Exatamente Antunes
Humus
2017
Preço Especial
7,63 €
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Envio previsto até
Antunes: Poder-se-á ver Portugal inteiro de uma só olhadela, como no mapa, em aeroplano? Palmela e Almada. De cá, Sintra e Santarém. Mouros, Afonso Henriques. Os cruzados. E desde então até hoje. Até aqui, a esta água-furtada. Até mim. Tanta gente e tantos séculos encarreirados por aqui: as quinas, Avis, caravelas, o pelicano, a esfera armilar, Filipes, azul e branco, vermelho e verde, e continua. Nada para mim. Portugal.
Coro: O quê? (Antunes vira-se para o Coro.)
O quê com letra maiúscula?
Jacinto Lucas Pires
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A Gargalhada de Augusto ReisDois tempos. Duas realidades. Duas vidas distintas. De um lado, o poeta Augusto Reis, administrador de um banco e reputado académico com ligações indistintas ao regime de Salazar, que vê a sua vida ruir com o 25 de Abril. Do outro, Djalma dos Santos, um jovem de um bairro da Amadora, que em pequeno encontrou um poema de Augusto Reis e o guardou como tesouro, como mantra. A unir os dois tempos, Sofia Bessa, realizadora cujo último filme foi arrasado pela crítica e que, a medo, aceita o desafio para um novo documentário. A unir os dois homens, a poesia. Alternando passado e presente, A Gargalhada de Augusto Reis é, em última instância, um romance sobre o mistério mais simples e o mais fugaz: a alegria. -
VamosInspirada em personalidades de referência da cultura africana, como Martin Luther King ou Nelson Mandela, a Academia Ubuntu é uma iniciativa de formação para a liderança, dirigida a jovens descendentes de imigrantes africanos entre os 14 e os 30 anos. A convite do Programa Gulbenkian de Desenvolvimento Humano, o escritor Jacinto Lucas Pires foi conhecer os participantes da Academia, com os quais acabou por estabelecer a relação que deu origem a um retrato íntimo e revelador dos seus percursos de vida no livro Vamos. -
O Verdadeiro AtorJacinto Lucas Pires, escritor, dramaturgo e cineasta lança na Cotovia o seu terceiro romance: Não há nem um gesto, a mínima sugestão de violência. Só o peso da multidão portuguesa, de braços para baixo, corajosos ombros contra as portadas institucionais. Nem uma palavra mais dura sequer, apenas uns milhares, um milhão, de almas usando o peso da maneira mais sóbria. Ombros, testas, coxas, imaginem. Começa.» -
Grosso ModoGrosso Modo é uma recolha de 9 contos, alguns dos quais inéditos, de Jacinto Lucas Pires. Apresentando uma forte dimensão política e social e um compromisso com o presente, estas narrativas contam momentos de desespero e epifania, através de uma escrita ágil, segura e surpreendente. -
Igual ao Mundo: cinco peças de teatroCinco peças, diferentes como os dedos de uma mão. Em Igual ao Mundo, um Autor parecido com um homem comum enfrenta uma Senhora parecida com um motor de busca. Já o protagonista de Adal-berto Silva Silva é nem mais nem menos do que o pivô de um telejornal da alma. Email (desta mãe que tanto te ama) é o que o título indica e é capaz de ser a primeira monóloga da dramaturgia europeia. Por falar em Europa, Interpretação conta a história de um intérprete da UE em busca do seu EU. Por fim, Grande Cena mostra quatro atores fora de cena, num lugar quase, quase, quase igual ao mundo. -
Oração a Que Faltam JoelhosÓrfã de mãe, desde cedo Kate Souza aprendeu a conviver com os silêncios do pai António e o espaço que estes ocupavam na ampla casa familiar, de madeira, com cerca e relvado à frente, igual a tantas outras, nessa terra das oportunidades para onde há muito os pais haviam emigrado. No entanto, quando António morre afogado no rio Lima, durante as primeiras férias de Kate em Portugal, ela sente-se perdida, culpada e com uma história nas mãos. Uma história que é a sua vida. Talvez seja isso que – num mundo duro e doente, com cada vez menos capacidade de imaginação – faz dela escritora. Identidade e culpa, amizade e amor, jornalismo e literatura, totalitarismo e loucura, terrorismo e religião cruzam-se na história desta mulher, num tempo e num mundo onde, à falta de outro milagre, as velhas linguagens parecem querer renascer. -
Doutor DoenteCaros concidadãos, deixo-vos estas palavras para que saibam que a vida nem sempre foi assim. Perdoem-me a linguagem utilizada, mas não há outra maneira de vos contar. Agora tudo “é”, bem sei. Mas nem sempre “foi” assim. Dantes, algumas coisas eram, outras tinham sido, outras haveriam de ser. Uso a linguagem antiga, com diferentes formas verbais, porque é desse viver antigo que vos quero falar e só assim posso, com sorte, aproximar-me dele. Não sei se ainda há alguém capaz de traduzir essa complexa linguagem para a atual língua-numérica de é-1, é-2, é-3. Espero que sim; imagino que ainda se possa desencantar um velho dicionário nalgum super-servidor enterrado no deserto. O mundo começou com um “era uma vez”; agora, “é o que é”. -
Ser Ator em PortugalQuando se diz «ator», há quem oiça «astronauta». É o tipo de vocação que os adultos podem desmanchar com um sorriso condescendente. E, na verdade, para estes profissionais não existe um sistema claro de regras laborais e de segurança social, estabilidade, horizonte mínimo. Mas ser ator é, sobretudo, buscar coerência, autenticidade, aceitar a sala de ensaios como um campo de batalha onde tudo pode acontecer, subir ao palco, colocar-se sob os holofotes, para «estar com» e fazer acontecer um mistério de cada vez único e irrepetível. Este é um livro escrito por um dramaturgo para dar a ver os «bastidores» da vida dos atores em Portugal. Foi composto a partir dos depoimentos de vários profissionais, que surgem como personagens sem nome, para representarem em conjunto um certo «ator desconhecido». -
Faz DiferençaFaz diferença saber que o mundo é feito de matizes que amplificam o que vemos e o que somos. Nem sempre claro, nem sempre escuro.
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Os CavaleirosOs Cavaleiros foram apresentados nas Leneias de 424 por um Aristófanes ainda jovem. A peça foi aceite com entusiasmo e galardoada com o primeiro lugar. A comédia surgiu no prolongamento de uma divergência entre o autor e o político mais popular da época, Cléon, em quem Aristófanes encarna o símbolo da classe indesejável dos demagogos. Denunciar a corrupção que se instaurou na política ateniense, os seus segredos e o seu êxito, eis o que preocupava, acima de tudo, o autor. Discursos, mentiras, falsas promessas, corrupção e condenáveis ambições são apenas algumas das 'virtudes' denunciadas, numa peça vibrante de ritmo que cativou o público ateniense da época e que cativa o público do nosso tempo, talvez porque afinal não tenha havido grandes mudanças na vida da sociedade humana. -
NovidadeAtriz e Ator Artistas - Vol. I - Representação e Consciência da ExpressãoNas origens do Teatro está a capacidade de inventar personagens materiais e imateriais, de arquitetar narrativas que lancem às personagens o desafio de se confrontarem com situações e dificuldades que terão de ultrapassar. As religiões roubaram ao Teatro as personagens imateriais. Reforçaram os arquétipos em que tinham de se basear para conseguirem inventariar normas de conduta partilháveis que apaziguassem as ansiedades das pessoas perante o mundo desconhecido e o medo da morte.O Teatro ficou com as personagens materiais, representantes não dos deuses na terra, mas de seres humanos pulsionais, contraditórios, vulneráveis, que, apesar de perdidos nos seus percursos existenciais, procuram dar sentido às suas escolhas.Aos artesãos pensadores do Teatro cabe o desígnio de ir compreendendo a sua função ao longo dos tempos, inventando as ferramentas, esclarecendo as noções que permitam executar a especificidade da sua Arte. Não se podem demitir da responsabilidade de serem capazes de transmitir as ideias, as experiências adquiridas, às gerações vindouras, dando continuidade à ancestralidade de uma profissão que perdura. -
As Mulheres que Celebram as TesmofóriasEsta comédia foi apresentada por Aristófanes em 411 a. C., no festival das Grandes Dionísias, em Atenas. É, antes de mais, de Eurípides e da sua tragédia que se trata em As Mulheres que celebram as Tesmofórias. Aristófanes, ao construir uma comédia em tudo semelhante ao estilo de Eurípides, procura caricaturá-lo. Aristófanes dedica, pela primeira vez, toda uma peça ao tema da crítica literária. Dois aspectos sobressaem na presente caricatura: o gosto obsessivo de Eurípides pela criação de personagens femininas, e a produção de intrigas complexas, guiadas por percalços imprevisíveis da sorte. A somar-se ao tema literário, um outro se perfila como igualmente relevante, e responsável por uma diversidade de tons cómicos que poderão constituir um dos argumentos em favor do muito provável sucesso desta produção. Trata-se do confronto de sexos e da própria ambiguidade nesta matéria. -
A Comédia da MarmitaO pobre Euclião encontra uma marmita cheia de ouro, esconde-a e aferra-se a ela; passa a desconfiar de tudo e de todos. Entretanto, não se apercebe que Fedra, a sua filha, está grávida de Licónides. Megadoro, vizinho rico, apaixonado, pede a mão de Fedra em casamento, e prontifica-se a pagar a boda, já que a moça não tem dote. Euclião aceita e prepara-se o casamento. Ora acontece que Megadouro é tio de Licónides. É assim que começa esta popular peça de Plauto, cheia de peripécias e de mal-entendidos, onde se destaca a personagem de Euclião com a sua desconfiança, e que prende o leitor até ao fim. «O dinheiro não dá felicidade mas uma marmita de ouro, ao canto da lareira, ajuda muito à festa» - poderá ser a espécie de moralidade desta comédia a Aulularia cujo modelo influenciou escritores famosos (Shakespeare e Molière, por exemplo) e que, a seguir ao Anfitrião, se situa entre as peças mais divulgadas de Plauto. -
O Teatro e o Seu Duplo«O Teatro e o Seu Duplo, publicado em 1938 e reunindo textos escritos entre 1931 e 1936, é um ataque indignado em relação ao teatro. Paisagem de combate, como a obra toda, e reafirmação, na esteira de Novalis, de que o homem existe poeticamente na terra.Uma noção angular é aí desenvolvida: a noção de atletismo afectivo.Quer dizer: a extensão da noção de atletismo físico e muscular à força e ao poder da alma. Poderá falar-se doravante de uma ginástica moral, de uma musculatura do inconsciente, repousando sobre o conhecimento das respirações e uma estrita aplicação dos princípios da acupunctura chinesa ao teatro.»Vasco Santos, Posfácio -
Menina JúliaJúlia é uma jovem aristocrata que, por detrás de uma inocência aparente esconde um lado provocador. Numa noite de S. João, Júlia seduz e é seduzida por João, criado do senhor Conde e noivo de Cristina, a cozinheira da casa. Desejo, conflitos de poder, o choque violento das classes sociais e dos sexos que povoam aquela que será uma noite trágica. -
Os HeraclidasHéracles é o nome do deus grego que passou para a mitologia romana com o nome de Hércules; e Heraclidas é o nome que designa todos os seus descendentes.Este drama relata uma parte da história dos Heraclidas, que é também um episódio da Mitologia Clássica: com a morte de Héracles, perseguido pelo ódio de Euristeu, os Heraclidas refugiam-se junto de Teseu, rei de Atenas, o que representa para eles uma ajuda eficaz. Teseu aceita entrar em guerra contra Euristeu, que perece na guerra, junto com os seus filhos. -
A Comédia dos BurrosA “Asinaria” é, no conjunto, uma comédia de enganos equilibrada e com cenas particularmente divertidas, bem ao estilo de Plauto. A intriga - na qual encontramos alguns dos tipos e situações características do teatro plautino (o jovem apaixonado desprovido de dinheiro; o pai rival do filho nos seus amores; a esposa colérica odiada pelo marido; a cínica, esperta e calculadora alcoviteira; e os escravos astutos, hábeis e mentirosos) - desenrola-se em dois tons - emoção e farsa - que, ao combinarem-se, comandam a intriga através de uma paródia crescente até ao triunfo decisivo do tom cómico.
