Escultura Barroca Italiana em Portugal
As obras de escultura perduram no tempo, muito para além dos artistas que as realizaram, muito para além das personalidades que representam. A resistência da escultura pétrea às tantas formas de erosão que o tempo consigo transporta é de facto notável, porém, muitas são também as obras de cuja existência possuímos notícia mas que não chegaram até nós. Assim, quando nos dedicamos a abordar o tema da escultura barroca italiana existente em Portugal é de sobrevivências que falamos.
Este livro tem a pretensão de cativar a atenção do leitor para a escultura em geral, ainda que trate unicamente de escultura barroca italiana, certamente aquela que do trio das artes ditas maiores recebe menor atenção e consequente menor número de estudos.
Trata-se de um livro dominantemente caracterizado pela diversidade, porque feito de vários textos. Com efeito, nele se reúne um conjunto de textos escritos acerca de obras de escultura pétrea barroca italiana cuja relação entre si consiste essencialmente na época da sua realização - os séculos XVII e XVIII - e na sua origem geográfica - Itália. Factor de união neste contexto de diversidade é ainda o facto de todas as obras abordadas se encontrarem em Portugal e poderem, na sua maioria, ser apreciadas através de uma observação directa por parte do leitor mais interessado.
| Editora | Livros Horizonte |
|---|---|
| Coleção | Estudos de Arte |
| Categorias | |
| Editora | Livros Horizonte |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Teresa Leonor M. Vale |
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From Rome to Lisbon: an album for the Magnanimous KingO projeto de edição do Álbum Weale pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tem como objetivo tornar acessível ao público interessado uma peça da maior relevância, do ponto de vista da história e da história da arte, proporcionando a apresentação não apenas do texto e de todos os desenhos constantes do Libro degli Abozzi de Disegni delle Commissioni che si fanno in Roma per Ordine della Corte que na cidade pontifícia se fez por zelo do último embaixador de D. João V em Roma, Manuel Pereira de Sampaio (1691-1750) mas também de um conjunto de ensaios de reputados especialistas na matéria. O volume, constituído por 160 folhas, contem 101 desenhos, a tinta e aguarelados, das obras de arte que na década de 40 do século XVIII se faziam em Roma, por encomenda do rei Magnânimo, designadamente para a Patriarcal e capela de S. João Baptista da igreja de S. Roque. As viagens que experienciou foram muitas: de Roma para Lisboa, de Lisboa para o Rio de Janeiro (acompanhando a família real em 1807), aportando mais tarde a Londres e finalmente a Paris, em cujas coleções da Biblioteca da École Nationale Supérieure des-Beaux-arts se encontra. A designação de Álbum Weale adveio-lhe da circunstância de no século XIX ter estado na posse e terem alguns dos seus desenhos sido publicados pelo editor inglês John Weale. Assim, sob a coordenação científica e editorial de Teresa Leonor Vale (Doutora em História da Arte, docente e investigadora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa), propõe-se a SCML realizar uma edição (com um total de 328 pp. e 241 imagens) cuja apresentação do conteúdo do álbum se vê complementada e aprofundada com textos da coordenadora, de Jennifer Montagu (Warburg Institute, University of London), Marie-Thérèse Mandroux França, António Filipe Pimentel (Universidade de Coimbra e Museu Nacional de Arte Antiga) e das técnicas de restauro Coralie Barbe e Laurence Caylux (École Nationale Supérieure des Beaux-arts, Paris). Estes ensaios facultarão ao leitor a abordagem de problemáticas essenciais para a plena compreensão do álbum, desde logo a sua relevância científica e académica, o seu extraordinário percurso, o seu papel no contexto mais vasto das encomendas joaninas, a presença que no mesmo tem a capela de S. João Baptista e ainda a intervenção de conservação e restauro que possibilitou a sua edição. -
Ourivesaria Barroca Italiana em PortugalO presente livro ocupa-se, como o título e subtítulo o indicam, da presença e da influência da ourivesaria barroca italiana em Portugal, efetuando uma abordagem a esta problemática capaz de permitir uma identificação e análise do acervo, do contexto, dos agentes e dos processos de importação e difusão. Ao longo do texto - que se desenvolve em articulação com uma seleção de imagens e quadros-síntese e se alicerça na análise das obras e dos manuscritos (que, devidamente transcritos, se publicam no final do volume) - procura compreender-se o contexto de produção, identificar autores, estabelecer relações entre peças e artistas (não apenas ourives mas também escultores, tendo em conta a estreita colaboração verificada entre estas duas categorias profissionais para a concretização das obras) e ainda reconhecer tipologias, no âmbito das obras importadas para o nosso país durante o tempo do Barroco. Por outro lado, efetua-se também um reconhecimento da influência italiana na ourivesaria portuguesa, em particular naquela da segunda metade do século XVIII. Tal problemática, embora recorrentemente referida por múltiplos autores (de forma mais ou menos superficial e nunca justificada), numa se constituiu como tema de uma publicação. Cremos que os resultados deste estudo possuem voz própria, ou seja, cremos que se assume como evidente o modo como o texto e os respetivos anexos vêm colmatar a lacuna que tivemos ocasião de identificar no início da nossa investigação, deixando, porém, largo espaço a novos contributos. -
Um Português em Roma - Um Italiano em LisboaQuanto a João António Bellini, foi provavelmente o facto de não ser um escultor de primeira qualidade que o trouxe da sua Pádua natal até ao nosso país, onde procurou e encontrou boas oportunidades de trabalho. Acerca da sua obra, procurou-se essencialmente organizar e acertar os elementos já conhecidos e promover uma sistematização capaz de facultar uma visão da evolução do seu trabalho e, sobretudo, reconhecer características passíveis de funcionar como definidoras da sua maneira de esculpir. O que parece certo é que a sua obra e a mobilidade inerente à sua concretização no nosso país resultam essencialmente dos dois factores que ao longo do texto reconhecemos e procurámos clarificar: a parceria artística com o arquitecto João Frederico Ludovice e a relação com o grande encomendador que era a Companhia de Jesus, no Portugal da primeira metade da centúria de Setecentos. Da investigação desenvolvida acerca da actividade e produção dos dois escultores fica-nos porém a evidente convicção de que a obra apurada é apenas uma parte daquela efectivamente realizada. Finalmente, pensamos poder afirmar, apesar do muito que permanece por saber, que com a investigação realizada em torno destes dois artistas contribuímos para um melhor conhecimento da tão fértil produção artística que marcou o reinado do Magnânimo e parte do período subsequente, da sua riqueza e das suas contradições. -
Diário de um Embaixador Português em RomaDescoberto no fundo geral da secção de Reservados da Biblioteca Nacional de Lisboa, o códice intitulado Diário da jornada que fez o illustríssimo Senhor Bispo de Lamego Dom Luís de Souza Embaixador Extraordinário do Príncipe Dom Pedro, a Santidade do Pappa Clemente Decimo, na era de 1675 annos, revela-se agora de grande importância para a ampliação dos conhecimentos relativos à actividade diplomática do que pode considerar-se um segundo momento na estratégia portuguesa a seguir à Restauração, a 1640. A presente obra apresenta um manancial de informações relevantes e precisas (raras nos manuscritos da época) nas descrições do traje, dos meios de transporte, dos códigos sociais vigentes no âmbito do cerimonial e do protocolo barrocos, etc. Mas aqui encontramos sobretudo uma aproximação à vida quotidiana de um diplomata português na Roma do último quartel de seiscentos. -
A Academia de Portugal em Roma ao Tempo de D. João VCom este livro pretende-se apresentar, de forma crítica, o que já é conhecido sobre a academia nacional de Roma ao tempo de D. João V e procurar trazer novidades, sobretudo quanto aos seguintes aspectos: cronologia, espaço e funcionamento, identificando specificidades, eventuais semelhanças e dissemelhanças relativamente a outras academias nacionais estabelecidas na cidade pontifícia. Porque se nos afigura sempre relevante a publicação e o estudo de fontes, optámos por transcrever e apresentar na íntegra um Inventário que nos revela o palácio romano da via di Campo Marzio, onde durante pouco menos de uma década funcionara a Academia de Portugal, ainda que já esvaziado dos seus ocupantes e de parte do seu recheio. Conservado nos fundos da Biblioteca da Ajuda, o manuscrito, redigido em Maio de 1728, conduz-nos efectivamente por um edifício vazio (todos os portugueses não residentes em permanência na cidade pontifícia haviam recebido, no precedente mês de Março, ordem para abandoná-la, no seguimento da interrupção das relações diplomáticas) mas permite extrair ilações que, do nosso ponto de vista, contribuem para o melhor conhecimento da instituição fundada pela Coroa, a qual foi a primeira academia nacional a ser criada na Urbe após aquela Francesa, instituída em 1666 por vontade do Rei Sol.
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Direito de Cidade - Da «cidade-mundo» à «cidade de 15 minutos»Criador do conceito mundialmente conhecido de «cidade de 15 minutos», Carlos Moreno propõe soluções para responder ao triplo desafio ecológico, económico e social da cidade de amanhã.Em Direito de Cidade, Moreno questiona a nossa relação com os nossos espaços de convivência e com o tempo útil. Na sua visão de uma cidade policêntrica, as seis funções sociais essenciais — habitação, trabalho, compras, cuidados de saúde, educação e desenvolvimento pessoal — devem estar acessíveis num raio de 15 minutos a pé.O autor lançou um debate mundial ao analisar o complexo e vibrante laboratório ao ar livre que é a cidade, onde se exprimem as nossas contradições e se testam as mudanças nos nossos estilos de vida. Concentrando a maior parte da população mundial, mas também as grandes questões do desenvolvimento humano — culturais, ambientais, tecnológicas ou económicas —, os territórios urbanos estão hoje presos aos desafios do século e devem reinventar-se urgentemente.Ao propor uma descodificação sistémica da cidade, Carlos Moreno avalia os meios e os campos de ação do bem-viver e define as implicações das mudanças aceleradas pela urbanização e pela metropolização. -
Alegoria do PatrimónioNeste livro, a autora trata a noção de monumento e de património histórico na sua relação com a história, a memória e o tempo, analisa os excessos deste novo «culto» e descobre as suas ligações profundas com a crise da arquitectura e das cidades. -
Neutra: Complete WorksOriginally from Vienna, Richard Neutra came to America early in his career, settling in California. His influence on postwar architecture is undisputed, the sunny climate and rich landscape being particularly suited to his cool, sleek modern style.Neutra had a keen appreciation for the relationship between people and nature; his trademark plate glass walls and ceilings which turn into deep overhangs have the effect of connecting the indoors with the outdoors. His ability to incorporate technology, aesthetics, science, and nature into his designs brought him to the forefront of Modernist architecture.In this volume, all of Neutra’s works (nearly 300 private homes, schools, and public buildings) are gathered together, illustrated by over 1,000 photographs, including those of Julius Shulman and other prominent photographers. -
Eiffel TowerCommanding by day, twinkling by night, the latticework wonder of the Eiffel Tower has mesmerized Francophiles and lovers, artists and dreamers for over 125 years. Based on an original, limited-edition folio by Gustave Eiffel himself, this book presents design drawings, on-site photographs, and historical documents to explore the making of a..Vários -
As Origens da ArquitecturaA arquitectura é o conjunto dos cenários artificiais, construídos pela família humana durante a sua presença na Terra, desde a pré-história. Hoje, precisamos de toda essa experiência para enfrentar as tarefas actuais. Esta obra é um relato dos primórdios da Arquitectura, desde a Pré-História. É uma interpretação nova, que alarga as fronteiras da disciplina e propõe uma ideia unitária da tradição de que descendemos. -
Popular Architecture in the Communities of the Alentejo“This is a most impressive dissertation on a subject of enormous importance for future developments in architecture and ways of living, especially at this time of recession and of a new and increasing concern with the environment and sustainability, problems of global warming and of reliance on fossil fuels, destruction of natural biodiversity, corals, rainforests, and a range of species. In such a context, this dissertation makes a remarkable contribution to the task of recreating a better way of life and of building. José Baganha has create, l what must be one of the most complete records of regional architecture and urban planning, methods of construction, use of local materials, relation of vernacular buildings to landscape and to ways of life and work. Among the numerous superb illustrations are sketches and photographs, plans and sections, by the author, ranging from distant views of towns such as Monsaraz and Mértola to decorative details like the sgraffito ornament at Évora. His beautiful photograph of the Praça do Giraldo at Évora with its low arcade and great fountain shows more than any words what we need to preserve and recreate. Considering in his dissertation the damage done to these towns and villages from the 1960s, José Baganha modestly expresses the 'hope that it can be an operating manual for all those intending to intervene in the villages, towns, and cities of the Alentejo. In fact, with his numerous wise recommendations ranging from planning and building to the importance of kitchen gardens and orchards, his dissertation will be a source of inspiration far beyond this region of Portugal. DAVID WATKIN Ph.D, Litt.D, Hon. FRIBA, FSAEmeritus Professor of the History of Architecture -
Siza DesignUma extensa e pormenorizada abordagem à obra de design do arquiteto Álvaro Siza Vieira, desde as peças de mobiliário, de cerâmica, de tapeçaria ou de ourivesaria, até às luminárias, ferragens e acessórios para equipamentos, apresentando para cada uma das cerca de 150 peças selecionadas uma detalhada ficha técnica com identificação, descrição, materiais, empresa distribuidora e fotografias, e integrando ainda um conjunto de esquissos originais nunca publicados e uma entrevista exclusiva ao arquiteto.CoediçãoArteBooks DesignCoordenação Científica + EntrevistaJosé Manuel PedreirinhoDesign GráficoJoão Machado, Marta Machado -
A Monumentalidade Crítica de Álvaro SizaEste livro, publicado pela editora Circo de Ideias, com edição de Paulo Tormenta Pinto e Ana Tostões elege o tema da “monumentalidade” na obra de Álvaro Siza como base de um discurso crítico sobre a arquitectura e o papel dos arquictetos em relação à cidade contemporânea. O Pavilhão de Portugal, projectado para a Expo'98, é o ponto de partida desta pesquisa, apresentando-se na sua singularidade como momento central de um processo de renovação urbana, com repercussões na consciência política do final do século XX. Em Portugal, os ecos dessa política prolongaram-se após a exposição de Lisboa, consolidando uma ideia urbanística que vinha sendo teorizada desde o final da década de 1980. A leitura dos territórios num tempo longo e a imersão na cultura arquitectónica são pressupostos invariáveis na abordagem de Siza e alicerces discursivos sobre a “monumentalidade”.