De Guerra em Guerra - De 1940 à Ucrânia
«A guerra da Ucrânia avivou em mim as terríveis memórias da Segunda Guerra Mundial. As destruições em massa, as cidades arrasadas e destruídas, as carcaças de prédios esventrados, os incontáveis mortos militares e civis, os afluxos de refugiados... Revivi os crimes de guerra, o maniqueísmo absoluto, as propagandas mentirosas. Voltaram-me à memória os traços comuns a todas as guerras que conheci, guerra da Argélia, guerra da Jugoslávia, guerras do Iraque. As mesmas criminalizações não só do exército, mas do povo inimigo, os mesmos delírios, os erros e as ilusões sempre renovados, a ocorrência do inesperado sempre inacreditável, depois depressa banalizado. Escrevi este texto para que estas lições de oitenta anos de história possam servir-nos para encarar o presente com toda a lucidez, para compreender a urgência de trabalhar pela paz e evitar a pior tragédia de uma nova guerra mundial.» Edgar Morin
| Editora | Instituto Piaget |
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| Editora | Instituto Piaget |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Edgar Morin |
Nascido em Julho de 1921, vive em Paris, resistiu ao nazismo e depois ao estalinismo, ator político independente, é sociólogo do contemporâneo, iniciador do pensamento complexo, é hoje diretor emérito de Investigação no CNRS, onde preside ao Comité Científico Ciências e Cidadãos. É presidente da Agência Europeia para a Cultura (UNESCO), presidente da Associação para o Pensamento Complexo, membro fundador da Academia da Latinidade, co-diretor da revista Communications. É investigador e membro honorário do Instituto Piaget, que lhe outorgou, em Abril de 2002, o Prémio Poética do Pensar. As Edições Piaget já publicaram, da sua autoria: «Introdução ao Pensamento Complexo».
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Amor, Poesia, Sabedoria«Nesta época de liberalismo exacerbado, morosidade social e futuro incerto este trabalho de Edgar Morin surge a propósito. Não que o autor pretenda desenhar os contornos de uma sociedade idealizada, onde cada um, como que por encanto, encontra uma alegria de viver, mas porque a ideia de que a vida se possa resumir à prudência, à organização excessiva das coisas e à certeza, dá ao autor o inesperado desejo de discutir com os paladinos da racionalidade. Amor, Poesia, Sabedoria é uma síntese simplificada de uma certa concepção do caminho do homem. Se não existir sentido é necessário procurar as razões num amor incerto e numa poesia que teima em não se exprimir.» Le Monde Diplomatique «Enquanto, por todo o lado, não cessa a enumeração de crimes, Edgar Morin surge pensando em flores e em palavras doces, sonha com a criança que se vincula à mãe, comove-se com os seus periquitos, que, na sua gaiola, se beijocam como os namorados de Brassens nos seus queridos bancos públicos. Perante o «desfraldar da hiperprosa» que é a uniformização da dor, não estará Edgar Morin a demonstrar um enorme interesse em reanimar um ramo de flores que se julgava murcho? Amor, Poesia e Sabedoria , segundo o autor, precedem de um mesmo fundo da vida sentimental, desse terreno obscuro, vizinho do nosso espírito que pensa. A razão contra a paixão? A sabedoria mais que loucura? É loucura ser demasiado razoável. Morin nesta obra demonstra como tudo se troca e se comunica numa dialógica permanente e que a palavra transporte, outrora tinha um significado muito melhor, pois significava a respiração amorosa, isto, claro, antes de a civilização moderna lhe atribuir exclusivamente as emanações de hodrocarbonetos. Após a leitura destas belíssimas e tocantes meditações tiraremos por lição que viver é sentir a vida.» Nouvel Observateur -
O Meu CaminhoEsta obra apresenta o caminho de um Homem: Edgar Morin. Neste caminho encontramos o pensamento que se formou e que produziu a sua obra. Um caminho feito pela curiosidade, pelo questionamento permanente, por uma inseparável ligação entre a vida e a obra, pela gestação lenta do pensamento complexo. No entanto, um caminho percorrido de forma descontínua com recomeços e renascimentos a todos os dez anos. Uma obra apaixonante onde Edgar Morin nos revela, sem dissimular emoções e paixões, o seu caminho, a sua experiência de vida, amor, poesia, velhice e morte. Nascido, em 1921, de uma família de nacionalidade italiana, com ascendência judeo-espanhola, a adolescência de Edgar Morin foi marcada pela escalada do nazismo, os processos estalinistas de Moscovo, a marcha contra a guerra. Aos vinte anos, sob a Ocupação, entra para o Partido Comunista e para a Resistência gaullista. Após a guerra, o seu caminho continuará a ser o da resistência ao estalinismo, à guerra da Argélia, contra todas as barbáries que assolam o mundo da sua existência. -
Edwige, a InseparávelEis uma história de um amor que se rememora. O livro abre-se numa ode ao quotidiano, às pequenas coisas, aos pequenos gestos, aos rituais que formam um casal e uma vida. Tudo se torna sublime neste amor sem fim em estado nascente, tudo se transcende através do amor mútuo: o café da manhã, a rega das flores, a música no carro, o mercado. Sem cessar, os dois enamorados escrevem pequenas palavras um ao outro, oferecem-se pequenos desenhos que o livro nos mostra. Edgar Morin pinta-nos o retrato da sua amada: uma mulher fascinante, marcada por dolo?rosas experiências, uma mulher ainda criança que vive no seu mundo imaginário construído para suportar a realidade, uma mulher intuitiva, e por vezes telepata, recusando que um psicólogo surja na sua vida para lhe violar os segredos do seu ser. O retrato de um ser complexo a ser amado até à exaustão, e é assim que Edgar Morin a ama. Esta história de amor não foi simples, no início: muitos atrasos, encontros falhados, porém cruzam-se inúmeras vezes no caminho que fazem. No entanto, ao fim de dezassete anos, de várias falsas partidas, de outras relações e uniões de ambos, reencontram-se porque esse era o seu destino. Anos e anos de felicidade absoluta, por fim a doença e a morte e, para Morin, o luto impossível daquela que irrigava a sua vida, ainda simultaneamente presente e ausente. É este luto que o autor nos conta, dia a dia, durante um ano, dando-nos a possibilidade de sentir esses momentos lancinantes em que a mínima coisa se torna emocional, gera o caos.Um livro marcante, escrito de forma soberba, fascinante, cheia de amor. Uma magnífica descoberta do que é o verdadeiro amor que se sente, vive e cultiva até nas idades mais avançadas. Uma obra que é um verdadeiro prazer de leitura, mesmo quando as lágrimas de emoção nos toldam os olhos. -
O Ano I da Era Ecológica«Foi na Califórnia, em 1969-1970, que alguns amigos cientistas na Universidade de Berkeley me despertaram para a consciência ecológica. Três décadas mais tarde, depois do mar Aral ter secado, da poluição do lago Baikal, as chuvas ácidas, a catástrofe de Chernobyl, a contaminação das placas freáticas, o buraco do ozono na Antártica, o furacão Katrina em Nova Orleães, a urgência é maior que nunca». EDGAR MORIN «Os cientistas, como os poetas, demostram que as trajetórias da natureza e da humanidade são indissociáveis, que a nossa comunidade de origem é idêntica à nossa comunidade de destino [ ] Saint-Exupéry escreveu: não existem soluções, mas forças. Criemos as forças e as soluções surgirão. Possuímos utensílios extraordinários para erradicar a fome e salvar a Terra. O que nos falta é uma vontade comum». NICOLAS HULOT -
Introdução ao Pensamento Complexo«Adquirimos conhecimentos extraordinários sobre o mundo [...] e, no entanto, por todo o lado, erro, ignorância, cegueira progridem simultaneamente com os nossos conhecimentos». Assim começa a Introdução ao Pensamento Complexo, esta pequena «grande» obra de Edgar Morin.Mas onde Adorno e Heidegger concluíam que a «Razão é Totalitária» e balanceavam num «pessimismo descontrolado» face à razão, Morin oferece a ideia exactamente contrária, «uma tomada de consciência radical é-nos necessária» porque «estes erros, ignorâncias, cegueiras e perigos têm uma característica comum que resulta de um modo de organização do conhecimento mutilante, incapaz de reconhecer e aprender a complexidade do real».É a esta «tomada de consciencia radical», a esta nova «organização do conhecimento», que permite apreender o mundo e a «complexidade do real», que Edgar Morin se dedica há mais de 40 anos, conforme o comprovam as suas inúmeras obras.Mas Edgar Morin é um dos raros autores que atacou frontalmente as questões do método que permitem repensar o mundo de hoje com os instrumentos intelectuais do presente. E é neste enquadramento que é necessário colocar a presente reedição desta Introdução ao Pensamento Complexo.Esta obra, imprescindível, permite lembrar três pontos importantes. Primeiro, que uma teoria do conhecimento é sempre uma teoria da sociedade, que uma das questões centrais das ciências continua a ser a do «problema da organização do conhecimento». Segundo, que o pensamento complexo, mesmo inacabado - sobretudo porque não é acabado - é um elemento fundamental na actual refelxão sobre os nossos sistemas de pensamento. Por fim, apesar da dificuldade deste trabalho de reflexão sobre o mundo, somos capazes de o fazer bem. Como diz Edgar Morin, de forma bela, «estamos condenados ao pensamento incerto, a um pensamento crivado de buracos, a um pensamento que não tem fundamento algum de certeza. Mas todos somos capazes de pensar nestas condições dramáticas». -
La Fraternité. Pourquoi ?"Liberté, égalité, fraternité" ces trois termes sont complémentaires, mais ils ne s'intègrent pas automatiquement les uns aux autres : la liberté, surtout économique, tend à détruire l'égalité , imposer l'égalité est une atteinte à la liberté. Donc le problème est de savoir les combiner. On peut édicter des lois qui assurent la liberté ou qui imposent l'égalité, mais on ne peut imposer la fraternité par la loi. Elle doit venir de nous. Il nous faut associer et combiner liberté et égalité, quitte à faire des compromis entre ces deux termes, et susciter, éveiller ou réveiller la fraternité. La reconnaissance de notre humanité commune et le respect de ses différences sont les bases sur lesquelles pourrait se développer la fraternité entre tous les humains face à notre destin commun dans une aventure commune. Ce sont dans des oasis, lieux d'une économie solidaire, de dépollution et de détoxification des vies, lieux de vie meilleure que nous pourrons imaginer des lieux de solidarité. Nous devons créer des îlots de vie autre, nous devons les multiplier. Si la régression se poursuit, ils seront des lieux de résistance fraternelle. Et si apparaissent les lueurs d'une aurore, ils seront les points de départ d'une fraternité plus généralisée dans une civilisation réformée. -
Os Meus DemóniosTodos os seres humanos têm os seus demónios. São entidades espirituais ao mesmo tempo interiores e superiores a nós, a quem obedecemos sem saber. Donde vêm? Por têm tanto poder sobre nós? Que fazem de nós e que fazemos nós deles? Poderão modificar-se e até transformar - se através da experiência de vida? Quis reconhecer os demónios que ocuparam e animaram o meu espírito e que me diferenciaram sem que tenha procurado singularizar-me. Quis em todos os casos remontar à sua origem, ver como se formaram, como se transformaram e me transformaram. No final deste livro, tento reconhecer os erros a que eles me conduziram, as verdades a que permaneço fiel e, doravante capaz de dialogar com eles, assumo-os de forma consciente. Simultaneamente confissão e credo, Os Meus Demónios é inclassificável. É o livro de um escritor, de um historiador, de um pensador, um livro que se esforça por tratar do seu próprio autor, das suas experiências na sua época, do pensamento complexo a que deu origem. Nele encontramos a visão do sociólogo preocupado com os acontecimentos presentes, do antropólogo atento ao mito e ao imaginário, e do autor de O Método, para quem a complexidade se tornou o desafio que deve ser enfrentado pelo espírito humano. -
Um Ano Sísifo: Diário de um Fim de SéculoUm ano sísifo na história de um planeta cujas esperanças se voltam a perder e onde tudo parece dever recomeçar do zero. Um ano sísifo na vida de um homem em que todas as resoluções para reformar a sua vida se desmoronam e em que deve retomá-las do zero.Os acontecimentos e problemas do ano surgem não somente dos ecrãs de televisão e das páginas impressas mas também através das vivas discussões entre amigos, como nos encontros e colóquios internacionais onde Edgar Morin aborda por vezes a história. Impelido pela sua curiosidade, ele nota mil detalhes da vida quotidiana e arrola informações de todos os horizontes, passando dos seus passatempos ou do prazer de uma refeição aos grandes problemas planetários, da dor de uma morte próxima ao divertimento com as pequenas futilidades.Este diário em caleidoscópio é também, e ao mesmo tempo,o espelho dos acontecimentos do mundo e daquele que os interpreta. -
Sociologia - A Sociologia do Microssocial ao MacroplanetárioA sociologia deve assumir simultaneamente uma vocação científica e uma vocação ensaística. O sociólogo deve assumir as duas culturas nas quais participa: a cultura científica e a cultura humanista (filosófica e literária) e deve revelar o desafio da separação e do antagonismo entre as duas culturas. Por aí mesmo poderia desempenhar um papel-chave na tão necessária comunicação interfecundação entre essas duas culturas.»Edgar Morin propõe-nos, nesta sua obra, revista e aumentada, um pensamento sociológico que restaure uma organização, ressuscite a reflexão sobre os grandes problemas antropossociais e que, ao mesmo tempo, confronte a realidade do presente, a vida dos acontecimentos, a complexidade dos fenómenos, a Humanidade do quotidiano. Esta «soma sociológica» ilustra e defende uma concepção complexificada da sociologia. -
Repensar a Reforma Reformar o Pensamento - A cabeça bem Feitaqui é preconizado reformar o pensamento para reformar o ensino e reformar o ensino para reformar o pensamento. No sentido da reforma do pensamento, Edgar Morin propõe os princípios que permitiriam seguir a indicação dada por Pascal: «tenho por impossível conhecer as partes sem conhecer o todo, bem como conhecer o todo sem conhecer as partes...». Estes princípios conduzem muito para além de um conhecimento fragmentado, o qual, tornando invisíveis as interações entre um todo e as suas partes, quebra o complexo e oculta os problemas essenciais; conduzem igualmente para além de um conhecimento que, apenas vendo globalidades, perde o contacto com o particular, o singular e o concreto. Estes princípios conduzem ao remediar da funesta desunião existente entre o pensamento científico, que desassocia os conhecimentos e não reflete sobre o destino humano, e o pensamento humanista, que ignora as aquisições das ciências que podem alimentar as suas interrogações sobre o mundo e a vida. Daí a necessidade de uma reforma do pensamento, que, no que diz respeito à nossa aptidão para organizar o conhecimento, permitiria a união de duas culturas divorciadas. Logo, poderiam reaparecer as grandes finalidades do ensino que deveriam ser inseparáveis: suscitar uma cabeça bem feita, mais do que bem cheia, ensinar a condição humana, iniciar a viver, enfrentar a incerteza, aprender a tornar-se cidadão.
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A Esquerda não é WokeSe somos de esquerda, somos woke. Se somos woke, somos de esquerda.Não, não é assim. E este erro é extremamente perigoso.Na sua génese e nas suas pedras basilares, o wokismo entra em conflito com as ideias que guiam a esquerda há mais de duzentos anos: um compromisso com o universalismo, uma distinção objetiva entre justiça e poder, e a crença na possibilidade de progresso. Sem estas ideias, afirma a filósofa Susan Neiman, os wokistas continuarão a minar o caminho até aos seus objetivos e derivarão, sem intenção mas inexoravelmente, rumo à direita. Em suma: o wokismo arrisca tornar-se aquilo que despreza.Neste livro, a autora, um dos nomes mais importantes da filosofia, demonstra que a sua tese tem origem na influência negativa de dois titãs do pensamento do século XXI, Michel Foucault e Carl Schmitt, cuja obra menosprezava as ideias de justiça e progresso e retratava a vida em sociedade como uma constante e eterna luta de «nós contra eles». Agora, há uma geração que foi educada com essa noção, que cresceu rodeada por uma cultura bem mais vasta, modelada pelas ideias implacáveis do neoliberalismo e da psicologia evolutiva, e quer mudar o mundo. Bem, talvez seja tempo de esta geração parar para pensar outra vez. -
Não foi por Falta de Aviso | Ainda o Apanhamos!DOIS LIVROS DE RUI TAVARES NUM SÓ: De um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo Do outro, aquelas que nos apontam o caminho para um Portugal melhor Não foi por Falta de Aviso. Na última década e meia, enquanto o mundo lutava com as sequelas de uma crise financeira e enfrentava uma pandemia, crescia uma ameaça maior à nossa forma democrática de vida. O regresso do autoritarismo estava à vista de todos. Mas poucos o quiseram ver, e menos ainda nomear desde tão cedo. Não Foi por Falta de Aviso é um desses raros relatos. Porque o resto da história ainda pode ser diferente. Ainda o Apanhamos! Nos 50 anos do 25 Abril, que inaugurou o nosso regime mais livre e generoso, é tempo de revisitar uma tensão fundamental ao ser português: a tensão entre pequenez e grandeza, entre velho e novo. Esta ideia de que estamos quase sempre a chegar lá, ou prontos a desistir a meio do caminho. Para desatar o nó, não basta o «dizer umas coisas» dos populistas e não chegam as folhas de cálculo dos tecnocratas. É preciso descrever a visão de um Portugal melhor e partilhar um caminho para lá chegar. SINOPSE CURTA Um livro de Rui Tavares que se divide em dois: de um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo; do outro, as crónicas que apontam o caminho para um Portugal melhor. -
As Lições dos MestresO encontro pessoal entre mestre e discípulo é o tema de George Steiner neste livro absolutamente fascinante, uma sólida reflexão sobre a interacção infinitamente complexa e subtil de poder, confiança e paixão que marca as formas mais profundas de pedagogia. Baseado em conferências que o autor proferiu na Universidade de Harvard, As Lições dos Mestres evoca um grande número de figuras exemplares, nomeadamente, Sócrates e Platão, Jesus e os seus discípulos, Virgílio e Dante, Heloísa e Abelardo, Tycho Brahe e Johann Kepler, o Baal Shem Tov, sábios confucionistas e budistas, Edmund Husserl e Martin Heidegger, Nadia Boulanger e Knute Rockne. Escrito com erudição e paixão, o presente livro é em si mesmo uma lição magistral sobre a elevada vocação e os sérios riscos que o verdadeiro professor e o verdadeiro aluno assumem e partilham. -
O Fim da Paz PerpétuaO mundo é um lugar cada vez mais perigoso e precisamos de entender porquêCom o segundo aniversário da invasão da Ucrânia, que se assinala a 24 de Fevereiro, e uma outra tragédia bélica em curso no Médio Oriente, nunca neste século o mundo esteve numa situação tão perigosa. A predisposição bélica e as tensões político-militares regressaram em força. A ideia de um futuro pacífico e de cooperação entre Estados, sonhada por Kant, está a desmoronar-se.Este livro reflecte sobre o recrudescimento de rivalidades e conflitos a nível internacional e sobre as grandes incógnitas geopolíticas com que estamos confrontados. Uma das maiores ironias dos tempos conturbados que atravessamos é de índole geográfica. Immanuel Kant viveu em Königsberg, capital da Prússia Oriental, onde escreveu o panfleto Para a Paz Perpétua. Königsberg é hoje Kaliningrado, território russo situado entre a Polónia e a Lituânia, bem perto da guerra em curso no leste europeu. Aí, Putin descerrou em 2005 uma placa em honra de Kant, afirmando a sua admiração pelo filósofo que, segundo ele, «se opôs categoricamente à resolução de divergências entre governos pela guerra».O presidente russo está hoje bem menos kantiano - e o mundo também. -
O Labirinto dos PerdidosMaalouf regressa com um ensaio geopolítico bastante aguardado. O autor, que tem sido um guia para quem procura compreender os desafios significativos do mundo moderno, oferece, nesta obra substantiva e profunda, os resultados de anos de pesquisa. Uma reflexão salutar em tempos de turbulência global, de um dos nossos maiores pensadores. De leitura obrigatória.Uma guerra devastadora eclodiu no coração da Europa, reavivando dolorosos traumas históricos. Desenrola-se um confronto global, colocando o Ocidente contra a China e a Rússia. É claro para todos que está em curso uma grande transformação, visível já no nosso modo de vida, e que desafia os alicerces da civilização. Embora todos reconheçam a realidade, ainda ninguém examinou a crise atual com a profundidade que ela merece.Como aconteceu? Neste livro, Amin Maalouf aborda as origens deste novo conflito entre o Ocidente e os seus adversários, traçando a história de quatro nações preeminentes. -
Manual de Filosofia PolíticaEste Manual de Filosofia Política aborda, em capítulos autónomos, muitas das grandes questões políticas do nosso tempo, como a pobreza global, as migrações internacionais, a crise da democracia, a crise ambiental e a política de ambiente, a nossa relação com os animais não humanos, a construção europeia, a multiculturalidade e o multiculturalismo, a guerra e o terrorismo. Mas fá-lo de uma forma empiricamente informada e, sobretudo, filosoficamente alicerçada, começando por explicar cada um dos grandes paradigmas teóricos a partir dos quais estas questões podem ser perspectivadas, como o utilitarismo, o igualitarismo liberal, o libertarismo, o comunitarismo, o republicanismo, a democracia deliberativa, o marxismo e o realismo político. Por isso, esta é uma obra fundamental para professores, investigadores e estudantes, mas também para todos os que se interessam por reflectir sobre as sociedades em que vivemos e as políticas que queremos favorecer. -
Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXIO que são, afinal, a esquerda e a direita políticas? Trata-se de conceitos estanques, flutuantes, ou relativos? Quando foi que começámos a usar estes termos para designar enquadramentos políticos? Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXI é um ensaio historiográfico, político e filosófico no qual Rui Tavares responde a estas questões e explica por que razão a terminologia «esquerda / direita» não só continua a ser relevante, como poderá fazer hoje mais sentido do que nunca. -
Textos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução.