Representar o Saber - Os Letrados na Cronística Medieval Portuguesa
| Editora | Colibri |
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| Editora | Colibri |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | José Manuel Simões |
José Manuel Simões é pós-doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade Católica Portuguesa, doutor em Global Studies pela Universidade de São José (Macau); mestre em Comunicação e Jornalismo pela Universidade de Coimbra e licenciado em Jornalismo Internacional pela Escola Superior de Jornalismo do Porto, onde lecionou. Publicou diversos artigos académicos e trabalhos jornalísticos em Portugal, Brasil, China, Estados Unidos, Tailândia, Japão e Inglaterra. Escreveu as biografias em português de Cesária Évora, David Byrne, Delfins e Júlio Iglesias. Foi jornalista de televisão e imprensa, escreveu para o Jornal de Notícias, Correio da Manhã e Hoje Macau. Desde 2008, coordena o departamento de Communication & Media na Universidade de São José, em Macau. Publicou também vários livros pela Media XXI, entre eles Índios Potiguara - Memória, Asilo e Poder, Ponto de Luz, Deus Tupã e Jornalismo Multicultural em Português - Estudo de Caso em Macau.
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NovidadeOs Índios Potiguara - Memória, Asilo e PoderOs Índios Potiguara: Memória, Asilo e Poder é um livro que resulta de uma tese de doutoramento iniciada numa sorte de vertiginosa descida a um outro locus cultural. Por via dramática. Quando foi procurar estabelecer uma comunicação inicial com os índios Potiguara, ao chegar à reserva formalmente interdita a estranhos próxima à comunidade da Aldeia Galego, José Manuel Simões observou, mais do que aterrado, um bimotor a despenhar-se, ignorando então que no seguimento desse acontecimento viria a realizar um documentário cinematográfico sobre esta comunidade, a doutorar-se no tema e a escrever este livro que engloba em interdisciplinaridade os campos da História, da Antropologia Cultural e das Teorias da Comunicação, acompanhando e refletindo em sede de metodologia etno-histórica sobre um grupo cultural que se abriu ao exterior mas porfiando em manter traços, manifestações e representações culturais que apresenta como sendo ancestrais e singulares. Cruzando a documentação histórica, a cronística, a cartografia e um enorme arquivo cerzido por entrevistas a caciques, pajés e curandeiros, o autor foi percebendo a invenção da sua terra, do seu meio social e das suas manifestações e práticas culturais de hoje. Este livro persegue um objetivo epistemológico: transformar a investigação empírica em contribuição para uma nova teoria da história da comunicação e da comunicação da própria investigação a comunicação antropo-histórica entre comunidades ditas tradicionais e o Outro e a investigação em que o Mesmo, no sentido que lhe foi dado por Michel Foucault, incorpora e domina a invenção do Outro. -
NovidadeDeus TupãRomance histórico, ficção e realidade, a História e estórias, colonizador e colonizado, portugueses e indígenas em antagónicos apelos à exclamação. Uns invasores; outros, canibais. A desventura com a chegada de Mem de Sá ao Brasil em 1552; seu amigo, bispo Sardinha, assado e comido na praia, em frente aos navios de bandeira que impávidos ao largo avistaram a cena. -
NovidadeSobras CompletasO José Manuel Simões, como muitos de nós, saiu do irrespirável Portugal desse tempo logo que pôde, mas, ao contrário de quase todos, não voltou. Tinha tido em Lisboa uma presença fundamental - e fundadora - no que o Gelo pudesse ter representado e continuou a tê-la em Paris onde o que o Gelo veio a representar alcançou uma expressão cultural que em Portugal não poderia ter tido. A história do Gelo é também uma história de exílios criativos: dos pintores do KWY, de poetas como o Manuel de Castro e o Herberto Helder, que permaneceram exilados mesmo quando regressaram, e do José Manuel Simões, que deu sempre mais do que recebeu, discretamente, intransigentemente, como quem descrê. Teve várias acções importantes em Paris em benefício da cultura portuguesa. Por exemplo, em colaboração com o Fernando Gil, um projecto ao tempo pioneiro sobre Fernando Pessoa que resultou em artigos publicados na imprensa e em programas na rádio que deram atenção à poesia portuguesa. Também teve uma acção política importante e, potencialmente, perigosa, sobretudo em colaboração com os exilados espanhóis associados ao Ruedo Iberico. Em Portugal, ainda adolescente, tinha sido preso e interrogado pela PIDE. Não falou, resistiu aos maus tratos, saiu da cadeia mais livre do que tinha entrado. A não ter de provar nada a ninguém. E assim continuou até ao fim. Foi o mais puro de todos nós. Foi a ele que o Manuel de Castro dedicou o seu primeiro livro, Paralelo W. E. , se me lembro correctamente, foi ele quem sugeriu ao Herberto Helder o título para o seu primeiro grande poema, O Amor em Visita . A escolha desse título é, em si próprio, um brilhante exercício de crítica literária. Com referência implícita à obra de Alfred Jarry, LAmour en Visites , sugere a transformação dessas plurais visitas de picaresca demanda adolescente na visitação carnalmente mística de um perene amor para sempre renovado e desde sempre inalcançado no poema de Herberto Helder. -
NovidadeO Sétimo SentidoEstou a ficar um pouco febril, aquela mesma temperatura que tinha quando sussurrava que te amava, inebriada, sentindo um frémito gelado percorrendo-me a coluna em lume brando. Só que agora é diferente. Não é amor, nem ódio, é deceção. Eu não estava preparada para precisar de me auto-preservar. Sobretudo depois de a menina ter morrido nos meus braços. A dor não é neutra. Afeta bons e maus, cultos e analfabetos, estrelas e gente insignificante, se é que as há. A dor, vi-a tantas vezes lá no hospital, possui lições de moralidade. Pág.55O que tiver de acontecer, acontecerá, disse para mim mesma, compreendendo que quando sofro não mudo nada e que o meu êxtase não é garantia de tranquilidade duradoura. Tudo virá a seu tempo, independente dos meus desejos. Aconteça o que acontecer, quando acontecer, como acontecer, ou mesmo que não aconteça, o importante é estar em paz comigo mesma. Pág. 115A decisão de receber Deus dentro de mim é só minha, depende apenas do meu interior, da minha força, querer, vontade, mas mesmo essa decisão eu não quero agora tomar. Procuro-me e isso é o bastante. Pág. 115Percebo as suas vibrações pelos sentimentos e emoções que me transmitem, influencio-os através da energia do amor que lhes passo. Este comportamento, que diariamente comprovo, tem vindo a transformar o meu ADN… -
NovidadePonto de Luz - Para Além do Brasil Profundo“Ponto de Luz” abre caminhos; rotas a explorar pela Literatura de Viagens. Visitando demorada e apaixonadamente o Brasil, todos os seus estados, 26 capitais de estado, Distrito Federal e lugares mágicos aqui a descoberto; vai além da sua vasta geografia. Incute por peripécias em Portugal, Suiça, Tailândia, Estados Unidos; tem o seu epicentro numa viagem de três anos pelas terras de Vera Cruz, penetra em profundidade no Rio de Janeiro, Macaé, Salvador, Olinda, Baía da Traição, Jericoacoara, Amazónia, Pantanal, Brasília, Foz de Iguaçu; passa-se, durante um ano, numa plataforma de petróleo; questões como a comunicação, o existencialismo, a ética, a moral ou a religião, apelam à sua natureza; entra no âmago de artistas como Bruna Lombardi, fascinante; Sting tomando ayahuasca; Djavan com quem jogava snooker e encadeamentos ao estilo haikai; Fafá de Belém amigos do peito; marcas eternas de Caymmi; Tina Turner sentindo na pele vexames racistas que lhe magoam a cor; Daniela Mercury em gestos lascivos; Caetano Veloso, ubíquo; a veia futuróloga partilhada com Gilberto Gil; Arnaldo Antunes e a magia que une afins; Ney Matogrosso e a forma como juntos libertaram o espírito e o corpo; aqui revelados tangíveis através da relação que o personagem central da estória, Duarte Camões, encetou com o mundo da cultura. Entre amores, desamores, aventuras e desventuras, conectado com a terra e o espaço celeste, DuArte – arte nativa, poesia visceral, espiritualidade, amor à flor da pele e melancólicos vícios – guia-nos por surpreendentes atmosferas; vivências insólitas; relações intensas nem sempre bem-sucedidas; ambientes perigosos dignos de filme de ação, pressentindo deuses e espíritos, energias brotando de místicos pontos de luz. Escrito como se fosse ficção, este livro representa um passo além no conhecimento do Brasil profundo, das suas gentes e memórias. -
NovidadeIE!! Na Intimidade com as Estrelas da MúsicaO livro não só conta com uma coleção de relatos de episódios entre José Manuel Simões e os artistas, como com as caricaturas de Rodrigo de Matos, que tão bem ilustram cada uma das “personagens” entrevistadas, retratando à risca cada crónica. Pode-se dizer que aqui temos exposta a visão do jornalista sobre estas personalidades da música, baseada nos seus encontros, umas vezes mais íntimos que outras, em que recebia, por parte dos entrevistados, as suas emoções, estados de espírito e, até mesmo, momentos de inspiração. Momentos esses que considera um privilégio.
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NovidadeA Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
NovidadeAs Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
NovidadeHistória dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
NovidadeA Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
NovidadeRevolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
NovidadePaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
NovidadeAntes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
NovidadeBaviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?