O Ano do Macaco
Com O Ano do Macaco Patti Smith continua a publicar as suas memórias e a estabelecer laços profundos entre o rock e a literatura que nunca deixou de amar. É um grande momento.
O ano do seu septuagésimo aniversário – e de itinerância entre concertos – começa com a chegada de Patti Smith ao motel Dream Inn em Santa Cruz, Califórnia. Nessa madrugada, em que ela transita livremente entre um sono leve e uma vigília povoada de sonhos, tudo parece dotado de vida e voz humanas: os objetos falam, os mortos falam e interpelam a mulher que, enrolada numa manta, deambula pela paisagem. Muitos serão os encontros e as perdas neste ano Chinês do Macaco e aqui, no terceiro livro de memórias de Patti Smith, haverá poesia, cafés, viagens à boleia, Bolaño, Pessoa e Lisboa; e a sua última estadia com Sam Shepard, amigo de toda a vida, para o ajudar a acabar o seu derradeiro livro (Espião na Primeira Pessoa, publicado pela Quetzal em 2018). Em pano de fundo, o mundo da política agita-se numa eleição tóxica. Em primeiro plano, o desaparecimento de dois grandes amigos: além de Shepard, Sandy Pearlman. Em Epílogo, o início de 2020, o Ano do Rato, e da nova e estranha era em que agora vivemos.
«As reflexões de Smith sobre um ano doloroso, mas também cheio de encantos, são elegíacas, vitais, mágicas.» Booklist
«Livro luminoso com uma prosa requintada.» Publishers Weekly
| Editora | Quetzal |
|---|---|
| Categorias | |
| Editora | Quetzal |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Patti Smith |
Patti Smith é escritora e artista musical e visual. Começou a ser reconhecida durante os anos 1970 pela fusão revolucionária de rock’n’roll e poesia do seu trabalho. O disco seminal, intitulado Horses, mostrando na capa a célebre fotografia tirada por Robert Mapplethorpe, foi aclamado como um dos cem melhores álbuns de sempre. Patti Smith gravou onze álbuns. Os seus desenhos foram expostos no Gotham Book Mart, em 1973, e pelo Andy Warhol Museum, em 2002. Foram também alvo de uma mostra, juntamente com fotografias e instalações da sua autoria, na Fondation Cartier pour l’Art Contemporain em Paris, em 2008.
Smith é autora de livros que a Quetzal tem vindo a publicar: Apenas Miúdos, em 2011, e M Train, em 2016. Recebeu, em 2005, a mais alta distinção da República Francesa no campo das artes, Commandeur des Arts et des Lettres. Em 2007, passou a integrar o Rock & Roll Hall of Fame.
Patti Smith casou-se com o já desaparecido Fred Sonic Smith, em Detroit, em 1980. Tiveram um filho, Jackson, e uma filha, Jesse. Patti Smith vive atualmente em Nova Iorque.
-
Patti Smith: TroisA set of three personal books by an icon of the New York underground music scene.Published on the occasion of Patti Smith's exhibition at the Cartier Foundation in Paris, here are three books devoted to her artistic world, combined in a set entitled Trois.Charleville encompasses Smith's texts, drawings, and photographs revolving around the figure of Arthur Rimbaud and collected over a period of almost forty years. Photographies showcases her photographs of sculptures taken between 2002 and 2008 and accompanied by her poems. Cahier is a notebook inspired by those belonging to Patti Smith. The first pages are filled with her handwriting and the rest is left to the reader's personal use.The set perfectly reflects Patti Smith's long-standing interest in literature, photography, and all kinds of artistic expression. 150 illustrations. -
Apenas MiúdosEste é o primeiro livro de Patti Smith em prosa. É um livro de memórias que começa no Verão em que Coltrane morreu, do Verão do amor livre e de todos os motins, do Verão em que conheceu a figura central deste livro - o lendário fotógrafo americano Robert Mapplethorpe. Mas é também um retrato de época - dos dias do Chelsea Hotel e de Nova Iorque no fim dos anos 1960 e uma comovente história de juventude e amizade.Just Kids é uma fábula em que encontramos poesia, rocknroll, sexo e arte que começa numa história de amor e acaba numa elegia. -
DevoçãoSaído da pena de uma das artistas mais inspiradoras do nosso tempo, este livro é um testemunho do processo criativo de Patti Smith.Uma bela e original história de obsessão: a de uma patinadora que vive para a sua arte, a do possessivo colecionador que implacavelmente busca o seu prémio, e a de uma relação forjada pela necessidade. Acompanha-a um ensaio que torna mais tangível a origem misteriosa deste inquietante conto.A iluminação chega-nos quando Smith viaja para o Sul de França até à casa de Camus, encontra a sepultura de Simone Weill no cemitério de Ashford, nos arredores de Londres, e persegue as ruas labirínticas e sem nome da Paris de Patrick Modiano. Escrevendo em cafés e comboios, Patti Smith abre generosamente os seus cadernos de apontamentos e revela a alquimia do seu trabalho, neste vibrante livro sobre a escrita e a razão pela qual escrevemos. -
Patti Smith Collected Lyrics 1970-2015Initially published in 1998, Patti Smith’s Complete Lyrics was a testimony to her uncompromising poetic power. Now, on the fortieth anniversary of the release of Horses, Smith’s groundbreaking album, Collected Lyrics has been revised and expanded with more than thirty-five additional songs and liberally illustrated with original manuscripts of lyrics from Smith’s extensive archive.Patti Smith’s work continues to retain its relevance, whether controversial, political, romantic, or spiritual. Collected Lyrics offers forty-five years of song, an enduring commemoration of Smith’s unique contribution to the canon of rock and roll. -
Just KidsA prelude to fame, Just Kids recounts the friendship of two young artists--Patti Smith and Robert Mapplethorpe - whose passion fueled their lifelong pursuit of art.In 1967, a chance meeting between two young people led to a romance and a lifelong friendship that would carry each to international success never dreamed of. The backdrop is Brooklyn, Chelsea Hotel, Max's Kansas City, Scribner's Bookstore, Coney Island, Warhol's Factory and the whole city resplendent. Among their friends, literary lights, musicians and artists such as Harry Smith, Bobby Neuwirth, Allen Ginsberg, Sandy Daley, Sam Shepherd, William Burroughs, etc. It was a heightened time politically and culturally; the art and music worlds exploding and colliding. In the midst of all this two kids made a pact to always care for one another. Scrappy, romantic, committed to making art, they prodded and provided each other with faith and confidence during the hungry years--the days of cous-cous and lettuce soup.Just Kids begins as a love story and ends as an elegy. Beautifully written, this is a profound portrait of two young artists, often hungry, sated only by art and experience. And an unforgettable portrait of New York, her rich and poor, hustlers and hellions, those who made it and those whose memory lingers near. -
M TrainREVISED EDITION WITH FIVE THOUSAND WORDS BONUS MATERIAL AND NEW PHOTOGRAPHSM Train begins in the tiny Greenwich Village café where Smith goes every morning for black coffee, ruminates on the world as it is and the world as it was, and writes in her notebook. Through prose that shifts fluidly between dreams and reality, past and present, and across a landscape of creative aspirations and inspirations, we travel to Frida Kahlo's Casa Azul in Mexico; to a meeting of an Arctic explorer's society in Berlin; to a ramshackle seaside bungalow in New York's Far Rockaway that Smith acquires just before Hurricane Sandy hits; and to the graves of Genet, Plath, Rimbaud and Mishima.Woven throughout are reflections on the writer's craft and on artistic creation. Here, too, are singular memories of Smith's life in Michigan and the irremediable loss of her husband, Fred Sonic Smith. Braiding despair with hope and consolation, illustrated with her signature Polaroids, M Train is a meditation on travel, detective shows, literature and coffee. It is a powerful, deeply moving book by one of the most remarkable artists at work today. -
Just Kids Illustrated EditionPatti Smith’s National Book Award–winning memoir, now richly illustrated with new material and never-before-seen photographs.Patti’s Smith’s exquisite prose is generously illustrated in this full-color edition of her classic coming-of-age memoir, Just Kids. New York locations vividly come to life where, as young artists, Patti Smith and Robert Mapplethorpe met and fell in love: a first apartment in Brooklyn, Times Square with John and Yoko’s iconic billboard, Max’s Kansas City, or the gritty fire escape of the Hotel Chelsea. The extraordinary people who passed through their lives are also pictured: Sam Shepard, Harry Smith, William Burroughs, Allen Ginsberg. Along with never-before-published photographs, drawings, and ephemera, this edition captures a moment in New York when everything was possible. And when two kids seized their destinies as artists and soul mates in this inspired story of love and friendship. -
Just Kids - Illustrated EditionPatti's Smith's exquisite prose is generously illustrated in this full-color edition of her classic coming-of-age memoir, Just Kids. New York locations vividly come to life where, as young artists, Patti Smith and Robert Mapplethorpe met and fell in love: a first apartment in Brooklyn, Times Square with John and Yoko's iconic billboard, Max's Kansas City, or the gritty fire escape of the Hotel Chelsea. The extraordinary people who passed through their lives are also pictured: Sam Shepard, Harry Smith, William Burroughs, Allen Ginsberg. Along with never-before-published photographs, drawings, and ephemera, this edition captures a moment in New York when everything was possible. And when two kids seized their destinies as artists and soul mates in this inspired story of love and friendship. -
M TrainSentada no seu café nova-iorquino preferido, Patti Smith lembra as sucessivas viagens que alimentam as suas obsessões artísticas e literárias, bem como o seu desejo de uma beleza que transgrida a ordem do tempo. Viajamos da Guiana ou do México e da casa de Frida Kahlo até Berlim, contemplamos os túmulos de Jean Genet, Sylvia Plath, Rimbaud e Mishima, sentamo-nos na cadeira que pertenceu a Roberto Bolaño, visitamos hotéis que lembram séries de televisão, homenageamos Burroughs, ou Sebald - e, como todos os viajantes, recordamos coisas sem explicação. Livro de viagens, M Train é uma das experiências mais contagiantes para quem alguma vez foi ferido pelo animal da literatura, levando-nos pelos lugares em nome da memória que transportam, talvez porque viajar e ler sejam formas de superar a morte.
-
O Príncipe da Democracia - Uma Biografia de Francisco Lucas PiresNenhuma outra figura foi intelectualmente tão relevante para a afirmação da direita liberal em Portugal como Francisco Lucas Pires. Forjado numa família que reunia formação clássica e espírito de liberdade, tornou-se um constitucionalista inovador, um jurista criativo, um político de dimensão intelectual rara à escala nacional e europeia – e, acima de tudo, um cidadão inconformado com o destino de Portugal.Em O Príncipe da Democracia, Nuno Gonçalo Poças reconstitui o percurso e as ideias deste homem invulgar, cujo legado permanece em grande parte por cumprir, e passa em revista os seus sucessos e fracassos. O resultado é um livro que, graças à absoluta contemporaneidade do pensamento do biografado, nos ajuda a compreender as grandes questões que o país e a Europa continuam a enfrentar, mostrando-nos, ao mesmo tempo, uma elegância política difícil de conceber quando olhamos hoje à nossa volta.Mais do que um retrato elucidativo de Lucas Pires, que partiu precocemente aos 53 anos, este é um documento fundamental para responder aos desafios do futuro, numa altura em que o 25 de Abril completa meio século. -
A DesobedienteA dor e o abandono chegaram cedo à vida de Teresinha, a filha mais velha de um dos mais prestigiados médicos da capital e de uma mulher livre e corajosa, descendente dos marqueses de Alorna, que nas ruas e nos melhores salões de Lisboa rivalizava em encanto com Natália Correia. A menina que haveria de ser poetisa vê a morte de perto quando ainda mal sabe andar, sobrevive às depressões da mãe, chegando mesmo a comer uma carta para a proteger. É dura e injustamente castigada e as cicatrizes hão de ficar visíveis toda a vida, de tal modo que a infância e a adolescência de Maria Teresa Horta explicam quase todas as opções que tomou. Sobreviver ao difícil divórcio dos pais, duas figuras incomuns, com as quais estabeleceu relações impressionantes de tão complexas, foi apenas uma etapa.Mas quanto deste sofrimento a leva à descoberta da poesia? E quanto está na origem da voz ativista de uma jovem que há de ser uma d’As Três Marias, as autoras das famosas «Novas Cartas Portuguesas», e protagonistas do último caso de perseguição a escritores em Portugal, que recebeu apoio internacional de mulheres como Simone de Beauvoir e Marguerite Duras? A insubmissa, que se envolve por acaso com o PCP e mantém intensa atividade política no pré e no pós-25 de Abril; a poetisa, a mãe, a mulher que constrói um amor desmedido por Luís de Barros; a grande escritora a quem os prémios e condecorações chegaram já tarde (ainda que, em alguns casos, a tempo de serem recusados), entre outras facetas, é a Maria Teresa Horta que Patrícia Reis, romancista e biógrafa experimentada, soube escrever e dar a conhecer, nesta biografia, com a destreza e a sensibilidade que a distinguem. -
Emílio Rui VilarMemórias do país da ditadura e do alvor da democracia em Portugal. A vida de Emílio Rui Vilar atravessou as principais mudanças da segunda metade do século XX. Contado na primeira pessoa, um percurso fascinante pelo fim do regime de Salazar e Caetano e pela revolução de Abril.Transcrevendo entrevistas realizadas ao longo de vários meses, este livro recolhe o relato na primeira pessoa de uma trajetória que percorreu o início da contestação ao Estado Novo no meio universitário, a Guerra Colonial, a criação da SEDES, o fracasso da “primavera marcelista” e os primeiros anos do novo regime democrático saído do 25 de Abril, onde Emílio Rui Vilar desempenhou funções governativas nos primeiros três Governos Provisórios e no Primeiro Governo Constitucional. No ano em que se celebram cinco décadas de democracia em Portugal, este livro é um importante testemunho sobre dois regimes, sobre o fim de um e o nascimento de outro. -
Oriente PróximoCom a atual guerra em Gaza, este livro, Oriente Próximo ganhou uma premente atualidade. A autora, a maior especialista portuguesa sobre o assunto, aborda o problema não do ponto de vista geral, mas a partir da vida concreta das pessoas judeus, árabes e outras nacionalidades que habitam o território da Palestina. Daí decorre que o livro se torna de leitura fascinante, como quem lê um romance.Nunca se publicou nada em Portugal com tão grande qualidade. -
Savimbi - Um homem no Seu MartírioSavimbi foi alvo de uma longa e destrutiva campanha de propaganda, desinformação e acções encobertas de segurança com o objectivo de o desacreditar e isolar. Se não aceitasse o exílio ou a sujeição, como foi o objectivo falhado dessa campanha, o fim último era matá-lo, como aconteceu: premeditadamente! Para que a sua «morte em combate» não suscitasse empatia, foi como um chefe terrorista da laia de Bin Laden que a sua morte foi apresentada – artifício da propaganda que tirou partido da memória emocional recente dos atentados da Al Qaeda, na América. Julgado com honestidade, Savimbi nunca foi o «bandido» por que o fizeram passar. O manifesto apreço que personalidades de indiscutível clareza moral, como Mandela, tiveram por ele prova-o. O MPLA elegeu-o como adversário temido e quis apagá-lo do seu caminho! Não pelos crimes a que o associaram. O que o MPLA e o seu regime temiam eram as suas qualidades e carisma, a sua representatividade política e o prestígio externo que granjeara. Como outros grandes da História, Savimbi também tinha defeitos e cometia erros. Mas no deve e haver as suas qualidades eram preponderantes." -
Na Cabeça de MontenegroLuís Montenegro, o persistente.O cargo de líder parlamentar, no período da troika, deu-lhe o estatuto de herdeiro do passismo. Mas as relações com Passos Coelho arrefeceram e o legado que agora persegue é outro e mais antigo. Quem o conhece bem diz que Montenegro é um fiel intérprete da velha tradição do PPD, o partido dos baronatos do Norte. Recusou por três vezes ser governante e por duas vezes foi derrotado em autárquicas. Já fez e desfez alianças, esteve politicamente morto e ressuscitou. Depois de algumas falsas partidas chegou à liderança. Mas tudo tem um preço e é o próprio a admitir que se questiona com frequência: será que vale a pena? -
Na Cabeça de VenturaAndré Ventura, o fura-vidas.Esta é a história de uma espécie de Fausto português, que foi trocando aquilo em que acreditava por tudo o que satisfizesse a sua ambição. André Ventura foi um fura-vidas. A persona mediática que criou nasceu na CMTV como comentador de futebol. Na adolescência convertera-se ao catolicismo, a ponto de se tornar um fundamentalista religioso. Depois de ganhar visibilidade televisiva soube pô-la ao serviço da sua ambição de notoriedade. Passou pelo PSD e foi como candidato do PSD que descobriu que havia um mercado eleitoral populista e xenófobo à espera de alguém que viesse representá-lo em voz alta. Assim nasceu o Chega. -
Contra toda a Esperança - MemóriasO livro de memórias de Nadejda Mandelstam começa, ao jeito das narrativas épicas, in media res, com a frase: «Depois de dar uma bofetada a Aleksei Tolstói, O. M. regressou imediatamente a Moscovo.» Os 84 capítulos que se seguem são uma tentativa de responder a uma das perguntas mais pertinentes da história da literatura russa do século XX: por que razão foi preso Ossip Mandelstam na fatídica noite de 1 de Maio de 1934, pouco depois do seu regresso de Moscovo? O presente volume de memórias de Nadejda Mandelstam cobre, assim, um arco temporal que medeia entre a primeira detenção do marido e a sua morte, ou os rumores sobre ela, num campo de trânsito próximo de Vladivostok, algures no Inverno de 1938. Contra toda a Esperançaoferece um roteiro literário e biográfico dos últimos quatro anos de vida de um dos maiores poetas do século XX. Contudo, é mais do que uma narrativa memorialística ou biográfica, e a sua autora é mais do que a viúva mítica, que memorizou a obra proibida do poeta perseguido, conseguindo dessa forma preservar toda uma tradição literária. Na sua acusação devastadora ao sistema político soviético, a obra de Nadejda Mandelstam é apenas igualada por O Arquipélago Gulag. O seu método de composição singular, e a prosa desapaixonada com que a autora sonda o absurdo da existência humana, na esteira de Dostoievski ou de Platónov, fazem de Contra toda a Esperança uma das obras maiores da literatura russa do século XX.
