De que Falamos Quando Falamos de Cultura
«De Que Falamos quando Falamos de Cutura», hoje, na sociedade em que vivemos e no País que somos, onde nem a relativa euforia do anos 1994, quando Lisboa procurou ser a Capital Europeia da Cultura, permite iludir os problemas estruturais que continuamos a enfrentar neste domínio. Considerada predominantemente na sua dimensão política, é frequente tema de controvérsia e constitui matéria cada vez mais associada às opções profundas que marcam o nosso quotidiano. Todavia, num mundo complexo como o actual, a cultura não escapa a esta complexidade na sua multiplicidade de componentes. Complexidade com que se deparam os poderes públicos, os criadores, os profissionais e os cidadãos em geral. Este livro pretende ser um contributo útil para a reflexão necessária.
Diplomado pela École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris e Doutor de Estado em Sociologia (Histórica e Política) pela Universidade de Picardie (Amiens-França). Professor Catedrático Convidado na ULHT de Lisboa em Ciência Política e História, e investigador integrado no IHC da Universidade Nova de Lisboa. Foi dirigente nacional do PS, Deputado à Assembleia da República em várias legislaturas e membro das Assembleias Parlamentares do Conselho da Europa e da UEO.
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A Praia Sob a CalçadaEm "A Praia sob a Calçada" o autor, então refugiado e estudante em Paris, evoca a sua participação e a de outros portugueses nos acontecimentos de Maio de 68, relembra alguns dos episódios mais significativos desses dias que abalaram a França e procede ao balanço das ideias, das expectativas, das revoltas e dos movimentos juvenis que nos anos 60 puseram em causa o statu quo em muitos países europeus e até noutros continentes. Revoltas e movimentos que, contendo uma recusa do acomodamento e do adormecimento, exprimiam a vontade de mudar a vida e de mudar o mundo, o que os torna, porventura, mais do que nunca, actuais e exemplares. Este livro é um testemunho, o retrato de uma época e um convite à reflexão e ao debate. -
Introdução ao Estudo dos Partidos Políticos e Sistemas EleitoraisEste livro é uma introdução destinada a estudantes ou a quem quer principiar a estudar os partidos políticos e os sistemas eleitorais de uma forma sistemática e nos seus aspectos fundamentais, de modo a ultrapassar as superficialidades do senso comum e do “ruído” mediático sobre temas tão relevantes para a nossa vida colectiva. Fruto da experiência lectiva do autor durante bastantes anos e, obviamente, da reflexão e da actividade enquanto investigador, também assenta nalgumas obras de referência citadas e das quais, infelizmente, não há tradução disponível em Portugal (nalguns casos as edições existentes, e nem sempre fáceis de encontrar, são brasileiras). Com efeito, o estudo da Ciência Política, enquanto saber autónomo na Universidade, é recente entre nós e se já começa a haver uma importante bibliografia de produção nacional, esta, normalmente, fruto de teses (de mestrado ou de doutoramento) ou de investigações sobre temas bem delimitados, não é acessível a quem dá os primeiros passos nesse estudo. Em especial no que concerne aos partidos e aos sistemas eleitorais. -
O Socialismo e o PS em PortugalApesar da incipiente industrialização, as ideias socialistas chegaram ao nosso país nos anos 50 do século XIX quando ainda se viviam as sequelas da Patuleia, guerra civil que contribuiu para abalar os alicerces da monarquia. Viriam a surgir, assim, as primeiras associações visando “os melhoramentos das classes laboriosas”, os primeiros periódicos e textos doutrinários. Em 1875, mesmo antes de que isso acontecesse noutros países mais desenvolvidos, foi fundado o Partido Socialista. Figuras como Antero de Quental e José Fontana fariam com que o socialismo entre nós tivesse, desde logo, características muito especiais no que concerne à sua componente libertária e ética. Isto não impediria que também aqui se repercutissem as divisões programáticas em curso no resto da Europa o que, no contexto da sociedade portuguesa, ajudaria à hegemonia das ideias republicanas e do anarco- sindicalismo no movimento operário. Durante a I República os socialistas tiveram expressão modesta a nível sindical e parlamentar, apesar de chegarem a estar presentes em governos e terem contribuído para reformas significativas. Não admira, pois, que durante o Estado Novo o socialismo se tivesse amalgamado com a oposição democrática republicana, apesar de sempre existirem tentativas no sentido de afirmar a sua identidade. Até que, em 1964, Mário Soares, Tito de Morais, Ramos da Costa, entre outros, criaram a Acção Socialista Portuguesa, embrião do actual Partido Socialista fundado em 1973. Este, após o derrube da ditadura a 25 de Abril de 1974, tornar-se-ia a força decisiva para a construção do Portugal democrático dos dias de hoje e continua a desempenhar o papel fulcral que é conhecido. Recorrendo a vários autores de diversas formações académicas, pretende-se com este livro recordar o passado do socialismo português, para melhor analisar o seu presente e perspectivar o futuro. -
A República Possível (1910-1926)A situação em Portugal entre 1910 e 1926 não foi muito diferente da generalidade de situações coetâneas noutras sociedades europeias, do ponto de vista da radicalização da conflitualidade social e da instabilidade política. É, pois, redutor atribuir a queda da I República a «erros», a «faltas», a «desvios» – segundo as versões benignas de tipo historicista –, ou à perversidade «jacobina», «anticlerical», ou até «autoritária» dos políticos republicanos, segundo as versões de outros historiadores.Em termos mais simples, não foi a balbúrdia de que falam alguns textos referindo-se a esse período, o caos ou a catástrofe que a propaganda salazarista descrevia ou que ainda vários sustentam, nem foi uma «Cousa Santa» traída por militares e por um ditador perverso. Foi a «República possível» no contexto da sociedade portuguesa com as suas características e problemáticas específicas, um processo complexo, mas modernizador que a ditadura militar e o salazarismo travaram eficazmente. -
Uma Nova Concepção de Luta«Poucas pessoas podiam contribuir tanto para a história da LUAR e para a preservação da sua memória como Fernando Pereira Marques. Militante da LUAR, participou na tentativa de tomada da cidade da Covilhã, em Agosto de 1968, chefiada por Hermínio da Palma Inácio, na sequência da qual foi preso pela PIDE. Foi também director do jornal da LUAR, Fronteira. Neste livro ele combina o seu testemunho pessoal e os depoimentos de muitos dos seus companheiros da LUAR com uma abundante documentação e com a sua experiência enquanto historiador.» José Pacheco Pereira, Prefácio Reunindo muito material inédito sobre as organizações que contribuíram para a queda do regime, com particular ênfase na LUAR (Liga de Unidade e Acção Revolucionária), este livro apresenta um conjunto de documentos, passaportes, fotografias, e panfletos, todos provindos do espólio do Arquivo Ephemera. Aqui ficamos a conhecer a história da organização LUAR, dos seus protagonistas, da luta armada e de que forma contribuíram para derrubar definitivamente o regime salazarista. -
Sobre as Causas do Atraso NacionalEsta colecção visa reunir obras de autores nacionais e estrangeiros que constroem o pensamento da nossa contemporaneidade ou que ajudam a melhor compreender essa mesma contemporaneidade. Neste 1º número, o autor retoma a questão, que se poderá dizer recorrente, das "causas do atraso nacional", sobre a qual discorreram desde os chamados estrangeirados, dos séculos XVII e XVIII, à Geração de 70 e mais pensadores das gerações seguintes. Recorrendo a uma metodologia no âmbito da sociologia histórico-política e da história das ideias, nesta obra, na I Parte, revisita-se o tema da "identidade nacional", não só na perspectiva de autores como Teixeira de Pascoaes, mas também a partir da forma como os "Outros", os estrangeiros, nos olham, pelo menos desde Clenardo, procurando confrontar-se essa ideia de identidade com a realidade do país e esse olhar. Assim, nas duas partes seguintes, através de vários capítulos, procede-se à caracterização, numa perspectiva histórica e sociológica, das causas do que em certos momentos se designou por "decadência", analisando constantes e factores estruturais detectáveis, no que diz respeito à cultura e mentalidades, à educação e ao ensino, à religião ( o impacte da Inquisição sobre a sociedade portuguesa), à economia. Finalmente, dedica-se a quarta e quinta partes, a uma espécie de síntese das anteriores, centrando a reflexão sobre os fenómenos da mudança e da modernização e analisando, neste quadro, os reflexos na realidade social dos dias de hoje das constantes e factores detectados e estudados. -
A Partilha das Bananas«E como era agradável ver e apreciar a forma delicada como aqueles dois macacos desfrutavam da Natureza sem a prejudicar, sem a poluir... Tudo transpirava respeito... Tudo era natural e verdadeiro. Em momento algum durante a brincadeira, eles partiam, estragavam fosse o que fosse, ou faziam lixo. Cada uma das suas diversões sabia muito bem aproveitar a disponibilidade das árvores, dos ramos, das folhas, do sol, do vento... E a Natureza, ali ao lado, sorria feliz.»Este livro é, sem dúvida, um belo hino à Natureza, com música e tudo. Enquanto dois amigos macacos animadamente se divertem, procurando ignorar a chegada da fome, podemos sentir a forma carinhosa como a Natureza os abraça e abraça a todos os que a sabem apreciar e respeitar. Até porque, como diz a sua canção "O bem que lhe fizermos, para nós ele voltará, pois todos também somos natureza".E como é possível cantar a Natureza com toda a alegria, este livro inclui a pauta musical da canção A Mãe Natureza, com letra e música da autoria de Fernando Marques Pereira.Com a animação e encanto das brincadeiras infantis, toda a história é pontuada por sábios provérbios, também muito do gosto das crianças, que lhes dão importantes momentos de sabedoria e aprendizagem.A maneira como é resolvida a divisão de duas bananas entre dois amigos desavindos e esfomeados é uma grande lição sobre importantes valores como a justiça, igualdade, partilha e a amizade. -
«Quem Manda?...» Nacional-Salazarismo e Estado Novo - Volume 1Nos anos áureos do Estado Novo este grito ecoou pelas ruas e praças do país sintetizando a doutrina que então se impusera, designada pelo autor de nacional-salazarismo, e que foi o cimento de um regime que duraria dezenas de anos. Detestando as encenações do poder que envolvessem multidões, orador cerebral e estilista apurado que nada tinha de um tribuno, Salazar foi o chefe que marcou e personalizaou toda uma época. Qual o seu projecto de sociedade? Que sistema político construiu para garantir tal inusitada concentração de poder? Qual foi o papel das Forças Armadas e da Igreja? Como conseguiu Salazar sobreviver a alterações drásticas da situação internacional e às mais diversas crises internas? Este livro, nos seus dois volumes, contribui para responder a estas e a outras questões que não só motivam o trabalho de investigadores como interpelam os portugueses. -
«Quem Manda?...» Nacional-Salazarismo e Estado Novo - Volume 2«QUEM VIVE? PORTUGAL, PORTUGAL, PORTUGALQUEM MANDA? SALAZAR, SALAZAR, SALAZAR»Se este grito ecoou no país nos tempos áureos, sintetizando a doutrina que o autor designa de nacional-salazarismo, não é menos verdade que o passar dos anos terá diminuído o entusiasmo e abriu a porta a outros ecos, mas Salazar continuou firme no comando. O país, esse, desde o início da década de sessenta, sobrevivia a custo ao peso de uma guerra nas colónias que tirava vidas e prestígio internacional, aumentava o défice e as dúvidas, e mudava o rumo das ideias junto de alguns grupos. Perdia o país o seu império, perdia o Chefe o fôlego, sem nunca abandonar o seu estilo manipulador. Qual foi o papel da Igreja e das Forças Armadas durante o Estado Novo? Este segundo volume explora a importância do pilar teocrático e do pilar castrense no âmbito do regime de Salazar, um governante que marcou uma época da nossa história recente. Que projecto tinha para Portugal? -
Ainda Há Praia Sob a Calçada?Não cultivo uma serôdia nostalgia das ilusões que me animavam há cinquenta anos atrás, mas também não me penitencio por esse inconformismo juvenil. Antes pelo contrário, é graças a ele e à memória viva desses tempos que, reflectindo sobre o actual estado das coisas, se por um lado me recuso a ignorar o que nele é susceptível de nos tornar realisticamente pessimistas, por outro insisto em manter um indispensável optimismo da vontade que abra perspectivas de futuro. Numa determinada fase da evolução das sociedades ocidentais, quando os modelos tecno-económicos sofriam os efeitos da industrialização, compreende-se que se tenha pensado, com o optimismo herdado das Luzes, que a superação das desigualdades e das injustiças que nelas existiam se conseguiria resolvendo as antinomias capital vs. trabalho, burguesia vs. proletariado e substituindo o “modo de produção” capitalista pelo “modo de produção socialista”. O século XX, o afrontamento entre extremos que o ensanguentaram e os autoritarismos e totalitarismos que se implantaram vieram demonstrar que o funcionamento das sociedades e as pessoas na sua humanidade tornam tudo mais complexo. Por isso, a recusa do conformismo e da aceitação passiva do statu quo deve ter, sempre em primeiro lugar, o ser humano como medida de todas as coisas, pois nada justifica a opressão de gente de carne e osso; nem a defesa de Wall Street, nem a promessa de um paraíso terreno ou etéreo.
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Arte, Religião e Imagens em Évora no tempo do Arcebispo D. Teodósio de Bragança, 1578-1601D. Teotónio de Bragança (1530-1602), Arcebispo de Évora entre 1578 e 1602, foi um grande mecenas das artes sob signo do Concílio de Trento. Fundou o Mosteiro de Scala Coeli da Cartuxa, custeou obras relevantes na Sé e em muitas paroquiais da Arquidiocese, e fez encomendas em Lisboa, Madrid, Roma e Florença para enriquecer esses espaços. Desenvolveu um novo tipo de arquitectura, ser- vindo-se de artistas de formação romana como Nicolau de Frias e Pero Vaz Pereira. Seguiu com inovação um modelo «reformado» de igrejas-auditório de novo tipo com decoração integral de interiores, espécie de ars senza tempo pensada para o caso alentejano, onde pintura a fresco, stucco, azulejo, talha, imaginária, esgrafito e outras artes se irmanam. Seguiu as orientações tridentinas de revitalização das sacrae imagines e enriqueceu-as com novos temas iconográficos. Recuperou lugares de culto matricial paleo-cristão como atestado de antiguidade legitimadora, seguindo os princípios de ‘restauro storico’ de Cesare Baronio; velhos cultos emergem então, caso de São Manços, São Jordão, São Brissos, Santa Comba, São Torpes e outros alegadamente eborenses. A arte que nasce em Évora no fim do século XVI, sob signo da Contra-Maniera, atinge assim um brilho que rivaliza com os anos do reinado de D. João III e do humanista André de Resende. O livro reflecte sobre o sentido profundo da sociedade de Évora do final de Quinhentos, nas suas misérias e grandezas. -
Cartoons - 1969-1992O REGRESSO DOS ICÓNICOS CARTOONS DE JOÃO ABEL MANTA Ao fim de 48 anos, esta é a primeira reedição do álbum Cartoons 1969‑1975, publicado em Dezembro de 1975, o que significa que levou quase tanto tempo a que estes desenhos regressassem ao convívio dos leitores portugueses como o que durou o regime derrubado pela Revolução de Abril de 1974.Mantém‑se a fidelidade do original aos cartoons, desenhos mais ou menos humorísticos de carácter essencialmente político, com possíveis derivações socioculturais, feitos para a imprensa generalista. Mas a nova edição, com alguns ajustes, acrescenta «todos os desenhos relevantes posteriores a essa data e todos os que, por razões que se desconhece (mas sobre as quais se poderá especular), foram omitidos dessa primeira edição», como explica o organizador, Pedro Piedade Marques, além de um aparato de notas explicativas e contextualizadoras. -
Constelações - Ensaios sobre Cultura e Técnica na ContemporaneidadeUm livro deve tudo aos que ajudaram a arrancá-lo ao grande exterior, seja ele o nada ou o real. Agora que o devolvo aos meandros de onde proveio, escavados por todos sobre a superfície da Terra, talvez mais um sulco, ou alguma água desviada, quero agradecer àqueles que me ajudaram a fazer este retraçamento do caminho feito nestes anos de crise, pouco propícios para a escrita. […] Dá-me alegria o número daqueles a que precisei de agradecer. Se morremos sozinhos, mesmo que sejam sempre os outros que morrem — é esse o epitáfio escolhido por Duchamp —, só vivemos bem em companhia. Estes ensaios foram escritos sob a imagem da constelação. Controlada pelo conceito, com as novas máquinas como a da fotografia, a imagem libertou-se, separou-se dos objectos que a aprisionavam, eles próprios prisioneiros da lógica da rendibilidade. Uma nova plasticidade é produzida pelas imagens, que na sua leveza e movimento arrastam, com leveza e sem violência, o real. O pensamento do século XX propôs uma outra configuração do pensar pela imagem, desenvolvendo métodos como os de mosaico, de caleidoscópio, de paradigma, de mapa, de atlas, de arquivo, de arquipélago, e até de floresta ou de montanha, como nos ensinou Aldo Leopoldo. Esta nova semântica da imagem, depois de milénios de destituição pelo platonismo, significa estar à escuta da máxima de Giordano Bruno de que «pensar é especular com imagens». Em suma, a constelação em acto neste livro é magnetizada por uma certa ideia da técnica enquanto acontecimento decisivo, e cada ensaio aqui reunido corresponde a uma refracção dessa ideia num problema por ela suscitado, passando pela arte, o corpo, a fotografia e a técnica propriamente dita. Tem como único objectivo que um certo pensar se materialize, que este livro o transporte consigo e, seguindo o seu curso, encontre os seus próximos ou não. [José Bragança de Miranda] -
Esgotar a Dança - A Perfomance e a Política do MovimentoDezassete anos após sua publicação original em inglês, e após sua tradução em treze línguas, fica assim finalmente disponível aos leitores portugueses um livro fundamental para os estudos da dança e seminal no campo de uma teoria política do movimento.Nas palavras introdutórias à edição portuguesa, André Lepecki diz-nos: «espero que leitores desta edição portuguesa de Exhausting Dance possam encontrar neste livro não apenas retratos de algumas performances e obras coreográficas que, na sua singularidade afirmativa, complicaram (e ainda complicam, nas suas diferentes sobrevidas) certas noções pré-estabelecidas, certos mandamentos estéticos, do que a dança deve ser, do que a dança deve parecer, de como bailarines se devem mover e de como o movimento se deve manifestar quando apresentado no contexto do regime da 'arte' — mas espero que encontrem também, e ao mesmo tempo, um impulso crítico-teórico, ou seja, político, que, aliado que está às obras que compõem este livro, contribua para o pensar e o fazer da dança e da performance em Portugal hoje.» -
Siza DesignUma extensa e pormenorizada abordagem à obra de design do arquiteto Álvaro Siza Vieira, desde as peças de mobiliário, de cerâmica, de tapeçaria ou de ourivesaria, até às luminárias, ferragens e acessórios para equipamentos, apresentando para cada uma das cerca de 150 peças selecionadas uma detalhada ficha técnica com identificação, descrição, materiais, empresa distribuidora e fotografias, e integrando ainda um conjunto de esquissos originais nunca publicados e uma entrevista exclusiva ao arquiteto.CoediçãoArteBooks DesignCoordenação Científica + EntrevistaJosé Manuel PedreirinhoDesign GráficoJoão Machado, Marta Machado -
A Vida das Formas - Seguido de Elogio da MãoEste continua a ser o livro mais acessível e divulgado de Focillon. Nele o autor expõe em pormenor o seu método e a sua doutrina. Ao definir o carácter essencial da obra de arte como uma forma, Focillon procura sobretudo explicitar o carácter original e independente da representação artística recusando a interferência de condições exteriores ao acto criativo. Afastando-se simultaneamente do determinismo sociológico, do historicismo e da iconologia, procura demonstrar que a arte constitui um mundo coerente, estável e activo, animado por um movimento interno próprio, no fundo do qual a história política ou social apenas serve de quadro de referência. Para Focillon a arte é sempre o ponto de partida ou o ponto de chegada de experiências estéticas ligadas entre si, formando uma espécie de genealogias formais complexas que ele designa por metamorfoses. São estas metamorfoses que dão à obra de arte o seu carácter único e a fazem participar da evolução universal das formas.

