Balcãs - Um Olhar Euroasiático
A obra resulta de um périplo recém-levado a cabo por países da ex-Jugoslávia (Eslovénia, Croácia, Montenegro, Albânia, Macedónia do Norte, Sérvia e Bósnia Herzegóvina), Grécia e Turquia. Apoiado pela investigação e a narrativa poética a que nos tem vindo a habituar, este 7º livro de crónicas de viagem da autora sintetiza a sua deambulação pós-pandemia pela parte central da Eurásia.
Dividido em três capítulos - Impressões Balcãs, Pinceladas Gregas e Traços turco-otomanos - o livro encerra na frase da contracapa um olhar marcadamente autoral: "Ao contrário da paisagem sentimental da ex-Jugoslávia, a grega foi carnal e a turca exótica. De todas elas retirei momentos irrepetíveis porque deixá-las para trás é deixá-las de vez, numa cristalização inerente às viagens a prazo".
| Editora | ArTravel/Across |
|---|---|
| Categorias | |
| Editora | ArTravel/Across |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Maria João Castro |
Estudou na Escola Superior de Belas Artes, onde se formou em artes plásticas – pintura.
Durante alguns anos trabalhou como atriz no Teatro de Marionetas do Porto e na atualidade é professora de Educação Visual e Oficina de Artes e desenvolve regularmente projetos ligados à pintura e ao desenho. Na sua estreia na ilustração de livros, nas Edições Afrontamento, ilustrou O Senhor Nunca e o Senhor Jamais, de Francisco Duarte Mangas (2016), a que se seguiu Basta Imaginar, de João Lóio (2017) e Os Dois Sarafanos, de António Roma Torres (2019).
-
O Essencial sobre os Ballets Russes em Lisboa«A permanência dos Bailados Russos em Lisboa entre dezembro de 1917 e março de 1918 coincidiu com um dos períodos mais sombrios da sua história: em plena Primeira Guerra Mundial não havia espaço de manobra para a apresentação dos espetáculos da trupe russa na maior parte dos palcos da Europa. Os espetáculos na capital portuguesa ocorreram em condições difíceis: o golpe de Estado de Sidónio Pais e a consequente instabilidade política na capital fizeram adiar a estreia nacional e o público não estaria na melhor disposição para os acolher. No final da temporada lisboeta, a falta de contratos internacionais fez com que a companhia fosse forçada a arrastar a sua permanência em Lisboa, subsistindo em circunstâncias adversas.» -
Zanzibar - Arte de Um (Re)EncontroA presença portuguesa no espaço extra-europeu africano, iniciada no século XV, permitiu a construção de uma mundialização que teve pretensão de soberania universal, nomeadamente, quando se passou a dominar o império oriental. A partir daí, as mitologias sobre as quais o colonialismo português se articulou mostraram algo de nosso e de muito profundo: a identidade de um país que, a partir de um dado momento, construiu a sua história para fora, evitando assumir um olhar interior, ou seja, o que ele era por dentro. Zanzibar - Arte de um (Re) Encontro apresenta-se como um poema-convite de uma historiadora de arte que nos leva a uma revisitação de quem regressa outro, fazendo repensar esse destino de alma lusa, tão longínquo e tão próximo... -
Arte e viagem (pós-)colonial na obra de José de Guimarães / Art and travel (post-)colonial in the work of José de GuimarãesAo longo do seu percurso José de Guimarães tem vindo a desenhar um atlas da viagem contemporânea que se revela como uma descoberta de si através do outro e que se desenvolve a partir de uma trajetória própria. Na verdade, parte da cultura visual e pesquisa plástica do artista viajante português reflete, de modos diferentes e em registos distintos, uma problemática profundamente atual do mundo global de que o século XXI é herdeiro, traduzindo uma sensibilidade atenta que dispensa qualquer glosa.Throughout his career, José de Guimarães has drawn an atlas of contemporary travel that has become a discovery of self through the Other and has evolved out of his own journey. In effect, part of this Portuguese traveller-artist’s visual culture and plastic research refl ect, albeit in different modes and registers, an extremely current problematic of this global world that the 21st century has inherited, accompanied by a sensitive awareness that needs no further comment. -
Travessias por ÁfricaTRAVESSIAS POR ÁFRICA resulta de uma jornada feita ao longo de várias etapas perfazendo 17 mil quilómetros entre a África do Sul e o Quénia. Maioritariamente levada a cabo de Overland, esta viagem devolve-nos a essência de um continente único. -
TransiberianaA 2ª edição de Transiberiana, de Maria João Castro devolve-nos uma viagem inusitada pela linha ferroviária mais longa do planeta. Num palimpsesto das geografias paisagísticas e internas, a autora tenta (re)escrever a atmosfera do percurso realizado numa narrativa contínua e profundamente reflexiva. Desenhos de Eduardo Salavisa e um caderno a cores das imagens mais emblemáticas do itinerário percorrido. Nuno Júdice Um livro inesperado onde há romance e poesia. Um texto que não se limita a ser informativo mas que é, sobretudo, um texto vivido. Eduardo Lourenço Um livro que me encantou, delicioso em vários aspectos. Como historiadora de arte, a autora tem um interesse particular pelas manifestações artísticas, tem uma interpretação estética própria. Ao longo de vários momentos de uma viagem ex-mítica dá-se a conhecer o outro naquela que é uma viagem verdadeiramente iniciática. José-Augusto França Neste livro reflecte-se sobre a viagem como trajecto não como destino, é o que acontece entre dois pontos que interessa; é esse o sentido do livro e que verdadeiro sentido. -
Lugares com AlmaA nova edição de Lugares com Alma de Maria João Castro reúne um conjunto de textos de lugares especiais espalhados pelos 5 continentes. Neste volume, a autora mostra que há sítios que possuem o condão de transformar os visitantes, constituindo refúgios de um mundo intemporal ao qual se regressa a cada releitura. Cada texto tem a particularidade de seguir um mote preciso que o reconfigura de um modo singular: no caso da Cúria os Années Folles, em La Parra a atmosfera depurada de um convento, no Pera Palace segue-se um policial policial, na Polinésia destaca-se a corporalidade maori, no Delta do Okavango a África pristina, em Cuba a ruína colonial a colar-se à pele... Porque em cada lugar o andamento é distinto assim como a nossa perceção e reminiscência do tempo vivido. -
Viagem à Década de 1920 - O Diáfano Brilho da ExtravagânciaOs Loucos Anos Vinte, Les Années Folles ou The Roaring Twenties evocam um decénio esplêndido e evanescente, definido a partir de uma efervescência artístico -cultural única.A modernidade e o cosmopolitismo emanados da Paris do pós -guerra espalharam-se pelo mundo ocidental e consagraram -se através de uma elite dançando a um ritmo frenético, euforicamente interrompido com a Grande Depressão, fim de um tempo efémero e estrondoso. Prefácio de Nuno Júdice.
-
O Essencial Sobre José Saramago«Aquilo que neste livro se entende como essencial em José Saramago corresponde à sua específica identidade como escritor, com a singularidade e com as propriedades que o diferenciam, nos seus fundamentos e manifestações. Mas isso não é tudo. No autor de Memorial do Convento afirma-se também uma condição de cidadão e de homem político, pensando o seu tempo e os fenómenos sociais e culturais que o conformam. Para o que aqui importa, isso é igualmente essencial em Saramago, até porque aquela condição de cidadão não é estranha às obras literárias com as quais ela interage, em termos muito expressivos.» in Contracapa -
Confissões de um Jovem EscritorUmberto Eco publicou seu primeiro romance, O Nome da Rosa, em 1980, quando tinha quase 50 anos. Nestas suas Confissões, escritas cerca de trinta anos depois da sua estreia na ficção, o brilhante intelectual italiano percorre a sua longa carreira como ensaísta dedicando especial atenção ao labor criativo que consagrou aos romances que o aclamaram. De forma simultaneamente divertida e séria, com o brilhantismo de sempre, Umberto Eco explora temas como a fronteira entre a ficção e a não-ficção, a ambiguidade que o escritor mantém para que seus leitores se sintam livres para seguir o seu próprio caminho interpre tativo, bem como a capacidade de gerar neles emoções. Composto por quatro conferências integradas no âmbito das palestras Richard Ellmann sobre Literatura Moderna que Eco proferiu na Universidade Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos, Confissões de um jovem escritor é uma viagem irresistível aos mundos imaginários do autor e ao modo como os transformou em histórias inesquecíveis para todos os leitores. O “jovem escritor” revela-se, afinal, um grande mestre e aqui partilha a sua sabedoria sobre a arte da imaginação e o poder das palavras. -
Sobre as MulheresSobre as Mulheres é uma amostra substancial da escrita de Susan Sontag em torno da questão da mulher. Ao longo dos sete ensaios e entrevistas (e de uma troca pública de argumentos), são abordados relevantes temas, como os desafios e a humilhação que as mulheres enfrentam à medida que envelhecem, a relação entre a luta pela libertação das mulheres e a luta de classes, a beleza, o feminismo, o fascismo, o cinema. Ao fim de cinquenta anos – datam dos primeiros anos da década de 1970 –, estes textos não envelheceram nem perderam pertinência. E, no seu conjunto, revelam a curiosidade incansável, a precisão histórica, a solidez política e o repúdio por categorizações fáceis – em suma, a inimitável inteligência de Sontag em pleno exercício.«É um deleite observar a agilidade da mente seccionando através da flacidez do pensamento preguiçoso.» The Washington Post«Uma nova compilação de primeiros textos de Sontag sobre género, sexualidade e feminismo.» Kirkus Reviews -
Para Tão Curtos Amores, Tão Longa VidaNuma época e num país como o nosso, em que se regista um número muito elevado de divórcios, e em que muitos casais preferem «viver juntos» a casar-se, dando origem nas estatísticas a muitas crianças nascidas «fora do casamento», nesta época e neste país a pergunta mais próxima da realidade não é por que duram tão pouco tantos casamentos, mas antes: Por que é que há casamentos que duram até à morte dos cônjuges? Qual é o segredo? Há um segredo nisso? Este novo livro de Daniel Sampaio, que traz o título tão evocativo: Para Tão Curtos Amores, Tão Longa Vida, discute as relações afetivas breves e as prolongadas, a monogamia e a infidelidade, a importância da relação precoce com os pais e as vicissitudes do amor. Combinando dois estilos, o ficcional e o ensaístico, que domina na perfeição, o autor traz perante os nossos olhos, de modo muito transparente e sem preconceitos, tão abundantes nestas matérias, os problemas e dificuldades dos casais no mundo de hoje, as suas vitórias e derrotas na luta permanente para manterem viva a sua união.Um livro para todos nós porque (quase) todos nós, mais tarde ou mais cedo, passamos por isso. -
A Vida na SelvaHá quem nasça para o romance ou para a poesia e se torne conhecido pelo seu trabalho literário; e quem chegue a esse ponto depois de percorrer um longo caminho de vida, atravessando os escolhos e a complexidade de uma profissão, ou de uma passagem pela política, ou de um reconhecimento público que não está ligado à literatura. Foi o caso de Álvaro Laborinho Lúcio, que publicou o seu primeiro e inesperado romance (O Chamador) em 2014.Desde então, em leituras públicas, festivais, conferências e textos com destinos vários, tem feito uma viagem de que guarda memórias, opiniões, interesses, perguntas e respostas, perplexidades e reconhecimentos. Estes textos são o primeiro resumo de uma vida com a literatura – e o testemunho de um homem comprometido com as suas paixões e o diálogo com os outros. O resultado é comovente e tão inesperado como foi a publicação do primeiro romance. -
Almoço de DomingoUm romance, uma biografia, uma leitura de Portugal e das várias gerações portuguesas entre 1931 e 2021. Tudo olhado a partir de uma geografia e de uma família.Com este novo romance de José Luís Peixoto acompanhamos, entre 1931 e 2021, a biografia de um homem famoso que o leitor há de identificar — em paralelo com história do país durante esses anos. No Alentejo da raia, o contrabando é a resistência perante a pobreza, tal como é a metáfora das múltiplas e imprecisas fronteiras que rodeiam a existência e a literatura. Através dessa entrada, chega-se muito longe, sem nunca esquecer as origens. Num percurso de várias gerações, tocado pela Guerra Civil de Espanha, pelo 25 de abril, por figuras como Marcelo Caetano ou Mário Soares e Felipe González, este é também um romance sobre a idade, sobre a vida contra a morte, sobre o amor profundo e ancestral de uma família reunida, em torno do patriarca, no seu almoço de domingo.«O passado tem de provar constantemente que existiu. Aquilo que foi esquecido e o que não existiu ocupam o mesmo lugar. Há muita realidade a passear-se por aí, frágil, transportada apenas por uma única pessoa. Se esse indivíduo desaparecer, toda essa realidade desaparece sem apelo, não existe meio de recuperá-la, é como se não tivesse existido.» «Os motoristas estão à espera, o brado da multidão mistura-se com o rugido dos motores. Antes de entrarmos, o Mário Soares aproxima-se de mim, correu tudo tão bem, e abraça-me com um par estrondosas palmadas no centro das costas. A coluna de carros avança devagar pelas ruas da vila. Tenho a garganta apertada, não consigo falar. Como me orgulha que Campo Maior seja a capital da península durante este momento.»«Autobiografia é um romance que desafia o leitor ao diluir fronteiras entre o real e o ficcional, entre espaços e tempos, entre duas personagens de nome José, um jovem escritor e José Saramago. Este é o melhor romance de José Luís Peixoto.»José Riço Direitinho, Público «O principal risco de Autobiografia era esgotar-se no plano da mera homenagem engenhosa, mas Peixoto evitou essa armadilha, ao construir uma narrativa que se expande em várias direções, acumulando camadas de complexidade.»José Mário Silva, Expresso -
Electra Nº 23A Atenção, tema de que se ocupa o dossier central do número 23 da revista Electra, é um recurso escasso e precioso e por isso objecto de uma guerra de concorrência sem tréguas para conseguir a sua captura. Nunca houve uma tão grande proliferação de informação, de produtos de consumo, de bens culturais, de acontecimentos que reclamam a atenção. Ela é a mercadoria da qual depende o valor de todas as mercadorias, sejam materiais ou imateriais, reais ou simbólicas. A Atenção é, pois, uma questão fundamental do nosso tempo e é um tópico crucial para o compreendermos. Sobre ela destacam-se neste dossier artigos e entrevistas de Yves Citton, Enrico Campo, Mark Wigley, Georg Franck e Claire Bishop. Nesta edição, na secção “Primeira Pessoa”, são publicadas entrevistas à escritora, professora e crítica norte-americana Svetlana Alpers (por Afonso Dias Ramos), cujo trabalho pioneiro redefiniu o campo da história da arte nas últimas décadas, e a Philippe Descola (por António Guerreiro), figura central da Antropologia, que nos fala de temas que vão desde a produção de imagens e das tradições e dos estilos iconográficos à questão da oposição entre natureza e cultura. A secção “Furo” apresenta um conjunto de desenhos e cartas inéditos da pintora Maria Helena Vieira da Silva. Em 1928, tinha vinte anos. Havia saído de Portugal para estudar arte em Paris e, de França, foi a Itália numa viagem de estudo. Durante esse percurso desenhou num caderno esboços rápidos do que via, e ao mesmo tempo, escrevia cartas à mãe para lhe contar as suas impressões e descobertas. Uma selecção destes desenhos e destas cartas, que estabelecem entre si um diálogo íntimo e consonante, é agora revelada. Na Electra 23, é publicada, na secção “Figura”, um retrato do grande poeta grego Konstandinos Kavafis, feito pelo professor e tradutor Nikos Pratsinis, a partir de oito perguntas capitais; é comentada, pelo escritor Christian Salmon, na secção “Passagens”, uma reflexão sobre a história trágica da Europa Central do consagrado romancista e ensaísta checo, Milan Kundera. Ainda neste número, o ensaísta e jornalista Sergio Molino dá-nos um mapa pessoal da cidade de Saragoça, em que a história e a geografia, a literatura e a arte se encontram; o jornalista e colunista brasileiro Marcelo Leite trata das investigações em curso desde os anos 90, com vista ao uso farmacológico e terapêutico dos psicadélicos; a escritora e veterinária María Sanchez constrói um diário que é atravessado por procuras e encontros, casas e viagens, livros e animais, terras e mulheres, amor e amizade; o arquitecto, investigador e curador chileno Francisco Díaz aborda a relação entre solo e terreno, a partir do projecto da Cidade da Cultura de Santiago de Compostela, da autoria de Peter Eisenman; o artista e ensaísta João Sousa Cardoso escreve sobre a obra do escultor Rui Chafes, revisitando três exposições e um livro apresentados durante o ano de 2023; e o dramaturgo Miguel Castro Caldas comenta a palavra “Confortável”.Vários -
Diário SelvagemEste «Diário Selvagem», «até aqui quase integralmente inédito, é um livro mítico, listado e discutido em inúmeras cartas e cronologias do autor, a que só alguns biógrafos e estudiosos foram tendo acesso».