Romanceiro Cigano e Poeta em Nova Iorque
Romanceiro Cigano, o poema que consagrou Federico García Lorca, e Poeta em Nova Iorque, numa nova tradução de Miguel Filipe Mochila, com introdução de Pedro Mexia.
Em 1928, Federico García Lorca revoluciona a poesia ocidental com a publicação de Romanceiro Cigano, conjunto de histórias inspiradas na tradição oral carregadas de vitalidade e simbolismo. No ano seguinte, atravessa o Atlântico e assiste à rutura social e económica provocada pela grande depressão. Desta experiência emerge Poeta em Nova Iorque, uma denúncia catártica da desumanização e da alienação, onde a relação entre palavra e imagem assume uma expressão inexoravelmente pessimista.
Uma poesia ancorada nas mais universais contradições humanas que canta a vida, a morte, a liberdade e o desejo com singular intensidade.
| Editora | Penguin Clássicos |
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| Editora | Penguin Clássicos |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Federico García Lorca |
Poeta e dramaturgo, pertencente à geração de 27, conhecido também como músico e artista. Seus amigos incluíam intelectuais como Luis Buñuel e Salvador Dalí ou os poetas Rafael Alberti e Juan Ramón Jiménez.
Depois de um período turbulento nos Estados Unidos e em Cuba, no qual escreveu notáveis poemas surrealistas, voltou a Espanha, percorrendo o país com o teatro La Barraca.
Como dramaturgo, ele encontrou sucesso na tragédia.
Foi baleado pelo regime de Franco nos primeiros dias da Guerra Civil, aos 38 anos.
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Anjo e DuendeCom vinte e um anos de idade e farto dos provincianismos de Granada, o jovem Lorca mergulhou de corpo inteiro no turbilhão cultural de Madrid. Lia, ouvia e via tudo, tinha vizinhos de quarto tão invulgares como Luis Buñuel e Salvador Dalí. Não frequentava as aulas, antes divertia-se e divertia. Em papéis soltos, as suas poesias começavam a encher-se de uma Andaluzia essencial, de morte cantada como mutilação trágica da vida, de touros e homens num abraço de agonia flamenca, de santos com suores e lágrimas de sangue, de santas com rendas e rosto de mulher nocturna, de ciganos em estado de inocência. Os anos de vida que lhe sobravam, dezassete, foram vividos assim – a escrever –, vagueando à volta deste mundo saído da Espanha profunda, que celebrava nos seus poemas. -
Poemas: Federico García LorcaUma excelente antologia de um dos maiores poetas do século XX, com seleção e tradução de Eugénio de Andrade.O SILÊNCIOOuve, meu filho, o silêncio.É um silêncio ondulado,um silênciodonde resvalam ecos e vales,e que inclina a frontepara o chão. -
Antologia PoéticaEsta antologia contém a tradução integral de quatro livros de García Lorca (Romancero Gitano, Poeta en Nueva York, Llanto por Ignacio Sánchez Mejías e Diván del Tamarit). Integra também uma selecção de Canciones e do Poema del Cante Jondo e sete sonetos de um livro inacabado. -
Romanceiro Cigano seguido de Pranto por Ignacio Sánchez MejíasAlém dos clássicos italianos primaciais (Dante, Petrarca) e dos dramaturgos franceses do século XVII (Racine, Corneille e Molière), Vasco Graça Moura também se dedicou à tradução de poetas europeus do século XX, como Rainer Maria Rilke ou Federico García Lorca.A presente tradução, que agora se publica em versão bilingue, apresenta duas vertentes da obra poética de Lorca, que se materializam em dois livros: Romanceiro Cigano, de sabor mais popular, em que se cantam o amor, a morte, o dia, a noite e a paisagem, e em que o efeito quase surrealista tem que ver com o recurso a várias tradições líricas; e Pranto por Ignacio Sánchez Mejías, poema fúnebre em memória de um toureiro célebre, com uma composição mais elaborada (em que surge, por exemplo, o decassílabo) e que Vasco Graça Moura elege como um dos grandes poemas trágicos do século XX: «Põe em presença o homem, as suas capacidades de razão, de sensibilidade e de coragem, a enfrentar a fúria bruta da irracionalidade numa coreografia da morte e do destino em quatro andamentos de extraordinária musicalidade.» -
Dona Rosinha, A SolteiraRosinha está apaixonada pelo primo, com quem vai casar. No entanto, os pais do noivo pedem a presença do seu amado, para que este os ajude na reabilitação da fazenda da família. Rosinha e o noivo despedem-se e Rosinha fica a preparar o enxoval, enquanto aguarda cartas do seu amor. -
Retábulo de Dom Cristóvão / YermaRetábulo de Dom Cristóvão Farsa para fantoches, apresenta uma tragi comédia de adultério, humor crú e violência.A peça aborda o tema do homem rico que ‘compra’ a bela rapariga e as consequências que daí advêm.Yerma A peça, de carácter trágico, passa-se na Andaluzia do seculo XX. O drama de Yerma que não consegue conceber filhos e enfrenta, desesperada, a indiferença do marido. -
A Casa de Bernarda AlbaA Casa de Bernarda Alba é uma tragédia, severa e simples, como a classificou o próprio Lorca: a tragédia das mulheres das aldeias espanholas, acorrentadas a preconceitos e mitos que um convencionalismo social, tão cruel como vazio de valores, defende a todo o transe, mesmo à custa do aniquilamento das pessoas.É o que efectivamente acontece aqui, nesta peça trágica, impregnada simultaneamente pelo lirismo característico de Lorca e pelo sopro fatalista que o poeta bebeu na Andaluzia da sua infância.Federico García Lorca, um dos maiores nomes da literatura espanhola do século XX, nasceu em Fuentevaqueros em 1899. Depois de uma infância vivida no campo, frequentou o Colégio de Almeria e as Faculdades de Direito e de Letras de Granada. O teatro foi a sua paixão, a ele devendo, e à poesia, o lugar que conquistou no mundo das letras. A consagração definitiva como autor advém-lhe com a trilogia Bodas de Sangue, Yerma e A Casa de Bernarda Alba. Federico García Lorca morreu em 1936, fuzilado pela Guarda Civil franquista. -
Selected Poems - Federico García LorcaSpain's greatest and most well-loved modern poet, Lorca has long been admired for the emotional intensity and dark brilliance of his work, which drew on music, drama, mythology and the songs of his Andulucian childhood. From the playful Suites and stylized Gypsy Ballads, to his own dark vision of urban life, Poet in New York, and his elegaic meditation on death, Lament for Ignacio Sánchez Mejías; his range was remarkable. This bilingual edition provides versions by distinguished poets and translators, drawing on every book of poems published by Lorca and on his uncollected works
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Tal como És- Versos e Reversos do RyokanAntologia poética do monge budista Ryokan, com tradução a partir do original japonês. -
TisanasReedição das Tisanas de Ana Hatherly, poemas em prosa que ocuparam grande parte da vida da poeta e artista. -
NocturamaOs poemas são a exasperação sonhada As palavras são animais esquivos, imprecisos e noturnos. É desse pressuposto que Nocturama lança mão para descobrir de que sombras se densifica a linguagem: poemas que se desdobram num acordeão impressionante, para nos trazerem de forma bastante escura e às vezes irónica a suprema dúvida do real. -
Primeiros Trabalhos - 1970-19791970-1979 é uma selecção feita pela autora, da sua escrita durante esse mesmo período. Uma parte deste livro são trabalhos nunca publicados, onde constam excertos do seu diário, performances e notas pessoais. A maioria dos textos foram publicados ao longo da década de setenta, em livros que há muito se encontram esgotados, mesmo na língua original.“Éramos tão inocentes e perigosos como crianças a correr por um campo de minas.Alguns não conseguiram. A alguns apareceram-lhes mais campos traiçoeiros. E algunsparece que se saíram bem e viveram para recordar e celebrar os outros.Uma artista enverga o seu trabalho em vez das feridas. Aqui está então um vislumbredas dores da minha geração. Frequentemente bruto, irreverente—mas concretizado,posso assegurar, com um coração destemido.”-Patti SmithPrefácio de Rafaela JacintoTradução de cobramor -
Horácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis). -
Um Inconcebível AcasoNo ano em que se celebra o centenário de Wisława Szymborska, e coincidindo com a data do 23º aniversário da atribuição do prémio Nobel à autora, as Edições do Saguão e a tradutora Teresa Fernandes Swiatkiewicz apresentam uma antologia dos seus poemas autobiográficos. Para esta edição foram escolhidos vinte e seis poemas, divididos em três partes. Entre «o nada virado do avesso» e «o ser virado do avesso», a existência e a inexistência, nesta selecção são apresentados os elementos do que constituiu o trajecto e a oficina poética de Szymborska. Neles sobressai a importância do acaso na vida, o impacto da experiência da segunda grande guerra, e a condição do ofício do poeta do pós-guerra, que já não é um demiurgo e, sim, um operário da palavra que a custo trilha caminho. Nos poemas de Wisława Szymborska esse trajecto encontra sempre um destino realizado de forma desarmante entre contrastes de humor e tristeza, de dúvida e do meter à prova, de inteligência e da ingenuidade de uma criança, configurados num território poético de achados entregues ao leitor como uma notícia, por vezes um postal ilustrado, que nos chega de um lugar que sabemos existir, mas que muito poucos visitam e, menos ainda, nos podem dele dar conta. -
AlfabetoALFABET [Alfabeto], publicado em 1981, é a obra mais conhecida e traduzida de Inger Christensen.Trata-se de um longo poema sobre a fragilidade da natureza perante as ameaças humanas da guerra e da devastação ecológica. De modo a salientar a perfeição e a simplicidade de tudo o que existe, a autora decidiu estruturar a sua obra de acordo com a sequência de números inteiros de Fibonacci, que está na base de muitas das formas do mundo natural (como a geometria da pinha, do olho do girassol ou do interior de certas conchas). Como tal, Alfabeto apresenta catorze secções, desde a letra A à letra N, sendo que o número de versos de cada uma é sempre a soma do número de versos das duas secções anteriores. Ao longo destes capítulos, cada vez mais extensos, Christensen vai assim nomeando todas as coisas que compõem o mundo.Este livro, verdadeiramente genesíaco, é a primeira tradução integral para português de uma obra sua. -
Fronteira-Mátria - [Ou Como Chegamos Até Aqui]Sou fronteiradois lados de lugar qualquerum pé em cada território.O ser fronteiriço énascer&serde todo-lugar/ lugar-nenhum.(…)Todas as coisas primeiras são impossíveis de definir. Fronteira-Mátria é um livro que traz um oceano ao meio. Neste projeto original que une TERRA e MAZE, há que mergulhar fundo para ler além da superfície uma pulsão imensa de talento e instinto.Toda a criação é um exercício de resistência. Aqui se rimam as narrativas individuais, com as suas linguagens, seus manifestos, suas tribos, mas disparando flechas para lá das fronteiras da geografia, do território, das classes e regressando, uma e outra vez, à ancestral humanidade de uma história que é coletiva — a nossa. Veja-se a beleza e a plasticidade da língua portuguesa, a provar como este diálogo transatlântico é também a celebração necessária do que, na diferença, nos une.Todas as coisas surpreendentes são de transitória definição. Há que ler as ondas nas entrelinhas. Talvez o mais audacioso deste livro seja o servir de testemunho para muito mais do que as quatro mãos que o escrevem. Ficamos nós, leitores, sem saber onde terminam eles e começamos nós.Todas as coisas maravilhosas são difíceis de definir. Este é um livro para ouvir, sem sabermos se é poesia, se é música, se é missiva no vento. Se é uma oração antiga, ainda que nascida ainda agora pela voz de dois enormes nomes da cultura hip-hop de Portugal e do Brasil. Mátria carregada de futuro, anterior à escrita e à canção.Minês Castanheira

