Sistema Político Português Séculos XIX-XXI - Continuidades e Ruturas
Este livro fornece uma visão geral sobre as continuidades e ruturas do sistema político português ao longo de quatro regimes (Monarquia Constitucional, I República, Estado Novo e Democracia/II República), séculos XIX-XXI. Após uma introdução pelo organizador, na qual se define o conceito de sistema político e se faz uma revisão da literatura para demonstrar o carácter inovador e de obra de referência do presente livro, seguem-se oito capítulos (dois por cada regime) protagonizados por eminentes especialistas (de cada período). No último capítulo, partindo das definições dos regimes liberais e liberais-democráticos e dos resultados dos capítulos anteriores, o organizador sintetiza as continuidades e as ruturas do sistema político português ao longo dos quatro regimes em cinco dimensões (Constituições, governo representativo, eleições, partidos e dimensões de conflito, direitos fundamentais).
| Editora | Almedina |
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| Coleção | Manuais Universitários |
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| Editora | Almedina |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | André Freire |
André Freire é Professor Catedrático em Ciência Política (CP), diretor do Doutoramento em CP, desde 2015, foi ainda Diretor da Licenciatura em CP, 2009-2015, ISCTE-IUL. É Investigador do CIES-IUL, e Diretor do Observatório da Democracia e da Representação Política, desde 2019. Tem lecionado e/ou apresentado conferências em várias universidades portuguesas e estrangeiras.
Freire tem dirigido vários projetos de pesquisa sobre ideologia, comportamento eleitoral, instituições e reformas políticas, e ainda sobre representação política. Sobre estes assuntos tem publicado abundantemente, nacional e internacionalmente (cerca de 30 livros e 100 artigos; inúmeros capítulos de livros).
Foi colunista do Público, 2006-2016, e do Jornal de Letras, 2017-2021, além de outras colaborações ocasionais nos mass media, e tem sido perito – consultor convidado de várias instituições nacionais e europeias.
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Austeridade Democracia e AutoritarismoA presente obra tem como temas principais as crises financeira, económica e político-democrática que Portugal tem vindo a experimentar (e a sofrer) ao longo dos últimos anos. Lateralmente, encontram-se nela também não poucos elementos para uma análise das reformas político-institucionais de que o país carece para ultra-passar os bloqueios do seu sistema político e para viabilizar ou facilitar a sua governabilidade, bem como para uma possível interpretação da chamada «crise das esquerdas». Ainda que não coloque o acento tónico de todas estas crises nos factores puramente domésticos, não deixa André Freire de examinar com minúcia os aspectos que, em termos de política interna, poderão ajudar Portugal a superar a sua difícil situação cívica (nomeadamente quanto ao alheamento de muitos pela política e ao défice de representação sentido por cada vez mais pessoas). Os textos que aqui se reúnem são, na sua esmagadora maioria, artigos de opinião publi-cados na imprensa portuguesa desde finais de 2007, sobretudo no Público, jornal onde o autor assina há alguns anos uma coluna regular. -
Da Gerigonça à Maioria AbsolutaUm livro para compreender Portugal e o seu enquadramento político nos dias atuais.Como mencionado pelo autor, o elemento unificador do livro é a paixão pela análise dos fenómenos políticos, sejam essas análises estimuladas pelas diferentes conjunturas políticas, sejam elas impulsionadas por obras literárias, dramatúrgicas ou cinematográficas, sendo que a lente de análise é sempre um misto de abordagens devedoras da ciência política comparativa e de um enfoque cidadão tendencialmente alinhado à esquerda, mas suficientemente analítico para agradar e interessar pessoas de vários quadrantes políticos.O livro ""Da «Geringonça» à maioria absoluta – a situação política em Portugal e na Europa"", do professor e cientista político André Freire reúne crónicas publicadas no Jornal de Letras, 2017-2022, no Público, 2022-2023, na Seara Nova e no blogue Vaca Voadora. Os textos foram agrupados por seis grandes temáticas.Nas partes I a IV, aborda-se a governação portuguesa desde a «Geringonça» (Parte I: 2015-2019), passando pelo «governo pisca-pisca» (Parte III: 2019-2022), até ao período da maioria absoluta (Parte IV: 2022-2023). Os posicionamentos das direitas face às alianças de esquerdas, «as direitas e as alianças políticas», são analisados na Parte II.Na Parte V, «Temas e debates na política europeia e internacional», são analisados vários tópicos de política comparada e relações internacionais. Na Parte VI, «Escritos culturais com ressonâncias políticas», parte-se de peças de teatro ou de obras cinematográficas e musicais para depois se contextualizar as mesmas e se escalpelizar as suas ressonâncias políticas.Um excelente livro para melhor compreender as mais recentes mudanças políticas no contexto português e o seu enquadramento perante o campo geopolítico em que está inserido.
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NovidadeA Esquerda não é WokeSe somos de esquerda, somos woke. Se somos woke, somos de esquerda.Não, não é assim. E este erro é extremamente perigoso.Na sua génese e nas suas pedras basilares, o wokismo entra em conflito com as ideias que guiam a esquerda há mais de duzentos anos: um compromisso com o universalismo, uma distinção objetiva entre justiça e poder, e a crença na possibilidade de progresso. Sem estas ideias, afirma a filósofa Susan Neiman, os wokistas continuarão a minar o caminho até aos seus objetivos e derivarão, sem intenção mas inexoravelmente, rumo à direita. Em suma: o wokismo arrisca tornar-se aquilo que despreza.Neste livro, a autora, um dos nomes mais importantes da filosofia, demonstra que a sua tese tem origem na influência negativa de dois titãs do pensamento do século XXI, Michel Foucault e Carl Schmitt, cuja obra menosprezava as ideias de justiça e progresso e retratava a vida em sociedade como uma constante e eterna luta de «nós contra eles». Agora, há uma geração que foi educada com essa noção, que cresceu rodeada por uma cultura bem mais vasta, modelada pelas ideias implacáveis do neoliberalismo e da psicologia evolutiva, e quer mudar o mundo. Bem, talvez seja tempo de esta geração parar para pensar outra vez. -
NovidadeNão foi por Falta de Aviso | Ainda o Apanhamos!DOIS LIVROS DE RUI TAVARES NUM SÓ: De um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo Do outro, aquelas que nos apontam o caminho para um Portugal melhor Não foi por Falta de Aviso. Na última década e meia, enquanto o mundo lutava com as sequelas de uma crise financeira e enfrentava uma pandemia, crescia uma ameaça maior à nossa forma democrática de vida. O regresso do autoritarismo estava à vista de todos. Mas poucos o quiseram ver, e menos ainda nomear desde tão cedo. Não Foi por Falta de Aviso é um desses raros relatos. Porque o resto da história ainda pode ser diferente. Ainda o Apanhamos! Nos 50 anos do 25 Abril, que inaugurou o nosso regime mais livre e generoso, é tempo de revisitar uma tensão fundamental ao ser português: a tensão entre pequenez e grandeza, entre velho e novo. Esta ideia de que estamos quase sempre a chegar lá, ou prontos a desistir a meio do caminho. Para desatar o nó, não basta o «dizer umas coisas» dos populistas e não chegam as folhas de cálculo dos tecnocratas. É preciso descrever a visão de um Portugal melhor e partilhar um caminho para lá chegar. SINOPSE CURTA Um livro de Rui Tavares que se divide em dois: de um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo; do outro, as crónicas que apontam o caminho para um Portugal melhor. -
NovidadeO Fim da Paz PerpétuaO mundo é um lugar cada vez mais perigoso e precisamos de entender porquêCom o segundo aniversário da invasão da Ucrânia, que se assinala a 24 de Fevereiro, e uma outra tragédia bélica em curso no Médio Oriente, nunca neste século o mundo esteve numa situação tão perigosa. A predisposição bélica e as tensões político-militares regressaram em força. A ideia de um futuro pacífico e de cooperação entre Estados, sonhada por Kant, está a desmoronar-se.Este livro reflecte sobre o recrudescimento de rivalidades e conflitos a nível internacional e sobre as grandes incógnitas geopolíticas com que estamos confrontados. Uma das maiores ironias dos tempos conturbados que atravessamos é de índole geográfica. Immanuel Kant viveu em Königsberg, capital da Prússia Oriental, onde escreveu o panfleto Para a Paz Perpétua. Königsberg é hoje Kaliningrado, território russo situado entre a Polónia e a Lituânia, bem perto da guerra em curso no leste europeu. Aí, Putin descerrou em 2005 uma placa em honra de Kant, afirmando a sua admiração pelo filósofo que, segundo ele, «se opôs categoricamente à resolução de divergências entre governos pela guerra».O presidente russo está hoje bem menos kantiano - e o mundo também. -
Manual de Filosofia PolíticaEste Manual de Filosofia Política aborda, em capítulos autónomos, muitas das grandes questões políticas do nosso tempo, como a pobreza global, as migrações internacionais, a crise da democracia, a crise ambiental e a política de ambiente, a nossa relação com os animais não humanos, a construção europeia, a multiculturalidade e o multiculturalismo, a guerra e o terrorismo. Mas fá-lo de uma forma empiricamente informada e, sobretudo, filosoficamente alicerçada, começando por explicar cada um dos grandes paradigmas teóricos a partir dos quais estas questões podem ser perspectivadas, como o utilitarismo, o igualitarismo liberal, o libertarismo, o comunitarismo, o republicanismo, a democracia deliberativa, o marxismo e o realismo político. Por isso, esta é uma obra fundamental para professores, investigadores e estudantes, mas também para todos os que se interessam por reflectir sobre as sociedades em que vivemos e as políticas que queremos favorecer. -
NovidadeO Labirinto dos PerdidosMaalouf regressa com um ensaio geopolítico bastante aguardado. O autor, que tem sido um guia para quem procura compreender os desafios significativos do mundo moderno, oferece, nesta obra substantiva e profunda, os resultados de anos de pesquisa. Uma reflexão salutar em tempos de turbulência global, de um dos nossos maiores pensadores. De leitura obrigatória.Uma guerra devastadora eclodiu no coração da Europa, reavivando dolorosos traumas históricos. Desenrola-se um confronto global, colocando o Ocidente contra a China e a Rússia. É claro para todos que está em curso uma grande transformação, visível já no nosso modo de vida, e que desafia os alicerces da civilização. Embora todos reconheçam a realidade, ainda ninguém examinou a crise atual com a profundidade que ela merece.Como aconteceu? Neste livro, Amin Maalouf aborda as origens deste novo conflito entre o Ocidente e os seus adversários, traçando a história de quatro nações preeminentes. -
Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXIO que são, afinal, a esquerda e a direita políticas? Trata-se de conceitos estanques, flutuantes, ou relativos? Quando foi que começámos a usar estes termos para designar enquadramentos políticos? Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXI é um ensaio historiográfico, político e filosófico no qual Rui Tavares responde a estas questões e explica por que razão a terminologia «esquerda / direita» não só continua a ser relevante, como poderá fazer hoje mais sentido do que nunca. -
NovidadeTextos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
NovidadeIntrodução ao ConservadorismoUMA VIAGEM À DOUTRINA POLÍTICA CONSERVADORA – SUA ESSÊNCIA, EVOLUÇÃO E ACTUALIDADE «Existiu sempre, e continua a existir, uma carência de elaboração e destilação de princípios conservadores por entre a miríade de visões e experiências conservadoras. Isso não seria particularmente danoso por si mesmo se o conservadorismo não se tivesse tornado uma alternativa a outras ideologias políticas, com as quais muitas pessoas, alguns milhões de pessoas por todo o mundo, se identificam e estão dispostas a dar o seu apoio cívico explícito. Assim sendo, dizer o que essa alternativa significa em termos políticos passa a ser uma tarefa da maior importância.» «O QUE É O CONSERVADORISMO?Uma pergunta tão directa devia ter uma resposta igualmente directa. Existe essa resposta? Perguntar o que é o conservadorismo parece supor que o conservadorismo tem uma essência, parece supor que é uma essência, e, por conseguinte, que é subsumível numa definição bem delimitada, a que podemos acrescentar algumas propriedades acidentais ou contingentes.»