Sobre o Teatro de Marionetas e Outros Escritos
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Heinrich von Kleist (1777-1811) é um dos nomes maiores da literatura alemã do séc. XIX e o mais importante dramaturgo do Romantismo alemão, considerado o precursor do teatro moderno. Além disso, escreveu poemas, novelas, contos e ensaios, em que revela um génio único. Este volume reúne alguns textos de reflexão, escritos entre 1799 e 1811, de natureza estética, que denotam uma enigmática abordagem das questões metafísicas discutidas pelos grandes filósofos da época. Outros títulos deste autor, na Antígona: Michael Kohlhaas, O Rebelde, e A Marquesa de O…/O Terramoto no Chile.
Heinrich Von Kleist
Heinrich von Kleist (Frankfurt an der Oder, 18 de Outubro de 1777 — Berlim-Wannsee, 21 de Novembro de 1811) foi um poeta e prosador alemão. Em Outubro de 1800 descobre a sua vocação literária. No início de 1801, parte com a sua irmã Ulrike em viagem a Paris, coisa que, seguindo as palavras de Robert Walser, “nenhum contemporâneo ousou”, demonstrando ser “um Europeu
convicto”. Em Abril de 1802 habita numa ilha do lago de Thoume na Suíça, onde trabalha na tragédia A Família Schroffenstein, e inicia a escrita da comédia O Jarro Quebrado. As suas novelas, as mais poderosas de toda
a literatura alemã, foram reunidas em dois volumes e publicadas em 1810 e 1811, ano da sua morte por suicídio, projectado e realizadoem conjunto com a sua amiga Henriette Vogel.
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O Duelo“Como todas as outras suas novelas, ‘O Duelo’ não é uma narrativa sem tempo nem lugar, nela vemos homens e mulheres historicamente determinados, socialmente reconhecíveis, serem subitamente arrastados por um furacão que transforma as suas vidas e as converte num enigma: aquela que está inocente, Littegarde, encontra-se no ponto imóvel de uma tormenta, aí vê o mundo ruir, tornar-se demoníaco.” [Da Apresentação de Maria Filomena Molder]Esta tradução de Maria Filomena Molder está a ser utilizada na encenação de Carlos Pimenta, que estará em exibição no Teatro Nacional de S. João entre 1 e 10 de Julho de 2021. -
Estranha Profecia e Outros TextosPequeno livro que revela pela primeira vez ao leitor português uma das facetas mais interessantes da obra de um dos grandes autores da literatura alemã.«Entre o início de Outubro de 1810 e o final de Março de 1811, Heinrich von Kleist organizou e editou um dos primeiros jornais diários da cidade de Berlim, o vespertino Berliner Abendblätter. Foi aí que publicou pela primeira vez alguns dos seus textos mais célebres, entre os quais se contam as primeiras versões dos contos A mendiga de Locarno e A Santa Cecília ou o poder da música, e ainda vários ensaios, como Carta a um jovem poeta, Um princípio da crítica superior, ou Sobre o teatro de marionetas.» (do Posfácio)Assumindo um cariz intencionalmente sensacionalista, Kleist preenche os espaços livres do jornal, os que ficavam no final das colunas de texto dos artigos e dos textos de maior dimensão, com pequenas histórias, relatos de episódios do quotidiano, anedotas, relatórios da polícia de Berlim, relatos de ocorrências estranhas, críticas, opiniões...Neste conjunto de textos o leitor pode encontrar o antepassado do microconto ou ter uma noção da realidade quotidiana na metrópole alemã na primeira década do século XIX. Este livro tanto pode ser lido como um trabalho literário ou como um dos primeiros exemplos da escrita jornalística moderna, mas, acima de tudo, revela a notável polivalência de um escritor incomparável.Esta é a primeira tradução em língua portuguesa de grande parte destes textos. -
Michael Kohlhaas'I finished it in one sitting. Probably for the tenth time... it carries me along waves of wonder' Franz Kafka MICHAEL KOHLHAAS HAS BEEN WRONGED. HE WILL HAVE JUSTICE. Based on the real life of an ordinary horse-dealer cheated by a government official, Michael Kohlhaas is the darkly comical and magnificently weird story of one man's alienation from a corrupt legal system. When his attempts to claim his rights are thwarted by bureaucracy and nepotism, Kohlhaas vows to take justice into his own - increasingly bloody - hands. Will he be remembered as a dangerous enemy of the peace, or a vigilante heroPraised by Franz Kafka, Thomas Mann, Susan Sontag, Roberto Bolao, Werner Herzog, and J. M. Coetzee, this is one of the most influential tales in German literature. In this vital new translation by the renowned poet Michael Hofmann, Kleist's bizarre, brutal and maddening story is urgent today.
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Os CavaleirosOs Cavaleiros foram apresentados nas Leneias de 424 por um Aristófanes ainda jovem. A peça foi aceite com entusiasmo e galardoada com o primeiro lugar. A comédia surgiu no prolongamento de uma divergência entre o autor e o político mais popular da época, Cléon, em quem Aristófanes encarna o símbolo da classe indesejável dos demagogos. Denunciar a corrupção que se instaurou na política ateniense, os seus segredos e o seu êxito, eis o que preocupava, acima de tudo, o autor. Discursos, mentiras, falsas promessas, corrupção e condenáveis ambições são apenas algumas das 'virtudes' denunciadas, numa peça vibrante de ritmo que cativou o público ateniense da época e que cativa o público do nosso tempo, talvez porque afinal não tenha havido grandes mudanças na vida da sociedade humana. -
Atriz e Ator Artistas - Vol. I - Representação e Consciência da ExpressãoNas origens do Teatro está a capacidade de inventar personagens materiais e imateriais, de arquitetar narrativas que lancem às personagens o desafio de se confrontarem com situações e dificuldades que terão de ultrapassar. As religiões roubaram ao Teatro as personagens imateriais. Reforçaram os arquétipos em que tinham de se basear para conseguirem inventariar normas de conduta partilháveis que apaziguassem as ansiedades das pessoas perante o mundo desconhecido e o medo da morte.O Teatro ficou com as personagens materiais, representantes não dos deuses na terra, mas de seres humanos pulsionais, contraditórios, vulneráveis, que, apesar de perdidos nos seus percursos existenciais, procuram dar sentido às suas escolhas.Aos artesãos pensadores do Teatro cabe o desígnio de ir compreendendo a sua função ao longo dos tempos, inventando as ferramentas, esclarecendo as noções que permitam executar a especificidade da sua Arte. Não se podem demitir da responsabilidade de serem capazes de transmitir as ideias, as experiências adquiridas, às gerações vindouras, dando continuidade à ancestralidade de uma profissão que perdura. -
As Mulheres que Celebram as TesmofóriasEsta comédia foi apresentada por Aristófanes em 411 a. C., no festival das Grandes Dionísias, em Atenas. É, antes de mais, de Eurípides e da sua tragédia que se trata em As Mulheres que celebram as Tesmofórias. Aristófanes, ao construir uma comédia em tudo semelhante ao estilo de Eurípides, procura caricaturá-lo. Aristófanes dedica, pela primeira vez, toda uma peça ao tema da crítica literária. Dois aspectos sobressaem na presente caricatura: o gosto obsessivo de Eurípides pela criação de personagens femininas, e a produção de intrigas complexas, guiadas por percalços imprevisíveis da sorte. A somar-se ao tema literário, um outro se perfila como igualmente relevante, e responsável por uma diversidade de tons cómicos que poderão constituir um dos argumentos em favor do muito provável sucesso desta produção. Trata-se do confronto de sexos e da própria ambiguidade nesta matéria. -
A Comédia da MarmitaO pobre Euclião encontra uma marmita cheia de ouro, esconde-a e aferra-se a ela; passa a desconfiar de tudo e de todos. Entretanto, não se apercebe que Fedra, a sua filha, está grávida de Licónides. Megadoro, vizinho rico, apaixonado, pede a mão de Fedra em casamento, e prontifica-se a pagar a boda, já que a moça não tem dote. Euclião aceita e prepara-se o casamento. Ora acontece que Megadouro é tio de Licónides. É assim que começa esta popular peça de Plauto, cheia de peripécias e de mal-entendidos, onde se destaca a personagem de Euclião com a sua desconfiança, e que prende o leitor até ao fim. «O dinheiro não dá felicidade mas uma marmita de ouro, ao canto da lareira, ajuda muito à festa» - poderá ser a espécie de moralidade desta comédia a Aulularia cujo modelo influenciou escritores famosos (Shakespeare e Molière, por exemplo) e que, a seguir ao Anfitrião, se situa entre as peças mais divulgadas de Plauto. -
O Teatro e o Seu Duplo«O Teatro e o Seu Duplo, publicado em 1938 e reunindo textos escritos entre 1931 e 1936, é um ataque indignado em relação ao teatro. Paisagem de combate, como a obra toda, e reafirmação, na esteira de Novalis, de que o homem existe poeticamente na terra.Uma noção angular é aí desenvolvida: a noção de atletismo afectivo.Quer dizer: a extensão da noção de atletismo físico e muscular à força e ao poder da alma. Poderá falar-se doravante de uma ginástica moral, de uma musculatura do inconsciente, repousando sobre o conhecimento das respirações e uma estrita aplicação dos princípios da acupunctura chinesa ao teatro.»Vasco Santos, Posfácio -
Menina JúliaJúlia é uma jovem aristocrata que, por detrás de uma inocência aparente esconde um lado provocador. Numa noite de S. João, Júlia seduz e é seduzida por João, criado do senhor Conde e noivo de Cristina, a cozinheira da casa. Desejo, conflitos de poder, o choque violento das classes sociais e dos sexos que povoam aquela que será uma noite trágica. -
Os HeraclidasHéracles é o nome do deus grego que passou para a mitologia romana com o nome de Hércules; e Heraclidas é o nome que designa todos os seus descendentes.Este drama relata uma parte da história dos Heraclidas, que é também um episódio da Mitologia Clássica: com a morte de Héracles, perseguido pelo ódio de Euristeu, os Heraclidas refugiam-se junto de Teseu, rei de Atenas, o que representa para eles uma ajuda eficaz. Teseu aceita entrar em guerra contra Euristeu, que perece na guerra, junto com os seus filhos. -
A Comédia dos BurrosA “Asinaria” é, no conjunto, uma comédia de enganos equilibrada e com cenas particularmente divertidas, bem ao estilo de Plauto. A intriga - na qual encontramos alguns dos tipos e situações características do teatro plautino (o jovem apaixonado desprovido de dinheiro; o pai rival do filho nos seus amores; a esposa colérica odiada pelo marido; a cínica, esperta e calculadora alcoviteira; e os escravos astutos, hábeis e mentirosos) - desenrola-se em dois tons - emoção e farsa - que, ao combinarem-se, comandam a intriga através de uma paródia crescente até ao triunfo decisivo do tom cómico.