Ourivesaria Barroca Italiana em Portugal
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O presente livro ocupa-se, como o título e subtítulo o indicam, da presença e da
influência da ourivesaria barroca italiana em Portugal, efetuando uma abordagem a esta
problemática capaz de permitir uma identificação e análise do acervo, do contexto, dos
agentes e dos processos de importação e difusão.
Ao longo do texto - que se desenvolve em articulação com uma seleção de imagens e quadros-síntese e se alicerça na análise das obras e dos manuscritos (que, devidamente transcritos, se publicam no final do volume) - procura compreender-se o contexto de produção, identificar autores, estabelecer relações entre peças e artistas (não apenas ourives mas também escultores, tendo em conta a estreita colaboração verificada entre estas duas categorias profissionais para a concretização das obras) e ainda reconhecer tipologias, no âmbito das obras importadas para o nosso país durante o tempo do Barroco.
Por outro lado, efetua-se também um reconhecimento da influência italiana na ourivesaria portuguesa, em particular naquela da segunda metade do século XVIII. Tal problemática, embora recorrentemente referida por múltiplos autores (de forma mais ou menos superficial e nunca justificada), numa se constituiu como tema de uma publicação.
Cremos que os resultados deste estudo possuem voz própria, ou seja, cremos que se assume como evidente o modo como o texto e os respetivos anexos vêm colmatar a lacuna que tivemos ocasião de identificar no início da nossa investigação, deixando, porém, largo espaço a novos contributos.
Ao longo do texto - que se desenvolve em articulação com uma seleção de imagens e quadros-síntese e se alicerça na análise das obras e dos manuscritos (que, devidamente transcritos, se publicam no final do volume) - procura compreender-se o contexto de produção, identificar autores, estabelecer relações entre peças e artistas (não apenas ourives mas também escultores, tendo em conta a estreita colaboração verificada entre estas duas categorias profissionais para a concretização das obras) e ainda reconhecer tipologias, no âmbito das obras importadas para o nosso país durante o tempo do Barroco.
Por outro lado, efetua-se também um reconhecimento da influência italiana na ourivesaria portuguesa, em particular naquela da segunda metade do século XVIII. Tal problemática, embora recorrentemente referida por múltiplos autores (de forma mais ou menos superficial e nunca justificada), numa se constituiu como tema de uma publicação.
Cremos que os resultados deste estudo possuem voz própria, ou seja, cremos que se assume como evidente o modo como o texto e os respetivos anexos vêm colmatar a lacuna que tivemos ocasião de identificar no início da nossa investigação, deixando, porém, largo espaço a novos contributos.
Teresa Leonor M. Vale
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From Rome to Lisbon: an album for the Magnanimous KingO projeto de edição do Álbum Weale pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tem como objetivo tornar acessível ao público interessado uma peça da maior relevância, do ponto de vista da história e da história da arte, proporcionando a apresentação não apenas do texto e de todos os desenhos constantes do Libro degli Abozzi de Disegni delle Commissioni che si fanno in Roma per Ordine della Corte que na cidade pontifícia se fez por zelo do último embaixador de D. João V em Roma, Manuel Pereira de Sampaio (1691-1750) mas também de um conjunto de ensaios de reputados especialistas na matéria. O volume, constituído por 160 folhas, contem 101 desenhos, a tinta e aguarelados, das obras de arte que na década de 40 do século XVIII se faziam em Roma, por encomenda do rei Magnânimo, designadamente para a Patriarcal e capela de S. João Baptista da igreja de S. Roque. As viagens que experienciou foram muitas: de Roma para Lisboa, de Lisboa para o Rio de Janeiro (acompanhando a família real em 1807), aportando mais tarde a Londres e finalmente a Paris, em cujas coleções da Biblioteca da École Nationale Supérieure des-Beaux-arts se encontra. A designação de Álbum Weale adveio-lhe da circunstância de no século XIX ter estado na posse e terem alguns dos seus desenhos sido publicados pelo editor inglês John Weale. Assim, sob a coordenação científica e editorial de Teresa Leonor Vale (Doutora em História da Arte, docente e investigadora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa), propõe-se a SCML realizar uma edição (com um total de 328 pp. e 241 imagens) cuja apresentação do conteúdo do álbum se vê complementada e aprofundada com textos da coordenadora, de Jennifer Montagu (Warburg Institute, University of London), Marie-Thérèse Mandroux França, António Filipe Pimentel (Universidade de Coimbra e Museu Nacional de Arte Antiga) e das técnicas de restauro Coralie Barbe e Laurence Caylux (École Nationale Supérieure des Beaux-arts, Paris). Estes ensaios facultarão ao leitor a abordagem de problemáticas essenciais para a plena compreensão do álbum, desde logo a sua relevância científica e académica, o seu extraordinário percurso, o seu papel no contexto mais vasto das encomendas joaninas, a presença que no mesmo tem a capela de S. João Baptista e ainda a intervenção de conservação e restauro que possibilitou a sua edição. -
Um Português em Roma - Um Italiano em LisboaQuanto a João António Bellini, foi provavelmente o facto de não ser um escultor de primeira qualidade que o trouxe da sua Pádua natal até ao nosso país, onde procurou e encontrou boas oportunidades de trabalho. Acerca da sua obra, procurou-se essencialmente organizar e acertar os elementos já conhecidos e promover uma sistematização capaz de facultar uma visão da evolução do seu trabalho e, sobretudo, reconhecer características passíveis de funcionar como definidoras da sua maneira de esculpir. O que parece certo é que a sua obra e a mobilidade inerente à sua concretização no nosso país resultam essencialmente dos dois factores que ao longo do texto reconhecemos e procurámos clarificar: a parceria artística com o arquitecto João Frederico Ludovice e a relação com o grande encomendador que era a Companhia de Jesus, no Portugal da primeira metade da centúria de Setecentos. Da investigação desenvolvida acerca da actividade e produção dos dois escultores fica-nos porém a evidente convicção de que a obra apurada é apenas uma parte daquela efectivamente realizada. Finalmente, pensamos poder afirmar, apesar do muito que permanece por saber, que com a investigação realizada em torno destes dois artistas contribuímos para um melhor conhecimento da tão fértil produção artística que marcou o reinado do Magnânimo e parte do período subsequente, da sua riqueza e das suas contradições. -
Diário de um Embaixador Português em RomaDescoberto no fundo geral da secção de Reservados da Biblioteca Nacional de Lisboa, o códice intitulado Diário da jornada que fez o illustríssimo Senhor Bispo de Lamego Dom Luís de Souza Embaixador Extraordinário do Príncipe Dom Pedro, a Santidade do Pappa Clemente Decimo, na era de 1675 annos, revela-se agora de grande importância para a ampliação dos conhecimentos relativos à actividade diplomática do que pode considerar-se um segundo momento na estratégia portuguesa a seguir à Restauração, a 1640. A presente obra apresenta um manancial de informações relevantes e precisas (raras nos manuscritos da época) nas descrições do traje, dos meios de transporte, dos códigos sociais vigentes no âmbito do cerimonial e do protocolo barrocos, etc. Mas aqui encontramos sobretudo uma aproximação à vida quotidiana de um diplomata português na Roma do último quartel de seiscentos. -
Escultura Barroca Italiana em PortugalAs obras de escultura perduram no tempo, muito para além dos artistas que as realizaram, muito para além das personalidades que representam. A resistência da escultura pétrea às tantas formas de erosão que o tempo consigo transporta é de facto notável, porém, muitas são também as obras de cuja existência possuímos notícia mas que não chegaram até nós. Assim, quando nos dedicamos a abordar o tema da escultura barroca italiana existente em Portugal é de sobrevivências que falamos. Este livro tem a pretensão de cativar a atenção do leitor para a escultura em geral, ainda que trate unicamente de escultura barroca italiana, certamente aquela que do trio das artes ditas maiores recebe menor atenção e consequente menor número de estudos. Trata-se de um livro dominantemente caracterizado pela diversidade, porque feito de vários textos. Com efeito, nele se reúne um conjunto de textos escritos acerca de obras de escultura pétrea barroca italiana cuja relação entre si consiste essencialmente na época da sua realização - os séculos XVII e XVIII - e na sua origem geográfica - Itália. Factor de união neste contexto de diversidade é ainda o facto de todas as obras abordadas se encontrarem em Portugal e poderem, na sua maioria, ser apreciadas através de uma observação directa por parte do leitor mais interessado. -
A Academia de Portugal em Roma ao Tempo de D. João VCom este livro pretende-se apresentar, de forma crítica, o que já é conhecido sobre a academia nacional de Roma ao tempo de D. João V e procurar trazer novidades, sobretudo quanto aos seguintes aspectos: cronologia, espaço e funcionamento, identificando specificidades, eventuais semelhanças e dissemelhanças relativamente a outras academias nacionais estabelecidas na cidade pontifícia. Porque se nos afigura sempre relevante a publicação e o estudo de fontes, optámos por transcrever e apresentar na íntegra um Inventário que nos revela o palácio romano da via di Campo Marzio, onde durante pouco menos de uma década funcionara a Academia de Portugal, ainda que já esvaziado dos seus ocupantes e de parte do seu recheio. Conservado nos fundos da Biblioteca da Ajuda, o manuscrito, redigido em Maio de 1728, conduz-nos efectivamente por um edifício vazio (todos os portugueses não residentes em permanência na cidade pontifícia haviam recebido, no precedente mês de Março, ordem para abandoná-la, no seguimento da interrupção das relações diplomáticas) mas permite extrair ilações que, do nosso ponto de vista, contribuem para o melhor conhecimento da instituição fundada pela Coroa, a qual foi a primeira academia nacional a ser criada na Urbe após aquela Francesa, instituída em 1666 por vontade do Rei Sol.
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Arte, Religião e Imagens em Évora no tempo do Arcebispo D. Teodósio de Bragança, 1578-1601D. Teotónio de Bragança (1530-1602), Arcebispo de Évora entre 1578 e 1602, foi um grande mecenas das artes sob signo do Concílio de Trento. Fundou o Mosteiro de Scala Coeli da Cartuxa, custeou obras relevantes na Sé e em muitas paroquiais da Arquidiocese, e fez encomendas em Lisboa, Madrid, Roma e Florença para enriquecer esses espaços. Desenvolveu um novo tipo de arquitectura, ser- vindo-se de artistas de formação romana como Nicolau de Frias e Pero Vaz Pereira. Seguiu com inovação um modelo «reformado» de igrejas-auditório de novo tipo com decoração integral de interiores, espécie de ars senza tempo pensada para o caso alentejano, onde pintura a fresco, stucco, azulejo, talha, imaginária, esgrafito e outras artes se irmanam. Seguiu as orientações tridentinas de revitalização das sacrae imagines e enriqueceu-as com novos temas iconográficos. Recuperou lugares de culto matricial paleo-cristão como atestado de antiguidade legitimadora, seguindo os princípios de ‘restauro storico’ de Cesare Baronio; velhos cultos emergem então, caso de São Manços, São Jordão, São Brissos, Santa Comba, São Torpes e outros alegadamente eborenses. A arte que nasce em Évora no fim do século XVI, sob signo da Contra-Maniera, atinge assim um brilho que rivaliza com os anos do reinado de D. João III e do humanista André de Resende. O livro reflecte sobre o sentido profundo da sociedade de Évora do final de Quinhentos, nas suas misérias e grandezas. -
Cartoons - 1969-1992O REGRESSO DOS ICÓNICOS CARTOONS DE JOÃO ABEL MANTA Ao fim de 48 anos, esta é a primeira reedição do álbum Cartoons 1969‑1975, publicado em Dezembro de 1975, o que significa que levou quase tanto tempo a que estes desenhos regressassem ao convívio dos leitores portugueses como o que durou o regime derrubado pela Revolução de Abril de 1974.Mantém‑se a fidelidade do original aos cartoons, desenhos mais ou menos humorísticos de carácter essencialmente político, com possíveis derivações socioculturais, feitos para a imprensa generalista. Mas a nova edição, com alguns ajustes, acrescenta «todos os desenhos relevantes posteriores a essa data e todos os que, por razões que se desconhece (mas sobre as quais se poderá especular), foram omitidos dessa primeira edição», como explica o organizador, Pedro Piedade Marques, além de um aparato de notas explicativas e contextualizadoras. -
Constelações - Ensaios sobre Cultura e Técnica na ContemporaneidadeUm livro deve tudo aos que ajudaram a arrancá-lo ao grande exterior, seja ele o nada ou o real. Agora que o devolvo aos meandros de onde proveio, escavados por todos sobre a superfície da Terra, talvez mais um sulco, ou alguma água desviada, quero agradecer àqueles que me ajudaram a fazer este retraçamento do caminho feito nestes anos de crise, pouco propícios para a escrita. […] Dá-me alegria o número daqueles a que precisei de agradecer. Se morremos sozinhos, mesmo que sejam sempre os outros que morrem — é esse o epitáfio escolhido por Duchamp —, só vivemos bem em companhia. Estes ensaios foram escritos sob a imagem da constelação. Controlada pelo conceito, com as novas máquinas como a da fotografia, a imagem libertou-se, separou-se dos objectos que a aprisionavam, eles próprios prisioneiros da lógica da rendibilidade. Uma nova plasticidade é produzida pelas imagens, que na sua leveza e movimento arrastam, com leveza e sem violência, o real. O pensamento do século XX propôs uma outra configuração do pensar pela imagem, desenvolvendo métodos como os de mosaico, de caleidoscópio, de paradigma, de mapa, de atlas, de arquivo, de arquipélago, e até de floresta ou de montanha, como nos ensinou Aldo Leopoldo. Esta nova semântica da imagem, depois de milénios de destituição pelo platonismo, significa estar à escuta da máxima de Giordano Bruno de que «pensar é especular com imagens». Em suma, a constelação em acto neste livro é magnetizada por uma certa ideia da técnica enquanto acontecimento decisivo, e cada ensaio aqui reunido corresponde a uma refracção dessa ideia num problema por ela suscitado, passando pela arte, o corpo, a fotografia e a técnica propriamente dita. Tem como único objectivo que um certo pensar se materialize, que este livro o transporte consigo e, seguindo o seu curso, encontre os seus próximos ou não. [José Bragança de Miranda] -
Esgotar a Dança - A Perfomance e a Política do MovimentoDezassete anos após sua publicação original em inglês, e após sua tradução em treze línguas, fica assim finalmente disponível aos leitores portugueses um livro fundamental para os estudos da dança e seminal no campo de uma teoria política do movimento.Nas palavras introdutórias à edição portuguesa, André Lepecki diz-nos: «espero que leitores desta edição portuguesa de Exhausting Dance possam encontrar neste livro não apenas retratos de algumas performances e obras coreográficas que, na sua singularidade afirmativa, complicaram (e ainda complicam, nas suas diferentes sobrevidas) certas noções pré-estabelecidas, certos mandamentos estéticos, do que a dança deve ser, do que a dança deve parecer, de como bailarines se devem mover e de como o movimento se deve manifestar quando apresentado no contexto do regime da 'arte' — mas espero que encontrem também, e ao mesmo tempo, um impulso crítico-teórico, ou seja, político, que, aliado que está às obras que compõem este livro, contribua para o pensar e o fazer da dança e da performance em Portugal hoje.» -
Siza DesignUma extensa e pormenorizada abordagem à obra de design do arquiteto Álvaro Siza Vieira, desde as peças de mobiliário, de cerâmica, de tapeçaria ou de ourivesaria, até às luminárias, ferragens e acessórios para equipamentos, apresentando para cada uma das cerca de 150 peças selecionadas uma detalhada ficha técnica com identificação, descrição, materiais, empresa distribuidora e fotografias, e integrando ainda um conjunto de esquissos originais nunca publicados e uma entrevista exclusiva ao arquiteto.CoediçãoArteBooks DesignCoordenação Científica + EntrevistaJosé Manuel PedreirinhoDesign GráficoJoão Machado, Marta Machado -
A Vida das Formas - Seguido de Elogio da MãoEste continua a ser o livro mais acessível e divulgado de Focillon. Nele o autor expõe em pormenor o seu método e a sua doutrina. Ao definir o carácter essencial da obra de arte como uma forma, Focillon procura sobretudo explicitar o carácter original e independente da representação artística recusando a interferência de condições exteriores ao acto criativo. Afastando-se simultaneamente do determinismo sociológico, do historicismo e da iconologia, procura demonstrar que a arte constitui um mundo coerente, estável e activo, animado por um movimento interno próprio, no fundo do qual a história política ou social apenas serve de quadro de referência. Para Focillon a arte é sempre o ponto de partida ou o ponto de chegada de experiências estéticas ligadas entre si, formando uma espécie de genealogias formais complexas que ele designa por metamorfoses. São estas metamorfoses que dão à obra de arte o seu carácter único e a fazem participar da evolução universal das formas.

