, Freud mudou de opinião sobre vários temas importantes. Talvez a mais evidente tenha sido a sua revisão à teoria de instinto. Para Além do Princípio do Prazer, publicado em 1920, é a primeira afirmação clara de uma nova teoria de Freud em que o amor e a vida prevalecem sobre a agressão e a morte. Esta obra representa uma importante revisão teórica das primeiras ideias de Freud e um ponto de viragem na teoria psicanalítica. «O grande legado de Freud ( ) expõe de forma brilhante o estado da psique.» Mark Edmundson -
Autobiografia Intelectual e História do Movimento PsicanalíticoEsta Autobiografia é a descrição dos primeiros anos de trabalho e investigação de Sigmund Freud, do modo como foi descobrindo as principais correntes psicológicas e neurológicas da sua época e como, através da influência de Breuer, encontrou o caminho para a psicanálise. E nenhuma teoria sobre o funcionamento da estrutura psíquica exerceu uma influência tão grande como a psicanálise.Esta Autobiografia de 1925 é acompanhada pela História do Movimento Psicanalítíco publicada em 1914. Freud, que estivera praticamente só na defesa da psicanálise durante cerca de dez anos e sujeito às mais diversas e violentas críticas, foi conseguindo obter a adesão para as suas concepções de vários jovens médicos e investigadores de diferentes países. Depois, o próprio movimento psicanalítico foi-se institucionalizando e ramificando, sob o olhar atento de seu fundador. -
A Interpretação dos SonhosA primeira edição de A Interpretação dos Sonhos (Die Traumdeutung) foi publicada em Novembro de 1899. Esta obra inaugurou a teoria da análise do sonho, cuja actividade Freud descrevia como «a estrada real para o conhecimento dos processos mentais do inconsciente»: «Nas páginas que se seguem, apresentarei a prova de que há uma técnica psicológica que permite interpretar os sonhos, e de que pela aplicação desse processo todos os sonhos surgirão como uma configuração psicológica significante, que podemos inserir num lugar específico nas actividades psíquicas da vigília. Além disso, tentarei elucidar os processos que subjazem à estranheza e à obscuridade dos nossos sonhos, e deduzir desses processos a natureza das forças psíquicas cujo conflito ou cooperação são por eles responsáveis. Feito isto, darei a minha investigação por terminada, pois terá atingido o ponto em que o problema do sonho se entronca em problemas mais gerais, cuja resolução exige o recurso a materiais de índole diferente.» Do I Capítulo de A Interpretação dos Sonhos
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A Esquerda não é WokeSe somos de esquerda, somos woke. Se somos woke, somos de esquerda.Não, não é assim. E este erro é extremamente perigoso.Na sua génese e nas suas pedras basilares, o wokismo entra em conflito com as ideias que guiam a esquerda há mais de duzentos anos: um compromisso com o universalismo, uma distinção objetiva entre justiça e poder, e a crença na possibilidade de progresso. Sem estas ideias, afirma a filósofa Susan Neiman, os wokistas continuarão a minar o caminho até aos seus objetivos e derivarão, sem intenção mas inexoravelmente, rumo à direita. Em suma: o wokismo arrisca tornar-se aquilo que despreza.Neste livro, a autora, um dos nomes mais importantes da filosofia, demonstra que a sua tese tem origem na influência negativa de dois titãs do pensamento do século XXI, Michel Foucault e Carl Schmitt, cuja obra menosprezava as ideias de justiça e progresso e retratava a vida em sociedade como uma constante e eterna luta de «nós contra eles». Agora, há uma geração que foi educada com essa noção, que cresceu rodeada por uma cultura bem mais vasta, modelada pelas ideias implacáveis do neoliberalismo e da psicologia evolutiva, e quer mudar o mundo. Bem, talvez seja tempo de esta geração parar para pensar outra vez. -
Não foi por Falta de Aviso | Ainda o Apanhamos!DOIS LIVROS DE RUI TAVARES NUM SÓ: De um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo Do outro, aquelas que nos apontam o caminho para um Portugal melhor Não foi por Falta de Aviso. Na última década e meia, enquanto o mundo lutava com as sequelas de uma crise financeira e enfrentava uma pandemia, crescia uma ameaça maior à nossa forma democrática de vida. O regresso do autoritarismo estava à vista de todos. Mas poucos o quiseram ver, e menos ainda nomear desde tão cedo. Não Foi por Falta de Aviso é um desses raros relatos. Porque o resto da história ainda pode ser diferente. Ainda o Apanhamos! Nos 50 anos do 25 Abril, que inaugurou o nosso regime mais livre e generoso, é tempo de revisitar uma tensão fundamental ao ser português: a tensão entre pequenez e grandeza, entre velho e novo. Esta ideia de que estamos quase sempre a chegar lá, ou prontos a desistir a meio do caminho. Para desatar o nó, não basta o «dizer umas coisas» dos populistas e não chegam as folhas de cálculo dos tecnocratas. É preciso descrever a visão de um Portugal melhor e partilhar um caminho para lá chegar. SINOPSE CURTA Um livro de Rui Tavares que se divide em dois: de um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo; do outro, as crónicas que apontam o caminho para um Portugal melhor. -
As Lições dos MestresO encontro pessoal entre mestre e discípulo é o tema de George Steiner neste livro absolutamente fascinante, uma sólida reflexão sobre a interacção infinitamente complexa e subtil de poder, confiança e paixão que marca as formas mais profundas de pedagogia. Baseado em conferências que o autor proferiu na Universidade de Harvard, As Lições dos Mestres evoca um grande número de figuras exemplares, nomeadamente, Sócrates e Platão, Jesus e os seus discípulos, Virgílio e Dante, Heloísa e Abelardo, Tycho Brahe e Johann Kepler, o Baal Shem Tov, sábios confucionistas e budistas, Edmund Husserl e Martin Heidegger, Nadia Boulanger e Knute Rockne. Escrito com erudição e paixão, o presente livro é em si mesmo uma lição magistral sobre a elevada vocação e os sérios riscos que o verdadeiro professor e o verdadeiro aluno assumem e partilham. -
O Fim da Paz PerpétuaO mundo é um lugar cada vez mais perigoso e precisamos de entender porquêCom o segundo aniversário da invasão da Ucrânia, que se assinala a 24 de Fevereiro, e uma outra tragédia bélica em curso no Médio Oriente, nunca neste século o mundo esteve numa situação tão perigosa. A predisposição bélica e as tensões político-militares regressaram em força. A ideia de um futuro pacífico e de cooperação entre Estados, sonhada por Kant, está a desmoronar-se.Este livro reflecte sobre o recrudescimento de rivalidades e conflitos a nível internacional e sobre as grandes incógnitas geopolíticas com que estamos confrontados. Uma das maiores ironias dos tempos conturbados que atravessamos é de índole geográfica. Immanuel Kant viveu em Königsberg, capital da Prússia Oriental, onde escreveu o panfleto Para a Paz Perpétua. Königsberg é hoje Kaliningrado, território russo situado entre a Polónia e a Lituânia, bem perto da guerra em curso no leste europeu. Aí, Putin descerrou em 2005 uma placa em honra de Kant, afirmando a sua admiração pelo filósofo que, segundo ele, «se opôs categoricamente à resolução de divergências entre governos pela guerra».O presidente russo está hoje bem menos kantiano - e o mundo também. -
Manual de Filosofia PolíticaEste Manual de Filosofia Política aborda, em capítulos autónomos, muitas das grandes questões políticas do nosso tempo, como a pobreza global, as migrações internacionais, a crise da democracia, a crise ambiental e a política de ambiente, a nossa relação com os animais não humanos, a construção europeia, a multiculturalidade e o multiculturalismo, a guerra e o terrorismo. Mas fá-lo de uma forma empiricamente informada e, sobretudo, filosoficamente alicerçada, começando por explicar cada um dos grandes paradigmas teóricos a partir dos quais estas questões podem ser perspectivadas, como o utilitarismo, o igualitarismo liberal, o libertarismo, o comunitarismo, o republicanismo, a democracia deliberativa, o marxismo e o realismo político. Por isso, esta é uma obra fundamental para professores, investigadores e estudantes, mas também para todos os que se interessam por reflectir sobre as sociedades em que vivemos e as políticas que queremos favorecer. -
O Labirinto dos PerdidosMaalouf regressa com um ensaio geopolítico bastante aguardado. O autor, que tem sido um guia para quem procura compreender os desafios significativos do mundo moderno, oferece, nesta obra substantiva e profunda, os resultados de anos de pesquisa. Uma reflexão salutar em tempos de turbulência global, de um dos nossos maiores pensadores. De leitura obrigatória.Uma guerra devastadora eclodiu no coração da Europa, reavivando dolorosos traumas históricos. Desenrola-se um confronto global, colocando o Ocidente contra a China e a Rússia. É claro para todos que está em curso uma grande transformação, visível já no nosso modo de vida, e que desafia os alicerces da civilização. Embora todos reconheçam a realidade, ainda ninguém examinou a crise atual com a profundidade que ela merece.Como aconteceu? Neste livro, Amin Maalouf aborda as origens deste novo conflito entre o Ocidente e os seus adversários, traçando a história de quatro nações preeminentes. -
Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXIO que são, afinal, a esquerda e a direita políticas? Trata-se de conceitos estanques, flutuantes, ou relativos? Quando foi que começámos a usar estes termos para designar enquadramentos políticos? Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXI é um ensaio historiográfico, político e filosófico no qual Rui Tavares responde a estas questões e explica por que razão a terminologia «esquerda / direita» não só continua a ser relevante, como poderá fazer hoje mais sentido do que nunca. -
Textos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução.