O Povo, Meu Poema, Te Atravessa: antologia poética de literatura portuguesa nos cem anos da Revolução de Outubro
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Edição comemorativa dos 100 anos da Revolução Russa e dos 200 anos do nascimento de Karl Marx
O POVO, MEU POEMA, TE ATRAVESSA - ANTOLOGIA POÉTICA DE LITERATURA PORTUGUESA
Selecção e Prefácio de Francisco Duarte Mangas
| Editora | Modo de Ler |
|---|---|
| Categorias | |
| Editora | Modo de Ler |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Francisco Duarte Mangas |
Francisco Duarte Mangas
Ficcionista, poeta e autor de livros para a infância. No domínio da ficção, entre outras obras, escreveu Diário de Link, Jacarandá, A Rapariga dos Lábios Azuis, Pavese no Café Ceuta, A Cidade das Livrarias Mortas e O Alfarrabista de Ponta Delgada. Durante anos, trabalhou como jornalista.
É presidente da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto e diretor da Revista Gazeta Literária. A Fome Apátrida das Aves, Transumância, As Coisas Comuns e Devocionário são alguns dos seus livros de poesia.
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Sílvio, Domador de CaracóisO SÍLVIO QUER SER DOMADOR DE CARACÓIS. E TU? Quando crescer, o Sílvio quer ser tantas, tantas coisas Mas a mãe do Sílvio, atenta, quer mostrar-lhe que nem todas as escolhas cabem na medida dos nossos sonhos (ou vice-versa). Terá a mãe razão? Livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura 1º Ano de Escolaridade Leitura orientada na sala de aula. Foi uma das obras destacadas pelo júri na 15ª Edição Prémio Nacional de Ilustração. -
A Rapariga dos Lábios AzuisA Rapariga dos Lábios Azuis é uma história de mistério e vingança. E também de amor e morte - a da jovem forasteira que não podendo consumar o seu amor se envenena (ou deixa envenenar). Uma narrativa a duas vozes (avó e neto) e em dois tempos (o século XIX e os nossos dias), afinada pelos gestos e ciclos do Homem e da Terra, pelo silêncio dos pauis, o rumorejar dos bosques, o murmúrio dos ribeiros. Dócil matilha, as palavras, ao redor da mulher e sua mágoa antiga. Há um livro, herdado de outra mulher, que a ajuda a atravessar o bosque e as ciladas da narrativa. Rente a morte, conta ao neto, ainda menino, a sua história; pedelhe para guardar as palavras com alma. Narra lentamente, como se tivesse receio de esvaziar o passado, o lado solar da sua vida. A rapariga dos lábios azuis e o fogo de histórias mais íntimas ficam na obscuridade. É a vez do neto intentar reconstruir esse passado indizível através de uma camélia. -
JaracarandáUma história do medo, da clandestinidade política, de afetos e traições. Da tortura, da mais bárbara tortura e da perigosa arte do silêncio (não rachar) perante os torturadores. O romance parte de um facto real: o assassinato de um proprietário e capitalista,dizem os jornais da época, na Rua do Bonjardim, no Porto. Crime mal esclarecido, que a polícia política se apressa a atribuir a grupo de malfeitores comunistas e a três galegos, refugiados rojos da guerra civil de Espanha. Jaracandá decorre no início dos anos quarenta, um dos períodos de maior crueldade do fascismo português, respaldado numa sociedade apavorada, e num jornalismo subserviente, mentiroso, infame. Afinal, quem foram os autores do Crime do Bonjardim? Porque desapareceu o processo,julgado em Tribunal Militar Especial Político, do Arquivo Histórico Militar?Tu disseste: olha o jacarandá florido, fica rente à felicidade. Um dia chegarás ao seu coração vegetal, apertado: achas a luz, a claridade das árvores bebida pela raiz limpidez resgatada do âmago da terra. -
Pavese no Café CeutaO escritor italiano Cesar e Pavese procura o antigo editor de Eugénio no café errado. Gabriela, personagem de Jorge Amado, também chega ao Porto para descobrir alguns dos homens que dormiram com Gisberta, "antes de ser fétida melancolia, brinquedo de moleque". Pavese no Café Ceuta é um tributo aos livros, a lugares rasurados, e a quem verdadeiramente os ama. -
A Cidade das Livrarias MortasA cidade assiste, quase sem espanto, à morte das livrarias e de outras marcas da sua identidade. Troca de pele como se fosse uma cobra. Os poetas “das palavras com vísceras”, grupo que conspira nos cafés da baixa, apercebem-se da mudança brusca e tentam denunciar a nova peste bubónica. Quem conhece as metamorfoses da cidade é o enigmático Homem do Capacete, arquiteto intemporal e bibliófilo extravagante. A Cidade das Livrarias Mortas é um primeiro olhar sobre o Porto dos nossos dias. -
O Noitibó, a Gralha e Outros BichosNa discreta vida dos bichos dormem pequeninas histórias desconhecidas, como a biografia da carriça, que a palavra resgata. E devagar ilumina. O que é o noitibó além da agradável sonoridade do nome? Por que motivo o longínquo mamute traz consigo talvez a mais antiga história de amor? E o tímido coelho, sempre perseguido nas páginas deste livro, terá a arte para iludir todos os predadores do bestiário? -
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A MeninaUm pai natal à moda antiga, inventor de brinquedos de madeira, exausto de tantas viagens debaixo da neve, delega arte e o generoso ofício no filho. Parte de madrugada: no regresso, dias depois, só as renas e um capote. O filho adorava as árvores da floresta, desde menino repartia solidões, dúvidas e alegrias com um caracol. Inseparável amigo, de uma rara virtude: pensava, pensava devagar e bem. Certa manhã, o jovem leva as renas à clareira da floresta a beber a frescura do mundo, como sempre o seu pai fazia pelo mês de Maio. De repente, os animais suspendem o pasto, erguem a cabeça: no centro da clareira, um capote forrado a pele de marta agasalha uma menina de escassos dias de vida. A Menina é uma inesperada história de amizade,de reencontros, de subtis sentimentos que parecem não existir mais entre as pessoas. Uma história também de amor pelas árvores e por outros seres da floresta. A dado passo, a dúvida sobressaltará o leitor: o que é feito da mãe do jovem pai natal? -
O Gato Karl - A PalavrariaO gato Karl é persistente. Fracassada a primeira tentativa para mudar o mundo, abre a Palavraria: uma loja onde nada vende, apenas oferece palavras de desentristecer. Debaixo da magnólia branca, Karl e o seu caderninho de capas cor de fogo recebem a menina Rosa Luxemburgo, triste por ver as árvores presas à terra. Herbert Marcuse, menino tímido, revela-lhe a tempestade poética que o agita: queria ser nuvem… queria ser nuvem certos dias. Outros meninos, tocados pela melancolia, procuram na loja do Karl algo que ilumine o sonho. A menina Amália (Rodrigues), o menino Vladimir. A menina Matilde Rosa Araújo convence o gato de que é possível inventar a vacina contra a tristeza. E depois desconvence: era metáfora. “Melancolia, tristeza ou saudade não fazem parte da lista de epidemias”. A Palavraria é a segunda história do Gato Karl e do seu dono, com quem partilha sonhos, amuos, às vezes alegria e improváveis vitórias contra o preconceito. -
As Coisas ComunsUm dia havia de acontecer. As palavras formam a serra, rostos familiares, vozes ao longe, o altivo ladrar dos cães. Erguem uma realidade perdida. De repente, a tua terra renasce na dimensão inaudita do trabalho poético. O verão desagua na página, o rio, o rapaz destemido a apanhar cobras de água. Felicidade em repouso, como os campos ao redor, sobre a brancura do papel. E tu nada fazes para a levantar. Tu estás pasmado perante a aldeia iluminada, essa terra que se despovoou, abandonaram os campos e as reses, ruíram os espigueiros e os açudes, mas raparigas do rio trazem lírios e sorrisos francos e tu, enfim, descobres: a poesia pode salvar."Salvar o quê?" Que importância tem isso.
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Tal como És- Versos e Reversos do RyokanAntologia poética do monge budista Ryokan, com tradução a partir do original japonês. -
TisanasReedição das Tisanas de Ana Hatherly, poemas em prosa que ocuparam grande parte da vida da poeta e artista. -
NocturamaOs poemas são a exasperação sonhada As palavras são animais esquivos, imprecisos e noturnos. É desse pressuposto que Nocturama lança mão para descobrir de que sombras se densifica a linguagem: poemas que se desdobram num acordeão impressionante, para nos trazerem de forma bastante escura e às vezes irónica a suprema dúvida do real. -
Primeiros Trabalhos - 1970-19791970-1979 é uma selecção feita pela autora, da sua escrita durante esse mesmo período. Uma parte deste livro são trabalhos nunca publicados, onde constam excertos do seu diário, performances e notas pessoais. A maioria dos textos foram publicados ao longo da década de setenta, em livros que há muito se encontram esgotados, mesmo na língua original.“Éramos tão inocentes e perigosos como crianças a correr por um campo de minas.Alguns não conseguiram. A alguns apareceram-lhes mais campos traiçoeiros. E algunsparece que se saíram bem e viveram para recordar e celebrar os outros.Uma artista enverga o seu trabalho em vez das feridas. Aqui está então um vislumbredas dores da minha geração. Frequentemente bruto, irreverente—mas concretizado,posso assegurar, com um coração destemido.”-Patti SmithPrefácio de Rafaela JacintoTradução de cobramor -
Horácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis). -
Um Inconcebível AcasoNo ano em que se celebra o centenário de Wisława Szymborska, e coincidindo com a data do 23º aniversário da atribuição do prémio Nobel à autora, as Edições do Saguão e a tradutora Teresa Fernandes Swiatkiewicz apresentam uma antologia dos seus poemas autobiográficos. Para esta edição foram escolhidos vinte e seis poemas, divididos em três partes. Entre «o nada virado do avesso» e «o ser virado do avesso», a existência e a inexistência, nesta selecção são apresentados os elementos do que constituiu o trajecto e a oficina poética de Szymborska. Neles sobressai a importância do acaso na vida, o impacto da experiência da segunda grande guerra, e a condição do ofício do poeta do pós-guerra, que já não é um demiurgo e, sim, um operário da palavra que a custo trilha caminho. Nos poemas de Wisława Szymborska esse trajecto encontra sempre um destino realizado de forma desarmante entre contrastes de humor e tristeza, de dúvida e do meter à prova, de inteligência e da ingenuidade de uma criança, configurados num território poético de achados entregues ao leitor como uma notícia, por vezes um postal ilustrado, que nos chega de um lugar que sabemos existir, mas que muito poucos visitam e, menos ainda, nos podem dele dar conta. -
AlfabetoALFABET [Alfabeto], publicado em 1981, é a obra mais conhecida e traduzida de Inger Christensen.Trata-se de um longo poema sobre a fragilidade da natureza perante as ameaças humanas da guerra e da devastação ecológica. De modo a salientar a perfeição e a simplicidade de tudo o que existe, a autora decidiu estruturar a sua obra de acordo com a sequência de números inteiros de Fibonacci, que está na base de muitas das formas do mundo natural (como a geometria da pinha, do olho do girassol ou do interior de certas conchas). Como tal, Alfabeto apresenta catorze secções, desde a letra A à letra N, sendo que o número de versos de cada uma é sempre a soma do número de versos das duas secções anteriores. Ao longo destes capítulos, cada vez mais extensos, Christensen vai assim nomeando todas as coisas que compõem o mundo.Este livro, verdadeiramente genesíaco, é a primeira tradução integral para português de uma obra sua. -
Fronteira-Mátria - [Ou Como Chegamos Até Aqui]Sou fronteiradois lados de lugar qualquerum pé em cada território.O ser fronteiriço énascer&serde todo-lugar/ lugar-nenhum.(…)Todas as coisas primeiras são impossíveis de definir. Fronteira-Mátria é um livro que traz um oceano ao meio. Neste projeto original que une TERRA e MAZE, há que mergulhar fundo para ler além da superfície uma pulsão imensa de talento e instinto.Toda a criação é um exercício de resistência. Aqui se rimam as narrativas individuais, com as suas linguagens, seus manifestos, suas tribos, mas disparando flechas para lá das fronteiras da geografia, do território, das classes e regressando, uma e outra vez, à ancestral humanidade de uma história que é coletiva — a nossa. Veja-se a beleza e a plasticidade da língua portuguesa, a provar como este diálogo transatlântico é também a celebração necessária do que, na diferença, nos une.Todas as coisas surpreendentes são de transitória definição. Há que ler as ondas nas entrelinhas. Talvez o mais audacioso deste livro seja o servir de testemunho para muito mais do que as quatro mãos que o escrevem. Ficamos nós, leitores, sem saber onde terminam eles e começamos nós.Todas as coisas maravilhosas são difíceis de definir. Este é um livro para ouvir, sem sabermos se é poesia, se é música, se é missiva no vento. Se é uma oração antiga, ainda que nascida ainda agora pela voz de dois enormes nomes da cultura hip-hop de Portugal e do Brasil. Mátria carregada de futuro, anterior à escrita e à canção.Minês Castanheira