Pátria
De todas as obras escritas por Guerra Junqueiro, Pátria é sem dúvida aquela que maior impacto teve no seu tempo e a que, ainda hoje, decorrido mais de um século sobre a sua primeira publicação, em 1896, se mantém tão viva quanto actual. No plano político e social, ressalvadas as diferenças de regime e governação e o período conturbado que provocou a queda da monarquia e a implantação da República, muitas são as semelhanças que se poderão encontrar com os dias de hoje no que respeita à forma de fazer política e conquistar o poder, ao arrepio dos interesses e do bem-estar colectivos, e à passividade com que a população mais desfavorecida acata as crescentes desigualdades sociais e económicas. Se no tempo da monarquia a situação do país era degradante e ruinosa que dizer do Portugal actual? De um país sem autêntica autonomia governativa e independência económica, subalterno perante uma União Europeia dominada pelos países ricos? Porque muito mais do que europeus, somos portugueses, a mesma pergunta de então se mantém: para onde foi a consciência da Pátria e o orgulho de ser português que Camões tanto exaltou no seu poema épico Os Lusíadas, e que Guerra Junqueiro, num outro registo lírico, igualmente reclamava?
| Editora | Nova Vega |
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| Editora | Nova Vega |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Guerra Junqueiro |
Abílio Manuel Guerra Junqueiro GCSE (Freixo de Espada à Cinta, Ligares, 15 de setembro de 1850 — Lisboa, 7 de julho de 1923) foi alto funcionário administrativo, político, deputado, jornalista, escritor e poeta português.[1] Foi o poeta mais popular da sua época e o mais típico representante da chamada "Escola Nova". Poeta panfletário, a sua poesia ajudou a criar o ambiente revolucionário que conduziu à implantação da República.[2] Foi entre 1911 e 1914 o embaixador de Portugal na Suíça (o título era "ministro de Portugal na Suíça"). Guerra Junqueiro formou-se em direito na Universidade de Coimbra.
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Selecção de Contos Para a InfânciaEste livro apresenta três contos que partilham entre si a beleza da ingenuidade e a inocência. Histórias simples que permitem interiorizar de forma divertida valores como a justiça e a verdade.A coleção Educação Literária reúne obras de leitura obrigatória e recomendada no Ensino Básico e Ensino Secundário e referenciadas no Plano Nacional de Leitura. -
Três Contos de Guerra JunqueiroTrês contos Guerra Junqueiro ‒ O Fato Novo do Sultão, Boa Sentença e João Pateta ‒ que são de leitura obrigatória.Por isso, estes contos fazem parte das Metas Curriculares de Português para o Ensino Básico. -
Contos Para a InfânciaAbílio Manuel Guerra Junqueiro (1850- -1923) notabilizou-se como político, deputado, jornalista, escritor e poeta. A sua poesia grangeou-lhe uma enorme popularidade, sobretudo a poesia panfletária que contribuiu para a implantação da República. Da sua obra salientamos A Velhice do Padre Eterno, Finis Patriae, Os Simples, Oração ao Pão, Pátria... e Contos para a Infância, publicados em 1877. Nesta obra dedicada às crianças o autor afirma reuni para ele tudo o que vi de mais singelo, mais gracioso e mais humano. Escreveu a pensar na sensibilidade infantil e na descoberta da vida. São 44 pequenas histórias que convivem com a poesia dos pássaros e outros animais, com as árvores, as flores, os génios, as aventuras, onde se exalta a magia da vida. Contos para a Infância é um documento importante para a história da literatura infantil em Portugal, iniciada por João de Deus ao dirigir-se especificamente às crianças como nos afirma no prefácio Júlia Nery. O próprio Guerra Junqueiro na abertura desta obra confessa: Livros simples! Nada mais complexo. -
A Musa Dual - AntologiaCom introdução, selecção de textos e organização de A.M. Pires Cabral, Guerra Junqueiro: A musa dual procura revelar o poeta Guerra Junqueiro na plenitude das suas escolhas literárias e ideológicas. Incluindo textos em verso e em prosa, esta antologia divide-se em duas partes: Horas de luta e Vibrações líricas . Na primeira, mostra-se o poeta engagé , reunindo-se nela textos combativos e indignados sobre a monarquia, a igreja e a dissolução moral. Na segunda parte, de teor predominantemente lírico, bucólico e místico, estão presentes as evocações da infância, a exaltação da natureza e dos humildes, as formulações cósmicas e panteístas, a reconciliação religiosa. -
Torre de Babel ou A Porra do SorianoPedro Soriano tornou-se um dos mais célebres criminosos portugueses depois de uma insólita noite, em Dezembro de 1881. Para poder desfrutar dos prazeres carnais com a jovem Maria Eugénia, montou todo o aparato próprio de um casamento religioso. A sua proeza foi tão condenada (cumpriu pena de prisão e degredo) quanto invejada pelos seus contemporâneos, junto dos quais corria o boato da sua enorme virilidade. Entre eles, contava-se Guerra Junqueiro, que dedicou a Soriano um longo poema de circulação clandestina. Anos mais tarde, Guerra Junqueiro procuraria recolher todos os exemplares de uma publicação que lhe manchava o bom nome. Neste volume, António Ventura recupera o inusitado poema «A Torre de Babel ou a Porra do Soriano» (1882), seguido de «O Casamento Simulado», publicação que em 1886 procurou defender a honra do galã em prejuízo da reputação da «noiva». -
Prefácio e uma RecensãoReúne-se neste livro parte muito significativa da obra em prosa de Guerra Junqueiro, nomeadamente os prefácios de sua autoria. Torna-se deste modo acessível um conjunto de textos dispersos, alguns pouco conhecidos, que são fundamentais para traçar o pensamento de Junqueiro, na relação com os diferentes contemporâneos. -
Três Contos de Guerra JunqueiroTrês contos Guerra Junqueiro ¿ O Fato Novo do Sultão, Boa Sentença e João Pateta ¿ que são de leitura obrigatória. Por isso, estes contos fazem parte das Metas Curriculares de Português para o Ensino Básico.Ver por dentro: -
O Fato Novo do Sultão e Outros ContosHistórias antigas para novos leitores.Os contos presentes neste livro são retirados da obra Contos para a Infância, publicada em 1877, por Guerra Junqueiro. Apesar de não serem da sua autoria, mas sim adaptações de histórias tradicionais, neles estão patentes as preocupações pedagógicas, sociais e culturais deste autor. Os valores subjacentes - a bondade, a justiça, a solidariedade, a honestidade, a gratidão, entre outros - são transmitidos de forma simples e construtiva.As ilustrações bem-humoradas de Elias Gato são o complemento perfeito destes textos que têm sido apreciados por várias gerações de leitores. -
A Velhice do Padre EternoEsta obra, que suscitou grande polémica no momento da sua publicação em 1885, é apontada como monumento da crítica anticlerical e como denúncia do farisaísmo. Uma leitura atenta revela a qualidade da combatividade e facilidade de caricaturar de Junqueiro, um estilo que lhe valeu a admiração dos seus contemporâneos. A Velhice do Padre Eterno é inquestionavelmente um clássico da literatura portuguesa de uma das figuras incontornáveis da nossa literatura. Esta é uma edição especial com as ilustrações originais de Leal da Câmara.
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A Esquerda não é WokeSe somos de esquerda, somos woke. Se somos woke, somos de esquerda.Não, não é assim. E este erro é extremamente perigoso.Na sua génese e nas suas pedras basilares, o wokismo entra em conflito com as ideias que guiam a esquerda há mais de duzentos anos: um compromisso com o universalismo, uma distinção objetiva entre justiça e poder, e a crença na possibilidade de progresso. Sem estas ideias, afirma a filósofa Susan Neiman, os wokistas continuarão a minar o caminho até aos seus objetivos e derivarão, sem intenção mas inexoravelmente, rumo à direita. Em suma: o wokismo arrisca tornar-se aquilo que despreza.Neste livro, a autora, um dos nomes mais importantes da filosofia, demonstra que a sua tese tem origem na influência negativa de dois titãs do pensamento do século XXI, Michel Foucault e Carl Schmitt, cuja obra menosprezava as ideias de justiça e progresso e retratava a vida em sociedade como uma constante e eterna luta de «nós contra eles». Agora, há uma geração que foi educada com essa noção, que cresceu rodeada por uma cultura bem mais vasta, modelada pelas ideias implacáveis do neoliberalismo e da psicologia evolutiva, e quer mudar o mundo. Bem, talvez seja tempo de esta geração parar para pensar outra vez. -
Não foi por Falta de Aviso | Ainda o Apanhamos!DOIS LIVROS DE RUI TAVARES NUM SÓ: De um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo Do outro, aquelas que nos apontam o caminho para um Portugal melhor Não foi por Falta de Aviso. Na última década e meia, enquanto o mundo lutava com as sequelas de uma crise financeira e enfrentava uma pandemia, crescia uma ameaça maior à nossa forma democrática de vida. O regresso do autoritarismo estava à vista de todos. Mas poucos o quiseram ver, e menos ainda nomear desde tão cedo. Não Foi por Falta de Aviso é um desses raros relatos. Porque o resto da história ainda pode ser diferente. Ainda o Apanhamos! Nos 50 anos do 25 Abril, que inaugurou o nosso regime mais livre e generoso, é tempo de revisitar uma tensão fundamental ao ser português: a tensão entre pequenez e grandeza, entre velho e novo. Esta ideia de que estamos quase sempre a chegar lá, ou prontos a desistir a meio do caminho. Para desatar o nó, não basta o «dizer umas coisas» dos populistas e não chegam as folhas de cálculo dos tecnocratas. É preciso descrever a visão de um Portugal melhor e partilhar um caminho para lá chegar. SINOPSE CURTA Um livro de Rui Tavares que se divide em dois: de um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo; do outro, as crónicas que apontam o caminho para um Portugal melhor. -
O Fim da Paz PerpétuaO mundo é um lugar cada vez mais perigoso e precisamos de entender porquêCom o segundo aniversário da invasão da Ucrânia, que se assinala a 24 de Fevereiro, e uma outra tragédia bélica em curso no Médio Oriente, nunca neste século o mundo esteve numa situação tão perigosa. A predisposição bélica e as tensões político-militares regressaram em força. A ideia de um futuro pacífico e de cooperação entre Estados, sonhada por Kant, está a desmoronar-se.Este livro reflecte sobre o recrudescimento de rivalidades e conflitos a nível internacional e sobre as grandes incógnitas geopolíticas com que estamos confrontados. Uma das maiores ironias dos tempos conturbados que atravessamos é de índole geográfica. Immanuel Kant viveu em Königsberg, capital da Prússia Oriental, onde escreveu o panfleto Para a Paz Perpétua. Königsberg é hoje Kaliningrado, território russo situado entre a Polónia e a Lituânia, bem perto da guerra em curso no leste europeu. Aí, Putin descerrou em 2005 uma placa em honra de Kant, afirmando a sua admiração pelo filósofo que, segundo ele, «se opôs categoricamente à resolução de divergências entre governos pela guerra».O presidente russo está hoje bem menos kantiano - e o mundo também. -
Manual de Filosofia PolíticaEste Manual de Filosofia Política aborda, em capítulos autónomos, muitas das grandes questões políticas do nosso tempo, como a pobreza global, as migrações internacionais, a crise da democracia, a crise ambiental e a política de ambiente, a nossa relação com os animais não humanos, a construção europeia, a multiculturalidade e o multiculturalismo, a guerra e o terrorismo. Mas fá-lo de uma forma empiricamente informada e, sobretudo, filosoficamente alicerçada, começando por explicar cada um dos grandes paradigmas teóricos a partir dos quais estas questões podem ser perspectivadas, como o utilitarismo, o igualitarismo liberal, o libertarismo, o comunitarismo, o republicanismo, a democracia deliberativa, o marxismo e o realismo político. Por isso, esta é uma obra fundamental para professores, investigadores e estudantes, mas também para todos os que se interessam por reflectir sobre as sociedades em que vivemos e as políticas que queremos favorecer. -
O Labirinto dos PerdidosMaalouf regressa com um ensaio geopolítico bastante aguardado. O autor, que tem sido um guia para quem procura compreender os desafios significativos do mundo moderno, oferece, nesta obra substantiva e profunda, os resultados de anos de pesquisa. Uma reflexão salutar em tempos de turbulência global, de um dos nossos maiores pensadores. De leitura obrigatória.Uma guerra devastadora eclodiu no coração da Europa, reavivando dolorosos traumas históricos. Desenrola-se um confronto global, colocando o Ocidente contra a China e a Rússia. É claro para todos que está em curso uma grande transformação, visível já no nosso modo de vida, e que desafia os alicerces da civilização. Embora todos reconheçam a realidade, ainda ninguém examinou a crise atual com a profundidade que ela merece.Como aconteceu? Neste livro, Amin Maalouf aborda as origens deste novo conflito entre o Ocidente e os seus adversários, traçando a história de quatro nações preeminentes. -
Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXIO que são, afinal, a esquerda e a direita políticas? Trata-se de conceitos estanques, flutuantes, ou relativos? Quando foi que começámos a usar estes termos para designar enquadramentos políticos? Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXI é um ensaio historiográfico, político e filosófico no qual Rui Tavares responde a estas questões e explica por que razão a terminologia «esquerda / direita» não só continua a ser relevante, como poderá fazer hoje mais sentido do que nunca. -
Textos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
Introdução ao ConservadorismoUMA VIAGEM À DOUTRINA POLÍTICA CONSERVADORA – SUA ESSÊNCIA, EVOLUÇÃO E ACTUALIDADE «Existiu sempre, e continua a existir, uma carência de elaboração e destilação de princípios conservadores por entre a miríade de visões e experiências conservadoras. Isso não seria particularmente danoso por si mesmo se o conservadorismo não se tivesse tornado uma alternativa a outras ideologias políticas, com as quais muitas pessoas, alguns milhões de pessoas por todo o mundo, se identificam e estão dispostas a dar o seu apoio cívico explícito. Assim sendo, dizer o que essa alternativa significa em termos políticos passa a ser uma tarefa da maior importância.» «O QUE É O CONSERVADORISMO?Uma pergunta tão directa devia ter uma resposta igualmente directa. Existe essa resposta? Perguntar o que é o conservadorismo parece supor que o conservadorismo tem uma essência, parece supor que é uma essência, e, por conseguinte, que é subsumível numa definição bem delimitada, a que podemos acrescentar algumas propriedades acidentais ou contingentes.»
