A Praia Sob a Calçada
Em "A Praia sob a Calçada" o autor, então refugiado e estudante em Paris, evoca a sua participação e a de outros portugueses nos acontecimentos de Maio de 68, relembra alguns dos episódios mais significativos desses dias que abalaram a França e procede ao balanço das ideias, das expectativas, das revoltas e dos movimentos juvenis que nos anos 60 puseram em causa o statu quo em muitos países europeus e até noutros continentes. Revoltas e movimentos que, contendo uma recusa do acomodamento e do adormecimento, exprimiam a vontade de mudar a vida e de mudar o mundo, o que os torna, porventura, mais do que nunca, actuais e exemplares. Este livro é um testemunho, o retrato de uma época e um convite à reflexão e ao debate.
| Editora | Âncora Editora |
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| Editora | Âncora Editora |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Fernando Pereira Marques |
Diplomado pela École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris e Doutor de Estado em Sociologia (Histórica e Política) pela Universidade de Picardie (Amiens-França). Professor Catedrático Convidado na ULHT de Lisboa em Ciência Política e História, e investigador integrado no IHC da Universidade Nova de Lisboa. Foi dirigente nacional do PS, Deputado à Assembleia da República em várias legislaturas e membro das Assembleias Parlamentares do Conselho da Europa e da UEO.
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Introdução ao Estudo dos Partidos Políticos e Sistemas EleitoraisEste livro é uma introdução destinada a estudantes ou a quem quer principiar a estudar os partidos políticos e os sistemas eleitorais de uma forma sistemática e nos seus aspectos fundamentais, de modo a ultrapassar as superficialidades do senso comum e do “ruído” mediático sobre temas tão relevantes para a nossa vida colectiva. Fruto da experiência lectiva do autor durante bastantes anos e, obviamente, da reflexão e da actividade enquanto investigador, também assenta nalgumas obras de referência citadas e das quais, infelizmente, não há tradução disponível em Portugal (nalguns casos as edições existentes, e nem sempre fáceis de encontrar, são brasileiras). Com efeito, o estudo da Ciência Política, enquanto saber autónomo na Universidade, é recente entre nós e se já começa a haver uma importante bibliografia de produção nacional, esta, normalmente, fruto de teses (de mestrado ou de doutoramento) ou de investigações sobre temas bem delimitados, não é acessível a quem dá os primeiros passos nesse estudo. Em especial no que concerne aos partidos e aos sistemas eleitorais. -
O Socialismo e o PS em PortugalApesar da incipiente industrialização, as ideias socialistas chegaram ao nosso país nos anos 50 do século XIX quando ainda se viviam as sequelas da Patuleia, guerra civil que contribuiu para abalar os alicerces da monarquia. Viriam a surgir, assim, as primeiras associações visando “os melhoramentos das classes laboriosas”, os primeiros periódicos e textos doutrinários. Em 1875, mesmo antes de que isso acontecesse noutros países mais desenvolvidos, foi fundado o Partido Socialista. Figuras como Antero de Quental e José Fontana fariam com que o socialismo entre nós tivesse, desde logo, características muito especiais no que concerne à sua componente libertária e ética. Isto não impediria que também aqui se repercutissem as divisões programáticas em curso no resto da Europa o que, no contexto da sociedade portuguesa, ajudaria à hegemonia das ideias republicanas e do anarco- sindicalismo no movimento operário. Durante a I República os socialistas tiveram expressão modesta a nível sindical e parlamentar, apesar de chegarem a estar presentes em governos e terem contribuído para reformas significativas. Não admira, pois, que durante o Estado Novo o socialismo se tivesse amalgamado com a oposição democrática republicana, apesar de sempre existirem tentativas no sentido de afirmar a sua identidade. Até que, em 1964, Mário Soares, Tito de Morais, Ramos da Costa, entre outros, criaram a Acção Socialista Portuguesa, embrião do actual Partido Socialista fundado em 1973. Este, após o derrube da ditadura a 25 de Abril de 1974, tornar-se-ia a força decisiva para a construção do Portugal democrático dos dias de hoje e continua a desempenhar o papel fulcral que é conhecido. Recorrendo a vários autores de diversas formações académicas, pretende-se com este livro recordar o passado do socialismo português, para melhor analisar o seu presente e perspectivar o futuro. -
A República Possível (1910-1926)A situação em Portugal entre 1910 e 1926 não foi muito diferente da generalidade de situações coetâneas noutras sociedades europeias, do ponto de vista da radicalização da conflitualidade social e da instabilidade política. É, pois, redutor atribuir a queda da I República a «erros», a «faltas», a «desvios» – segundo as versões benignas de tipo historicista –, ou à perversidade «jacobina», «anticlerical», ou até «autoritária» dos políticos republicanos, segundo as versões de outros historiadores.Em termos mais simples, não foi a balbúrdia de que falam alguns textos referindo-se a esse período, o caos ou a catástrofe que a propaganda salazarista descrevia ou que ainda vários sustentam, nem foi uma «Cousa Santa» traída por militares e por um ditador perverso. Foi a «República possível» no contexto da sociedade portuguesa com as suas características e problemáticas específicas, um processo complexo, mas modernizador que a ditadura militar e o salazarismo travaram eficazmente. -
Uma Nova Concepção de Luta«Poucas pessoas podiam contribuir tanto para a história da LUAR e para a preservação da sua memória como Fernando Pereira Marques. Militante da LUAR, participou na tentativa de tomada da cidade da Covilhã, em Agosto de 1968, chefiada por Hermínio da Palma Inácio, na sequência da qual foi preso pela PIDE. Foi também director do jornal da LUAR, Fronteira. Neste livro ele combina o seu testemunho pessoal e os depoimentos de muitos dos seus companheiros da LUAR com uma abundante documentação e com a sua experiência enquanto historiador.» José Pacheco Pereira, Prefácio Reunindo muito material inédito sobre as organizações que contribuíram para a queda do regime, com particular ênfase na LUAR (Liga de Unidade e Acção Revolucionária), este livro apresenta um conjunto de documentos, passaportes, fotografias, e panfletos, todos provindos do espólio do Arquivo Ephemera. Aqui ficamos a conhecer a história da organização LUAR, dos seus protagonistas, da luta armada e de que forma contribuíram para derrubar definitivamente o regime salazarista. -
Sobre as Causas do Atraso NacionalEsta colecção visa reunir obras de autores nacionais e estrangeiros que constroem o pensamento da nossa contemporaneidade ou que ajudam a melhor compreender essa mesma contemporaneidade. Neste 1º número, o autor retoma a questão, que se poderá dizer recorrente, das "causas do atraso nacional", sobre a qual discorreram desde os chamados estrangeirados, dos séculos XVII e XVIII, à Geração de 70 e mais pensadores das gerações seguintes. Recorrendo a uma metodologia no âmbito da sociologia histórico-política e da história das ideias, nesta obra, na I Parte, revisita-se o tema da "identidade nacional", não só na perspectiva de autores como Teixeira de Pascoaes, mas também a partir da forma como os "Outros", os estrangeiros, nos olham, pelo menos desde Clenardo, procurando confrontar-se essa ideia de identidade com a realidade do país e esse olhar. Assim, nas duas partes seguintes, através de vários capítulos, procede-se à caracterização, numa perspectiva histórica e sociológica, das causas do que em certos momentos se designou por "decadência", analisando constantes e factores estruturais detectáveis, no que diz respeito à cultura e mentalidades, à educação e ao ensino, à religião ( o impacte da Inquisição sobre a sociedade portuguesa), à economia. Finalmente, dedica-se a quarta e quinta partes, a uma espécie de síntese das anteriores, centrando a reflexão sobre os fenómenos da mudança e da modernização e analisando, neste quadro, os reflexos na realidade social dos dias de hoje das constantes e factores detectados e estudados. -
De que Falamos Quando Falamos de Cultura«De Que Falamos quando Falamos de Cutura», hoje, na sociedade em que vivemos e no País que somos, onde nem a relativa euforia do anos 1994, quando Lisboa procurou ser a Capital Europeia da Cultura, permite iludir os problemas estruturais que continuamos a enfrentar neste domínio. Considerada predominantemente na sua dimensão política, é frequente tema de controvérsia e constitui matéria cada vez mais associada às opções profundas que marcam o nosso quotidiano. Todavia, num mundo complexo como o actual, a cultura não escapa a esta complexidade na sua multiplicidade de componentes. Complexidade com que se deparam os poderes públicos, os criadores, os profissionais e os cidadãos em geral. Este livro pretende ser um contributo útil para a reflexão necessária. -
A Partilha das Bananas«E como era agradável ver e apreciar a forma delicada como aqueles dois macacos desfrutavam da Natureza sem a prejudicar, sem a poluir... Tudo transpirava respeito... Tudo era natural e verdadeiro. Em momento algum durante a brincadeira, eles partiam, estragavam fosse o que fosse, ou faziam lixo. Cada uma das suas diversões sabia muito bem aproveitar a disponibilidade das árvores, dos ramos, das folhas, do sol, do vento... E a Natureza, ali ao lado, sorria feliz.»Este livro é, sem dúvida, um belo hino à Natureza, com música e tudo. Enquanto dois amigos macacos animadamente se divertem, procurando ignorar a chegada da fome, podemos sentir a forma carinhosa como a Natureza os abraça e abraça a todos os que a sabem apreciar e respeitar. Até porque, como diz a sua canção "O bem que lhe fizermos, para nós ele voltará, pois todos também somos natureza".E como é possível cantar a Natureza com toda a alegria, este livro inclui a pauta musical da canção A Mãe Natureza, com letra e música da autoria de Fernando Marques Pereira.Com a animação e encanto das brincadeiras infantis, toda a história é pontuada por sábios provérbios, também muito do gosto das crianças, que lhes dão importantes momentos de sabedoria e aprendizagem.A maneira como é resolvida a divisão de duas bananas entre dois amigos desavindos e esfomeados é uma grande lição sobre importantes valores como a justiça, igualdade, partilha e a amizade. -
«Quem Manda?...» Nacional-Salazarismo e Estado Novo - Volume 1Nos anos áureos do Estado Novo este grito ecoou pelas ruas e praças do país sintetizando a doutrina que então se impusera, designada pelo autor de nacional-salazarismo, e que foi o cimento de um regime que duraria dezenas de anos. Detestando as encenações do poder que envolvessem multidões, orador cerebral e estilista apurado que nada tinha de um tribuno, Salazar foi o chefe que marcou e personalizaou toda uma época. Qual o seu projecto de sociedade? Que sistema político construiu para garantir tal inusitada concentração de poder? Qual foi o papel das Forças Armadas e da Igreja? Como conseguiu Salazar sobreviver a alterações drásticas da situação internacional e às mais diversas crises internas? Este livro, nos seus dois volumes, contribui para responder a estas e a outras questões que não só motivam o trabalho de investigadores como interpelam os portugueses. -
«Quem Manda?...» Nacional-Salazarismo e Estado Novo - Volume 2«QUEM VIVE? PORTUGAL, PORTUGAL, PORTUGALQUEM MANDA? SALAZAR, SALAZAR, SALAZAR»Se este grito ecoou no país nos tempos áureos, sintetizando a doutrina que o autor designa de nacional-salazarismo, não é menos verdade que o passar dos anos terá diminuído o entusiasmo e abriu a porta a outros ecos, mas Salazar continuou firme no comando. O país, esse, desde o início da década de sessenta, sobrevivia a custo ao peso de uma guerra nas colónias que tirava vidas e prestígio internacional, aumentava o défice e as dúvidas, e mudava o rumo das ideias junto de alguns grupos. Perdia o país o seu império, perdia o Chefe o fôlego, sem nunca abandonar o seu estilo manipulador. Qual foi o papel da Igreja e das Forças Armadas durante o Estado Novo? Este segundo volume explora a importância do pilar teocrático e do pilar castrense no âmbito do regime de Salazar, um governante que marcou uma época da nossa história recente. Que projecto tinha para Portugal? -
Ainda Há Praia Sob a Calçada?Não cultivo uma serôdia nostalgia das ilusões que me animavam há cinquenta anos atrás, mas também não me penitencio por esse inconformismo juvenil. Antes pelo contrário, é graças a ele e à memória viva desses tempos que, reflectindo sobre o actual estado das coisas, se por um lado me recuso a ignorar o que nele é susceptível de nos tornar realisticamente pessimistas, por outro insisto em manter um indispensável optimismo da vontade que abra perspectivas de futuro. Numa determinada fase da evolução das sociedades ocidentais, quando os modelos tecno-económicos sofriam os efeitos da industrialização, compreende-se que se tenha pensado, com o optimismo herdado das Luzes, que a superação das desigualdades e das injustiças que nelas existiam se conseguiria resolvendo as antinomias capital vs. trabalho, burguesia vs. proletariado e substituindo o “modo de produção” capitalista pelo “modo de produção socialista”. O século XX, o afrontamento entre extremos que o ensanguentaram e os autoritarismos e totalitarismos que se implantaram vieram demonstrar que o funcionamento das sociedades e as pessoas na sua humanidade tornam tudo mais complexo. Por isso, a recusa do conformismo e da aceitação passiva do statu quo deve ter, sempre em primeiro lugar, o ser humano como medida de todas as coisas, pois nada justifica a opressão de gente de carne e osso; nem a defesa de Wall Street, nem a promessa de um paraíso terreno ou etéreo.
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Vemo-nos em AgostoTodos os anos, a 16 de agosto, Ana Magdalena Bach apanha o ferry que a leva até à ilha onde a mãe está enterrada, para visitar o seu túmulo. Estas viagens acabam por ser um convite irresistível para se tornar uma pessoa diferente durante uma noite por ano.Ana é casada e feliz há vinte e sete anos e não tem motivos para abandonar a vida que construiu com o marido e os dois filhos. No entanto, sozinha na ilha, Ana Magdalena Bach contempla os homens no bar do hotel, e todos os anos arranja um novo amante. Através das sensuais noites caribenhas repletas de salsa e boleros, homens sedutores e vigaristas, a cada agosto que passa Ana viaja mais longe para o interior do seu desejo e do medo escondido no seu coração.Escrito no estilo inconfundível e fascinante de García Márquez, Vemo-nos em Agosto é um hino à vida, à resistência do prazer apesar da passagem do tempo e ao desejo feminino. Um presente inesperado de um dos melhores escritores que o mundo já conheceu. A tradução é de J. Teixeira de Aguilar. -
Deus na EscuridãoEste livro explora a ideia de que amar é sempre um sentimento que se exerce na escuridão. Uma aposta sem garantia que se pode tornar absoluta. A dúvida está em saber se os irmãos podem amar como as mães que, por sua vez, amam como Deus. -
O ColecionadorNo mais recente e trepidante thriller de Daniel Silva, autor n.º 1 da lista dos mais vendidos do The New York Times, Gabriel Allon embarca na busca de um quadro roubado de Vermeer e descobre uma conspiração que poderia levar o mundo à beira do Armagedão nuclear.Na manhã seguinte à gala anual da Venice Preservation Society, Gabriel Allon, restaurador de quadros e espião lendário, entra no seu bar preferido da ilha de Murano e aí encontra o general Cesare Ferrari, comandante da Brigada de Arte, que aguarda, ansioso, a sua chegada. Os carabinieri tinham feito uma descoberta assombrosa na villa amalfitana de um magnata sul-africano morto em circunstâncias suspeitas: uma câmara acouraçada secreta que continha uma moldura e um esticador vazios cujas dimensões coincidiam com as do quadro desaparecido mais valioso do mundo. O general Ferrari pede a Gabriel para encontrar discretamente a obra-prima antes que o seu rasto se volte a perder. - Esse não é o vosso trabalho?- Encontrar quadros roubados? Teoricamente, sim. Mas o Gabriel é muito melhor a fazê-lo do que nós.O quadro em questão é O concerto de Johannes Vermeer, uma das treze obras roubadas do Museu Isabella Stewart Gardner de Boston, em 1990. Com a ajuda de uma aliada inesperada, uma bela hacker e ladra profissional dinamarquesa, Gabriel não demora a descobrir que o roubo do quadro faz parte de uma tramoia ilegal de milhares de milhões de dólares na qual está implicado um indivíduo cujo nome de código é «o colecionador», um executivo da indústria energética estreitamente vinculado às altas esferas do poder na Rússia. O quadro desaparecido é o eixo de um complô que, caso seja bem-sucedido, poderia submeter o mundo a um conflito de proporções apocalípticas. Para o desmantelar, Gabriel terá de perpetrar um golpe de extrema audácia enquanto milhões de vidas estão presas por um fio. -
O EscritórioDawn Schiff é uma mulher estranha. Pelo menos, é o que toda a gente pensa na Vixed, a empresa de suplementos nutricionais onde trabalha como contabilista. Dawn nunca diz a coisa certa. Não tem amigos. E senta-se todos os dias à secretária, para trabalhar, precisamente às 8h45 da manhã.Talvez seja por isso que, certa manhã, quando Dawn não aparece para trabalhar, a sua colega Natalie Farrell – bonita, popular e a melhor vendedora da empresa há cinco anos consecutivos – se surpreenda. E mais ainda quando o telefone de Dawn toca e alguém do outro lado da linha diz apenas «Socorro».Aquele telefonema alterou tudo… afinal, nada liga tanto duas pessoas como partilhar um segredo. E agora Natalie está irrevogavelmente ligada a Dawn e vê-se envolvida num jogo do gato e do rato. Parece que Dawn não era simplesmente uma pessoa estranha, antissocial e desajeitada, mas estava a ser perseguida por alguém próximo.À medida que o mistério se adensa, Natalie não consegue deixar de se questionar: afinal, quem é a verdadeira vítima? Mas uma coisa é clara: alguém odiava Dawn Schiff. O suficiente para a matar.«NÃO COMECE UM LIVRO DE FREIDA McFADDEN A ALTAS HORAS DA NOITE.NÃO O VAI CONSEGUIR LARGAR!» AMAZON«O ESCRITÓRIO É UM THRILLER TENSO E VICIANTE DA AUTORA MAIS ADORADA DO MOMENTO.» GOODREADS -
Os Meus Dias na Livraria MorisakiEsta é uma história em que a magia dos livros, a paixão pelas coisas simples e belas e a elegância japonesa se unem para nos tocar a alma e o coração.Estamos em Jimbocho, o bairro das livrarias de Tóquio, um paraíso para leitores. Aqui, o tempo não se mede da mesma maneira e a tranquilidade contrasta com o bulício do metro, ali ao lado, e com os desmesurados prédios modernos que traçam linhas retas no céu.Mas há quem não conheça este bairro. Takako, uma rapariga de 25 anos, com uma existência um pouco cinzenta, sabe onde fica, mas raramente vem aqui. Porém, é em Jimbocho que fica a livraria Morisaki, que está na família há três gerações: um espaço pequenino, num antigo prédio de madeira. Estamos assim apresentados ao reino de Satoru, o excêntrico tio de Takako. Satoru é o oposto de Takako, que, desde que o rapaz por quem estava apaixonada lhe disse que iria casar com outra pessoa, não sai de casa.É então que o tio lhe oferece o primeiro andar da Morisaki para morar. Takako, que lê tão pouco, vê-se de repente a viver entre periclitantes pilhas de livros, a ter de falar com clientes que lhe fazem perguntas insólitas. Entre conversas cada vez mais apaixonadas sobre literatura, um encontro num café com um rapaz tão estranho quanto tímido e inesperadas revelações sobre a história de amor de Satoru, aos poucos, Takako descobre uma forma de falar e de estar com os outros que começa nos livros para chegar ao coração. Uma forma de viver mais pura, autêntica e profundamente íntima, que deixa para trás os medos do confronto e da desilusão. -
ManiacMANIAC é uma obra de ficção baseada em factos reais que tem como protagonista John von Neumann, matemático húngaro nacionalizado norte-americano que lançou as bases da computação. Von Neumann esteve ligado ao Projeto Manhattan e foi considerado um dos investigadores mais brilhantes do século XX, capaz de antecipar muitas das perguntas fundamentais do século XXI. MANIAC pode ser lido como um relato dos mitos fundadores da tecnologia moderna, mas escrito com o ritmo de um thriller. Labatut é um escritor para quem “a literatura é um trabalho do espírito e não do cérebro”. Por isso, em MANIAC convergem a irracionalidade do misticismo e a racionalidade própria da ciência -
Uma Noite na Livraria Morisaki - Os meus Dias na Livraria Morisaki 2Sim, devemos regressar onde fomos felizes. E à livraria Morisaki, lugar de histórias únicas, voltamos com Takako, para descobrir um dos romances japoneses mais mágicos do ano.Estamos novamente em Tóquio, mais concretamente em Jimbocho, o bairro das livrarias, onde os leitores encontram o paraíso. Entre elas está a livraria Morisaki, um negócio familiar cuja especialidade é literatura japonesa contemporânea, há anos gerida por Satoru, e mais recentemente com a ajuda da mulher, Momoko. Além do casal, a sobrinha Takako é presença regular na Morisaki, e é ela quem vai tomar conta da livraria quando os tios seguem numa viagem romântica oferecida pela jovem, por ocasião do aniversário de casamento.Como já tinha acontecido, Takako instala-se no primeiro andar da livraria e mergulha, instantaneamente, naquele ambiente mágico, onde os clientes são especiais e as pilhas de livros formam uma espécie de barreira contra as coisas menos boas do mundo. Takako está entusiasmada, como há muito não se sentia, mas… porque está o tio, Satoru, a agir de forma tão estranha? E quem é aquela mulher que continua a ver, repetidamente, no café ao lado da livraria?Regressemos à livraria Morisaki, onde a beleza, a simplicidade e as surpresas estão longe, bem longe de acabar. -
Uma Brancura LuminosaUm homem conduz sem destino. Ao acaso, vira à direita e à esquerda até que chega ao final da estrada na orla da floresta e o seu carro fica atolado. Pouco depois começa a escurecer e a nevar. O homem sai do carro e, em vez de ir à procura de alguém que o ajude, aventura-se insensatamente na floresta escura, debaixo de um céu negro e sem estrelas. Perde-se, quase morre de frio e de cansaço, envolto numa impenetrável escuridão. É então que surge, de repente, uma luz.Uma Brancura Luminosa é a mais recente obra de ficção de Jon Fosse, Prémio Nobel de Literatura de 2023. Uma história breve, estranhamente sublime e bela, sobre a existência, a memória e o divino, escrita numa forma literária única capaz de assombrar e comover.Tradução do norueguês de Liliete Martins.Os elogios da crítica:«Uma introdução perfeita à obra de Jon Fosse.» The Telegraph«Inquietante e lírico, este pequeno livro é uma introdução adequadamente enigmática à obra de Fosse e um bom ponto de partida para se enfrentar os seus romances mais vastos e experimentais.» Financial Times - Livro do Ano 2023«Uma Brancura Luminosa é, muito simplesmente, grande literatura.» Dagbladet