Maria Gomes, Cristã-Nova, 117 Anos, a Mais Idosa Vítima da Inquisição
Maria Gomes, presa em 1636 pela Inquisição, quando tinha 115 anos de idade, foi a mais idosa vítima que se conhece daquele criminoso tribunal. Depois de dois anos de interrogatórios e de ter sido torturada, apesar da sua provecta idade, foi queimada no auto-de-fé de 5 de setembro de 1638, já com 117 anos, como o processo inquisitorial nos revela. Este livro recupera esse caso singular e paradigmático da nossa história e pretende tornar-se um recurso exemplar para o estudo do funcionamento do Tribunal do Santo Ofício português. Trata-se de um processo com 275 páginas, que aqui se descreve em todos os seus trâmites, desde a primeira denúncia até ao auto-de-fé em que Maria Gomes foi queimada, passando pela prisão, pelos três interrogatórios regimentais, pela tortura, pela indesejável confissão, pela sua posterior negação e pelas desesperadas tentativas tardias de se salvar da morte na fogueira.
| Editora | Nova Vega |
|---|---|
| Categorias | |
| Editora | Nova Vega |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Jorge Martins |
Jorge Martins é doutorado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Autor de manuais escolares, obras de ficção e ensaio sobre história contemporânea, história local e estudos judaicos e inquisitoriais. Sobre este último tema, proferiu diversas conferências e publicou vários estudos, designadamente os seguintes livros: Portugal e os Judeus, 3 vols., 2006; Breve História dos Judeus em Portugal, 2009; A República e os Judeus, 2010; Maria Gomes, Cristã-nova, 117 anos: a mais idosa vítima da Inquisição, 2012; Manteigas, Minha Pátria: os cristãos-novos de Manteigas, vol. II, 2015; A Inquisição em Ourém, 2016, e O Judaísmo em Belmonte no Tempo da Inquisição, 2016.
-
Breve História dos Judeus em PortugalJá se publicaram algumas histórias dos judeus portugueses, todas elas de acentuado cariz académico, mas faltava uma obra de conjunto, actualizada e acessível ao grande público, destinada, particularmente, aos professores e aos estudantes, complementando ou suprindo as omissões dos nossos programas escolares. Sem escamotear o facto de que os estudos académicos são, por vezes, de difícil acesso aos leitores não especializados, sabemos que há apetência natural pelo conhecimento. Por outro lado, os estudantes, particular-mente os universitários, necessitam de abordagens iniciáticas para se envolverem nas temáticas historio-gráficas. É este o objectivo de Breve História dos Judeus em Portugal, que vem demonstrar, a todos os leitores, que os judeus portugueses têm uma história para contar que faz parte da própria História de Portugal. -
Gota a Gota - Fotografias 2014-2015Este livro, com fotografias de Jorge Martins de 2014 e 2015, foi publicado por ocasião da exposição com o mesmo título realizada nos Artistas Unidos, Teatro da Politécnica, em Lisboa, de 27 de Abril a 4 de Junho de 2016. Jorge Martins nasceu em 1940 em Lisboa. Frequentou os cursos de Arquitectura e Pintura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa. Expõe regularmente desde 1958. A sua primeira exposição individual data de 1960. Em 1961 parte para Paris, onde vive e trabalha até 1991. Esta estada é interrompida entre 1975 e 1976, período em que se instala em Nova Iorque. Regressa definitivamente a Portugal em 1991, onde vive e trabalha. Não esqueças nunca o gosto solitário do orvalho Matsuo Bashô -
InterferênciasEm Interferências é apresentado um importante conjunto de desenhos e pinturas de Jorge Martins, produzidos desde o início da sua carreira até à actualidade, que são testemunhos directos do longo percurso artístico previsto por Vieira da Silva.Este livro foi publicado por ocasião da exposição «Interferências», de Jorge Martins, realizada na Fundação Arpad Szenes - Vieira da Silva, em parceria com a Fundação Carmona e Costa, de 16 de Maio a 9 de Julho de 2017. O desejo de renovação cultural e artística ou a recusa em participar na guerra colonial (1961-1974) levaram uma geração de jovens artistas a partir [...]. O êxodo convergia sobretudo para Paris onde as figuras tutelares de Maria Helena Vieira da Silva e Arpad Szenes [...] os recebem e acompanham. [...] Do grupo de jovens pintores que passaram por Paris, Jorge Martins foi dos mais próximos do casal [...] [Marina Bairrão Ruivo] Aonde corriam os antigos contornos, esfarelam-se os limites entre os objectos, indefinem-se as fronteiras, esbatem-se os contrastes entre cores, entre claro e escuro, entre as formas e o informe. Cria-se uma zona de infiltração e disseminação da luz; de intensificação extrema do movimento; de contágio e de caos. [José Gil] Jorge tem uma genuína paixão pelas ilhas e pelos segredos do mar, sobretudo dos seus abismos fantasmagóricos, paixão que o transporta noutras viagens a horizontes mais imponderáveis, um percurso cósmico em direcção às estrelas. [Vicente Jorge Silva]A Revolução de 25 de Abril de 1974 permitiu a Jorge Martins voltar a Portugal depois de treze anos de exílio, ainda que se mantivesse sediado em Paris [...], cidade em que o pintor tinha, nas suas palavras, uma «âncora» - o seu atelier. [Joana Bairrão] -
Sombras y Paradojas - El Dibujo de Jorge MartinsDesenho para compreender o que é o desenho. Este livro foi produzido por ocasião da exposição «Sombras y Paradojas», de Jorge Martins, com curadoria de Óscar Alonso Molina, realizada no MEIAC, Badajoz, em Outubro e Novembro de 2018, com o apoio da Fundação Carmona e Costa.Sombras e Paradoxos. O desenho de Jorge Martins é a primeira exposição individual de vulto que em Espanha se dedica a um dos nomes cimeiros da arte portuguesa do século passado. Aos setenta e oito anos, e ainda em plena actividade criadora, Jorge Martins (Lisboa, 1940) conseguiu tornar-se uma referência dentro do rico panorama criativo actual do país vizinho, tanto pela firmeza e independência do seu compromisso estético — em boa medida alheio ao vaivém das modas internacionais que década a década vai ditando o devir colectivo da criação — como pela singular posição que ocupa no mapa geracional. De facto, a atenção que o seu trabalho ultimamente suscita entre os jovens artistas é um importante elemento a ter em conta quando chega o momento de avaliar a pertinência de uma obra como a sua, onde uma impecável formalização se combina com uma procura contínua de novos processos e soluções no momento de delinear as imagens plásticas. [Antonio Franco e Óscar Alonso Molina] Ao longo da história, o desenho tem sido associado à capacidade de exprimir o que há de mais íntimo, as profundezas da psicologia do artista. Nele, supostamente, a sua «mão» autêntica revelava-se com toda a clareza e sem distorções, na medida em que o desenho exprime da forma mais imediata as imagens mentais internas que o criador retira de si próprio, lançando-as ao mundo, dando à luz por meio de formas plásticas concretas, susceptíveis logo a partir desse momento de serem vistas (por ele próprio, em primeiro lugar), comentadas, partilhadas, analisadas e postas em dúvida.[…]Certa vez, Jorge Martins disse-me que «existem realidades cuja única verdade é a sua representação.» Ao ver os seus desenhos, não tenho qualquer dúvida disso… E que assim seja. [Óscar Alonso Molina] -
Jorge Martins: Pintura E DesenhoJorge Martins organiza alguns elementos do mundo no espaço da sua pintura. Utiliza mecanismos de representação e verosimilhança ilusionista das formas ou explora modalidades de representação sintética, mas põe sempre em causa a lógica das suas relações normalizadas procedendo a permanentes deslocações volumétricas, de proporção e cromáticas, associando de modo surpreendente todos os elementos com que trabalha, conduzindo-os para um campo de irrealidade expansiva. -
A Substância do TempoJorge Martins (Lisboa, 1940), frequentou os cursos de Arquitectura e Pintura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa. Expõe regularmente desde 1958. A sua primeira exposição individual data de 1960. Em 1961 parte para Paris, onde vive e trabalha até 1991. Esta estada é interrompida entre 1975 e 1976, período em que se instala em Nova Iorque. Regressa definitivamente a Portugal em 1991, onde vive e trabalha desde então."A Substância do Tempo" surge por ocasião da exposição homónima de Jorge Martins simultaneamente apresentada na Fundação de Serralves, no Porto, e na Fundação Carmona e Costa, em Lisboa, reunindo um corpo de trabalho em desenho realizado ao longo de mais de cinco décadas por um artista mais conhecido pela sua pintura. A mostra constitui uma oportunidade inédita para revisitar a componente a preto-e-branco da sua obra e pensar o modo como ela se intercala com a exploração da gama cromática, dela se diferenciando para problematizar questões inerentes à linguagem do desenho. A par das imagens, dialogando com elas de modo a abrir o campo de sentido e de leitura das obras, o livro integra textos de Manuel Castro Caldas, João Fernandes, Pierre Georgel, José Gil, Sara Antónia Matos e António Mega Ferreira, autores que acompanharam Jorge Martins ao longo de períodos diversos da sua carreira. As diferentes perspectivas (estéticas, poéticas e filosóficas) de abordagem da obra do artista desvelam nela um campo fecundo e prolífico de associações, contribuindo para um renovado entendimento da mesma. -
Cadernos | Cuadernos 1964-2020José Gil: «Não formam um diário pessoal ou artístico, nem um livro de confissões ou um conjunto de ensaios sobre a pintura e a arte. Não sendo nada disso, de tudo isso estes Cadernos têm um pouco.» Tenho de dizer que acho verdadeiramente irónico, e até cómico, ver publicados estes textos que fui escrevendo ao longo dos anos, no meio dos desenhos, esboços e rabiscos, despreocupadamente e quase sem dar por isso. É claro que alguém acabaria por lê-los, mais cedo ou mais tarde, se os cadernos entretanto não tivessem desaparecido também. Assim, aqui ficam tal e qual foram escritos, ao acaso, sem ordem nem nexo, como convém. Apenas eliminei uma dúzia de «desabafos» demasiado pessoais, íntimos, e alguns outros quiçá injustos ou impróprios para consumo. [Jorge Martins] Jorge Martins mantém nestes escritos uma assombrosa continuidade com o que o seu próprio desenho expressa. As mesmas preocupações, uma lógica semelhante de abordá-las, e um resultado igualmente limpo, despojado e elegante. [Óscar Alonso Molina] Os escritos reunidos neste livro não nasceram como textos soltos, individuais, pensados para publicar sob pretexto de um evento ou por uma necessidade estética concreta: nasceram acompanhando esboços, apontamentos e essas revelações que fazem dos cadernos dos artistas um desses tesouros em que apetece entrar, passear à maneira de Robert Walser e entreter-nos. [Miguel Fernández-Cid] Assim que vi as dezenas de cadernos e blocos que Jorge Martins reuniu no seu atelier, e os comecei a folhear, tive noção do maravilhoso mundo em que iria mergulhar […] [Joana Baião] -
Lusco-Fusco - DesenhosEste livro, Lusco-Fusco, foi publicado por ocasião da exposição «Lusco-Fusco», de Jorge Martins, com curadoria de António Gonçalves, realizada na Galeria Ala da Frente, em Vila Nova de Famalicão, de 12 de Setembro de 2020 a 15 de Janeiro de 2021. Desenhos realizados entre 2017 e 2019 (grafite sobre papel, 50 x 70 cm e 56 x 76 cm).A sombra é uma cor tal como a luz, mas é menos brilhante; luz e sombra não passam de uma relação de tons. [Cézanne]Os limites de cada linguagem: se quiser definir melhor um sorriso tenho de desenhá-lo. [Wittgenstein]O nosso corpo é um fluxo tornado forma. [Novalis]A arte não é a imitação pura e simples daquilo que somos. [Plotino]Simplicidade em arte é mortal sempre que ela se julgue suficiente… [Paul Valéry]A sobrevivência das obras, a sua recepção enquanto aspecto da sua história, situa-se entre a sua recusa de se deixar compreender e a sua vontade de ser compreendida; esta tensão é o clímax da arte. [Adorno] -
Portugal e os JudeusO presente livro foi, originalmente, a tese de doutoramento do autor, defendida na Faculdade de Letras de Lisboa em 2006, ano em que foi publicada em três volumes, justamente com o título Portugal e os Judeus. Surge agora em nova edição, num único volume, revisto e atualizado em pequenos detalhes, pois não faria sentido reescrevê-lo quinze anos depois. Desde Mendes dos Remédios que não se publicava no nosso país uma obra de conjunto que sistematizasse a evolução da relação do Estado português com as comunidades judaicas ao longo da nossa multissecular história. Apesar de nesta última década e meia terem dado à estampa várias obras sobre a história dos judeus portugueses, nenhuma delas configurou uma visão global relativamente aprofundada. Na verdade, houve algumas sínteses, entre as quais a do autor, Breve História dos Judeus em Portugal. Esta obra está subdividida em três partes, correspondentes aos três volumes originais: Dos Primórdios da Nacionalidade à Legislação Pombalina, Do Ressurgimento das Comunidades Judaicas à Primeira República e Judaísmo e Anti-semitismo no Século XX.
-
A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?
