Porto - Cultura Em Movimento
Retrata-se agora em livro a iniciativa da STCP, lançada em 1998, «Rectaguardas Temáticas», que pôs a circular na cidade do Porto e conselhos limítrofes cerca de 46 autocarros com imagens de personagens e personalidades ligados à região: da visão e arrojo do Infante D. Henrique à solidariedade do Duque da Ribeira, da poesia de Florbela Espanca ao talento de Guilhermina Suggia, passando pelo papel marcante de Aurélia de Sousa, da pena profusa de Camilo Castelo Branco, etc... Retrata-se agora em livro a iniciativa da STCP, lançada em 1998, «Rectaguardas Temáticas», que pôs a circular na cidade do Porto e conselhos limítrofes cerca de 46 autocarros com imagens de personagens e personalidades ligados à região: da visão e arrojo do Infante D. Henrique à solidariedade do Duque da Ribeira, da poesia de Florbela Espanca ao talento de Guilhermina Suggia, passando pelo papel marcante de Aurélia de Sousa, da pena profusa de Camilo Castelo Branco, etc...
| Editora | Afrontamento |
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| Categorias | |
| Editora | Afrontamento |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Helder Pacheco |
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Porto. O Hospital de Santo António no Tempo da CidadeA história do Hospital de Santo António, seja qual fora perspectiva com que seja abordada, surge como saga de determinação, arrojo e altruísmo. Desde logo a sua construção, que, independentemente da megalomania do projecto e do erro da localização, constituía necessidade premente da urbe em transformação. No entanto, ficará demonstrado neste livro às vezes através de protestos e recriminações que, para edificarem e manterem o seu Hospital, os portuenses e a sua Misericórdia se viram, as mais das vezes, sozinhos e desapoiados pelo poder que, em momentos decisivos, tratava o Porto com a sobranceria (ou o despeito) de um centralismo que só nos meados do século XX começaria a olhar a cidade na justa medida das suas carências hospitalares. -
Porto: adegas, tabernas e casas de pastoA mais recente incursão de Helder Pacheco na cidade não é apenas um livro sobre os tascos do Porto; não é também um estudo etnográfico, nem um itinerário gastronómico ou roteiro de lugares, nem repositório de vinhos, petiscos e estabelecimentos pitorescos. Em suma: não é nenhuma espécie de culto em tempos de perda. Não - é outra coisa. Ao leitor caberá ver, e ler... -
Porto nos Dias do Meu TempoOs dias do meu tempo que deixo expressos são, reconheço, triviais. Em muitos casos não mais do que o fait divers banal de uma cidade previsível na qual, há muitos, muitos anos me habituei a viver de uma certa maneira. Louvando ou criticando, se necessário amargamente, mas sempre fiel ao que entendo essencial na defesa da cidade. Sem negociações ou compromissos com o politicamente correcto, os falsos modernismos de pacotilha ou as «emplastragens de cal e gesso» (como escreveu Júlio Diniz) que disfarçam a insensibilidade ou o desconhecimento da realidade. Daí o significado de algumas crónicas ácidas, justificadas pela sensação da impotência perante a malandragem. Todavia, antes mal disposto do que cúmplice face à prepotência dos que tratam a cidade como rebotalho. -
Porto - Da CidadeAqui pretendo falar da capacidade da cidade — recuperando-lhe o corpo físico, o construído, a matéria, o concreto — reconstruir ou reencontrar ou, se calhar (numa previsão mais realista, para não admitir demasiado entusiasmo), nem mais, nem menos, resistir, resistir e conservar a alma. Sem lhe mexer no essencial. Actualizando-a com pinças para a adaptar aos tempos modernos e impetuosos em que o falar à moda do Porto — trocando os vês pelos bês —e de cima da burra para o centralismo e a mediocridade continuam a ser excelentes indicadores da sanidade do sentir (se) tripeiro. No fundo é esse o seu encanto: ser tradicionalista mas rasgar, quando necessário, as convenções. Ser previsível e, de repente, inventar a diferença e construir o não conhecido. Da Introdução -
Porto: Crónicas da Cidade de DentroA cidade de dentro é sonho e fantasia, aspiração e desejo. Nela, as ruas «estão já dentro de mim» (Jorge Luís Borges). É contentamento, nostalgia e raiva. Ilusão (ou desilusão), inconformismo ou renúncia. Paixão e sentimento, desencanto e expectativa. A cidade de dentro é contínuo desencontro entre o que temos e o que gostaríamos de ter. Entre o projecto e o inconcretizado, o que estava para ser feito e o que ficou por fazer.É frivolidade e angústia, aspiração e renúncia do irremediavelmente ausente (não já a sonoridade do trompete, tocado na Praça por um músico ambulante, mas os ecos da infância que ele nos evoca, na lembrança dos dias de leite e mel dos circos de rua na Cordoaria). A cidade de dentro é uma canção triste («j’aimerais te faire une chanson légère», Bernie Beaupère), uma despedida constante (de nós). Um adeus ao que vamos deixando para trás.A cidade de dentro é um grito. É um alerta pelo que muda e não devia mudar (e, nesse caso, significa destruição, agressão, esquecimento e, quando não, desprezo), ou um brado de insatisfação pela inexistência, lentidão ou apagamento da mudança longamente ansiada. -
Simplesmente PortoEscreveu Torga: «A vida é feita de nadas». E Jean Marc Guillaume (em La Politique du Patrimoine) dizia que «o que torna o quotidiano ainda habitável e poético são as artes inumeráveis e secretas da memória e do esquecimento». De tudo isto se trata neste livro. Os nadas servem para esquecer porque não reparamos neles e vemos a realidade com olhos aparentemente conformados a certa forma de compromisso com a indiferença. Mas servem, igualmente, para ser usados e tornados reais, embora não importem muito (achamos nós, desprevenidos) na configuração do espaço urbano e da nossa própria urbanidade. É como se não existissem. Todavia - como Jean Marc é verdadeiro! -, pensando bem, quanta poesia discreta e, por vezes, um tanto inverosímil transmitem ao quotidiano que habitamos! Porque estes nadas fazem parte da cidade que parece invisível, quase não se pressente, mas torna-se inconfundível pelas coisas e os gestos a que chamamos as trivialidades do vulgar. -
Porto - Memória e Esquecimento - Livro 1Helder Pacheco é autor de algumas das mais importantes obras sobre a cidade do Porto, além de escrever regularmente em jornais e revistas. Aliás, alguns dos textos deste livro são repescados das crónicas que assiduamente publicava no jornal Público. Correspondem, segundo o autor, a "cinco anos de textos sobre o que eu penso da cidade e do seu património" e concretizam-se como "uma obra muito bela, inteligente e nostálgica sobre o Porto e os lugares das pessoas com a memória que (ainda) nos habita", como a caracterizou o jornalista José Gomes Bandeira. O livro conta com dezenas de fotografias e reconstitui ambientes portuenses, sinais e recordações que tornaram vivos os lugares que Helder Pacheco quer ver preservados. -
Porto em Azul e BrancoCrónicas sobre o Futebol Clube do Porto, escritas por um autor que não só não nega a sua condição de aficcionado, como, simultaneamente, faz dela parte da sua identidade. Aqui podemos encontrar as memórias do autor, as glórias do clube, misturadas com os pregões que os adeptos vão soltando durante as partidas. -
Porto - O Livro do S. João (Tomo 1)«Este livro representa o trabalho de vinte anos (desde 1984) a recolher dados, coligir informações, entrevistar pessoas, visitar os territórios da "humanidade ao nível do rés-do-chão", captar imagens, compilar materiais e documentos no sentido de, justamente, registar, para a salvaguarda do esquecimento, a memória - perdida ou futura? - da gente da cidade e da sua Festa mais querida e mais sentida. Para as suas páginas carreia-se tudo quanto foi possível juntar, apurar e descobrir. Publicam-se os dados mais interessantes e significativos que ajudam a compreender a génese, evolução e características da nossa Festa.» Helder Pacheco in Introdução -
Porto - O Livro do S.João - (Tomo 2)«Este livro representa o trabalho de vinte anos (desde 1984) a recolher dados, coligir informações, entrevistar pessoas, visitar os territórios da “humanidade ao nível do rés-do-chão”, captar imagens, compilar materiais e documentos no sentido de, justamente, registar, para a salvaguarda do esquecimento, a memória – perdida ou futura? – da gente da cidade e da sua Festa mais querida e mais sentida. Para as suas páginas carreia-se tudo quanto foi possível juntar, apurar e descobrir. Publicam-se os dados mais interessantes e significativos que ajudam a compreender a génese, evolução e características da nossa Festa.»
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Arte, Religião e Imagens em Évora no tempo do Arcebispo D. Teodósio de Bragança, 1578-1601D. Teotónio de Bragança (1530-1602), Arcebispo de Évora entre 1578 e 1602, foi um grande mecenas das artes sob signo do Concílio de Trento. Fundou o Mosteiro de Scala Coeli da Cartuxa, custeou obras relevantes na Sé e em muitas paroquiais da Arquidiocese, e fez encomendas em Lisboa, Madrid, Roma e Florença para enriquecer esses espaços. Desenvolveu um novo tipo de arquitectura, ser- vindo-se de artistas de formação romana como Nicolau de Frias e Pero Vaz Pereira. Seguiu com inovação um modelo «reformado» de igrejas-auditório de novo tipo com decoração integral de interiores, espécie de ars senza tempo pensada para o caso alentejano, onde pintura a fresco, stucco, azulejo, talha, imaginária, esgrafito e outras artes se irmanam. Seguiu as orientações tridentinas de revitalização das sacrae imagines e enriqueceu-as com novos temas iconográficos. Recuperou lugares de culto matricial paleo-cristão como atestado de antiguidade legitimadora, seguindo os princípios de ‘restauro storico’ de Cesare Baronio; velhos cultos emergem então, caso de São Manços, São Jordão, São Brissos, Santa Comba, São Torpes e outros alegadamente eborenses. A arte que nasce em Évora no fim do século XVI, sob signo da Contra-Maniera, atinge assim um brilho que rivaliza com os anos do reinado de D. João III e do humanista André de Resende. O livro reflecte sobre o sentido profundo da sociedade de Évora do final de Quinhentos, nas suas misérias e grandezas. -
Cartoons - 1969-1992O REGRESSO DOS ICÓNICOS CARTOONS DE JOÃO ABEL MANTA Ao fim de 48 anos, esta é a primeira reedição do álbum Cartoons 1969‑1975, publicado em Dezembro de 1975, o que significa que levou quase tanto tempo a que estes desenhos regressassem ao convívio dos leitores portugueses como o que durou o regime derrubado pela Revolução de Abril de 1974.Mantém‑se a fidelidade do original aos cartoons, desenhos mais ou menos humorísticos de carácter essencialmente político, com possíveis derivações socioculturais, feitos para a imprensa generalista. Mas a nova edição, com alguns ajustes, acrescenta «todos os desenhos relevantes posteriores a essa data e todos os que, por razões que se desconhece (mas sobre as quais se poderá especular), foram omitidos dessa primeira edição», como explica o organizador, Pedro Piedade Marques, além de um aparato de notas explicativas e contextualizadoras. -
Constelações - Ensaios sobre Cultura e Técnica na ContemporaneidadeUm livro deve tudo aos que ajudaram a arrancá-lo ao grande exterior, seja ele o nada ou o real. Agora que o devolvo aos meandros de onde proveio, escavados por todos sobre a superfície da Terra, talvez mais um sulco, ou alguma água desviada, quero agradecer àqueles que me ajudaram a fazer este retraçamento do caminho feito nestes anos de crise, pouco propícios para a escrita. […] Dá-me alegria o número daqueles a que precisei de agradecer. Se morremos sozinhos, mesmo que sejam sempre os outros que morrem — é esse o epitáfio escolhido por Duchamp —, só vivemos bem em companhia. Estes ensaios foram escritos sob a imagem da constelação. Controlada pelo conceito, com as novas máquinas como a da fotografia, a imagem libertou-se, separou-se dos objectos que a aprisionavam, eles próprios prisioneiros da lógica da rendibilidade. Uma nova plasticidade é produzida pelas imagens, que na sua leveza e movimento arrastam, com leveza e sem violência, o real. O pensamento do século XX propôs uma outra configuração do pensar pela imagem, desenvolvendo métodos como os de mosaico, de caleidoscópio, de paradigma, de mapa, de atlas, de arquivo, de arquipélago, e até de floresta ou de montanha, como nos ensinou Aldo Leopoldo. Esta nova semântica da imagem, depois de milénios de destituição pelo platonismo, significa estar à escuta da máxima de Giordano Bruno de que «pensar é especular com imagens». Em suma, a constelação em acto neste livro é magnetizada por uma certa ideia da técnica enquanto acontecimento decisivo, e cada ensaio aqui reunido corresponde a uma refracção dessa ideia num problema por ela suscitado, passando pela arte, o corpo, a fotografia e a técnica propriamente dita. Tem como único objectivo que um certo pensar se materialize, que este livro o transporte consigo e, seguindo o seu curso, encontre os seus próximos ou não. [José Bragança de Miranda] -
Esgotar a Dança - A Perfomance e a Política do MovimentoDezassete anos após sua publicação original em inglês, e após sua tradução em treze línguas, fica assim finalmente disponível aos leitores portugueses um livro fundamental para os estudos da dança e seminal no campo de uma teoria política do movimento.Nas palavras introdutórias à edição portuguesa, André Lepecki diz-nos: «espero que leitores desta edição portuguesa de Exhausting Dance possam encontrar neste livro não apenas retratos de algumas performances e obras coreográficas que, na sua singularidade afirmativa, complicaram (e ainda complicam, nas suas diferentes sobrevidas) certas noções pré-estabelecidas, certos mandamentos estéticos, do que a dança deve ser, do que a dança deve parecer, de como bailarines se devem mover e de como o movimento se deve manifestar quando apresentado no contexto do regime da 'arte' — mas espero que encontrem também, e ao mesmo tempo, um impulso crítico-teórico, ou seja, político, que, aliado que está às obras que compõem este livro, contribua para o pensar e o fazer da dança e da performance em Portugal hoje.» -
Siza DesignUma extensa e pormenorizada abordagem à obra de design do arquiteto Álvaro Siza Vieira, desde as peças de mobiliário, de cerâmica, de tapeçaria ou de ourivesaria, até às luminárias, ferragens e acessórios para equipamentos, apresentando para cada uma das cerca de 150 peças selecionadas uma detalhada ficha técnica com identificação, descrição, materiais, empresa distribuidora e fotografias, e integrando ainda um conjunto de esquissos originais nunca publicados e uma entrevista exclusiva ao arquiteto.CoediçãoArteBooks DesignCoordenação Científica + EntrevistaJosé Manuel PedreirinhoDesign GráficoJoão Machado, Marta Machado -
A Vida das Formas - Seguido de Elogio da MãoEste continua a ser o livro mais acessível e divulgado de Focillon. Nele o autor expõe em pormenor o seu método e a sua doutrina. Ao definir o carácter essencial da obra de arte como uma forma, Focillon procura sobretudo explicitar o carácter original e independente da representação artística recusando a interferência de condições exteriores ao acto criativo. Afastando-se simultaneamente do determinismo sociológico, do historicismo e da iconologia, procura demonstrar que a arte constitui um mundo coerente, estável e activo, animado por um movimento interno próprio, no fundo do qual a história política ou social apenas serve de quadro de referência. Para Focillon a arte é sempre o ponto de partida ou o ponto de chegada de experiências estéticas ligadas entre si, formando uma espécie de genealogias formais complexas que ele designa por metamorfoses. São estas metamorfoses que dão à obra de arte o seu carácter único e a fazem participar da evolução universal das formas.

